Programa, 2008

Filipeta do espetáculo que se apresentou de 12 a 14.12.2088, no Teatro Nelson Rodrigues, Rio de Janeiro

Bonecos criados pelo Grupo Giramundo

(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

Caixa Cultural
apresenta

A Redenção Pelo Sonho

De Tim Rescala
Diretor Cênico: Chico Pelúcio

(Verso da Capa – Fotos de bonecos e caricaturas para o Jogo da Memória)

(Página 01)

(Logo) Caixa Cultural apresenta

A Redenção Pelo Sonho
de Tim Rescala

(Página 02 – Fotos dos bonecos)

(Página 03)

Giramundo

O Giramundo foi fundado em 1970, pelos artistas plásticos e professores universitários Álvaro Apocalypse, Tereza Veloso e Madu Vivacqua. Hoje conta com uma oficina de criação, sala de ensaios, estúdio de videoanimação, departamento gráfico, escola de formação de marionetistas e o museu, que guarda e conserva todo o acervo de bonecos, cenários, desenhos e projetos originais. O Giramundo oferece oficinas, palestras e exposições itinerantes, apresenta-se no palco e na rua, cria bonecos e animações para a TV. Em eterna experimentação, inserindo elementos da cultura e da história do Brasil em seus espetáculos, adaptando clássicos da literatura universal ou criando seus próprios textos, o Giramundo já se apresentou em praticamente todo o Brasil e em mais de dez países da Europa e das Américas.

(Página 04 – Desenho de Álvaro Apocalypse)

Aos mestres, dez anos depois

Escrevi A Redenção Pelo Sonho em 1998, sob encomenda do Sesc Ipiranga, de São Paulo, para integrar seu projeto Pocket Opera. Esta ópera infantil em um ato comemorava os 50 anos da morte de Monteiro Lobato. Após ser apresentada com sucesso na capital, a montagem viajou pelas unidades do Sesc do interior paulistano. A partir de então, passou-se uma década na qual tentei, sem sucesso, levar a montagem para outras cidades, principalmente para o Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Hoje, comemorando os 60 anos da morte de Lobato, graças à Fundação Clóvis Salgado e à Caixa Cultural, o sonho acalentado há tanto tempo torna-se realidade.

A montagem original de 1998 teve em Álvaro Apocalypse, com quem colaborei fazendo a música de O Diário, uma figura chave. O mestre não só fez a direção geral do espetáculo, como também o cenário, os figurinos, a iluminação e, obviamente, os bonecos. Desta primeira montagem, mantivemos os bonecos que, assim, ganham vida própria e se eternizam, como os próprios personagens de Lobato. Como Monteiro Lobato, Álvaro nos deixou um legado, brilhantemente perpetuado pelo seu querido grupo Giramundo. Sinto-me duplamente privilegiado: por ter a oportunidade de criar uma nova obra a partir do trabalho de um mestre e por ter tido um outro mestre dando vida a um trabalho meu.

A nova montagem, uma coprodução de cariocas e mineiros, estreita ainda mais meus laços com Belo Horizonte, não só pela presença do Giramundo, mas pela direção de Chico Pelúcio, com quem fiz importantes trabalhos através da Cia. Burlantis e do Grupo Galpão.

Esta não é uma ópera só para crianças, mas para todos aqueles que se deixam levar pelo sonho. Monteiro Lobato, durante uma vida rica e atribulada, alternando sucessos e fracassos, ensinou-nos a amar o Brasil, a não desistirmos dele, e tentarmos sempre melhorá-lo, colocando-o acima dos nossos projetos pessoais. Ensinou-nos um tipo de patriotismo todo especial que, infelizmente, quase não encontramos mais nos dias de hoje.

O sonho, que nesta ópera traz a redenção para Lobato, talvez seja o mesmo sonho perseguido por criadores como Álvaro Apocalypse, Tereza Veloso ou Madu Vivacqua, criadores do Giramundo. Talvez seja, também, o mesmo sonho que acalenta todos os artistas: o de sensibilizar alguém através da arte, de tocar seu coração, de emocioná-lo de fazê-lo rir, chorar; enfim, de comunicar-se com alguém através do encantamento. E este sonho será sempre redentor.

Tim Rescala

(Página 05)

Release

A Redenção Pelo Sonho

Ópera de Tim Rescala homenageia Monteiro Lobato com participação dos bonecos e marionetes do Grupo Giramundo.

O libreto de A Redenção Pelo Sonho faz uma homenagem ao escritor brasileiro Monteiro Lobato, narrando partes de sua vida e trazendo à cena alguns de seus principais personagens. O espetáculo estreou há 10 anos em São Paulo, passou por Belo Horizonte, e será apresentado pela primeira vez no Rio de Janeiro.

A narrativa se passa no dia da morte de Monteiro Lobato, 4 de julho de 1948.
O escritor está em sua mesa de trabalho, respondendo a uma carta de seu grande amigo Godofredo Rangel, que havia sugerido que ele escrevesse suas memórias. À medida que Lobato descreve os fatos, os personagens, tanto os que existiram quanto os que ele inventou, vão surgindo em seu quarto interferindo no rumo da história, sempre mostrando o lado positivo de cada aventura, ou desventura, vivida por Lobato.

Os fatos sobre sua vida são narrados de forma cronológica até o momento em que Monteiro Lobato concorda em escrever suas memórias. Mas, antes de terminar sua última carta ao grande amigo Godofredo, ele decide repousar um pouco. Cansado, mas feliz e recompensado, ele faz também a sua “Viagem ao Céu”: é a sua Redenção Pelo Sonho.

O espetáculo é apresentado por músicos e solistas convidados, sob a regência de Tim Rescala, com participação de bonecos e marionetes do Grupo Giramundo, cenários de Raul Belém Machado e direção de Chico Pelúcio. A Redenção Pelo Sonho tem música e libreto de Tim Rescala, que ressaltou: “A obra tem o universo infantil sempre presente, o que cria um clima sonoro lúdico e fantasioso”.

(Página 06)

Tim Rescala – Música, Libreto e Regência

Tim Rescala, compositor, pianista, arranjador, autor teatral e ator, nasceu no Rio de Janeiro, a 21 de novembro de 1961. Estudou teoria musical e piano, com Maria Yêda Cadah, na Escola de Música da UFRJ de 1976 à 1978.Prosseguiu os estudos de piano com a mesma professora na Escola de Música Villa-Lobos, onde também estudou harmonia. Foi aluno de H.J.Koellreutter em contraponto, composição e arranjo. Em 1979 ganhou o primeiro prêmio do Concurso de Composição da Escola de Música Villa-Lobos e do Colégio da OSB. Atuou em mais de cinquenta espetáculos, como compositor e diretor musical. Participou de diversos festivais e mostras de música contemporânea no Brasil e no exterior, com destaque para o Festival Sonidos de las Américas-Brasil, realizado em abril de 1996, em Nova Iorque, quando apresentou duas obras no Weill Recital Hall e no Carnegie Hall. Gravou vários Cds, entre os quais, juntamente com Rodolfo Caesar, dois Cds de música eletroacústica para o selo Rio-Arte Digital: O Estúdio da Glória e Música Eletroacústica Brasileira. Em 1993, recebeu mais um prêmio Mambembe pelo texto do musical infantil Pianíssimo , transformado em livro infantil em 1995 e lançado pela editora RHJ. Com a montagem desse musical em Belo Horizonte, recebeu o prêmio Sated pela melhor música. Em 2005, tornou-se diretor da Sala Baden Powell, no Rio de Janeiro. Criou e dirigiu, para o Sesc, a série Multimúsica, com a apresentação de 48 artistas em teatros do subúrbio carioca. Ganhou vários prêmios, Mambembe, Shell, Coca-Cola. Atualmente trabalha com música popular, música de concerto e música incidental para teatro, televisão, dança, cinema e vídeo. Em novembro de 98 estreou no Sesc Ipiranga, em São Paulo, a ópera A Redenção Pelo Sonho, sobre a vida e a obra de Monteiro Lobato, sob a encomenda do Sesc.

(Página 07)

Chico Pelúcio – Diretor Cênico

Chico Pelúcio nasceu em Cruzilha, em 1959, mas foi criado em Baependi, entre as fazendas de sua avó e de seu pai, o Bar Fecha Nunca e o campo do Botafogo F.C. Em 1975, veio para Belo Horizonte. Ingressou no curso de Administração e, junto com Eduardo Moreira e sob orientação de João Machado, atuou em Murro em Ponta de Faca, no curso de Comunicação da PUC. Em 1981, concebeu e produziu, com alguns amigos, o Festival Cante-Conte, em Baependi e, ao mesmo tempo, ingressou no curso de Economia na UFMG. Na FAFICH, atuou com Eduardo e Edwald Zampier no Teatro de Resistência. Em 1983, formou-se em Administração, abandonou a Faculdade de Economia e mudou-se para Londres. Lá, fez um curso de clown e, junto com o amigo inglês Rick Vick, preparou um esquete, com o qual se apresentavam nas ruas da França, Bélgica e Inglaterra. Em 1984, Chico retorna a Baependi, onde criou o grupo Cataguá de Teatro. E ali permaneceu durante seis meses até dedicar-se à produção artística, montando com Xuxo Lara o projeto Lápis de Cena. Nesse mesmo ano, fez uma substituição de emergência para o Grupo Galpão, na peça E a Noiva Não Quer Casar. Desde então, com o Galpão, desenvolveu diversos trabalhos de criação e de gestão cultural. Tendo como foco o trabalho de ator, já participou também da assistência de direção, direção e iluminação de alguns espetáculos, acumulando alguns prêmios por esses trabalhos. Dirigiu outras companhias teatrais, tendo como destaque todas as montagens da Cia Burlantins e quatro Oficinões do Galpão Cine Horto. Como gestor cultural, foi responsável pela coordenação de produção do Grupo por vários anos, coordenador geral de dois Festivais Internacionais de Teatro de Rua, do primeiro Festival Internacional de Teatro Palco e Rua/FIT-BH e, posteriormente, implantou e coordenou o Galpão Cine Horto. Em 2005 e 2006, atuou como presidente da Fundação Clóvis Salgado/Palácio das Artes.

(Página 08 – Fotos dos artistas)

Lenine Santos, tenor

Lenine Santos estreou em Brasilia, sua cidade natal, em 1990, no papel de Azaël, em L’enfant Prodigue, de Debussy. Participou de várias estreias de óperas de compositores brasileiros, como Tim Rescala e Arrigo Barnabé. Mestre em Música pela UNESP tem sido docente convidado para vários festivais nacionais. Gravou importantes Cds e estreou canções de Prado, Sérgio Vasconcelos Corrêa, Tim Rescala, Arrigo Barnabé e Gilberto Mendes.

Personagem: Monteiro Lobato

Doriana Mendes, soprano

Doriana Mendes nasceu em Bauru e iniciou seus estudos de dança clássica aos cinco anos de idade, em Ribeirão Preto. Estudou, também em Nova York e, em 1995, ingressou no Bacharelado em Canto da Universidade do Rio de Janeiro, UNIRIO. Foi solista durante dez anos do conjunto vocal Calíope, Prêmio Carlos Gomes de Melhor Conjunto Vocal Brasileiro, com o qual realizou turnês pela França, Alemanha e Chile. Cursa o Mestrado em Práticas Interpretativas na UNIRIO. Foi professora de canto lírico na Escola de Música da UFRJ, em 2006 e 2007. Sua discografia compreende mais de quinze Cds. Colabora regularmente, como intérprete e coreógrafa, com vários compositores brasileiros.

Personagens: Dona Benta, Emília, Corista, Trabalhadora Rural

Aline Réa, contralto

Aline Réa, mezzo-soprano, iniciou seus estudos musicais aos seis anos de idade, com aulas de piano e violoncelo. Atualmente, conclui o seu Bacharelado em Canto, na Escola de Música da UFRJ, sob orientação de Veruschka Mainhard. Em agosto de 2007, foi para Alemanha, participando do Festivalensemble Stuttgart, do Rheingau Musik Festival e do Europäisches Musikfest Stuttgart. É integrante do grupo Sacra Vox e do Coro Sinfônico do Rio de Janeiro. Como solista, atuou com o grupo Orquestra e Coro Sinfônico da UFRJ e com o Coro Guanabara. Como camerista, participou de diferentes formações. Já trabalhou sob a regência de renomados maestros.

Personagens: Tia Anastácia, Trabalhadora Rural, Corista

Zé Rescala, tenor

Zé Rescala é ator, cantor lírico, preparador vocal, professor de Canto e cantor do Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Atuou em importantes musicais de autores como Tim Rescala, Stella Miranda, Miguel Falabella, Maria Carmem Barbosa, Maria Clara Machado, Karl Valentin, Ziraldo, maurício Sherman. Trabalhou sob a direção de renomados diretores, como Karen Acioly, Lili Seco, Stella Miranda, Cacá Mourthé, Miguel Falabella, Josimar Carneiro e Bia Paes Leme, entre outros.

Personagens: Jeca Tatu, Oswald de Andrade, Mr. Slang, Zé Brasil.

Jorge Mathias, barítono

Jorge Mathias é natural de Niterói, RJ. Recebeu uma bolsa de aperfeiçoamento em Nova York, EUA, tendo estudado com a Profª. Phillis Lind. Em 2000, obteve o primeiro lugar, baixo, em concurso para integrar o coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Ainda como corista, gravou e cantou com o Coro Masculino do RJ e Coro Sinfônico do RJ. É Bacharel em Canto Lírico pela UFRJ, tendo estudado também com a Profª Svetlana Gorenkova, do Teatro Mariinsky de São Petersburgo. Cursou a Escola de Teatro Martins Pena. Participa da banda Quaterna Réquiem e gravou a trilha sonora da peça Uma Noite na Lua, de João Falcão.

Personagens: Padre Salles Brasil, Visconde, Defensor Público, Trabalhador Rural.

(Páginas 09 e 10)

Cantores
Lenine Santos, tenor: Monteiro Lobato
Aline Réa, contralto: Tia Nastácia, Trabalhadora Rural e Corista
Zé Rescala, tenor: Jeca Tatu, Oswald de Andrade, Mr. Slang e Zé Brasil
Doriana Mendes, soprano: Dona Benta, Emília, Corista e Trabalhadora Rural
Jorge Mathias, barítono: Padre Salles Brasil, Visconde, Defensor Público e Trabalhador Rural

Músicos
Piano: Maria Teresa Madeira
Violino: Ana de Oliveira
Flauta: Andrea Ernest Dias
Trombone: Lulu Pereira
Percussão: Rodolfo Cardoso
Violoncelo: Cassia Menezes
Clarineta: Lúcia Morenlenbaum

Marionetistas
Márcio Miranda, Daniel Mendes

Tim Rescala: Música, Libreto e Regência
Chico Pelúcio: Direção Cênica

Equipe de Criação
Direção de Produção: Ana Luísa Lima e Andréa Alves
Cenógrafo: Raul Belém
Figurinista: Ney Madeira
Bonecos: grupo Giramundo / Criação: Álvaro Apocalypse
Iluminação: Aurélio de Simoni
Visagismo: Cléia Tomaz
Designer Gráfico: Marcio Fróis
Adaptação Gráfica: Raphael Baêta
Assessoria de Imprensa: Lead Comunicação

Equipe de Produção
Produção Executiva: Gisela Marchiori e Janaína Santos
Estagiário de Produção: Igor Biond

Equipe Técnica
Assistente de Direção: Tania Costa
Assistente de Cenografia: Antônio Lima
Figurinista Assistente: Daniela Vidal
Costura: Adélia Andrade
Alfaiataria: Macedo Leal
Adereços de Figurino: Joana Lyra
Confecção de Máscaras: Andréa Kossatz
Camareira: Marceli Araújo
Cenotécnico e Contrarregra: Reynaldo H. Duarte

(Página 11)

Agradecimentos

Cecilia Conde, Equipe Sala Baden, Ignácio de Nono, José Luis Bartolo, Krika Pujol, Luis Paulo Conde,Sérgio Escamilla e Rádio Mec.

Agradecimento Mais que Especial

Nenem Krieger

Jogo da Memória

Destaque a capa do programa, recorte os quadrados,come as figuras nos quadrados coloridos e se divirta com o jogo da Memória com imagens de Monteiro Lobato e seus personagens

(Verso da Última Capa – Fotos de bonecos e caricaturas para o Jogo da Memória)

(Última Capa)

A Redenção Pelo Sonho

Caixa Cultural, Teatro Nelson Rodrigues
Informações: (21) 2262-8152 www.caixa.gov.br/caixacultural
Av. República do Chile, 230, Anexo, Centro, RJ.
Bilheteria de quarta a domingo, 15 às 20h.

Livre para todos os públicos

© 2001 TV Globo / Monteiro Lobato

Co-Realização

(Logos) Fundação Clóvis Salgado, Governo de Minas

Apoio

(Logo) Sarau

Parceria

(Logo) Giramundo

Patrocínio

(Logo) Caixa, Governo Federal

Promoção

(Logo) TV Globo