Marcelo Caridade

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Primeiros contatos 

A primeira peça que eu assisti foi O Casaco Encantado, no Teatro Leopoldo Fróes, em Niterói. Eu tinha uns nove anos e, naquele momento, me apaixonei pelo teatro. Muito tempo depois eu acabei trabalhando com os atores que encenavam o espetáculo e que viriam a fazer parte do Grupo Papel Crepom.

Inclusive, eu brinco com eles dizendo que fizeram teatro infantil para mim. Mas ainda demorei um bom tempo para entrar no meio. É curioso o fato de que eu gostava muito de teatro, embora não tivesse o hábito de ir ao teatro.
Eu vi O Casaco Encantado e depois só lembro-me de ter assistido a Os Saltimbancos, em 1974, com Marieta Severo, Grande Otelo e Miúcha, no Canecão. Ali eu senti que o musical seria a minha praia.

No início eu fazia teatro no playground do meu prédio e depois, em Rio Bonito, onde moravam meus avós. Eu me juntava com minha prima e com outras pessoas que gostavam de teatro e criávamos nossas histórias. Nessa fase eu já devia ter uns 11 ou 12 anos. Na escola comecei a me envolver com trabalhos direcionados para o teatro. Eu tinha uma professora de história que passou um trabalho sobre feudalismo e nosso grupo fez uma peça de teatro Eu entrei de última hora e foi um sucesso, pois acabei fazendo humor dentro do espetáculo. Aí comecei a ver que desejava fazer humor e musical, mas só comecei a fazer teatro em 1980.

O Começo da Carreira

Eu escrevi um texto que retratava a revolta dos adolescentes com as suas famílias e um grupo de teatro de Niterói montou o espetáculo, que foi aberto ao público profissionalmente. O título era A Falta de Amor dos Adolescentes na Sociedade, Gritando para que suas Vidas não se Tornem Cotidianas. Na verdade, a gente partiu de uma criação coletiva, pois cada um dos atores falou de suas experiências, e eu fiz a redação final. Era um Despertar da Primavera do subúrbio! Só atuei, não dirigi. Resolvi fazer vestibular para a Faculdade de Teatro, tentei dois anos seguidos, mas fui reprovado. Montei então Sossega Leão, em 1982, espetáculo escrito e produzido por mim e dirigido pelo Fábio Klein, no qual interpretei o Leão.

O Eduardo Roessler e a Lucia Cerrone viram o espetáculo, gostaram e me puxaram para o Grupo Papel Crepom. Fiz dois trabalhos seguidos com o grupo, depois parei e montei Maria Minhoca, em 1986. Naquela época, tinha um grupo de atores dentro do Papel Crepom que, digamos, visava atravessar a Baía da Guanabara: a Cláudia Neto, a Beatriz Gemal, o Marco Antonio Campos e eu. E, realmente, os quatro acabaram indo para o Rio trabalhar. Em 1987, voltei a trabalhar com o Papel Crepom em O Auto da Compadecida.

Diretor, Ator e Autor

O ator veio na frente, mas hoje está em segundo plano. É até engraçado, mas hoje em dia eu vejo o diretor na frente. Acho que a direção me chamou a atenção, porque, a partir do momento que você começa a dirigir, você tem que viver aqueles personagens e isso é um grande exercício para um ator. A autoria surgiu numa fase em que eu tinha muito que falar e aproveitava para botar tudo na boca dos personagens. Depois, como eu queria mostrar meu trabalho como ator, escrevi muita coisa com a Maninha (Lucia Cerrone). Foi a fase do besteirol, dos esquetes… mas hoje em dia o autor esta engavetado.

Espetáculos mais Marcantes

Os Saltimbancos (1985) foi o grande marco da minha vida profissional. Eu era bancário, além de fazer teatro, quando o Cláudio Handrey me chamou para fazer esse musical. Eu entrei para ser stand in, mas num determinado momento, o rapaz que estava fazendo o jumento não pode mais fazer e eu já estava pronto para o personagem. Então, larguei o Banco, mergulhei de cabeça na carreira de ator e me profissionalizei.

A Lenda de Robin Hood, em 1992, também foi muito importante na minha vida, em vários aspectos. Eu escrevi o texto com o Marco Antonio Campos, em 1987. Levamos então o texto para o Henrique Taxman ler. Ele levou o texto para a Cininha de Paula. Ela não pode dirigir, mas ficamos amigos e acabei trabalhando no Grupo CIVELU, da Lupe Gigliotti, fazendo várias festas de aniversários. Aprendi muito nessa época e virei até diretor no grupo. Foi uma segunda família para mim.

Perdidos num Espaço, espetáculo adulto que fiz em 1989, teve importância na minha carreira por ter sido uma ponte para a televisão. Eu estava fazendo o espetáculo no Teatro Aurimar Rocha e um dia íamos cancelar porque não tinha público nenhum, quando surge a Fafy Siqueira dizendo o que a Xuxa viria naquela sessão. E ela realmente viu o espetáculo com um casal, a Marlene Mattos, dois seguranças, duas Paquitas e dois poodles. Até hoje eu falo que fiz o espetáculo pra cachorro – literalmente. Em compensação, um mês depois a Marlene me procurou dizendo que tinha um personagem para mim no programa da Xuxa: o Ratanzig, o fuxiqueiro. A partir daí eu passei a dar aulas de teatro para crianças e jovens na PQT, a Casa que a Marlene abriu em Botafogo. Quando os paquitos e as paquitas faziam filmes, era eu que batia o texto com eles.

Como diretor, meu trabalho mais importante foi Uma Professora Muito Maluquinha, em 1997, texto do Ziraldo adaptado para o teatro pela dupla Elvira Ellena e Vera Novello. Os atores fizeram improvisações, trabalhos de resgate emocional, e o Ziraldo, aos prantos, disse que eu fiz o livro dele ganhar vida. Considero minha obra-prima.

Diferentes Fases no Teatro Infantil 

Eu atuei em vários espetáculos adultos, mas minha história está ligada ao teatro infantil. Foi ele que me deu vida longa, como ator e diretor.

Eu acredito que para ser um bom profissional, em nossa área, é preciso ser um bom observador. E eu aprendi observando diretores como Wolf Maia, Cininha de Paula, Henry Pagnoncelli, Sidney Cruz, Antonio Pedro, cada um deles, com uma informação diferente.

Fiz Picasso, em 1987, no Teatro Ipanema. O texto, inspirado na vida e na obra do Picasso, era interpretado por uma trupe de clowns. No elenco, além de mim, estavam a Beth Lamas, o Renato Castelo, a Lolly Nunes, a Maristela Provedal e o Renato Perez. O espetáculo e a trilha sonora eram belíssimos, não entendo como não fez sucesso. No mesmo ano, atuei em Aladim, com o grupo Papel Crepom. Mas chegou um momento em que nada acontecia e resolvi então me apresentar como diretor, montando A Lenda de Robin Hood, em 1992.

Selecionei um elenco de pessoas que eu conhecia, entre elas, a Alice Borges, a Renata Laviola e o Marco Antonio Barbosa e eu, além de dirigir, interpretei o Príncipe João. A peça ficou seis meses em cartaz no Teatro Tereza Rachel, foi um sucesso e o elenco acabou virando uma família. Minha sócia e parceira nessa empreitada foi a Eveli Fischer.

No ano seguinte interpretei o protagonista de A Volta de Chico Mau, musical da Lupe Gigliotti, dirigido por ela e pela Cininha de Paula. Nessa época, ganhei o apelido de Robert de Niro do teatro infantil, porque era indicado a todos os prêmios. Acabei ganhando o Coca-Cola e o Mambembe.

Nos anos seguintes, atuei em três peças da Teresa Frota: em 1994, Viravez, O Cortez, em 1995, A Lei e o Rei e em 1996, Os Impagáveis. Nesta última fiz o personagem Carcaça, que me deu novamente o Prêmio Mambembe de melhor ator.

Em 1998 fiz os personagens Ludgero e Bello, em Pum! – Uma Opereta Romântica, texto de Arthur Azevedo que o Ronaldo Tasso – um autor e diretor que fez coisas belíssimas – adaptou para crianças. Como tive um problema de saúde, o Leandro Hassum me substituiu nesse espetáculo. É curioso o fato de que o Leandro fez muitos infantis com o Papel Crepom, inclusive, todos os personagens que foram meus, mas eu só vim a conhecê-lo muito tempo depois, numa leitura dramática no Tablado.

Cia. de Repertório de Teatro Musical

Quando voltei a morar em Niterói, em 1998, decidi montar uma Companhia. Niterói só tem espaço para a música, não se dá valor ao teatro. Naquela época, o Secretário de Cultura da cidade fez uma reunião com algumas pessoas ligadas ao teatro e disse que não teria condições de reabrir o Teatro Leopoldo Fróes. Eu sugeri que ele fizesse Lonas Culturais, já que a cidade tem muitos espaços próprios para elas, e que cada uma fosse administrada por uma companhia de teatro de Niterói. Ele achou a ideia excelente, mas ela acabou não saindo do papel. Coincidentemente, naquele ano eu fiz As Desgraças de uma Criança, com direção de Wolf Maia, e soube da existência de um documento que dizia que Martins Pena tinha nascido em Niterói. Decidi então criar, junto com a minha companhia, o Festival Martins Pena, que acabou lotando o Teatro da UFF nas noites de segunda-feira.

Oficina de Teatro

Eu me formei em musical fazendo uma escola profissional que o Antonio Pedro abriu, em 1987, no CIEP de Ipanema: a Escola de Teatro Musicado Brasileiro. Lá, eu tive aulas de interpretação com o Antônio Pedro e o Luís Antonio Martinez Correa; de canto, com o Luiz Antonio Barcos; de dança contemporânea, com a Graziela Figueiroa, entre outros ótimos professores. Eu tive o prazer de fazer parte deste curso e nele aprendi coisas que foram fundamentais para minha carreira.

Em 1999, eu decidi abrir a Oficina de Teatro Marcello Caridade, que inclui aulas de interpretação, dança, canto, acrobacia e técnica vocal. E todos os anos fazemos questão de encenar um espetáculo com os alunos, direcionado às crianças, para que eles vivenciem a experiência de trabalhar no teatro. Nós queremos que eles acreditem que podem, sim, trabalhar com isso, que desejem ser profissionais dessa área. O teatro infantil não é um teatro menor e esse título Teatro Infantil só existe aqui e na França. Nos outros lugares teatro é teatro, tanto que você vai ver A Pequena Sereia, na Broadway, às nove horas da noite. O que existe lá fora é o teatro livre e o proibido para menores.

Robin Hood que estamos começando a montar agora, por exemplo, é uma história para crianças, mas também para jovens e adultos.

O Presente 

Atualmente, eu quero muito fazer um projeto de ator, um projeto de arte. Estou mais seletivo, gostaria de fazer Ariano Suassuna na televisão, por exemplo. Gosto de fazer humor, mas não é só isso que eu sei fazer. Estou fora do programa Zorra Total desde 2002, mas até hoje me perguntam se ainda faço parte.

Como diretor, estou investindo na nova montagem de Robin Hood. Só que não sei ainda onde vou arrumar subsídio para estrear, pois acho que ele se banca durante a temporada. O espetáculo teve alguns apoios, por isso não está no vermelho. Além disso, tenho uma companhia que trabalha mesmo! Eu ensinei os atores a martelar e a pintar o cenário, a costurar o figurino. Não temos contrarregras, eles são os contrarregras, os camareiros, os maquinistas, eles fazem tudo e eu acho que, hoje em dia, é isso que faz um espetáculo acontecer. Na minha oficina é assim: tudo se transforma tudo se recicla. O espetáculo Hércules acabou e três anos depois eu montei o Simbad. Como não tinha apoio, falei para minha mãe: se prepara, nós vamos transformar a Grécia na Arábia!

Sobrenome e Parceria

Meu avô era português, então meu nome é Marcello Caridade. Mas teve um momento na minha vida em que eu tive implicância com Caridade, pois achava que parecia aquela coisa de fé, esperança e caridade – parecia campanha religiosa. Como tinha o Amir Haddad, eu resolvi tirar o “e” e deixar Caridad. Só que aí as pessoas começaram a me chamar de Caridá e eu não queria deixar de ser Caridade. Resolvi então resolvi devolver a letra “e” ao meu sobrenome. E não penso mais em mudar!

Hoje minha mãe Dona Zezé, é minha grande incentivadora. De uns dez anos pra cá ela começou a trabalhar ao meu lado, como figurinista. Eu piro e ela me acompanha. Na montagem atual de Robin Hood, tivemos um apoio pequeno da Werner Tecidos, mas como tínhamos muitas sobras de outras produções, ela aproveitou tudo e fez um figurino lindíssimo, em patchwork, brincando com os tons de verde camuflando o bando do herói.

Perspectivas do Teatro Infantil na Atualidade 

Teatro infantil pra mim é formação de plateia; informação, um meio de mostrar cultura pra essa geração que vai tomar conta de nós daqui a alguns anos. Mostrar histórias com emoção “ao vivo”, ali pertinho! Um meio mágico de fazer as crianças, como plateia, terem contato direto com o lúdico. Além do que, é com “esta plateia”, que a gente tem a resposta sincera, a crítica leal; a criança não esconde o seu sentimento, se gosta, ela fica ali, com os olhinhos brilhando, se não gosta, pede logo pipoca à mãe, faz manha, ou fica por ali correndo brincando de pique com um coleguinha.

O Teatro Infantil deveria ser tão respeitado quanto qualquer outra produção “zilionária” que esteja em cartaz. Temos que lembrar que o Teatro Infantil de hoje é que vai formar o publico de amanhã. E “tirar” as crianças deste contato, faz com que a “idiotice” se estenda cada vez mais entre nós! É preciso entender que fazer teatro para criança é bem mais complicado que fazer para o adulto, pois é uma “dramaturgia” que não vai só entreter, mas também educar, informar. O que vejo hoje, por aí, é uma total falta de respeito com o teatro, principalmente, com espetáculos direcionados ao público mirim. São tratados como “tolinhos”, quando na verdade a criança de hoje já está na internet; é preciso resgatar a literatura, acompanhando o ritmo da meninada de hoje! Tanta coisa que deve ser feita por essa plateia tão especial!… Eu não desisto de ter o prazer de trabalhar pra eles; não importa o descaso que as casas de espetáculo dão a nossa categoria, não importa o desprezo que as grandes empresas patrocinadoras dirigem ao universo da infância e juventude, não importa a falta de espaço na imprensa, não importam os obstáculos cada vez maiores para se realizar um empreendimento infantil; eu sempre terei orgulho de fazer teatro para crianças.

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Participação em Espetáculos para Crianças e Jovens

Como Ator

1982 – Sossega Leão, de Marcello Caridad
1982 – Araribroadway, direção de Eduardo Roessler
1984 – Peixe que Te Quero Peixe, de Marcello Caridad
1985 – Os Saltimbancos
1986 – Maria Minhoca, de Maria Clara Machado
1987 – Aladim e a Lâmpada Maravilhosa, de Eduard Roesseler
1987 – João e Maria, adaptação, direção e cenografia Eduard Roessler
1987 – O Casamento da Dona Baratinha, de Jorge Azevedo
1988 – Picasso, de Sidney Cruz
1991 – Os Saltimbancos, de Sérgio Bardotti
1992 – A Lenda de Hobin Hood, de Marcello Caridade Marco Antonio Campos
1993 – A Volta de Chico Mau, de Lupe Gigliotti
1994 – Viravez, O Cortês, de Teresa Frota
1995 – A Lei e o Rei, de Teresa Frota
1995 – A Menina e o Vento, de Maria Clara Machado
1996 – Os Impagáveis, de Teresa Frota
1998 – Pum! Uma Opereta Romântica, concepção e direção: Ronaldo Tasso

Como Diretor

1984 – Peixe que Te Quero Peixe, de Marcello Caridad
1986 – Maria Minhoca, de Maria Clara Machado
1989 – Cataplum, de Paulo Fontes
1992 – A Lenda de Robin Hood, de Marcello Caridad
1996 – A Gata Borralheira, de Maria Clara Machado
1996 – Uma Dama e Um Vagabundo, em parceria com Anderson Muller
1997 – Professora Muito Maluquinha, de Vera Novello e Elvira Ellena
1998 – Maria e João, de Marcello Caridad
2000 – Branca de Neve e os Sete Anões, de Marlene Barbeta
2000 – Zucker, Um Doce Duende, de Valéria Medeiros

Como Autor e Diretor

Da Cia. de Repertório de Teatro Musical

2001 – A Lenda de Tarzan
2002 – Hércules
2003 – Peter Pan
2004 – Simbad, o Marujo
2004 – João e MariaUma História Brasileira
2009 – Robin Hood, de Marcello Caridade e Marco Antônio Campos

Como Diretor

1994 – O Sonho Dourado, em parceria com Marcelo Lino
1995 – O Sonho Dourado, em parceria com Marcelo Lino
1997 – O Tempo não Para, de Rodrigo Mollinari
1999 – Festival Martins Penna
2000 – Tuti Frutti, em parceria com Marcelo Lino (Rio de Janeiro)
2000 – Tuti Frutti, em parceria com Marcelo Lino (Campinas)

Participação em Espetáculos Adultos

Como Ator

1983 – Anormalistas, direção Eduardo Roessler
1984 – Numa e a Ninfa, adaptação de Lima Barreto, direção Anamaria Nunes
1984 – Concerto para Oito Mãos e um Dedinho, direção David Varella
1986 – O Trem Noturno, direção Antonio Pedro Borges
1986 – Desse Jeito a Coisa Entorta, direção Francisco Falcão
1987 – O Auto da Compadecida, de A. Suassuna, direção de R Mendonça e D. Varella
1988 – Declaração de Amor, direção Marcelo Caridade
1988 – Médico à Força, direção Marcelo Caridade
1989 – Perdidos num Espaço, direção Lug de Paula e Cininha de Paula
1993 – Fora de Controle, texto e direção Rosane Lima
1993 – Cafajestes, uma Confissão, de Flávio Marinho, direção de C. de Paula de P. Ghelli
1994 – Os Sete Brotinhos, direção Flávio Marinho
1998 – Retrato Falado, de Teresa Frota, direção Henri Pagnoncelli
1998 – Quem tem Medo da Itália Fausta?, De Ricardo Almeida, direção Miguel Magno
2002 – Os Mongaboys, em parceria com Lucia Cerrone
2004 – Orlando Silva, o Cantor das Multidões, de Fátima Valença, direção Antonio de Bonis

Como Autor

1983 – Anormalistas, em parceria com Lúcia Cerrone
1984 – Concerto para Oito Mãos e um Dedinho, em parceria com Lúcia Cerrone
1986 – O Trem Noturno, em parceria com Lúcia Cerrone
1989 – Perdidos num Espaço, em parceria com Lúcia Cerrone
1992 – Sempre te Vi, Nunca te Amei, direção Jacqueline Laurence
1996 – O Mistério de Suzana Macnight, em parceria com Lúcia Cerrone
2002 – Os Mongaboys, em parceria com Lucia Cerrone

Como Diretor

1988 – Médico à Força, de Molière
1996 – O Mistério de Suzana Macnight, em parceria com Lúcia Cerrone
1988 – As Desgraças de uma Criança, de Martins Penna, direção Wolf Maia
2006 – Balaio de Gatos, de Fátima Valença e Bia Montez

Participação em Cinema

Como Ator

1990 – Sonho de Verão
1991 – O Inspetor Faustão e o Malandro

A partir de 1989 atuou em diferentes trabalhos na televisão.

Prêmios de Teatro

1996 – Festival Fluminense de Teatro, Melhor Ator Coadjuvante por Maria Minhoca
1993 – Prêmios Coca-Cola e Mambembe, Melhor Ator por A Volta de Chico Mau
1996 – Prêmio Mambembe, Melhor Ator por Os impagáveis

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Depoimento dado à Antonio Carlos Bernardes, no dia 03 de Setembro de 2009.