Maria Pompeu

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Na Juventude

Eu não tenho nenhum antecedente artístico na minha família. Nós morávamos em Santa Tereza, e naquela época, o bairro era muito isolado. Minha mãe não me deixava sair para quase lugar algum, e como era filha única passava a maior parte do tempo com ela. Meu primeiro contato com o teatro foi no Teatro do Estudante, importante grupo criado por Paschoal Carlos Magno.
Em sua segunda fase, o Teatro do Estudante tinha como sede o Teatro Duse, que apresentava o Festival do Autor Novo e oferecia cursos gratuitos. O Teatro Duse hoje se chama Casa de Cultura Paschoal Carlos Magno.

O Paschoal criou um programa de estudo que englobava várias técnicas. Naquela época, acredito que o único curso que existia no Rio era a Escola de Teatro Martins Pena. Nós tínhamos aulas sábados e domingos, num formato de curso livre. Numa semana, tínhamos aula de voz com Esther Leão, na semana seguinte era com a Maria Clara Machado sobre improvisação. E assim, íamos fazendo o curso que não tinha uma grade pré-estabelecida.

A grande vantagem do Teatro Duse era que na época, o Paschoal tinha uma influência muito grande. Ele era crítico do Correio da Manhã e tinha sido diplomata. Com isso, ele conseguia fazer as pessoas subirem a ladeira da Hermenegildo de Barros só para assistir nossos espetáculos.

O Primeiro Espetáculo Profissional 

Eu comecei a estudar no Teatro Duse em 1952, no ano de sua fundação, e a primeira peça que assisti foi Espectros de Ibsen. Nesse mesmo ano, em 12 de novembro, estreei em minha primeira peça e por isso até hoje eu comemoro duas vezes meu aniversário de carreira: quando pisei no palco do Duse pela primeira vez e quando estreei profissionalmente três anos depois.

A peça se chamava Lázaro, do Francisco Pereira da Silva, e era uma versão de Electra, dirigida por Pernambuco de Oliveira. No ano seguinte, em 1953, tive também meu primeiro contato com o teatro para crianças. O Paschoal montou um projeto de dois espetáculos infantis. E como a turma era muito grande, ele dividiu em vários elencos para cada peça: eu fiquei na montagem de A Revolta dos Brinquedos, de Pernambuco de Oliveira, enquanto que outros elencos faziam Joãozinho Anda para Trás. Nós apresentamos esses espetáculos em vários orfanatos, praças públicas e outros locais.

Quem bancava tudo era o próprio Paschoal, que inclusive hospedava e alimentava jovens atores que vinham do interior. A divulgação era precária, mas ele publicava tudo na coluna dele. Esse período foi uma semente para o trabalho que depois eu fiz em escolas e faculdades, já profissional. Participei do Teatro Duse, de 1952 a 1954, nas peças Treze Degraus para Baixo, de Lúcio Fiúza e Da Mesma Argila, de Maria Ignez de Almeida. Também participei da montagem de Hécuba, que viajou para São Paulo para participar das comemorações dos 400 anos da cidade.

Em 1955, fiz um teste para Diálogos das Carmelitas, no Copacabana Palace e passei. A peça era uma montagem para a comemoração do Congresso Eucarístico Internacional. Logo depois, saí do Duse e entrei na Academia da Dulcina, que tinha recém inaugurado a Fundação Brasileira de Teatro. Fui da mesma turma de Ivan de Albuquerque, Rubens Correia e Jacqueline Laurence.

A Reação da Família com o Teatro

Mesmo não existindo tanta violência naquela época, como hoje, minha mãe, viúva, não me deixava andar sozinha à noite. A primeira vez que minha mãe foi me buscar, pois os ensaios terminavam muito tarde, ela se deparou com umas pessoas fumando, ficou horrorizada e começou uma campanha para que eu saísse das aulas de teatro.

Foi por essa época que para melhorar minha situação financeira, fui procurar emprego. Mesmo morando com minha mãe, fui trabalhar em banco e estudava inglês e francês. Em 1955, me formei no IBEU e em 1957, na Aliança Francesa.

Vivia em guerra com minha mãe, pois ela não queria que eu seguisse com a carreira de atriz. Ela só foi se convencer que essa briga comigo era inútil quando, em 1960, me viu atuando na peça Retrato de Madona, do Tennessee Williams. Estávamos em cartaz no Teatro São Pedro, em Porto Alegre e no final da apresentação, o teatro veio abaixo. Naquele dia, ela entendeu a importância do teatro na minha vida.

O mais engraçado é que ela nunca deu o braço a torcer. Quando eu estava fazendo novela, ela chegava em casa contando que encontrava pessoas no ônibus, que elogiavam o meu trabalho. Óbvio que esse comentário só acontecia porque ela dissera primeiro que era minha mãe… Ela ficava orgulhosa, mas não confessava.

O período no Tablado

Em 1957, a Maria Clara me convidou para fazer O Chapeuzinho Vermelho. Nesta montagem eu interpretava uma das árvores e para compor o figurino eu tinha que pintar todo o rosto. Porém naquela época as maquiagens não eram muito boas e como era alérgica, acabei ficando toda empolada. Quem me substituiu na temporada foi a Bárbara Heliodora, alta o suficiente para usar o mesmo tronco que eu…

Eu gostava muito daquela comunidade do Tablado, onde todo mundo fazia de tudo. Eu nunca tive muitos dotes para produção. Apesar de ser filha de costureira, nunca gostei muito de costurar. Mas lá, alguns construíam cenário, ouros faziam iluminação e outros costuravam. Maria Clara era aquela pessoa encantadora, uma grande mãe, e apesar de minha passagem ter sido mais ou menos rápida, gostei muito de conviver naquele ambiente.

No Cinema e no Teatro de Arena

Na década de 60, o Carlos Hugo Christensen me convidou par fazer o filme Amor para Três, estrelado pela mulher dele, Susana Freyre, enquanto que eu fazia o papel da mulher do Vianinha. O Vianinha, por isso, me indicou para o José Renato para participar da montagem de Revolução na América do Sul e foi assim que eu entrei para o Teatro de Arena. Eu fazia uma cobradora da Light, vestindo um baby doll dourado e uma enorme peruca loura. Isto foi em 1960 e até então sempre tinha feito papéis mais sérios. Quando entrei em cena e o público me reconheceu, foi um espanto. Este trabalho foi muito marcante na minha carreira.

Voltando para o Teatro Infantil e Jovem

Em 1965, eu produzi meu primeiro espetáculo infantil, Pirlipatinha e o Quebra Nozes, de Geny Marcondes, dirigido por Oscar Felipe, com temporada no Teatro Copacabana. Esta peça fazia um paralelo com a Suíte do Quebra Nozes e o Oscar também atuava. Aliás, ele também participou do segundo espetáculo que fiz para apresentar em escolas, em 1972, Deus Criou a Varoa.

Nesta época, o Oscar trabalhava com a Cleide Yacones e o Carlos Miranda. Eles tinham um grupo em São Paulo e faziam um trabalho muito bem feito. Antes das apresentações, um palestrante visitava os colégios e falava aos alunos sobre o autor da peça e outros assuntos relacionados. Quando eu soube, achei muito interessante e enriquecedor, mas eu não tinha um local, um teatro como eles, o que limitava bastante o trabalho. Assim, comecei a fazer contatos, e se não podia levar os alunos ao teatro, levava o espetáculo até eles.

Em 1971, montei meu primeiro espetáculo, Rítmos e Cores, um espetáculo de jograis com o Rubens de Falco. Enquanto declamávamos poesias, o Fernando Lébeis tocava músicas folclóricas. O espetáculo seguinte que apresentei nas escolas foi E Deus criou a Varoa, chegando a fazer 82 apresentações. Eu achava que este mercado iria crescer, mas em vez disso, o mercado foi ficando cada vez mais difícil.

No começo, existia um encantamento pelos alunos. Fomos para muitos lugares. As mocinhas que não tinham liberdade para sair sozinhas de seus bairros, quando assistiam ao espetáculo no colégio, ficavam todas interessadas pelo bate-papo após a apresentação. Hoje isso é dificílimo. A maior parte dos jovens não está mais interessada nos debates.

Acho que um dos motivos para os jovens estarem desestimulados, hoje em dia, é que os alunos do segundo grau não têm mais, aquela formação que os alunos secundaristas tinham na minha época. Isso foi uma coisa que eu penso e foi reforçado, quando escutei a Ana Maria Machado falar sobre esse assunto, numa palestra dela. Pra você ver: hoje não tem mais reprovação, o nível de exigência caiu e tudo isso agravou o problema. E se você apresentar pra eles Quintana ou Drummond, eles podem até gostar bastante, mas será uma coisa enfiada goela abaixo. Atualmente eles estão no funk, no joguinho da Internet.

No mesmo ano em que estreei E Deus criou a Varoa na Maison de France, fiz Transas e Tranças, baseado em dois textos do Arthur Azevedo e Gastão Trojeiro e com direção de João das Neves. Em 1973, montei Reencontro Drummond Todo o Dia, que estreou no Gláucio Gill e depois também apresentamos em colégios. No ano seguinte, fiz Esses Jovens Sonhadores e seus Caminhos Maravilhosos, que era uma colagem de textos sobre jovens que o Ivan Cavalcanti Proença colecionou e Rogério Fróes dirigiu. A seguir, em 1975, no TNC, hoje Teatro Glauce Rocha, fiz A Farsa da Boa Preguiça. Na ocasião, tentei levar alunos para o teatro, mas não deu muito certo.

Em 1985, participei de um espetáculo sobre como nascem as crianças: Cegonha, que Cegonha, com texto de Marilú Álvares, produção da Gláucia Rodrigues e direção do Cláudio Torres Gonzaga, que estreamos no Teatro Delfim.

Em 1998, participei como a Rainha Má de uma superprodução de Dalal Achcar para Branca de Neve. O elenco era composto de mais de vinte bailarinos e três atores – Rosana Garcia, Sérgio Domingos e eu. Estivemos no Teatro Villa Lobos, Municipal de Niterói e inauguramos o Trianon de Campos dos Goytacazes.

Teatro Jovem

Em 1992, voltei a montar um espetáculo jovem, dessa vez escrito por Benjamim Santos e dirigido por Zeca Liggiero. A peça se chamava Essa História é uma Parada. Eu interpretava uma velhinha que entrava no metrô, e a cada parada, a personagem ia encontrando momentos da história. O espetáculo teve patrocínio da RioArte, sendo montado também num teatro da própria RioArte, que ficava na Praça Saens Peña. Mas o público era muito escasso. Assim, resolvi voltar àquela ideia de levar as peças aos colégios, apresentando para alunos da 7ª e 8ª série. Sempre achei que fosse mais apropriado montar para jovens, para esse público.

Em 2002, consegui realizar uma produção maior, com a montagem de E Agora Drummond. Enviava previamente aos professores que assistiriam à peça com seus alunos, o roteiro do espetáculo. Quando chegávamos para a apresentação, muitos preparavam exposições sobre o Drummond e sua obra.

Várias vezes ficávamos emocionados, como uma vez em que os professores fizeram um trabalho em que cada aluno tinha que responder o que significava para eles “a pedra no caminho”. As respostas eram impressionantes. Para alguns era a fome, para outros o desemprego do pai, a violência, as drogas etc. E acho que se você não tiver essa preparação anterior, não vai adiantar nada, pois Quintana, Drummond e Cecília Meirelles estão fora do universo desses jovens. Hoje em dia, são poucos os alunos interessados que vêm conversar com a gente depois da peça.

Formação Profissional

No colégio eu fiz até o ginasial, o que hoje seria o fundamental, depois tive o diploma do nível médio, através de um exame que existia na época, intitulado Artigo 99. Universidade eu nunca fiz, mas sempre gostei muito de ler. Quando eu estava no ginásio, minha mãe não tinha como comprar sempre livros para mim, por isso eu frequentava muito a biblioteca, que ficava no prédio do antigo MEC, ali na Graça Aranha. Eu sempre levava livros para casa.

Fui jornalista da Rádio MEC. Entrei lá em 1961, e em 1962, por uma lei federal, todos que trabalhavam como colaboradores foram efetivados como funcionários públicos. Houve uma época em que as matérias eram veiculadas no Diário de Notícias e depois no Jornal O Globo.

A Importância do Teatro na Juventude

Teatro é uma boa maneira de abrir a cabeça dos jovens, que andam muito desmotivados até para fazer educação física. Tenho a esperança de um dia, ao verem um espetáculo sobre um Carlos Drummond de Andrade, eles gostem da peça e que isso dê vontade de irem a uma biblioteca e pesquisarem mais sobre Drummond e sua obra.

Eu sempre achei essa é a maneira deles perceberem que existe uma outra forma de estudo. Porque uma coisa é dizer que tem uma pedra no caminho, outra, totalmente diferente é perceber o sentido simbólico, saber que aquela “pedra” no caminho desses jovens representa a violência da comunidade em que eles vivem.

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Participação em Espetáculos para Crianças e Jovens

Como Atriz

1953 – Revolta dos Brinquedos, de Pernambuco de Oliveira, direção Nelson Mariani, Teatro Duse
1956 – O Chapeuzinho Vermelho, de Maria Clara Machado, O Tablado
1961 – O Caminho de Nazaré a Belém, de Roberto de Cleto e Sérgio Viotti, direção Fabio Sabag
1965 – Pirlipatinha e o Quebra Nozes, de Geny Marcondes, direção Oscar Felipe
1971 – Ritmos e Cores, de Ruy Affonso, Supervisão B. de Paiva, Teatro Alberto Maranhão, Teatro João Caetano
1972 – E Deus Criou a Varoa, Roberto de Cleto e Oscar Felipe, direção Roberto de Cleto, Teatro Maison de France
1972 – Transas e Tranças, de A. Azevedo e Gastão Tojeiro, direção João das Neves, Teatro Glauce Rocha
1973 – Reencontro Drummond Todo Dia, de Aldomar Conrado, direção Roberto Cleto, Teatro Gláucio Gill
1974 – Esses Jovens Sonhadores e seus Caminhos Maravilhosos, colagem de Ivan Cavalcanti Proença, direção Rogério Fróes, TNC, Teatro Glauce Rocha
1983 – O Chapeuzinho Vermelho, direção Maria Clara Machado
1985 – Cegonha? Que Cegonha?, de Marilu Alvarez, direção Claudio Torres Gonzaga, Teatro Delfim,
1988 – Saias e Bocas, diversas autoras, roteiro e direção Maria Pompeu, Espaço Cultural Sérgio Porto, Teatro Glaucio Rocha,
1988 – Natal na Praça, de Henri Ghéon, direção Aracy Cardoso, Paço Imperial
1992 – Essa História é uma Parada, de Benjamim Santos, direção Zeca Liggiero, Rioarte Tijuca
1994 – Retratos e Retalhos, diversas autoras, direção Aracy Cardoso, Teatro Glauce Rocha
1998 – Branca de Neve, direção Dakal Achcar, Teatro Villa Lobos e Municipal de Niterói
1998 – Contando e Cantando o Natal, direção Aracy Cardoso, diversos praças
1999 – Rio de Estácio a Jobim, diversos autores, direção Rogério Fróes, Teatro Posto Seis
2001 – Cecília Centenária, roteiro e atuação, Grupo Repertório, escolas e bibliotecas
2002 – E agora, Drummond?, Café do Teatro Gláucio Gill, Museu da Republica
2006 – Quintana e outros Gaúchos, roteiro, supervisão Amaury de Lima, Biblioteca Nacional

Participação em Espetáculos Adultos

Como Atriz

1952 – Lázaro, de Francisco Pereira da Silva, direção Pernambuco de Oliveira, Teatro Duse
1952 – Treze Degraus para Baixo, de Lúcio Fiuza, direção Paschoal Carlos Magno, Teatro Duse
1954 – Hécuba, de Eurípides, direção Paschoal Carlos Magno, Teatro Municipal
1954 – Da mesma Argila, de Maria Inês de Almeida, dir. Alfredo Souto de Almeida, Teatro Duse
1955 – Diálogo das Carmelitas, de George Bernanos, direção Flamínio Bollini, Teatro Copacabana (Artistas Unidos – estreia profissional)
1955 – Viagem Feliz de Trenton a Camden, de Thornton Wilder, dir. Adolfo Celi, Teatro Dulcina
1957 – Loucuras de Mamãe, de Jota Gama, direção Luca de Tena, Teatro Copacabana
1957 – Adorável Júlia, de Marc-Gilbert Sauvajon, dir. Ziembinsky, Teatro Maison de France, TBC
1957 – É de Amor que se Trata, de Jean Anouilh, dir. Luca de Tena, Teatro Copacabana
1958 – Dama de Copas, de Abílio Pereira de Almeida, direção Armando Paschoal, Teatro Maison de France
1958 – Treze à Mesa, de Marc Sauvajon, direção Ruggero Jacobbi, Teatro Maison de France
1958 – Quartos Separados, de Granier Bonnières, direção Fernando Torres, Teatro Maison de France
1958 – Rua São Luiz 27, 8º andar, de Abílio P. de Almeida, direção Alberto D’Aversa, Teatro  Ginástico
1960 – Revolução na América do Sul, de Augusto Boal, direção José Renato, Teatro de Arena
1960 – A Raposa e as Uvas, de Guilherme Figueiredo, direção Sérgio Cardoso, Teatro São Pedro / RS
1960 – Ferido, Enganado e Satisfeito, de Alejandro Casona, direção Sérgio Cardoso, Teatro  São Pedro / RS
1960 – Retrato de Madona, de Tennessee Williams, direção Sérgio Cardoso, Teatros São Pedro / RS
1961 – A Cegonha se Diverte, de André Roussin, direção Laura Suarez, Teatro de Bolso
1961 – Sortilégio de Amor, de John Van Druten, direção Pernambuco de Oliveira, Teatro Rural Estudante
1962 – Loucuras de Mamãe, de Jota Gama, direção Cilo Costa, Teatro Dulcina
1962 – Doze Biquínis, direção Abelardo Figueiredo, Boite Night and Day
1962 – Elas Atacam pelo Telefone, direção Carlos Machado, Boite Fred’s
1963 – Roleta Paulista de Pedro Bloch, direção Fábio Sabag, Teatro do Rio (atual Cacilda Becker)
1963 – Chica da Silva, direção Carlos Machado, Boite Fred’s
1963 – A Escada, de Jorge de Andrade, direção Ivan de Albuquerque, Teatro do Rio
1963 – Boeing Boeing, de Marc Camoletti, direção Adolfo Celi, Teatro Carlos Gomes
1964 – O Teu Cabelo Não Nega, direção Carlos Machado, El Señorial, México e C. P.Hornos, Acapulco
1964 – Amor a Oito Mãos, de Pedro Bloch, direção Fábio Sabag, Teatro Dulcina
1964 – A Noite de Dezesseis de Janeiro, de Ayn Rand, direção Fábio Sabag, Teatro Dulcina
1964 – Tem Shakespeare no Samba, direção Ney Machado, Boite El Bodegon e Teatro do Hotel Quitandinha
1970 – O Balcão, de Jean Genet, direção Martim Gonçalves, Teatro João Caetano
1971 – Em Família, de Oduvaldo Vianna Filho, direção Sergio Britto, Teatro Glauce Rocha
1971 – A Casa de Bernarda Alba, de Federico Garcia Lorca, direção B. de Paiva, Teatro Municipal Niterói
1973 – II Temporada de Verão do Conjunto Ars Contemporânea, Teatro Gláucio Gill
1973 – Feira do Autor, Teatro Princesa Izabel
1974 – A Gaiola das Loucas, de Jean Poiret, direção João Bethencourt, Teatro Ginástico
1976 – Arena Conta Zumbi, de G. Guarnieri, Augusto Boal, Edu Lobo, direção Fernando Peixoto, Teatro Tereza Rachel
1975 – A Farsa da Boa Preguiça, de Ariano Suassuna, direção Luiz Mendonça, Teatro Glauce Rocha
1975 – Dramaturgia Brasileira 1974, coordenação do prêmio SNT, Teatro Gláucio Gill
1975 – E Deus Criou a Varoa, roteiro e direção de Roberto de Cleto, Teatro Aliança Francesa Tijuca
1977 – Ciclo de leituras do Teatro Alemão, coordenação, ICBA, Auditório do IBAM
1978 – Conversa entre Mulheres, de Carlos Alberto Ratton, direção Klauss Vianna, Teatro Glauce Rocha
1978 – A Burguesa Isaura, de Pedro Porfírio, dir. Clóvis Levi, Teatro Goiânia e Teatro Glauce Rocha
1978 – Fero-Cidade, de Ricardo Meirelles, direção Rogério Froes, diversos teatros
1980 – Toalhas Quentes, de Marc Camoletti , direção Bibi Ferreira, Teatro Mesbla
1981 – Calúnia, de Lilian Hellman, direção Bibi Ferreira, Teatro Maison de France
1982 – Dramaturgia Brasileira Hoje, coordenação do Prêmio INACEN, Auditório Murillo Miranda
1983 – As Certinhas do Lalau, de Sérgio Porto e Jésus Rocha, direção Emílio di Biasi, Teatro Rival
1985 – Piaf, de Pan Gems, direção Flávio Rangel, excursão Salvador a Belém, Goiânia, BH
1986 – Teatraokê, espetáculo interativo, Boite Vogue
1986 – Para Sempre Borralheira, de Lena Teixeira, Restaurante Botanic
1986 – Pas de Deux, de Lee Gundersheimer, direção Richard Geldard, show case Lee S. Institute, NY
1987 – The Third Bank of the River de Guimarães Rosa, direção Zeca Liggiero, Off Broadway, NY
1988 – Extravagância, de Dacia Maraini, direção Luiz Carlos Ripper, Teatro Glauce Rocha
1989 – Quem te fez Saber que Estavas Nu? de Zeno Wilde, direção Antonio do Valle, Teatro Eugenio Kusnet
1989 – Nossa Cidade, de Thornton Wilder, direção Eduardo Tolentino, Teatro Sesc Anchieta
1989 – Transmita Solidariedade, direção de criação coletiva, Ag. Banespa e Fac. Medicina da USP
1990 – Vida-Mulher, de diversas autoras brasileiras, roteiro e direção, Centros Cultural São Paulo
1991 – Algemas do Ódio, de Terrell Anthony, tradução, direção José Wilker, Teatro João Caetano
1991 – O Memorando, de Vaclav Havel, direção Antonio Pedro, Casa de Cultura Laura Alvim
1991 – O Empadão, de Vera Mello, direção Aracy Cardoso, Casa de Cultura Laura Alvim
1992 – Doroteia, de Nelson Rodrigues, direção Carlos Augusto Strazzer, Teatro Posto 6
1993 – A Noite, de José Saramago, direção Caco Coelho, Teatro Dulcina
1993 – Se Todos Fossem Iguais ao Moraes, de Caco Coelho, Renato Martins, Teatro Gláucio Gill
1993 – O Fiel Camareiro, de Ronal Harwood, direção Paulo Afonso de Lima, Teatro Villa Lobos
1994 – Imortal, Posto que ainda é Chama, de Vinicius de Moraes, direção Regina Rodrigues, Toca do Vinicius, Carreta da Cultura, Museu do Telefone
2000 – Drama in Class: Red Carnations, Admit One e Girls in their Summer Dresses, direção Maria Pompeu
2000 – Caras e Tons do Brasil, roteiro e atuação, diversos locais públicos, IBEU
2001 – Obsessões de Nelson Rodrigues, adaptação e direção Nelsinho Rodrigues, Teatro Gláucio Gill
2001 – Amor, Feminino, Plural, de Maria Pompeu e T. Briggs, direção Mônica Alvarenga, Teatro Ziembinsky
2006 – Tributo a Maysa e Altemar, roteiro Maria Pompeu, direção Nildo Parente, Bar do Tom e Teatro Rival
2007 – A Vida é uma Ópera, de Jandira Martini, direção Dudu Sandroni, Teatro Gláucio Gill

Participação em Cinema

Como Atriz

1960 – Amor Para Três, direção Carlos Hugo Christensen
1962 – Quero Essa Mulher Assim Mesmo, direção Ronaldo Lupo,
1962 – Boca de Ouro, direção Nelson Pereira dos Santos
1963 – Crime do Sacopã, direção Roberto Pires
1964 – No Tempo dos Bravos, direção Wilson Silva
1964 – Crime de Amor, direção Rex Endsleigh
1970 – O Bolão, direção Wilson Silva
1970 – Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva, direção J. B.Tanko
1970 – O Pecado de Marta, direção José Rubens Siqueira
1970 – Som Livre, Amor e Curtição, direção J.B.Tanko
1972 – O Judoka, direção Marcelo Motta
1972 – Como é Boa a Nossa Empregada, direção Victor di Mello
1976 – A Festa, direção Lenine Ottoni, Produção Victor di Mello
1979 – O Torturador, direção Antonio Calmon
1980 – A Mulher Sensual, dir. Antonio Calmon (Prêmio Melhor Coadjuvante APCA)
1981 – Tensão no Rio, direção Gustavo Dahl
1981 – Ao Sul do Meu Corpo, direção Paulo Cesar Saraceni
1986 – Jewel, curta metragem, direção Josiah Shumann, Nova York
1987 – Snapshots, curta-metragem, direção Matt Ebert, Nova York

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Desde 1959, Maria Pompeu participa de inúmeras novelas, programas infantis e shows na televisão brasileira. Foi presidente Sindicato de Artistas e Técnicos do Rio de Janeiro em 1981. Em 1998 recebeu a Medalha Tiradentes por indicação do Deputado Paulo Duque e em 2004 a Medalha Pedro Ernesto por indicação de Eliomar Coelho. Realizou diversas traduções e dirigiu inúmeras leituras dramatizadas no Drama Club do IBEU.

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Entrevista realizada por Antonio Carlos Bernardes, em 29 de maio de 2008, no Rio de Janeiro. Fotos do acervo de Maria Pompeu.