Renata Mizrahi

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A primeira vez

A primeira vez que assisti um espetáculo teatral infantil foi arrebatador. Eu me lembro que era uma criança que queria ver dez mil vezes o mesmo espetáculo. Eu me membro bem de O Sonho de Alice (1984) com a Miriam Rios, que fiquei fascinada. Outra foi Sapatinho de Cristal (1984) com Lucinha Lins, que me impressionou muito. Outra peça que várias vezes foi Verde que te Quero Verde, no Teatro Tereza Raquel. Tudo isso a partir dos quatro anos e eu ia muito mesmo. Mas na adolescência parei completamente e a minha ligação foi mais com a dança. Foi só aos 18 anos que o teatro volta na minha vida.

Família

Eu sou de uma família judia não tradicional e, portanto, estudei sempre em escolas judaicas e minha família me levava periodicamente ao teatro. Sou a mais velha de três filhos. Quando digo família não tradicional é porque meu pai nos anos 70 era roqueiro, tocava guitarra, gostava de rock progressivo, mas meus avós eram muito tradicionais. Então eu estava no meio de um drama judaico, de um pai roqueiro que tinha que cuidar uma joalheria que era o sustento da família. De uma mãe que ajuda o pai e eu numa classe média que desmorona nos anos 90.

A loja de joias veio do meu avô e chamava “Saul Joias” que nos anos 80 estava no auge. Meu pai sempre trabalhou com meu avô e também minha mãe trabalhava com eles. Mas nos anos 90, com o governo Collor, as coisas ficaram difíceis. Também começou a crise no casamento dos meus pais. Nós sempre tivemos um nível de vida de casse média alta. E de repente perdemos tudo. Até o dia anterior vivíamos com um certo conforto e no dia seguinte a família tinha perdido tudo. Foi nos meus 13 anos que minha família entra em falência financeira e então só continuei a estudar porque ganhei uma bolsa. Também por causa desse perrengue me afastei da vida cultural. Quando meus pais se separaram eu fiquei morando com meu pai e foi uma fase que eu acredito ter amadurecido muito. Depois fui morar com minha mãe em Copacabana. Para conseguir fazer as coisas que me interessavam comecei a trabalhar aos 17 anos.

Estudos

Aos 17 anos entrei na faculdade de história da UERJ (que não terminei)  e em paralelo fazia um curso de teatro com o Abílio Ramos no SESC Copacabana e foi nesse momento que tudo mudou. Em seguida fiz vários cursos e oficinas: com a Zaira Zambelli, no Tablado com a Bia Junqueira, outro com a Bia e a Lena Brito sobre Shakespeare, com a Paula Sandroni, nos Os Fodidos Privilegiados (onde ficamos muito amigas) e em seguida fiz a prova e entrei para a UNIRIO, com uma boa pontuação. Quando eu fiz vestibular para a UNIRIO, eu fiz tudo escondido. A gente morava com minha avó, que como disse era muito conservadora e controladora. Meus pais não eram religiosos, mas meus avós eram muito conservadores. Quando ela descobriu que eu estava fazendo curso de teatro, (ainda quando cursava história), ela achou que era uma brincadeira. Quando ela soube que eu entrei na UNIRIO foi um baque, foi muito complicado. E quando ela soube que ia me mudar, menos de um ano depois, ela ficou tão chateada que ela não me deixou pegar uma mala. Levei tudo em sacos plásticos. Elisa Jari, uma grande amiga da época, me ajudou com seu carro a levar tudo para os 20 metros quadrados. Foi minha rendição.

Nesse período eu ajudava meu pai na loja, que já estava em crise, mas ainda não tinha ido a falência. Para aumentar meus rendimentos e pagar as despesas eu pensei dar aulas de teatro. Eu fui nos colégios judaicos e pedi emprego. Tem uma coisa na religião judaica que os judeus tem que se ajudar e então eu pedi ajuda. Mas não me deram um emprego com carteira assinada. Disseram que eu poderia abrir um curso para a turma do ensino médio. Foi o que eu fiz e apareceram seis alunos. Só que eu fiquei muito assustada, pois na época eu tinha 21 anos e os alunos 15. Éramos quase da mesma idade, mas deu certo. Eu criei esse espaço no Colégio Eliezer e por causa disso eles me chamaram para dar aulas numa organização judaica para jovens chamada Hilel. Depois dei aula numa Colônia Judaica chamada Kinderland, durante 6 anos. Foi nessa colônia que tive uma experiência incrível, ficando onze dias fazendo teatro com crianças de 8 a 11 anos, sem a presença dos pais.

Minha vida nesse período era uma correria. Saía da UNIRIO e corria pra loja e depois ainda dava aulas de teatro. Dei aulas para crianças, jovens e adultos. Eu nunca fui de ficar na UNIRIO papeando e também não consegui fazer o curso em quatro anos. Sempre tinha uma matéria ou outra, que eu não consegui concluir. Também fui me infiltrando e aos poucos comecei a operar som em espetáculos e tudo isso conseguia me sustentar.

Nasce a escritora

Desde que eu comecei a fazer o primeiro curso de teatro eu entendi que eu tinha que escrever. Minha primeira experiência foi num Festival de Esquetes no Tablado. Eu me lembro que foi muito difícil. Resolvi escrever uma cena baseada numa poesia de Vinícius de Moraes. Quando comecei a ensaiar, todo mundo dizia “está todo mundo fazendo comédia, você vai encarar essa cena?” Não tinha outra maneira, mas eu me lembro que fomos muito bem, aplaudidos em cena aberta. E isso foi muito forte para mim. Não que eu acreditasse que a cena fosse perfeita, mas que era uma nova “porta” para eu entrar.

E enquanto eu fazia faculdade, eu nunca parei de escrever. Como nesse período havia muitos festivais de esquetes, eu escrevi uma quantidade enorme de cenas curtas. Não apenas para mim, mas para amigos que me pediam. E aí comecei a me destacar. Era indicada. Nunca ganhava, mas tive muitas indicações e já era muito importante para mim. E isso foi me impulsionando. O interessante é que na UNIRIO fiz interpretação, eu queria ser atriz. Mas com o tempo, me concentrei na escritura. Não é que deixe de gostar, mas é outra chave.

A primeiro texto adulto

Nada que eu disser será suficiente até que o sol se ponha foi o primeiro texto para teatro que escrevi, quando formei meu grupo que chamava Companhia Teatro de Nós. Participavam Diego Molina, Elisa Pinheiro, Letícia Medella, Isadora Medella, Anderson Rato, Bruno Perlatto e eu. Esse primeiro texto escrevi com a colaboração da Elisa. Nós duas atuamos com a direção do Diego Molina. Para nós deu muito certo. Foi um estouro, mas eu sabia que a peça não era boa. Tivemos até crítica da Bárbara Heliodora, péssima por sinal. Foi uma daquelas críticas antológicas que ela fazia, só falando mal. Diante disso, eu tinha duas opções: ou parar de escrever ou dizer “é agora que eu vou escrever!” e continuei.

Nesse começo, eu escrevia muitas peças adultas, com um caráter ingênuo, como Rua dos Sonhadores ou Um Dia para Anita. Todas montadas pela Companhia Teatro de Nós, dirigidas pelo Diego. Era uma época que não tinha editais. Não tínhamos CNPJ, nem dinheiro, mas produzíamos, nós mesmos.

Em 2007, escrevi o musical Coisas que a Gente não Vê! Essa peça surgiu da minha experiência dando aulas para crianças com uma qualidade de vida muito boa, com muita grana e ao mesmo tempo muito insatisfeitas. E eu comecei a perceber que quando os pais chegavam e davam para as crianças um pouquinho de afeto, elas acalmavam, mas os pais não percebiam isso. E a peça é a história de uma menina chamada Yasmin que queria afeto e não coisas, mas não conseguia se expressar. E embora eu já tivesse a Débora Lamm no elenco, não conseguíamos montar e não passava em nenhum edital.

Depois escrevi Joaquim e as Estrelas, a partir de um conto que já tinha escrito sobre olhar para o céu e também pela experiência que eu tive na Colônia de Férias onde as crianças olhavam para o céu e para as estrelas, coisa que nunca faziam em suas casas.

Em paralelo continuava escrevendo textos adultos, comédias e dramas, mas eu considero que tudo era ‘underground’ e montávamos todos os textos. Me uni a produtora Tatynne Lauria e fizemos um festival com três espetáculos na Casa da Gávea: Rua dos Sonhadores, Um Dia Anita e O Lar. Tudo sem grana, só com apoios. Não sei como a gente conseguia, mas a gente montava e apresentava.

Eu queria muito montar Coisas que a Gente não Vê!, mas acabou que Joaquim e as Estrelas estreou primeiro. Resolvi me associar com a Zucca Produções e entrei no edital da Oi Futura. Fiz o projeto dos dois espetáculos. Mas quem foi selecionado foi Joaquim e as Estrelas. De repente tínhamos dinheiro para produzir lindamente e estreamos em 2010 no Oi Futuro. O primeiro patrocínio pela companhia Teatro de Nós: Joaquim teve direção de Diego Molina, Trilha da Isadora Medella, Anderson Ratto na luz e Elisa Pinheiro no elenco, todos da formação original. Recebemos várias indicações e eu ganho o Prêmio Zilka Sallaberry de Texto. E aí eu “apareço”. Fico conhecida no mercado.

No ano seguinte, finalmente Coisas que a Gente não Vê!, com direção de Joana Lebreiro, ganha o patrocínio da Eletrobras e estreamos no Teatro SESC Copacabana, em outubro de 2012. Débora Lamm ganha como melhor atriz e eu ganho novamente o de texto, no Prêmio Zilka Sallaberry.

Joaquim fez várias temporadas, mas praticamente não saiu do Rio de Janeiro. Em compensação Coisas ganhou o edital da Petrobras BR e circulou por dez cidades.

Foi entre as produções de Joaquim e de Coisas que eu escrevi Francisco e o Mundo, para a companhia Teatro De Nós. Nesse momento começaram a aparecer vários editais e resolvi que já era tempo de abrir o CNPJ, em parceria com Diego Molina, a Teatro de Nós Produções Artísticas. Entramos no FATE, que era um edital da prefeitura do Rio e passamos. Montamos a peça em 2011 e estreamos no Teatro do Jóquei, mas o espetáculo não teve muita repercussão.

A autora de Teatro Infantil?

Quando eu ganhei o segundo prêmio Zilka Sallaberry pelos meus textos, começou a circular que eu era autora de teatro infantil e isso começou a me incomodar muito, porque eu tinha escrito muito mais textos de teatro adulto que infantil.

Ainda trabalhei em duas encomendas. A primeira foi Nadistas e Tudistas, adaptação do livro de Doc Comparato, com direção de Daniel Herz, que recebi a indicação de texto adaptado pelo Zilka Sallaberry. O segundo foi O Jardim Secreto, com direção de Rafaela Amado e Mariah Stuart. E resolvi parar. Eu já tinha parado de escrever meus textos. Não queria ficar conhecida como autora só de teatro para crianças.

Em 2013 consegui investir na produção de Os Sapos, com parceria de Sandro Rabello e o resultado foi a minha primeira indicação de texto adulto no Prêmio CESGRANRIO. Também participamos do FITA, em Angra dos Reis e também recebi uma indicação.

Acho que Os Sapos deu outra virada na minha trajetória, pois no ano seguinte ganhei o patrocínio no edital da Eletrobrás para meu texto Silêncio!  No mesmo ano, por uma encomenda escrevi Galápagos para Kadu Garcia e Paulo Gianinni. Assim no mesmo ano estreei Silêncio, com Suzana Faini e Galápagos dois meses depois. Com a primeira fui indicada a melhor texto no FITA e no CESGRANRIO. Com a segunda fui indicada a melhor texto no APTR e CESGRANRIO e fui premiada com o Shell, além de várias outras indicações e prêmios para a equipe.

Assim, em 2014 eu já não precisava provar nada para mais ninguém. E volto a escrever tanto para crianças como para adultos. Em 2015 estreia Ludi na Revolta da Vacina, adaptação do livro de Clara Sandroni, e que foi um convite da Thaís Tedesco e do Sergio Medeiros e no mesmo ano Marrom, nem Preto, nem Branco, também um convite da Vilma Melo. Tivemos muitas indicações, inclusive de texto, mas não ganhamos nada. Eu não escrevo textos pensando nos prêmios, mas é muito bom ter duas peças no mesmo ano e ser indicada em várias categorias.

Ser mãe

Em 2017 nasce meu filho Gael. Foi um mergulho profundo e a maior das viradas.  Nada foi fácil, eu não queria parar de trabalhar, e não conseguia dar conta de tudo e fui entendendo e me adaptando a essa nova forma de olhar para a vida.  Escrevi então uma peça sobre maternidade: Vale Night! Juntei uma equipe de mulheres e fizemos na raça. Era uma peça simples, mas eu precisava falar sobre essa transformação, as alterações de rotas, o prazer e a dor. E aí escrevi Gabriel só quer Ser Ele Mesmo. Durante dois anos fiquei tentando conseguir patrocínio, sem resultados. Me associei com Bruno Mariozz e em 2019 ganhamos o edital da Eletrobrás. Eu já tinha todos os atores, pegamos o dinheiro e estreamos no começo de 2020. Fizemos uma linda temporada no SESC Tijuca e aí veio a pandemia! Em 2021 começou a reabrir os teatros e reestreamos no Teatro PetraGold. Também fizemos outras apresentações e estamos querendo voltar para mais uma temporada, assim que der. Em relação aos textos adultos também continuei escrevendo, como Ana e a tal Felicidade, adaptação do livro de Cris Pimentel, Mãe de Santo e O que é que ele tem?

O pulo para a direção

Eu sempre escrevia para meus alunos e os dirigia. Adolescentes e adultos. Quando entendi que Os Sapos não passaria em nenhum edital, eu resolvi bancar a peça financeiramente. A direção seria da Inez Viana, mas como eu abdiquei de captar e ia investir, pensei que eu deveria assumir. Chamei uma parceira para estar ao meu lado, Priscila Vidca e formamos uma dupla. O sucesso de Os Sapos me encorajou a assumir a direção de Silêncio! ao lado de Prisicila. Hoje temos 4 peças juntas, além de Os Sapos e Silencio, Vale Night e Gabriel Só quer Ser ele Mesmo. Ela também tem duas direções solos e eu também ganhei as minhas, como Ludi… e a inédita Coringa.

O Ato da Criação

Acho que meu trabalho de escrever é caótico e organizado ao mesmo tempo. Às vezes tenho uma ideia muito fugaz que vai amadurecendo, vai amadurecendo muito lentamente. Às vezes coloco no papel, outras ficam só na cabeça. A encomenda já vem uma ideia quase que pronta. Isso é bom, mas também é muito trabalhoso fazer o outro feliz. No Teatro infantil, texto meu mesmo foram quatro, o Gabriel, o Joaquim, o Francisco e o Coisas. As demais foram solicitações. No teatro adulto a maioria dos textos vieram de mim, mas também tive algumas encomendas (O que é que ele tem?, Ana e tal felicidade, O Olho de Vidro, Chica da Silva – o Musical, Mãe de Santo, etc)  No audiovisual eu sempre faço uma espinha dorsal e vou completando, mas no teatro eu me sinto livre. É um processo mais demorado. O processo de Gabriel foi muito rápido, mas a história também é muito simples. Acho que o espetáculo ganha no jogo dos atores e na música. O que aprendi é que para fazer um espetáculo infantil, onde comparecem desde crianças de dois anos a pré-adolescentes e pais é que além de não subestimar a inteligência da criança, não pode ter um texto verborrágico de uma hora. Não precisa ser um musical, mas é importante ter música, pois ajuda muito no desenvolvimento da história. No momento observo que a escola do meu filho, particular, fica ao lado de uma escola pública. Tá vindo história por aí. Também adoro falar da subjetividade das crianças e suas jornadas para dentro.

Sou muito crítica

Quando vejo um espetáculo infantil, sou muito crítica, principalmente em relação a representatividade. A criança não tem conceitos tão definidos. Se a peça não provoca uma discussão, tipo isso não acontece mais ou será que isso ainda acontece? Se não colocarmos a criança para pensar, não acredito na potência da história. Outro exemplo é de fazer piada apelativa, apenas com o intuito de fazer rir. Acredito que temos que ser politicamente corretos em relação à criança. Podemos fazer outro tipo de humor, sem ser apelativo. Não se pode mais fazer um elenco todo branco. Toda criança tem que ser ver representada no espetáculo. Acredito que fazer teatro é um ato político.

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Participação em Espetáculos para Crianças e Jovens

Como Atriz

2003 – Asilo Paraíso, texto e direção Alan Castelo, Teatro Glauce Rocha
2007- Alberto Azulão, texto Julia Spadaccini, direção Anderson Aragon, Teatro Planetário


2010 – Joaquim e as Estrelas, direção Diego Molina, substituindo no Teatro Imperator e Serrador
2013 – Coisas que a Gente não Vê!, direção Joana Lebreiro,  substituindo na Caravana Cultural Petrobrás

2016 – Marrom, nem Preto, nem Branco?, direção Marcelo Alonso Neves, Teatro Arena SESC Copacabana, de 16.07 a 14.08
2013 – O Jardim Secreto, direção Rafaela Amado e Mariah Stuart, CCBB, Teatro II
2013 – Nadistas e Tudistas, direção Daniel Herz, Teatro Oi Futuro e Teatro Ipanema
2012 – Coisas que a Gente não Vê, direção Joana Lebreiro, outubro no Sesc Copacabana, novembro no Teatro Solar de Botafogo, janeiro e fevereiro de 2013 no Teatro das Artes.
2012 – Momo e o Senhor do Tempo, direção Cristina Moura, Teatro Oi Futuro Flamengo, de 08.12 a 10.03.2013
2011 – Francisco e o Mundo, direção Diego Molina, Teatro Municipal de Jockey, de 13.08 a 25.09
2010 – Joaquim e as Estrelas, direção Diego Molina, Teatro Oi Futuro Ipanema, de 24.07 a 10.10


2016 – Ludi na Revolta da Vacina, adaptação do livro de Luciana Sandroni, estreia 09.04
2020 – Gabriel só quer Ser Ele Mesmo, direção em parceria com Priscila Vidca, Teatro SESC Tijuca, de 11.01 a 16.02. Teatro Petra Gold outubro de 2021


2018 – Por quê??? , direção Diana Herzog (RJ)
2022 – Tatipirum, direção Guilherme Moreira e Pitanga Araújo (SP)

Participação em Espetáculos Adultos

Como Atriz

1999 – Primeiro de Abril, direção Abílio Ramos, Sesc Copacabana
2000 – Parece Pinter, direção Paula Sandroni, Teatro Dulcina
2001 – A Visita da Velha Senhora, direção Paula Sandroni, Teatro Calouste Gulbenkian
2004 – O Diário de Anne Frank, direção Juliana Zaur UFRJ
2005 – Nossa Cidade, direção Ana Paula Abreu UFRJ
2005 – Bonitinha, mas ordinária, direção Alexandre Bocanera, UNIRIO



2005 – Nada que eu disser será suficiente até que o sol se ponha, direção Diego Molina,  – Sesc Copacabana, Planetário e Sérgio Porto
2007 – Rua dos Sonhadores, direção Diego Molina, Teatro Ziembinski e Casa da Gávea
2008 – Cuide Bem das Orquídeas, direção Anderson Aragon, Teatro 3 Vila Lobos

2021- Ana e a tal Felicidade, adaptação do livro de Cris Pimentel, direção Nina Reis e Carol Araújo, Espaço Cultural Sérgio Porto
2021 – Mãe de Santo, direção Luís Antônio Pilar, SESC On Line
2020 – O que é que ele tem? inspirado no livro de Olivia Byiton, direção Fernando Phibert
2016 – Chica da Silva – o Musical, direção Gilberto Gawronski, Teatro dos Correios
2014 – Galápagos, direção Isabel Cavalcanti
2019 – E se Mudássemos de Assunto, direção Marcos França
2017 – O Olho de Vidro, direção Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia
2015 – WAR, direção Diego Molina
2013 – Bette Davis e a Máquina de Coca-Cola, direção Diego Molina
2012 – Caixa de Phosphorus, direção Susanna Kruger
2008/2009/2010 – Projeto Clube da Cena
2005 – Nada que eu Disser será suficiente até que o Sol se Ponha, direção Diego Molina
2006 – Um dia para Anita (em parceria com Julia Spadaccini), direção Diego Molina
2007 – Rua dos Sonhadores. direção Diego Molina
2008 – Cuide Bem das Orquídeas, direção Diego Molina
2007 – Lar… 9 (com Cesar Amorim e Fernando Caruso) direção de Diego Molina e Vinícius Arneiro
2003 – 5 Atos, direção Juliana Zarur

2019 – Vale Night, Teatro Candido Mendes
2014 – Silêncio!, (em parceria de Priscila Vidca) Teatro Sesc Copacabana
2013 – Os Sapos (em parceria com Priscila Vidca) Teatro Tom Jobim

2021 – Os Sapos, direção Clara Linhart, curta-metragem
Inédito – Os Sapos, direção Clara Linhart, longa-metragem
2021 – Meus 4 Maridos, direção de Fred Mayrink, longa-metragem
2020 – Amores de Chumbo (em parceria com Tuca Siqueira), direção Tuca Siqueira, longa-metragem
2016 – Bodas, direção Alexia Maltner curta-metragem

2021 – Maria, direção Iberê Carvalho, telefilme, especial Rede Globo Brasília
Ano – Os Homens são de Marteé Prá lá que eu Vou, direção Suzana Garcia, seriado – 2ª temporada, GNT
2022 – Matches, seriado, 2ª temporada, Warner, inédita
Ano – Tem Criança na Cozinha, seriado, Gloob
Ano – Minha Estupidez (em parceria com Fernanda Torres), seriado, Conspiração Filmes e GNT
Ano – Porto, em parceria com Sérgio Rezende, série policial, inédito
Ano – Vai que Cola, seriado, Multishow
Ano – Tempero de Família, programa culinário, GNT
Ano – A Vila, seriado, 4ª temporada, Multishow
2015 – Pinna e Otto, o Enigma da Maldição, em parceria com outros), Pávirada Filmes
Ano – Liga das Estrelas, direção Iberê Carvalho, seriado, Surreal filmes (inédito)
Ano – Cias de Teatro Brasileira, direção Roberto Bomtempo, Camisa Listrada e Canal Curta

Livros Publicados

(Em pesquisa)

2017 – Marrom – Nem Preto, Nem Branco? – Indicada Prêmio Zilka Salaberry, de Texto
2017 – Marrom – Nem Preto, Nem Branco? – Indicada Prêmio CBTIJ de Teatro para Crianças, de Texto
2017 – Ludi Na Revolta da Vacina – Indicada ao Prêmio CBTIJ de Teatro para Crianças, de Texto Adaptado
2017 – Ludi Na Revolta da Vacina – Indicada ao Botequim Cultural, de Texto Adaptado
2014 – Galápagos – Prêmio Shell de Melhor Texto
2014 – Galápagos – Indicada ao Prêmio CESGRANRIO de Texto
2014 – Galápagos – Indicada ao Prêmio APTR de Texto
2014 – Silêncio – Indicada ao Prêmio FITA, de texto
2014 – Silêncio – Indicada ao Prêmio CESGRANRIO de Texto
2013 – Os Sapos – Indicada ao Prêmio FITA de texto
2013 – Os Sapos – Indicada ao Prêmio CESGRANRIO de texto
2013 – Nadistas e Tudistas – Indicada Prêmio Zilka Salaberry, de Texto
2012 – Coisas que a Gente Não Vê – Prêmio Zilka Salaberry, de Texto
2010 – Joaquim e as Estrelas – Prêmio Zilka Salaberry de Texto



ano – Amores de Chumbo – Melhor Roteiro no 11º Festival de Cinema Triunfo
2019 – Bodas – Melhor Filme no Primeiro Festival Internacional de Le Gent Gran, de Barcelona
2020 – Rodante – Melhor argumento infanto-juvenil no Festival Cabíria

2014Tem Criança na Cozinha – Prêmio Comkids
2016Tem Criança na Cozinha – Indicação ao Emmy Kids

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Depoimento dado à Antonio Carlos Bernardes, no bairro do Cosme Velho, na cidade do Rio de Janeiro, em 22 de março de 2022.