O espetáculo As Cinco Pontas de uma Estrela tem supervisão cênica de Ney Matogrosso. Foto: Vânia Laranjeira

Crítica publicada em O Globo – Rio Show
Por Luciana Sandroni – Rio de Janeiro – 18.01.1991

 

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A emoção sem ‘playback’

As Cinco Pontas de uma Estrela brilha com o ritmo do violão de Bia Bedran

As Cinco Pontas de uma Estrela, espetáculo que estreou no dia 5 de outubro na Casa de Cultura Laura Alvim, é o encontro da cantora Bia Bedran com o Grupo Hombu, sob a supervisão cênica de Ney Matogrosso. Sem o conhecido playback de várias peças e show de cantores sitos infantis, aqui a música e aemoção estão soltas no palco, com direito a banda e coro.

As canções foram selecionadas das peças do Hombu e do Grupo Ventoforte: História de Lenços e Ventos, Fala Palhaço, Ou Isto ou Aquilo, As Tranças de Ibaê e Da Metade do Caminho ao País do Último Círculo. As músicas de Beto Coimbra, Caíque Botkay, Ilo Krugli e Cecília Meireles dão o tom poético ao espetáculo.

O cenário de Carlos Veiga trabalha basicamente com tela ao fundo do palco, onde as estrelas são sempre citadas, criando um efeito cênico muito bonito. A iluminação de Jorginho de Carvalho está especial. Os adereços também de Carlos Veiga e do Grupo Hombu, são muitos bem-vindos.

Mas o brilho fica por conta da estrela Bia Bedran, que, com sua presença e beleza, torna o espetáculo vivo, alegre e sensível. Quando Bia assume o violão que por sinal poderia ficar mais tempo em suas mãos – o show ganha mais agilidade e ritmo. Nessa hora, Bia aproveita para cantar os sucessos do programa “Canta Conto”, como Pedalinho e a música do Pato, na qual as crianças são convidadas a fazer parceria na letra.