Lídia Kosovski. Foto: Antonio Carlos Bernardes

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Projeto Encontro & Oficinas

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Recordações

Eu fui uma criança de classe média que sempre ia ao Tablado com a minha mãe. O primeiro espetáculo que eu me lembro é Pluft, o Fantasminha. Talvez tenha sido a primeira montagem de todas, e sem dúvida, foi um encantamento, e é até hoje uma lembrança muito forte. Neste início os episódios mais marcantes foram com meu irmão, Ricardo Kosovski, hoje ator e diretor de teatro. Ele era muito pequeninho, tinha dois anos e era daquelas crianças que falam e interferem na cena e isso particularizava a família. Acho que o Ricardo pegou um canal da verve familiar, afinal viemos de uma família de advogados.

Tenho também uma lembrança curiosa e marcante de um espetáculo que eu não vi: Maroquinhas Fru-Fru. Eu não vi, mas todas as minhas amigas viram e aquilo virou uma obsessão. Eu comecei a pensar obcecadamente em ir ao teatro, pelo fato da minha mãe não ter me levado para assistir um espetáculo. E a presença do teatro na minha infância tornou-se marcante. A gente encenava coisas no prédio onde morávamos e eu gostava de desenhar. Eu tinha um movimento de montar espaços, de organizar, embora eu não pensasse em fazer teatro, como cenógrafa. Não sabia nem que existia essa profissão. Tudo foi obra do acaso.

Meu projeto de vida era fazer habitação popular. Queria salvar a humanidade e me dedicar a um caminho social. Formei-me em arquitetura em1978/79 e trabalhei na profissão por cinco anos. Cruzei com situações de cenografia, quando acompanhei o filme do Antonio Carlos Fontoura. Eu era casada com o Orlando Molica que fez os figurinos de O Cordão de Ouro, que era sobre capoeira. Eu vivia no set, achava tudo aquilo interessante, ajudava, mas era um mundo completamente deslocado do meu.

Era um momento muito efervescente no Rio de Janeiro para o teatro. Ia-se muito. Eu fui da geração que viu vinte e cinco vezes Hoje é Dia de RockA China é Azul, etc. e fazia parte de nossa vida estar dentro desse espaço. Não é como hoje que é algo meio impenetrável. Eu tive um sonho aos quinze anos de ser atriz, mas meus pais não deixaram e não aconteceu.

Quando eu terminei o curso de arquitetura, quase fiz um curso com o Hélio Eichbauer, Eu ficava sempre rondando. Alguma coisa me atraía, mas parecia que eu tinha um projeto definido em outra direção, do chamado housing, da arquitetura e era pra lá que eu ia e ponto.

Da Crise ao Teatro

Quando terminei a faculdade de arquitetura entrei numa crise súbita. Inexplicável, porque eu tinha trabalhado nos melhores escritórios de arquitetura, com os melhores arquitetos. Tinha todas as condições de continuar nessa linha, mas comecei a duvidar.

Um dia, no meio da angustia existencial dos 23 anos, eu cruzei a Praça Santos Dumont e dei com uma fila enorme, que vinha do Shopping da Gávea. Lá, eu encontrei um amigo cartunista, o Coentro, que disse que ia ter um curso de teatro. Como eu não sabia o que fazer da vida, eu acabei entrando na fila e fui à última que pôde se inscrever.

Foi um curso muito marcante do Rio de Janeiro, patrocinado pelo Ponto Frio e pelo Teatro dos Quatro. Reunia Amir Haddad, Sérgio Brito, Eric Nielsen e Hamilton Vaz Pereira. Tínhamos aulas teóricas com o Yan Michalski. O teatro tinha inaugurado fazia um ano, estava com Os Veranistas e o Sérgio Brito estava naquela efervescência de agrupar gente jovem. O Eric estava despontando como discípulo do Yan Michalski, que dava aulas teóricas. Faziam parte também a Glorinha Boitemuller, que dava aula de voz e de São Paulo vinha o Ilo Krugli.

O curso durou muitos meses e muita gente que está aí atuando saiu desse curso. Eu me lembro bem da Maria Padilha e da Karen Acioly. Foram se formando algumas patotas, entre elas o Tá na Rua que aí se organizou. Eu me encantei com o Amir e fui para o grupo dele, só que era pra ser atriz. Mas era algo completamente fora do meu alcance, embora eu desejasse, era uma atriz burra. Sabe daquelas que se cai algum adereço, vai pegar e esquece o texto. Então, inicialmente o Amir se encantou comigo e depois me massacrou. Só que já não dava pra voltar atrás. A coisa já tinha me mordido.

O Primeiro Cenário

Nesse momento, abre um curso de cenografia no IAB – Instituto dos Arquitetos do Brasil, ministrado pelo Luiz Carlos Ripper, e eu fui fazer. Pronto é isso! Tinha me achado, fiquei fascinada com aquela experiência de criação, baseada em pesquisa e com realização tão imediata. Acabou que o Ripper me chamou para ser sua assistente num filme chamado Chico Rei, onde trabalhei na pré-produção por oito meses. O filme acabou não saindo com ele como cenógrafo, mas a experiência foi maravilhosa.

Acontece que na vida, as coisas se misturam muito e o Ripper tinha outro assistente, o Sérgio Silveira, por quem acabei me apaixonando. O teatro tem disso: as práticas artísticas tendem a fundir a vida com as atividades profissionais e dependendo do tipo de pessoa que você é, isso se complica, ainda mais se você é emotiva.

Acaba que logo depois de conhecê-lo, ele me chama para dividir um trabalho. Isso foi no Teatro João Caetano, em 1980 e o espetáculo era um infantil chamado No País dos Preguetés, da Ana Maria Machado, com direção do José Roberto Mendes, produção do Rodrigo Faria Lima e Elvira Rocha com a Sonia Braga como protagonista! Ela estava no auge da carreira, tinha acabado de gravar Dancing Days. Imagine e fazendo um espetáculo Infantil, feliz da vida!

Eu entrei naquele palco, olhei pra cima e fiquei deslumbrada. Eu não sabia nada, nem que existia cenotécnico. Essa situação de ficar totalmente envolvida por um trabalho foi o que me apaixonou. Fiquei três meses dentro do teatro, executando tudo. O Rodrigo trouxe do nordeste um bonequeiro chamado Zé Andrade e eu entrei pela primeira vez com o universo nordestino, de forma intensa e como base para criação.

Nos anos 70 havia ainda uma distância muito grande entre este universo e a cultura humanística europeia, de onde nós bebíamos nas fontes que vinham todas de fora, da Europa principalmente. Eu vinha de uma condição de menina da classe média e tinha essa formação. No mundo teatral, não era diferente. A gente se relacionava com textos europeus e as montagens tinham como código estético aquele universo localizado fora do nosso mundo brasileirão e mais popular. E essa montagem chega num momento do sonho antropofágico – a tropicália tinha acabado de acontecer – e o investimento em cultura popular estava realmente começando a se efetuar. Podemos dizer que o teatro infantil foi um lugar onde isso aconteceu firmemente.

Novas Descobertas, Nova Cenografia

A verdade é que se descortinou pra mim um universo que começava com o fato de eu me aproximar da Rua da Alfândega – essa rua não fazia parte do meu mundo – e comprar chitão. Descobrir como trabalhar o chitão e manipular estes novos materiais. Eu ajudei o Zé a fazer os bonecos gigantes baseados nos palhaços das festas do Maranhão.

Aquilo tudo me inebriava. Era tudo muito instigante. Como já disse, minha referência de teatro era a do Pluft, que era desse universo europeu. Era essa a maneira de se trabalhar a “imagem” no palco que estava sendo completamente rompida.

Nós temos uma tradição de teatro infantil forjado pela Clara. Talvez sejam poucos lugares do mundo que isso tenha ocorrido: um teatro dedicado à criança, com uma dramaturga de mão cheia, genial, produzindo espetáculos voltados para aquele público.

E embora eu tivesse paixão pela Clara – meu irmão Ricardo, já estava trabalhando com ela nos 70 – é um momento do teatro infantil carioca onde estava acontecendo coisas muito importantes.

Eu tinha um instrumental, eu desenhava. Era um mundo familiar. O que mudava era pensar uma nova cena. É o momento que Ilo Krugli chega com Lenços e Ventos. Tem o Grupo Hombu. A Elvira Rocha, como produtora, investe em espetáculos com um bom padrão de qualidade, como o da Clara, porém buscando outras linguagens estéticas.

Croqui do cenário de a Fada que Tinha Idéias, direção Eduardo Tolentino , 1982

Aliás, com a Elvira eu tinha o que eu queria e fui muito mal acostumada. Eu tive uma ótima impressão do teatro infantil. Eu fiz quatro espetáculos com ela. Sérgio e eu fazíamos os desenhos e ela perguntava o que era preciso. A cena demandava muito, pelo trabalho que a gente desenvolvia. Era a ruptura da visualidade com a entrada de novos materiais como o tecido, com a entrada de um raciocínio para cena que tinha a ver com a questão da criança, nessa perspectiva de ludicidade suprema. Era uma grande novidade operar sobre um objeto, transformando-o, de re-significar, que é a natureza do próprio teatro. Esse é o lugar, é o espaço ideal, é o espaço que se dá com grande organicidade. Então, desenvolver estes mecanismos sobre o palco era muito fácil, mas nunca tinha sido feito. Pegar um pano, sacudir e dizer que era um mar! Foi neste momento que a gente começou a brincar e ter um campo de liberdade de poder pensar qualquer coisa.

Eu me sentia leve, saída do mundo do concreto, dos materiais pesados, das alvenarias e podia lidar com tudo que era leve, num lugar sem limite. Um lugar de exercício coletivo de muito prazer.

Eu tive um inicio muito feliz e promissor. As coisas davam certas, ganhamos prêmios.
Era sempre instigante o novo trabalho.

Por acaso, também Figurinos

O primeiro figurino que fiz também foi pra Sonia Braga que fazia um papel de criança no País dos Prequetés. Era um macacão enorme e ninguém a reconhecia. Os pais das crianças iam ate o teatro ver a Sonia gostosa e não a reconheciam. Isto chegou a dar problema para os produtores. Isso também aconteceu por acaso. Eu não sabia fazer figurino. Pra mim existia apenas a questão da forma, fossem cenários, figurinos ou adereços. Tudo se misturava. Eu pensava o corpo do ator como mais um elemento de cenografia. Eu aprendi isso com o Ripper que dizia: “tudo que está em cima do palco é cenografia, seja vivo ou morto”. E é verdade, é a grafia da cena.

Acho que o primeiro figurino que fiz sozinha foi em 80, para o Eduardo Tolentino. A peça chamava A Fada que Tinha Ideias, também uma produção da Elvira.

Croqui do cenário Ali Babá e os 40 Ladrões, direção Wolf Maia, 1992

A Importância dos Espetáculos Infantis

Ocorre que nesse período eu acabei casando, tive a Marina e a condição maternal foi me levando. A ligação com a infância estava muito presente. Eu desenhava, escrevia coisas pra minha filha. Eu a levava para as produções e acabavam por ocorrer situações incríveis. Num deles, o Buza Ferraz estava dirigindo A Loja das Maravilhas Naturais. O espetáculo tinha umas mortalhas, que eram costuradas em diferentes lados. A costureira passava a costura de um lado, jogava o figurino para um lado, costurava outro lado, fazia outra pilha. De repente, eu percebi que minha filha que tinha quatro meses tinha desaparecido. Foi uma angustia um desespero, até descobrirmos que ela estava dormindo tranquilamente debaixo de uma das pilhas de mortalhas.

Em outra, ela começou a fazer cocô branco. Levei-a no médico e descobri que ela estava comendo bolinhas de isopor. Enquanto eu fazia adereços, ela engatinhava pela casa e ia comendo as bolinhas sem que eu percebesse. Acho que o fato de eu ver a Marina ir crescendo me aproximava muito do universo da criança e por consequência do teatro infantil. Também tinha as filhas das minhas amigas, que adoravam tudo o que eu fazia.

O teatro infantil sofreu um baque muito grande de dez anos pra cá e eu também me distanciei muito. Por acaso, acabo de fazer o espetáculo Nós do Tempo, direção do Daniel Herz, mas foi em circunstâncias muito diferentes. Jogo rápido, com patrocínio, e onde não estava em questão aquele deslumbramento que o teatro representava pra mim naquele período.

Nesse espetáculo, que eu gosto muito, eu propus que a história, que originalmente não tinha um local preciso, se passasse num museu. Então eu fiz um cenário que em princípio seria considerado para adultos, porque coloquei muito quadros barrocos e citações à obras de Duchamps. Mas como a criança está sempre aberta a tudo, está pronta a ser estimulada, ela se fascina pelas coisas que não consegue compreender bem ou está vendo pela primeira vez.

Minha relação com o teatro infantil sempre foi muito séria e eu o considerava trabalho de grande importância. Eu mudei minha vida toda, por causa dele. Tanto que quando eu fui fazer o espetáculo do Luiz Mendonça, Barreado, toda a experiência que adquiri depois de ter feito as produções com a Elvira, levei pra lá. Fiz uma mistura só. Inclusive fiz os figurinos e lembro que ficaram coloridos demais. Lembro que na crítica do Yan Michalski, ele dizia que: “os figurinos transavam o corpo numa boa” – eu fiquei meio traumatizada, pois não sabia se aquilo era um elogio ou não.

Foi a experiência dos espetáculos infantis levados para uma peça adulta com Elizabeth Savala, Miriam Pires e outros atores conhecidos da TV. Para mim era a mesma coisa. Era um novo desafio, um mundo que se abria.

Fazer teatro infantil era muito sério para mim, pois era minha vida. Eu me sentia descobrindo um universo plástico fabuloso, num momento onde se estava construindo uma imagem calcada na cultura popular, que não existia para o teatro, nem para a criança. Hoje esta imagem já está muito difundida, então foi também como uma bandeira a ser fincada.

Por exemplo, no espetáculo do Eduardo Tolentino, A Fada que Tinha Idéias, que era uma história de fadas, escrito pela Fernanda Lopes de Almeida, Serginho e eu não queríamos fazer fadas tradicionais e me baseando num animal, peguei um pouco do universo do popular, da cultura indígena, da natureza, dessa mistura, eu fiz as fadas com dois chifres enormes. Eu lembro que a Flora Sussekind fez uma crítica me indagando o porquê de modificar a imagem de figuras tão tradicionais. Deu um pito mesmo. Mas a ideia era justamente essa, de romper com o tradicional.

Croqui do cenário de Calendas da Primavera, direção Márcia Duvalle, 1993

Eu tinha noção que eu estava criando algo que era inédito para a criança e que se eu colocasse em cena um cachorro rosa de seis patas, isso seria uma nova referência para a criança. Então, eu tinha um prazer enorme de inventar coisas que não existiam e que modificavam as referências clássicas do Teatro. Eu adorava O Tablado, mas eu ia por outro caminho, que provocava discussão. Tanto que o primeiro trabalho que eu fiz no Tablado, foi muito complicado. As pessoas me vinculam muito ao Tablado, mas na verdade eu fiz poucos espetáculos lá. Três com meu irmão, um com a Clara, A Coruja Sofia e o último, O Alfaiate do Rei, com a Cacá Mourthé. O único que fiz com a Clara, A Coruja Sofia, eu logo disse: “vamos trabalhar com os bichos da Amazônia”.

Da mesma forma, que quando eu fiz o Peter Pan com a Sura Berditchevsky, no início era um Peter Pan com referência no Walt Disney, com aquelas tabas americanas. Eu não queria índios do Arizona. Eu queria buscar referências brasileiras. Pra mim a Terra do Nunca era no Amazonas.

Era um condicionamento nosso de sempre trazer o universo externo, colonizado. Então era uma coisa política e também descobrir novas soluções.

Atualmente, eu não me sinto mais desafiada. Não tenho tido mais oportunidades de fazer trabalhos que possam me instigar. Que possam trazer novas experiências cênicas, algo de novo.

Continuo fazendo, de vez em quando, algumas coisas. Em 2005, fiz com a Cacá Mourthé, O Alfaiate do Rei, e foi um prazer enorme. Não tive que fazer nenhuma investigação, mas eu fiz algo que em princípio não se faz: um cenário todo verde, que é uma cor problemática. Era um fundo de grama plástica, herdado de outro espetáculo, mas quando o Jorginho de Carvalho iluminou, ficou ótimo. E este espetáculo com a mais pura memória clássica do teatro infantil, que são os contos de fada.

Agora estou esperando ter netos, para talvez, quem sabe, voltar minha onda. Mas acontece que trabalhar com cenografia demanda recursos e quando eu quero fazer alguma coisa e não tem material é a mesma coisa que um diretor trabalhar com atores que não tem voz. Enfim, quando o trabalho não tem os meios, como eu gostaria que tivesse, eu fico muito chateada, me aborreço e isso fica visível no processo. Agora quando acontece bem, é muito bom. Em qualquer trabalho, até hoje e sempre será assim.

Outras informações podem ser obtidas no site www.lidiakosovski.com

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Participação em Espetáculos para Crianças e Jovens

Como Cenógrafo

1979 – No País das Preguetés, de Ana Maria Machado, direção José Roberto Mendes, Teatro João Caetano
1980 – Flicts, de Ziraldo, adaptação Aderbal Junior, direção Jose Roberto Mendes, Teatro Princesa Isabel
1980 – A Loja das Maravilhas Naturais, de Benjamim Santos, direção Buza Ferraz Teatro Vanucci (em parceria com Sérgio Silveira)
1981 – Te Amo Amazôniade Paulo César Coutinho, direção Chico Terto, Parque Lage
1982 – A Fada que Tinha Ideias, de Fernanda Lopes Almeida, direção Eduardo Tolentino, Teatro SESC Tijuca (em parceria com Sérgio Silveira)
1983 – A Fada que Tinha Ideias, de Fernanda Lopes Almeida, direção Eduardo Tolentino, Teatro Vanucci
1983 – Cantares em Desafino, texto e direção Eugenio Santos
1984 – Ubu-Rei, de A. Jarry, direção Ricardo Kosovski, Teatro O Tablado
1986 – O Rei Mago, de Thiago Santiago, direção de Lucia Coelho, Teatro Gláucio Gill
1987 – E Ribnid, de Luis Carlos Tourinho e Andréa Fernandes
1987 – Um Peixe Fora D’Água, texto e direção Sura Berditchevski, Teatro Villa Lobos
1988 – Vale a Pena, de Sura Berditchevski, Teatro Posto Seis
1988 – Infância, de Thorton Wilde, direção Adriana Maia e Rubens Camelo
1988 – A Pipa, de Paulinho Tapajós, direção de Karen Acioly, Teatro Tereza Rachel
1988 – Dois Idiotas Sentados Cada qual no seu Barril, de Dudu Sandroni e Fátima Valença, direção Dudu Sandroni, Casa de Cultura Laura Alvim
1989 – Dois Idiotas Sentados Cada qual no seu Barril, de Dudu Sandroni e Fátima Valença, direção Dudu Sandroni, Teatro Glauce Rocha
1990 – Peter Pan, texto e direção Sura Berditchevsky, Teatro Villa Lobos
1992 – Ali Baba e os 40 Ladrões, direção Wolf Maia, Teatro Galeria
1992 – A Dama e o Vagabundo, direção Marcelo Saback, Teatro Casa Grande
1992 – Pianíssimo, de Tim Rescala, direção Karen Acioly, Teatro Villa Lobos – Espaço III
1993 – Calendas de Primavera, texto e direção Márcia Duvalle, Jardins do Museu da República
1993 – Tom Sawyer, adaptação e direção Luis Carlos Tourinho
1994 – A Coruja Sofia, de Maria Clara Machado, direção Cacá Mourthé, Teatro Tablado
1994 – Tudo por um Fiode Maria Clara Machado, direção Cacá Mourthé, Museu do Telephone
1994 – Amantes do Metrô, de Jean Tardieu, direção Renato Icarahy, Teatro Villa-Lobos
1995 – O Pássaro do Limo Verde, texto e direção Carlos Augusto Nazareth, Paço Imperial
1995 – Ludi na TV, de Luciana Sandroni, direção Dudu Sandroni, CCBB – Teatro III
1996 – A História de Catarina, direção Moacyr Chaves, Teatro Cândido Mendes
1996 – Decote, direção Daniel Herz e Susana Krugger, Teatro Gláucio Gill
1996 – Dois Idiotas Sentados Cada qual no seu Barril, de Dudu Sandroni e Fátima Valença, direção André Mattos, Teatro do Planetário
1996 – O Bravo Soldado Shweik, de J. Hasec, direção Bernardo Jablonski, Teatro Vannucci
1996 – Cabaret la Boopdireção Jorge Fernando, CCBB – Teatro II
1996 – Os Impagáveis, de Tereza Frota, direção Henry Pagnoncelli, Teatro Gláucio Gill
1997 – Manossolfa, texto e direção Karen Acioly, Centro Cultural Light
1997 – Orquestra dos Sonhos, de Tim Rescala, direção Karen Acioly, CCBB – Teatro II
1997 – No Passo do Compasso, direção Claudia Mele, coregorafias Stella Antunes, Teatro de Arena
1998 – A História da Baratinha, de Braguinha, direção Karen Acioly, Centro Cultural Ligth
1998 – A História de Catarina, de Ana Barroso, Monica Biel e Thereza Falcão, Teatro Cândido Mendes
1998 – A Casa Bem Assombradade Suzanna Kruger, direção Daniel Herz e Suzana Kruger, Casa de Cultura Laura Alvim (em parceria com Ney Madeira)
1998 – O Julgamento, de Daniel Herz, direção Daniel Herz e Susanna Kruger, Casa de Cultura Laura Alvim (em parceria com Ney Madeira)
2000 – O Avarento, de Molière, direção Amir Haddad, CCBB – Teatro I
2004 – O Alfaiate do Rei, de Maria Clara Machado, direção Cacá Mourthé, Teatro Tablado (em parceira com João de Freitas)
2004 – Leonce e Lenade Georg Büchner, direção Ricardo Kosovski, Teatro Tablado
2004 – Onde Canta o Sabiáde Gastão Tojeiro, direção Antônio de Bonis, Teatro Ziembinski
2006 – Nós no Tempo, direção Daniel Herz, Teatro dos Quatro
2006 – Peter Pan, texto e direção de Sura Berditchevsky, Teatro Villa Lobos

Como Cenógrafo e Figurinista

1998 – Em Cantos, de Oscar Wilde, direção Ricardo Kosovski (em parceria no cenário com  Derô Martins e Angela Guaraná), Teatro do Planetário da Gávea
1999 – Em Cantos, de Oscar Wilde, direção Ricardo Kosovski (em parceria no cenário com  Derô Martins e Angela Guaraná), Teatro da Caixa
2014 – A Bruxinha que Era Boa, de Maria Clara Machado, direção Cacá Mourthé, Teatro Tablado (em parceria com Derô Martin)
2016 – Tão Tão, texto Pedro Kosovsky, direção Cacá Mourthé, Teatro Tablado

Participação em Espetáculos Adultos

Como Cenógrafo

1982 – Barreado, de Ana Eliza Gregotti, direção Luis Mendonça
1985 – O Inspetor Geral, de Gogol, direção Ricardo Kosovski
1989 – O Inimigo da Classe, de Niggel Williams, direção Renato Icarahy
1990 – Bodas de Sangue, de Garcia Lorca, direção Renato Icarahy
1991 – O Ceu de Lona, de Juan Carlos Gene, direção Renato Icarahy
1992 – As Alegres Mulheres de Windsor, de William Shakespeare, direção Marcos Vogel, Teatro Gláucio Gill
1992 – Noite de Reis, de William Shakespeare, direção Dudu Sandroni
1993 – Cinco a Dois, de Tim Rescala e Estela Antunes, direção Bernardo Jablonsky
1993 – Charity Meu Amor, de Bob Fosse, direção Gene Foote
1993 – Céu de Lona de Juan Carlo Gene, direção Antonio Abujamra
1993 – O Burguês Fidalgo, de Molière, direção Marcos Vogel
1993 – Lamartine 2 – O Resgate, de Antonio de Bonis
1993 – Othello, de William Shakespeare, direção Marcos Vogel
1993 – Os Dois Cavalheiros de Verona, de William Shakespeare, direção Marcos Vogel, Museu da República
1994 – Samba Valente de Assis, de Flavio de Lyra
1994 – Pirandello Nunca Mais, de Ricardo Hoffsteter, direção Stella Freitas e Bernardo Jablonsky
1994 – A Cada Vez que se Conta Dele, de Bruno Lara Resende, direção Isio Guelman
1994 – Lear, de Eduard Bond, direção Gillray Coutinho
1994 – Amor de Quatro, direção Eliana Fonseca
1994 – Pixinguinha, de Fátima Valença, direção Amir Haddad
1995 – Eu Estou Apaixonado por Você, de Bia Montez, direção Márcia Albuquerque, Teatro Cândido Mendes
1995 – A Cor Dell’Arte, texto e direção Márcia du Valle
1995 – Encontros no Supermercado, de Shula Melguido, direção Cláudio Torres
1996 – Elvis, direção Cininha de Paula e Flavio Marinho
1997 – O Malfeitor, de Anton Tchecov, direção Rosiane Trotta, Casa de Cultura Laura Alvim, Sl. Rogério Cardoso
1997 – Tragédias Cariocas para Rir, direção Luis Arthur Nunes
1998 – Feitiço da Vila, de Andréa Fernandes
1999 – Dolores, de Douglas Dwight e Fátima Valença, direção Antonio de Bonis
1999 – O Momento de Mariana Martins, de Leilah Assunção, direção Luis Arthur Nunes
1999 – Um Gosto de Mel, de Shelagh Delaney, direção Amir Haddad, Teatro SESC Copacabana
1999 – Carmem, de Bizet, direção Augusto Boal
2001 – Opera dos 3 Vinténs, de B. Brecht e Kurt Weill, direção André Heller, CCBB – Teatro II
2002 – Elis, Estrela do Brasil, texto e direção Diogo Vilela, CCBB – Teatro I
2003 – Anjo Negro, adaptação Jose G. Ripper, direção artística André Heller
2004 – A Tempestade, de Shakespeare, direção Luis Arthur Nunes

Prêmios de Teatro

1980 – Flicts, Prêmio MINC / Troféu Mambembe RJ, Melhor Figurino
1988 – Um Peixe Fora d’Água, Prêmio MINC / Troféu Mambembe SP, Melhor Cenografia
1993 – Calendas de Primavera, Prêmio Coca Cola de Teatro Infantil RJ, Melhor Cenário
1997 – Encantos, Prêmio Coca-Cola de Teatro RJ, Melhor Cenário
1999 – O Malfeitor, Prêmio Shell RJ, Melhor Cenário

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Depoimento realizado no Teatro Cacilda Becker, para o Projeto Encontros e Oficinas, em 07 de novembro de 2006.