(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)
(Capa)
HISTÓRIAS DA MÃE NATUREZA
Espetáculo Musical de Bia Bedran
(Logo) Centro Cultural Banco do Brasil
(Interior)
“Não pode ter sujeira
na nossa respiração.
É ruim para cabeça,
para pele e pro pulmão.”
A natureza de suas histórias sem falar… Ela conta mostrando, nascendo, morrendo e nos deslumbrando sempre, com suas lições tão claras quanto o luar…
Na minha bagagem de quem, canta e conta para crianças (de qualquer idade…!) sempre fiz canções de louvação à água, à terra, ao fogo e ao ar.
Porque antes de sabermos da dor e dos danos sofridos pela natureza nós precisamos conhecer e sentir o prazer que dá conviver com ela.
Assim, resolvi escrever um espetáculo que sensibilizasse a criança para os fenômenos naturais, numa abordagem lúdica e poética dos quatro elementos – água, terra, fogo e ar.
Para falar do efeito estufa, da chuva ácida, do buraco na camada de ozônio e da biodiversidade, chamei uma bem humorada professora de Educação Ambiental, apaixonada pelo tema, que canta, dança e ilustra suas aulas muito teatralmente.
Conversando com a querida e genial escritora Ana Maria Machado, sondei a possibilidade de incorporar ao espetáculo duas histórias incríveis do livro “Gente, Bicho Planta: o Mundo me Encanta”, que sempre me encantaram pela clareza e Inteligência de abordagem de temas ligados ao equilíbrio (ou desequilíbrio) homem/meio ambiente.
Ela, além de confiar na minha “tradução oral” destas histórias, ainda me ofereceu outra, irresistível, sobre as tartarugas marinhas no Espírito Santo: um fato verídico e comovente, para fazer a gente pensar…
E como diz Ana: “… essas histórias de tomar conta da natureza e melhorar a vida não acabam nunca. Cada vez que a gente pensa que descobriu alguma coisa, descobre que tem outra em seguida. Que nem as ondas do mar. Mas cada vez tem mais gente ajudando. Gente grande e gente pequena. Ainda bem que vale a pena.”
Um brinde de água pura aos arranjos cheios
de surpresas de Sidney Matos, que fazem minhas músicas pisarem novos caminhos . Aos cenários, figurinos e adereços de João Gomes Rego, que foram moldados e liberando minhas construções cênica; aos toques mágicos de Vera Lopes, que fazem os movimentos falarem; e ao olhar de luz de Djalma Amaral.
À toda minha equipe e a vocês
Bia Bedran
– Cantando a Água
Calmamente
Calmamente a Calma que um lago tem,
eu quero ter também…
Uma imagem transparente,
Muito claramente,
E quero ser também…
A força que o vento tem
eu quero ter também…
Cruzar os ares de repente
espalhar sementes,
quero poder também.
A Chuva Ácida
Uma chuva que
não é mais criadeira,
não faz bem à sementeira,
não devia chover não…
Num futuro não distante
se a poluição crescer
Esta chuva corrosiva,
muito estrago irá fazer.
O Choro do Céu
Quando ela chega
vem tocando um choro
Lá do céu,
o anjo Rafael,
um violão maneiro…
E vem São Pedro guardião,
cumprindo bem o seu papel,
tocando no telhado
o seu pandeiro…
Lá vem a chuva,
e lava a cara da noite
e do dia!
Vai pela escadaria,
E a plantação…
– Cantando o Ar
O Ar
O ar que respiramos
nos ajuda a pensar…
Nos enche de ideias
faz a mente clarear
A Folha
Eu não vou deixar
de ver jamais
a dança que um folha faz
caindo pelo ar.
Eu não vou deixar
enferrujar
o meu poder de perceber
o todo e o particular.
Porque eu sei
que em cada grão
existe a dimensão
da planta que se tornará…
– Cantando a Terra
Bota o Pé na Pedra Preta
Bota o pé na pedra preta
Pede a benção para o chão,
De onde brota tanta vida,
Revelada em cada grão.
Pra colher bom fruto
cuida bem dessa raiz
não esquece do futuro,
faz um tempo mais feliz.
O tempo certo da fruta madura
A paciência da terra plantada
A cantoria da Passarinhada
De: De pergunta em pergunta
“Vida de planta, gente, animal, tem que ser entrelaçada para não acabar mal”
Ana Maria Machado
De: Um problema chamado coiote
“E até hoje não se sabe se aprenderam a ter juízo e a saber que bicho existe, porque é muito preciso… E quando um deixa de existir, você pode esperar que muitos outros vão sumir”
Ana Maria Machado
De: Na praia e no luar, tartaruga quer o mar
“E de repente a tartaruga se soltou e saiu nadando, depressa e ágil pela água verde clarinha, graciosa, sem nenhum vestígio da falta de jeito que tinha na terra. Como um pássaro voando, leve e livre”
Ana Maria Machado
Bia Bedran
Texto e Direção: Bia Bedran
Histórias: Ana Maria Machado
Músicas e Letras: Bias Bedran
Direção Musical, Arranjos e Vinhetas: Sidney Matos
Cenografia, Figurinos e Adereços: João Gomes Rego
Criação de Luz: Djalma Amaral
Preparação Corporal e Coreografias: Vera Lopes
Bonecos de Sombras: Jorge Crespo
Gravação e Programação de Teclados: Darcy de Paulo
Percussão: Paulo Menezes
Supervisão Cênica: Djalma Amaral
Produção Executiva: Aída Marques – MP23 Produções
Divulgação: José Antonio
Direção de Produção: Maurício Ribeiro
Fotos: Paulo Rodrigues – Pro Studio
Programação Visual: Beatriz Pimenta e Laura Bedran
Assessoria em Questões Ambientais: Márcio D’Olne Campos
Equipe de Cenografia: Dirce Alves da Cruz, Jorge Crespo, Sebastião Marcos e José Carlos Fragoso
Confecção de Figurinos: Bené Corradini e Lenira Silva
Cenotécnico: Gilberto
Operação de Luz: Jarbas Batista e José Ricardo
Maquiagem: Rose Verçosa
Histórias de Ana Maria Machado
De Pergunta em Pergunta
Um Problema Chamado Coiote
Na Praia e no Luar, Tartaruga que o Mar
(Última Página)
(Logos) CCBB
(Verso – Cartaz)
Histórias da Mãe Natureza
espetáculo musical de
Bia Bedran
Centro Cultural Banco do Brasil – Teatro II