Esta dissertação investiga a dramaturgia contemporânea infantil através da análise de três textos teatrais de autores cariocas. Focalizando a leitura crítica em obras de Ana Barroso, Mônica Biel, Thereza Falcão, Karen Acioly e Luiz Paulo Corrêa e Castro, o estudo reflete sobre as possibilidades de tendências autorais, com vistas à renovação. Considero em minha pesquisa a premissa de que a dramaturgia é o ponto de partida para o espetáculo teatral, apesar de saber que esteticamente o fenômeno teatral alcança plenitude durante sua encenação. Porém, coloco esta mesma dramaturgia como dona de certa autonomia, ao possibilitar ao seu leitor a criação de um espaço cênico, mesmo que imaginário. Apesar da pesquisa enfocar a leitura crítica dos textos apresentados, também estarão presentes, de forma inerente, as reflexões sobre o teatro como espaço cênico. Afinal, a palavra no teatro significa fundamentalmente ação. São também elaboradas nesta dissertação relações entre o teatro infantil como expressão artística e gesto poético, além da observação da infância como essencialidade primitiva a estas instâncias. A análise destas peças teatrais aponta para propostas autorais específicas, dentro de um painel, em geral, frágil e pessimista. Cada texto segue uma proposta autoral autônoma, porém, todos incitam a escrita teatral infantil à condição de obra de arte, além da valorização da criança. Afirmo aqui, uma condição primordial para esta mesma criança: a de um ser humano dotado de potência criativa e inteligência. Portanto, demonstro, nesta dissertação, algumas possibilidades de tendências renovadoras para a atual dramaturgia contemporânea infantil na cidade do Rio de Janeiro, visando uma excelência teatral e respeito à infância.
Adriana de Assis Pacheco Dacache (*)
CAPITULO I – Introdução
1 – Nota Pessoal
2 – Panorama do Teatro Infantil
3 – Histórico
4 – Atualidade
5 – A Busca de Novos Caminho
CAPITULO II – Lasanha e Ravióli In Casa ou O Riso da Crítica
1 – A Fusão de Linguagens: Circo-Teatro
2 – A Criança e o Humor Lúdico
3 – A Paródia do Próprio Teatro Infantil
CAPITULO III – Tuhu, O Menino Villa-Lobos ou O Elogio Teatral à Infância
1 – O “Personagem Real”, o Personagem Teatral e a Natureza Infantil
2 – A Linguagem Poética
3 – Poesia e Música
4 – O Jogo Poético
CAPITULO IV – É Proibido Brincar ou o Direito ao Prazer
1 – Uma Questão de Espaço
2 – Teatro e Política
3 – O Inesperado Bate à Porta: A Fantasia
Agradecimentos
A Eliana Yunes, pela orientação eficiente e atenciosa. A todos os dramaturgos que confiaram e permitiram meu acesso à leitura de seus textos. Ao crítico e artista de teatro Carlos Augusto Nazareth, que gentilmente facilitou bastante minha pesquisa crítica. Aos professores que aceitaram participar de minha defesa. Aos órgãos CAPES e CNPQ, pelas bolsas concedidas, através da PUC/ RJ. Ao CBTIJ, pelas informações prestadas. A Cléa Oliveira, por todo seu apoio e carinho. A Chiquinha e Gilda, pela paciência e elegância. A César, pela ajuda na tradução, e por sempre me dizer que tudo iria acabar bem.
(*) Graduou-se em Psicologia (licenciatura e grau de psicólogo) pela Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro, com formação em Arte Terapia. Cursou Pós – Graduação Lato Sensu em Arte Educação – Leituras Contemporâneas, no Instituto de Educação UniLaSalle. Também estudou teatro e profissionalizou-se como atriz.