Lupe Gigliotti. Foto: Antonio Carlos Bernardes

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Arte na garagem

Meu primeiro contato com as artes cênicas foi em Fortaleza, onde nasci. Eu era uma menininha e até então eu não tinha assistido nenhuma peça de teatro. Resolvi fazer uma peça na garagem da minha casa.
Escrevi a peça, a música e arrumei o cenário, esticando lençóis. Não satisfeita, resolvi vender ingressos pelo bairro. Vendi para o homem da padaria, da farmácia, vizinhos… O engraçado é que eu não tive nenhuma influência para bolar tudo isso. A história tinha tons de humor e se chamava O Pintor da Boca Torta. Quando minha mãe descobriu, ficou desesperada, querendo que eu devolvesse o dinheiro das pessoas que iam chegando com ingresso na mão. Hoje eu tenho 81 anos, imagina quanto tempo faz isso. Tempos depois, já maiorzinha, eu tive a oportunidade de ver Eva Tudor nos palcos e este foi meu primeiro contato com o teatro. Ela fazia o que se chamava naquela época, de ato variado.

A vida no Rio de Janeiro

O irmão da minha mãe era um poeta, enquanto ela tocava piano muitíssimo bem. Já meu pai era um homem de negócio, tinha uma empresa de ônibus. Minha mãe fazia o tipo mais sensível e meu pai era mais “pé no chão”. Sobre a vinda ao Rio, meu irmão mais velho, Elano de Paula, veio estudar aqui, e mais tarde, eu vim junto com o Chico Anysio, que na época, tinha uns oito anos. Já o Zelito Viana e a Lília, meus outros irmãos ficaram lá. Quando chegamos aqui, mamãe tinha previsão de voltar logo depois de me matricular no Colégio Sacré Coeur de Marie, em internato. Só que eu chorei tanto, que mamãe me tirou do internato, e acabou ficando no Rio e fomos morar em Laranjeiras. Logo depois, Lília e Zelito vieram. Meu pai começou a vir de quinze em quinze dias e depois, apenas sempre no aniversário da minha mãe.

Nós sempre fomos muito ligados às artes em geral. Líamos muito e gostávamos muito de música. Mais tarde, com vinte anos, eu e Chico Anysio fizemos um concurso para rádio ator, no qual, entre outros, participaram o Silvio Santos, a Fernanda Montenegro e a Beatriz Segall. O Silvio Santos tirou em primeiro lugar e o Chico em segundo, enquanto que para rádio atriz, a Fernanda tirou em primeiro, a Beatriz em segundo e eu, em terceiro lugar. Este concurso eu fiz antes de cursar a faculdade de Direito. Depois desse concurso, o Chico foi trabalhar na Rádio Guanabara, que foi o pontapé inicial de sua carreira de sucesso. Eu sou muito orgulhosa de ter levado ele para este concurso.

Foi nesta época que conheci meu marido. Casei-me, nos mudamos para Governador Valadares e acabei interrompendo meus estudos na faculdade. Só depois de ter minhas filhas eu voltei a estudar e me formei. Sempre pensei que se você faz cinco anos de uma faculdade e não conclui, aquilo não valeu de nada, por isso resolvi voltar e terminar meus estudos. Exerci durante um tempo a minha profissão de advogada, trabalhei em muitos divórcios, que naquela época ainda chamavam de desquite.

Cininha e o Tablado

Desde pequena a Cininha sempre teve muita sensibilidade para as artes. Com apenas nove anos ela ganhou um concurso nacional de declamação. Percebi que ela tinha talento e resolvi inscrevê-la em alguns cursos, para que ela pudesse desenvolver seu lado artístico. No começo dos anos 60, ela estudava no Colégio São Paulo. Uma das professoras me pediu para fazer uma adaptação de O Pequeno Príncipe para uma apresentação no seu colégio. Acabei fazendo a montagem e a coloquei no papel do Pequeno Príncipe. Na ocasião, o Henrique Pongetti, que era um grande cronista da época, escreveu uma linda crítica sobre ela.

O Pongetti acabou nos indicando o Tablado para que a Cininha estudasse teatro. Na época, eu trabalhava no Centro com o advogado Celso Ferreira. O Pongetti escreveu uma carta para a Maria Clara e fui ao Tablado para apresentar minha filha. Chegando lá, Clara olhava pra mim e olhava pra minha filha. E de repente ela falou pra mim: “E você?” Eu falei que era advogada e tinha vindo por causa da minha filha, mas ela insistiu e me convidou para fazer uma aula como ouvinte. Subi no palco e naquele momento, minha vida mudou. Subi, deitei e estava morta. Fui para lá ressuscitar. Eu sempre digo que quem é de teatro tem um germe dentro de si, pode muitas vezes permanecer um longo tempo adormecido, mas de repente ele acorda e transforma sua vida num turbilhão.

Assim começamos a frequentar o Tablado. Estreei minha primeira peça, que se chamava Interferências, que por coincidência era também a primeira peça adulta que a Clara fazia. A estreia foi em 1966 e a Cininha também trabalhou comigo, fazendo o papel da minha filha. Depois trabalhei novamente com a Clara em O Tango Argentino, em Embrulhos, e em 1970, fiz Tribobó City, meu primeiro infantil, além de Maroquinhas Fru Fru.

Já minha primeira produção de um espetáculo infantil foi A Bruxinha que era Boa, em 1978, que apresentamos no Teatro da Lagoa. Foi um sucesso a montagem era muito bonita. A direção foi do Jorge Botelho que era um diretor bastante conhecido na época. Tempos depois ele sumiu e eu nunca mais ouvi falar dele. Eu trabalhava como atriz, fazendo a Bruxa Chefe e a Cininha fazia o papel da Bruxa Caolha. No mesmo período, eu estava numa peça adulta do Max Nunes, chamada O Divórcio, Cupim da Sociedade, no Teatro Serrador. Por causa dos horários, eu sempre saía correndo de um teatro para o outro, e numa dessas, eu tropecei e machuquei a perna, que teve que ser engessada no Souza Aguiar. No dia seguinte estava eu fazendo a Bruxa Chefe, com a perna engessada e dançando! Mais tarde, eu produzi uma nova versão da peça, com uma trilha completamente diferente. Nessa nova montagem, usamos bastante o funk e as bruxas foram interpretadas por homens.

O lado produtora

Eventualmente eu dirijo, mas sou mesmo uma produtora. Apesar de não gostar, já trabalhei bastante como diretora na minha vida. Entretanto o que curto mais é atuar ou estar na produção. E mesmo quando não estou produzindo me preocupo com a coxia. Coisas que quem deveria se preocupar seria o responsável pela produção do espetáculo, eu não consigo me desligar e acabou interferindo. Tenho que concordar que produção é uma coisa muito desgastante, mas gratificante.

A vontade de ter seu próprio grupo de teatro

No ano do aniversário do meu neto, Tony Rothfuchs, Dulceaydée, minha filha mais velha, que mora atualmente em Estocolmo, na Suécia, me pediu que eu trouxesse umas bruxinhas da peça A Bruxinha que era Boa para animar a festinha dele. Eu improvisei um cenário e trouxe duas. Eu morava na Avenida Rui Barbosa num apartamento imenso e tinha um play muito grande, onde organizamos a festa. Muitos convidados com filhos da mesma idade de meu neto e me perguntaram se eu faria esse tipo de coisa em aniversários e respondi que sim. Juntei-me então com a Vera Jopert uma grande amiga, e daí surgiu o nosso grupo de teatro para crianças, o CIVELU. Eu explico melhor essa criação na minha autobiografia em poesia, o livro Eu por Eu Mesma:

“O Grupo CIVELU nasceu quando suas criadoras Cininha de Paula, Vera Jopert e Lupe Gigliotti, se reuniram e em virtude de suas próprias vidas sociais detectaram que havia um grupo de crianças que apesar de seu alto poder aquisitivo, raramente assistiam aos espetáculos de teatro, não prestigiando assim o crescimento do teatro brasileiro, colocando em risco uma quebra de futuras plateias”.

Nossos primeiros cartões de divulgação diziam: “Já que você não vai ao teatro no aniversário do seu filho, leve o teatro até a sua casa”. Mais tarde a Vera e a Cininha se afastaram por motivos profissionais e o Grupo ficou conhecido como “Teatro da Lupe”. Durante 20 anos sem interrupção, mesmo com inúmeras dificuldades, cumprimos nossa proposta de trabalho levando o teatro à casa das pessoas, mostrando nossa visão das tradicionais histórias infantis e às vezes enveredando até pelo absurdo o que não deixa de ter um caráter educativo, afinal a arte é algo sem fronteiras. Mostrávamos nossos espetáculos em salas, playgrounds, colégios, hotéis, clubes, tentando sempre fazê-lo com dignidade e respeito, que é o que as crianças merecem.

Apesar de trabalhar bastante com escolas, nosso foco eram mesmo os eventos. Com isso abri um campo de trabalho, e era uma coisa incrível, porque quando nós chegávamos, as crianças se sentavam no chão e ficavam vendo as montagens do cenário e toda a preparação. E nós apresentávamo-nos nos mais diferentes lugares, como numa casa de pessoas multimilionárias aqui no Rio de Janeiro ou mesmo em comunidades no morro. Era uma coisa incrível porque a reação das crianças era a mesma. Essa mudança, dos trabalhos no Tablado para o projeto de apresentar peças em festas foi uma necessidade de dar prosseguimento na minha carreira, de crescer e descobrir aquilo que eu realmente gostava. O amor com que eu fazia este trabalho era imenso.

Entre 1980 e 1993 eu trabalhei bastante com o CIVELU, produzindo em escolas e festas de aniversários, até no Aterro do Flamengo eu montei espetáculos. Todas estas produções eram específicas para o CIVELU. A única produção do CIVELU que foi para o teatro foi A Volta de Chico Mau, que ganhei prêmios. Com este reconhecimento, tive consciência de que eu tinha cumprido meu serviço. Voltei a ter este sentimento quando recebi os prêmios pelo espetáculo A Menina e o Vento. Esta na verdade foi uma superprodução que montamos no Teatro Vila Lobos.

Com o tempo, as contratações de espetáculos foram ficando mais escassas e veio aquele período do Collor e as pessoas não queriam mostrar que tinham dinheiro e consequentemente as produções começaram a ficar muito caras também. Entre os artistas que passaram pelo CIVELU, estão Chico Tenreiro, Renato Rabelo, Marcelo Caridad, Maurício Mattar, Nizo Neto, Márcia Frederico, Carla Daniel, Danielle Winnits, Claudia Rodrigues, Marco Rodrigo, Renato Farias, Ataíde Arcoverde, Liane Maia, Carlos Tufvesson, Cláudia Vigone, Andréa Fuchs, André Sabino, Ronaldo Morieno, Levy Cerkes, Mônica Fiusa, Eduardo Martini, Guilherme Farias, Eduardo Wotzik, Marcos Noronha, entre muitíssimos outros.

O lado autora

Em 1979, eu escrevi Maria Gente Fina, para minha filha que fazia o papel da personagem principal. Além de escrever, atuei como Dona Gigololeta Trombone Forte que era uma personagem muito engraçada. A Kalma Murtinho fez os figurinos e o Wolf Maia dirigiu. A temporada foi no Teatro Vanucci e o resultado foi ótimo. Eu nunca perdi dinheiro em teatro.

Depois eu escrevi A Volta de Chico Mau, que era uma sátira aos filmes de mocinho e bandido, e por esta peça o Marcelo Caridad ganhou o Prêmio Coca-Cola de melhor ator, a Rosane Maia, de melhor coreografia e a Fafy Siqueira e a Sara Benchimol foram indicadas na categoria de melhor música. Posteriormente eu fiz mais duas montagens desta peça.

Ao todo, eu escrevi doze textos para teatro infantil e dois shows para crianças. Estes shows eu também apresentei pelo CIVELU. Estes doze textos de teatro eu pretendo publicar, sendo que alguns são inéditos, como: Peter Pan no País do FuturoLudovica Lua e o Cometa das Trevas, Brincando com o Medo e Gatos. Com o livro pronto, eu pretendo apresentá-lo aos diretores de colégios. Eu gostaria de reunir as crianças, fazer leituras e ver a peça lida por eles. Seria uma forma de estimular nelas o gosto pelo teatro. Foi isso que fiz com o CIVELU. Com meu trabalho modesto, aquelas crianças aprenderam a ver teatro. Eram produções despretensiosas, simples, mas alegres e divertidas.

Educando através do Teatro

Em A Volta de Chico Mau, tinha duas cidades: White Rock, onde não era permitido fazer nada e a outra era Black Rock que era o local da permissividade total. Era uma brincadeira, mas era um teatro que falava de coisas sérias. Em O Sonho dos Três Porquinhos, nós ensinávamos os porquinhos a terem higiene. Já na peça, Os Super-heróis, eu mostrava o Super-homem como narcisista, o Batmam e Robin em simbiose, ridículos, de maneira que as crianças que estavam com cuequinhas com estampa dos heróis, corriam para o banheiro para tirá-las. A característica do nosso trabalho era educar brincando. Era um trabalho muito lindo que tenho muito orgulho de tê-lo realizado.

Acho que foi aberto até um campo de trabalho, que a partir daí, as festas começaram a contratar atores. Depois a coisa também foi se desvirtuando e o trabalho de ator foi substituído pelo o de animador, fazendo apenas brincadeiras. O meu trabalho era muito respeitado, até hoje eu entro no elevador, e alguém fala: “tia Lupe você fez minha festa de aniversário, e tenho a fita de vídeo até hoje”. É engraçado que às vezes um “homão” já com filhos, me encontra e pergunta se eu ainda faço esse trabalho. É muito bom e também engraçado ser lembrada dessa forma. Por outro lado, minha carreira particular foi abandonada, pois naqueles vinte anos eu vivi para o CIVELU. Por ter começado tarde, com mais de 40 anos, não tive muitas oportunidades na televisão. Mesmo assim eu fico assustada ao ver como as pessoas me reconhecem na rua.

As dificuldades do caminho

Sobre o CIVELU tem uma coisa interessante, eu achava que era uma missão. Porque dava muito trabalho, tinha música ao vivo, contrarregra, operador de refletor, e às vezes ainda tinha um ou outro ator que faltava. Teve uma ocasião que eu mesma tive que fazer o papel do ator que faltou. Coloquei bigode e toda a caracterização do personagem. E de repente escuto na plateia, uma criança dizendo: “esta mulher fazendo papel de homem é muito engraçada”. Então, quando passava por estas dificuldades, eu mais me certificava que aquilo era uma missão espiritual, e mesmo passando por muitas dificuldades, o resultado final era maravilhoso. Na verdade, isto é a prova que você está cumprindo aquilo a que veio ao mundo. Arte é muito bom, a gente cresce, descobre o amor e a capacidade de se doar. Quando o elenco está todo entrosado, não há coisa melhor. E isso foi uma característica do meu trabalho, nestes anos todos.

A participação na TV 

Entrei na televisão, em 1971, graças à Maria Clara Machado. Pela indicação dela acabei trabalhando na primeira novela que ela escreveu, chamada Patota. Era um texto para jovens, e a personagem se chamava Dona Bernardina, mas não era um papel cômico. Trabalho cômico eu fiz no Chico Anísio Show, no Zorra Total, no Sítio do Pica Pau Amarelo. Fiz várias novelas e especiais de televisão. Recentemente eu fiz uma participação na novela Sete Pecados, que teve direção do Jorginho Fernando. Contracenava com a Nicete Bruno que fazia o papel de uma senhora internada num asilo pelos filhos, e eu era uma das velhas internadas com ela. Agora em 2008, vou participar do especial de fim de ano, da TV Globo, Xuxa e as Noviças, com direção do Wolf Maia. Há pouco tempo, o Cláudio Heinrich me chamou pra fazer Perdoa-me por me Traíres de Nelson Rodrigues, no início de 2009. E eu aceitei. Esta será minha volta ao Teatro como atriz, depois de alguns anos.

As crianças 

Para mim a criança representa o amor, a beleza da vida, a possibilidade de um futuro melhor. Eu tenho esperança que com essa geração que é tão bem informada e lúcida, a vida melhore, porque atualmente vivemos num mundo cão, muito violento. Você não pode mais curtir, às vezes saio na rua e escuto um “ei tia” e já fico assustada. Nossa esperança são as crianças, mas elas ficam muito ligadas na televisão e a mídia sempre coloca filmes tão violentos que a gente não aguenta nem ver. Eu me lembro do Pelé dizendo, tantos anos atrás, que olhássemos para as crianças. E hoje muitas delas se transformaram em traficantes, vagabundos, parceiros das milícias, etc. É muito triste ver nosso país, de modo tão passivo. Eu sei por que uma das minhas filhas mora na Suécia lá o respeito pelo cidadão é uma coisa fantástica. Aqui ninguém respeita ninguém, nada. Mesmo assim, nós temos que ter esperança em nossas crianças e em Deus para fazer com que tudo possa melhorar.

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Participação em Espetáculos para Crianças e Jovens

Como Atriz

1967 – O Diamante de Grão Mogol, de Maria Clara Machado, Teatro Tablado e Arthur Azevedo
1969 – Maroquinhas Fru-Fru, de Maria Clara Machado, Teatro Tablado e Gláucio Gill
1970 – Maroquinhas Fru-Fru, de Maria Clara Machado
1970 – Tribobó City, de Maria Clara Machado, Teatro Tablado
1971 – Tribobó City, de Maria Clara Machado, Teatro Tablado

Como Atriz e Produtora

1978 – A Bruxinha que era Boa, de Maria Clara Machado, direção de Jorge Botelho, Teatro da Lagoa
1979 – Maria Gente Fina, de Lupe Gigliotti, direção de Wolf Maia, Teatro Vannucci
1980 – O Diamante do Grão-Mogol, de Maria Clara Machado, Teatro Vannucci

Como Diretor e Produtor

1975 a 1995 – Diretora, autora e produtora dos espetáculos do Grupo CIVELU

1992 – A Volta de Chico Mau, de Lupe Gigliotti, direção Lupe Gigliotti e Cininha de Paula
1993 – A Volta de Chico Mau, de Lupe Gigliotti, direção Lupe Gigliotti e Cininha de Paula
1994 – A Volta de Chico Mau, de Lupe Gigliotti, direção Lupe Gigliotti e Cininha de Paula
1994 – A Bruxinha que Era Boa, de Maria Clara Machado, direção Lupe Gigliotti
1995 – A Menina e o Vento, de Maria Clara Machado, direção Lupe Gigliotti e Cininha de Paula

Participação em Espetáculos Adultos

Como Atriz

1966 – Interferências, de Maria Clara Machado, (estreia em palco) Teatro Tablado
1968 – Embrulhos, de Maria Clara Machado, Teatro Tablado.
1971 – Tango Argentino, de Maria Clara Machado, Teatro Tablado
1971 – O Milagre de Nossa Senhora Magrinha, de J. Bittencourt, (estreia profissional), Teatro Glória
1976 – O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, direção Agildo Ribeiro, Teatro Dulcina
1977 – O Divórcio, Cupim da Sociedade, de Max Nunes, direção Gracindo Junior, Teatro Casagrande
1981 – Uma Noite em sua Cama, de Jean Louis Lettras, direção Antonio Pedro, Teatro América
1982 – A Cantora Careca, de Ionesco, direção Luís de Lima, Teatro Delfim
1983 – Amante S. A., de David Chapman, direção José Renato, Teatro Mesbla
1985 – Felisberto do Café, de Gastão Tojeiro, direção Amir Haddad, Teatro Maison de France
1995 – Aluga-se um Namorado, de James Sheridan, direção André Valli, Teatro Vanucci
1999 – Somos Irmãs, de Sandra Louzada, direção Cininha de Paula e Ney Matogrosso, CCBB

Participação em Cinema

Como Atriz

1975 – Os Condenados, direção Zelito Viana
1983 – O Cangaceiro Trapalhão, direção Daniel Filho
1984 – Blame it on Rio, direção Stanley Donen
1998 – Um Laço para Eternidade, direção Mario Marcelo (curta metragem)
2000 – Zoando na TV, direção José Alvarenga Jr.
2003 – Os Normais, direção José Alvarenga Jr.
Um Conto de Natal, (curta metragem)
2007 – A Guerra dos Rocha, direção Jorge Fernando
2006 – O Divã, direção José Alvarenga Jr
2008 – Juscelino Kubitcheck, direção Zelito Viana

Prêmios de Teatro

1966 – Prêmio de Revelação de Melhor Atriz

Interferências

1980 – Prêmio Mambembe

O Diamante de Grão Mogol

Melhor Espetáculo
Melhor Ator para Maneco Bueno

1993 – Prêmio Coca-Cola

A Volta do Chico Mau

Melhor ator para Marcelo Caridad
Melhor coreografia para Rosane Maia
Indicação Melhor Música para Fafy Siqueira e Sarah Benchimol

1995 – Prêmio Coca-Cola

A Menina e o Vento

Melhor Figurino para Cláudio Carpenter
Melhor Produção infantil para Lupe Gigliotti
Melhor Direção para Cininha de Paula

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Depoimento dado à Antonio Carlos Bernardes, em 11 de setembro de 2008. Fotos: Acervo Lupe Gigliotti.