Programa do espetáculo que estreou no Teatro Oi Futuro Flamengo, em 2016

(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Frente)

Oi, Governo do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro
apresentam

A LENDA DO VALE DA LUA

Texto e Direção: João das Neves
Músicas: Chico César

(Verso da Frente – Foto do Elenco)

(Página 01)

Como Nasce Uma História?

Como se inventa uma história?
Contar uma história é melhor que ouvir uma história?
Qualquer um pode ser personagem de uma história?
Como você constrói a sua própria história?

Brasileira ou estrangeira, alegre ou com final triste, feita para criança ou criada para adulto, uma história bem contada sempre causa interesse, atrai a atenção. E quando essa história vai sendo construída aos pouquinhos, diante de seus olhos e… com sua ajuda, tudo fica mais legal ainda!

A Lenda do Vale da Lua foi escrita há muito, bastante tempo atrás. Há 40 anos. Mas ainda é muito bonita, cheia de surpresas e imagens que têm tudo para agradar a gente de todas as idades. E traz uma curiosidade muito interessante: o autor, o artista que a inventou, só agora, depois desse tempo todo, resolveu conta-la do modo dele. Para você, para nós.

Olhos e ouvidos bem abertos porque o espetáculo vai começar!

Roberto Guimarães, Gestor de Cultura, Oi Futuro

(Página 02)

Encenar A Lenda do Vale da Lua tantos anos após escrevê-la é como voltar à infância. É uma forma de agradecimento aos operários da construção civil. Em fins dos anos 40 e início dos 50, o bairro de Copacabana sofreu grandes transformações. Seu casario foi substituído por edifícios de 10 e 12 andares que, ainda hoje, são uma das características marcantes do bairro. Os operários, quase todos nordestinos, se reuniam na Praça Serzedelo Correia e promoviam desafios ao som das violas, cantavam e contavam através da literatura de cordel as façanhas dos heróis dos sertões e da caatinga. Traziam seus folguedos e mamulengos para alegria das crianças que frequentavam a Praça dos Paraíbas como era chamada. Eu fui um desses meninos que beberam e aprenderam a amar essa belíssima cultura.
Ali nasceu meu amor pelo teatro.

João das Neves, Autor e Diretor

É lindo esse texto de João das Neves e para mim é uma grande alegria tornar-me seu parceiro nas canções do espetáculo, tão atual e necessário para que as novas gerações possam pensar sobre a ecologia, nossa relação com a natureza e a cultura popular.
A Lenda do Vale da Lua faz uma bela e poética reflexão sobre o que somos e mostra que podemos sempre mudar, assumir novas personas, sendo quem somos e podendo também ser outros.

Chico César, Compositor

(Página 03)

Quando li o livro A Lenda do Vale da Lua, achei o texto maravilhoso e idealizei essa montagem.
Conversei com o autor João das Neves, parceiro de outros trabalhos, e ele revelou que também tinha o desejo de dirigir pela primeira vez o seu próprio texto, além de trazer como parceiro Chico César para musicar as letras da peça.

Após dois anos de trabalho, espera e perseverança, recebi da Oi o privilégio e oportunidade de tornar realidade tudo o que tinha idealizado.

Tudo isso também graças a uma equipe maravilhosa, que nos ajudou a tornar possível todo o encantamento e magia da Lenda do Vale da Lua.

Esse é o trabalho de nós, produtores: acreditar que as lendas podem virar realidade. Tenho certeza de que adultos e crianças vão admirar, se encantar e se divertir com esse espetáculo.

Valéria Alves, Idealizadora e Diretora de Produção, Sevla Produções

(Paginas 04 e 05 – Foto)

Carolina Gomes
Vicente Coelho
Clara Santhana
Luiz Claudio Gomes
João Lucas Romero
Julie Wein

Texto e Direção: João das Neves
Músicas: Chico César
Letras: João das Neves, exceto Siriema, domínio público; A Cidade e a Solidão e Ciranda da Alegria
Músicas: Beto Lemos
Letras: João das Neves
Direção Musical e Arranjos: Beto Lemos
Cenário e Figurino: Samuel Abrantes
Bonecos e Consultoria de Manipulação: Paulo Emílio Luz
Iluminação: Djalma Amaral
Preparação Vocal: Natália Fiche
Assistência de Figurino: Rosa Ebee
Assistência Cenografia: Gustavo Fernandes
Visagismo: José Carlos Ramos
Camarim: Juju Santos
Operação de Luz: Silvio Cesar Costa
Assessoria de Imprensa: Lead Comunicação
Programação Visual e Fotos: Thiago Sacramento
Intérprete de Libras: JDL Traduções
Assistência de Produção: Igor Miranda
Prestação de Contas: Maria Alice Silvério
Produção Executiva: Elaine CSP
Coordenação Técnica: Aloisio Antunes
Idealização e Direção de Produção: Valéria Alves
Realização: Sevla Produções

(Interior – Encarte para Colorir e Jogos)

(Página 06, 07 e 08 – Músicas)

É Só Querer Para o Bem Querer
Música: Chico César
Letra: João das Neves

É só querer para o bem querer.
É só viver pra querer brincar.
É só brincar e então
tantas histórias, um sem contar.
Era uma vez, era duas, três…
Passou-se um dia, foi num mês,
depois um ano, era outra vez,
mais uma história assim se fez

No Céu da Noite
Música: Chico César
Letra: João das Neves

No céu, céu da noite,
surgiu a estrela colorida
Brilhou, correu, sonhou,
lembrou que à noite nascem margaridas.
No céu, céu da noite,
a flor do dia vem brincar.
Eu corro a noite, eu corro o céu
e colho a flor do meu pensar
no céu da noite, céu da noite

Estrelas Vindas do Céu
Música: Chico César
Letra: João das Neves

Estrelas vindas do céu,
sementes soltas no chão,
sementes são desta flor
que eu trago viva na mão.
Entre meus dedos
o céu espalha flores no chão.
Trago sementes nos pés,
as flores, no coração.

Com o Véu da Noite eu Faço
Música: Chico César
Letra: João das Neves

Com o véu da noite eu faço o manto,
com a voz do dia semeio o canto.
Venho estas flores espalhar;
Eu trago estrelas e o luar.
Deixo as palavras sobre o manto,
ponho alegria, esqueço o pranto.
Eu trouxe a vida, invento a cor.
Com esta fita, enfeito o amor.
Vem, meu boizinho, vem dançar
na melodia que está no ar.

Ciranda da Alegria
Música: Chico César
Letra: João das Neves

No véu, o manto, o dia, o canto.
Na flor, estrelas e o luar.
Lara-Lará-laialalá …
Na fala, a vida, alegria, o amor.
Esquece o pranto, esquece a dor.
Lará-lará-laialálá…
No ar, mil fitas a enfeitar.
Noite, boizinho, vem dançar.
Esta ciranda vem cantar
Lará-lará-laialálá…

A Cidade Vai Ter
Música: Chico César
Letra: João das Neves

A cidade vai ter flor,
ter um céu cheio de estrelas,
muitas noites de luar.
Vai ter luz de vagalume,
vai ter brisa, beira-mar.
E quando o boizinho dançar,
mil sorrisos vai mostrar
das pessoas que veem o céu
sem dizer “Era uma vez”;
que sabem que as flores
nascem e morrem todo mês;
que ouvem o canto dos pássaros
sem ser canto engaiolado
que veem cavalos-marinhos,
sobre ondas cavalgar;
que olham para os outros
com olhar menino,
com olhar de conversar.

Luar, Luar
Música: Chico César
Letra: João das Neves

Lua, luar…
Cantei, cantar…
Vem, meu boizinho,
vem dançar.
Uma ciranda cirandei,
de flores tantas coloridas
Uma guirlanda te mandei
botões de rosa, margarida.
Lua, luar…
Beijando o mar,
eu cirandei no seu olhar.
Vem, meu boizinho,
cirandar.
Meu boi Estrela,
Estrela-mar.

A Cidade e a Solidão
Música: Chico César
Letra: João das Neves

Na cidade
era tudo diferente.
Tanto edifício!
Tantas ruas!
Tanta gente!
Na cidade
as pessoas não se olhavam,
não sorriam, não se viam,
não se amavam.
Na cidade
as crianças nem sabiam
que o sol
e a lua sobre o mar
se refletiam.

A Bruxa Violência
Música: Chico César
Letra: João das Neves

Quem será que vem,
que agora aparece?
De braços, tem cem…
Todo dia cresce…
Quem é que atravessa
dias e noites?
Seus dedos estalam:
são mil açoites?
Lá vem ela.
Se chama Violência.
Ela é aquela que corre
nas ruas seu desepero.
Ela é aquela que risca
no asfalto seu rosto sem rosto,
seu desamor.

Cavalo Marinho e Ema
Música: Chico César
Letra: João das Neves

Cavalo-marinho,
corre ligeirinho.
Cavalo-marinho,
a gente vai chamar.
Corre direitinho,
Cavalo-marinho,
Cavalo-marinho.
Galope, galopar,
onda, quebra-mar.
Ema vem trazendo,
Ema vem dançando,
onda, beira-mar.
Ema, Ema, Ema,
Ema, Ema, vem dançar.
Ema, Ema, Ema,
Ema, Ema, vem pra cá.
Ema, Ema, Ema,
Ema, Ema, vem dançar.

Tira a pena
Música: Chico César
Letra: João das Neves

Tira a pena de Dona Ema.
Faz a agulha, costura o pano.
Tira a pena,
começa agora,
senão termina no fim do ano.
Tira pena,
tira sem pena,
que Dona Ema
quer costurar
uma roupa
muito bonita,
para o boizinho
se apresentar.

Bumba Final
Música: Chico César
Letra: João das Neves

Bumba-meu-boizinho, bumba,
Cavalo-marinho
vem que vem chegando
bem devagarinho.
E Boi Estrela,
flor da manhã,
colhe nos campos,
beijos do amanhã.
Bumba-meu-boizinho, bumba.
Cavalo-marinho
vem que vem contando
a história de mansinho.
Era uma vez,
era outra vez…
Se gostou dessa,
não espere, conte três.

(Verso da Última capa – Foto do Elenco)

Agradecimentos:

Alessandra Reis, Beatriz Alves, Beatriz Pimentel, Dulce Penna, Eduardo Couto, Fátima Colin, George Luis Prata, Isaac Bernat, Ivete Dibo, LCG Produções, Luiza Carino, Marcelo Colin, Márcio Ferraz, Maria Iris, Mariângela Haddad, Meri Santiago, Pablo Emanuel, Rodrigo Cohen, Sandra Rabello, Titane.

(Última Capa)

Patrocínio

(Logos) Oi, Governo do Rio de Janeiro, Secretaria de Cultura, Lei Estadual de Incentivo a Cultura

Apoio

(Logos) Colégio Andrews, Agtal, Pão do Bento, Lead, 94.1 fm, Sorvete Bomky, Boemia, 3 Corações.

Corealização

(Logo) Oi Futuro

Realização

(Logo) Sevla