Programa, 1998

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(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

A REDENÇÃO PELO SONHO

SESC São Paulo

(Verso Capa)

Pocket Ópera

A Redenção pelo Sonho

Libreto e Música: Tim Rescala
Direção: Álvaro Apocalypse

De 19 a 29 de novembro de 1998
SESC Ipiranga

(Página 01 – desenho boneco e caricatura de Monteiro Lobato)

(Página 02) 

Monteiro Lobato e a Justeza do Sonho

Atuar de forma intensa e significativa no panorama cultural de uma cidade como São Paulo requer dose diárias de inventividade. Tal como em outros campos de produção de conhecimento, a área de cultura, por vezes, conhece modelos que se repetem infinitamente, oferecendo ao público nada mais do que a palidez da pouca originalidade e o sem-sabor das eternas recorrências. Destacam-se positivamente, então, as iniciativas que aliam temas pouco visitados a formatos inovadores.

Durante o ano de 1998, o público paulistano pôde assistir a espetáculos, cênico-musicais que privaram destas características.

O projeto “Pocket Opera” do SESC Ipiranga – retirou das prateleiras da memória coletiva as artimanhas de Gianni Schicchi, o drama de amor e loucura de Ophelia e alguns depoimentos líricos que mesclavam amor e traição.

Ora, encerrando mais um ano desta empreitada tão bem-sucedida, o SESC optou por criar uma ópera. Tal ineditismo se encerraria aqui não fosse também a originalidade do tema: a vida e a obra de um criador incansável, Monteiro Lobato.

Nunca forma e conteúdo andaram tanto de mãos dadas. Trágica, lírica, patética e apaixonada, a vida de Monteiro Lobato somente se prestaria mesmo a um gênero como a ópera, de cujos contornos emanam as mesmas características.

Sob a direção musical do autor da obra – o maestro Tim Rescala – e a direção cênica de Álvaro Apocalypse – do antológico grupo mineiro Giramundo – um elenco composto por jovens cantores e por músicos convidados estará contando as aventuras reais e imaginárias do autor do sítio primordial de nossa infância.

Tanto quanto as grandes personagens da cena lírica, Lobato também conheceu a grandeza e o esquecimento, o êxito e o ocaso em vida. Incompreendido até mesmo por nossos modernistas (cujo criticismo exacerbado resultou em obscurantismo e arbítrio), Lobato foi um homem que encarou o Brasil com lentes de aumento, sempre. A Redenção pelo Sonho não é um testemunho lamentoso e contemplativo da trajetória do escritor, como as palavras podem até sugerir. Ao contrário, é um corajoso libelo contra a incapacidade de sonhar – que afetou os contemporâneos de Lobato, fazendo-o mergulhar em isolamento e solidão.

Passados cinquenta anos, porém o genial criador da boneca Emília não poderia estar em melhor companhia: transformar sonhos em concretudes tem sido a tônica do SESC desde sempre…
Danilo Santos de Miranda – Diretor Regional do SESC São Paulo

(Página Dupla 03 – Foto Boneco do Espetáculo e Partitura Com Desenhos)

(Página Dupla 04)

Um Furacão na Ópera

Compor e encenar uma ópera no Brasil ainda é, infelizmente, um privilégio. Apesar de o gênero ter conquistado plateias cativas no passado, estas não se renovaram, bem como o próprio repertório, que ficou restrito a alguns clássicos. Assim como foi originalmente, e ópera pode e deve recuperar, no entanto, seu caráter essencialmente popular, através de espetáculos que interessem uma larga camada do público, sem importar qual seja sua idade, classe social ou mesmo nível de instrução.

O Projeto “Pocket Ópera”, que vem sendo realizado pelo SESC de São Paulo, tem dado uma considerável contribuição nesse sentido, oferecendo ao público leigo um novo formato de espetáculo, mais condensado e objetivo. Cativando-o para o gênero, o SESC tem ajudado a criar e preparar esse público para experiências mais amplas, como esta que agora temos o prazer de apresentar.

A vida de Monteiro Lobato foi tão rica e instigante, que nem mesmo uma grande montagem daria cabo de contá-la sem deixar algo de fora. Nesta pequena ópera, que dura pouco mais de uma hora, procurei abordar apenas alguns fatos e aspectos da criação e da personalidade deste grande brasileiro, que melhor o caracterizassem para um público que provavelmente só o conhece das deliciosas histórias do Sítio do Picapau Amarelo. Mesmo não sendo diretamente destinada às crianças. A Redenção pelo Sonho não poderia deixar de falar desse universo infantil, do qual procurei abordar com a ajuda do teatro de bonecos. Para tanto, tive a felicidade de contar com a maestria de Álvaro Apocalypse e seu grupo Giramundo, que, como é de costume em seu trabalho, deu uma nova dimensão cênica ao material que recebeu.

Na criação simultânea de música e libreto, procurei forjar um novo formato de espetáculo, onde o canto lírico se mesclar à manipulação dos bonecos, mas sempre de forma orgânica e complementar, e nunca decorativa.

O discurso musical, que conduz todas as outras formas de expressão, é ora mais complexo, ora mais acessível, variando de acordo com a evolução da história e da caracterização de cada personagem.

Embota inserida no contexto da música erudita contemporânea, valendo-se do atonalismo, do minimalismo ou do teatro musical, essa ópera de bolso não se prova de utilizar elementos tonais, principalmente vindos da música popular.

Enfim, “A Redenção pelo Sonho”, amparada por um elenco e uma equipe de jovens talentosos, procura homenagear a figura inigualável de Monteiro Lobato, revigorando-se com sua obra.

(Páginas Dupla  05 – Desenho do Cenário)

Habemus Mithologia

A mitologia com suas lendas e legendas, com seus deuses, santos e heróis, suas tectônicas tragédias e outros cataclismos, no fim e na verdade, é uma forma de situar o homem dentro de seu espaço, de tranquilizá-lo, de assegurar-lhe que pertence a um grupo solidário e poderoso que é a nação, soma de território, língua, cultura, história, costumes e tradições.

Nesta ópera, Tim Rescala trata de alguém que se tornou mito, mas mito quase tangível, porque, mesmo depois de encantado, sua passagem entre nós deixou um rastro luminoso e fulgurante, um patrimônio inestimável de livros e mais livros, fotos, artigos, depoimentos, ação política e empresarial e um exercício patriótico exemplar.

Ninguém mais patriota que Monteiro Lobato e, jornalista, contista, escritor, conferencista, missivista notável, teve ainda a generosa inspiração de dotar-nos, a nós, tão órfãos, de um lugar encantando, o Sítio, onde o substrato de brasilidade ferve no caldeirão mítico movido pela colher de pau de Tia Nastácia. Mito que criou mitos, Lobato com o Jeca, O Saci, Visconde de Sabugosa, Marquês de Rabicó e Emília nos coloca lado a lado aos felizes povos que dispõem para seu culto de Quixotes, Guignois, Pinochios e Pantaleones, Karagozes e ouros que tais, legendários fazedores de estripulias mundo a afora. Nós do Giramundo que somos de coração, lobatianos, donabentianos, tianastacianos, emilianos, sabugosianos, rabicoanos e, com todo respeito, quindinianos (admiradores que somos da força persuasiva de Quindim que, aliás, parece estar militando aqui e ali na política nacional) estamos serenamente gratificados de, ao lado de tantos talentos jovens, participar deste inspirado projeto que, na mais modesta das hipóteses, nos permite auscultar o ventre túrgido da grande mãe brasileira. Salve! Acorde o gigante: habemus mithologia.
                                                                                                                                               Álvaro Apocalypse – Diretor Cênico
(Página Dupla 06) 

Quem conta Melhor uma História: Um Texto ou uma Partitura?

Existem muitas maneiras de se contar uma história. Se quem a ouve é uma criança e quem a conta é um velho, as possibilidades são infinitas. Se quem conta a história, porém, escolhe em vez de um único olhar atento, algumas centenas de olhos e ouvidos e em vez de um único olhar atento, algumas centenas de olhos e ouvidos e em vez de um quarto silencioso, um palco completamente iluminado, as possibilidades continuam infinitas, mas a chegada mansa do sono certamente não será tão tranquila.

O modo de se contar uma história para o público continua sendo uma questão central para quem escreve para teatro. Mas, será também problema para quem compõe uma música? E se teatro e música fizerem parte de uma mesma obra? Quem conta melhor uma história: um texto ou uma partitura? Ao longo do tempo, estas perguntas foram respondidas de várias maneiras por aqueles que trabalham com a ópera. Em alguns casos, maestro e encenadores pertencem a lados antagônicos; em outros, toleram-se, e raramente trabalham em harmonia, respondendo a estas questões conjuntamente.

As montagens do projeto “Pocket Opera” que o SESC realizou em 1998 são uma tentativa de juntar as pontas deste novelo. O trabalho de releitura de algumas obras para as dimensões do palco do SESC Ipiranga resultou num projeto ousado: uma obra inédita, homenageando um grande escritor brasileiro, composta sob encomenda, com um libreto em português. Para desenrolar o novelo, numa ponta, Tim Rescala e, na outra, Álvaro Apocalypse.

O sucesso deste formato para montagens de óperas é um caminho original que estamos construindo. Nas palavras de Fernando Peixoto: “afinal, se a ópera é teatro em música, cabe ao regente e ao encenador, unificados numa mesma concepção, redescobrir ou reinventar o sentido desta musicalidade teatralizada: persegui-lo não apenas nas melhores óperas tradicionais (…) mas igualmente apontar possíveis e desafiantes caminhos novos para o estabelecimento de óperas contemporâneas. Com tudo o que isto implica de risco.” Risco que, desde já, com muito prazer, assumimos.
                                                                                             Sérgio Farah Escamilla – Curador do Projeto “Pocket Ópera”

(Páginas 07 e 08)

Luta pela Liberdade de expressão marcou a Vida de Monteiro Lobato

Definir a personalidade multifacetada de Monteiro Lobato não é tarefa das mais fáceis. Sobretudo quando se sabe que ele teve como Friendrich Nietzsche, pensador alemão cuja principal característica residia em reformular as próprias ideias e superar pontos de vista ultrapassados, refutando dogmas aceitos como verdades universais. “O aperfeiçoamento intelectual, que na aparência é um fenômeno de agregação consciente, é no fundo, o contrário disso: é desagregação inconsciente. Um homem aperfeiçoa-se descascando-se das milenárias gafeiras que a tradição lhe foi acumulando na alma”, explicaria Lobato. Dos ensinamentos assimilados, o maior deles consistia em só defender algo de que tivesse absoluta convicção pessoal. “Não fiz outra coisa na vida senão trilhar o conselho nietzscheniano, indiferente a censura ou aplausos ou interesses” avaliaria, comentando que a função daquele filósofo na sua existência fora a de sempre devolvê-lo a si mesmo.

Esta pode ser apontada como uma das principais marcas de Lobato: a independência. E a coragem de mudar de opinião, se concluísse que estivera trilhando o caminho errado – como, por exemplo, nas transformações que efetuou em seu personagem-símbolo, o Jeca Tatu. Alcançando repercussão nacional através do artigo Urupês, estampado nas páginas do Estado, em 1914, Jeca era o retrato do fatalismo, preguiça e desalento. Sacerdote da “grande lei do menor esforço”, o caboclo lobatiano teve a construção do seu perfil ditada, em grande parte, pelo ressentimento do cafeicultor derrotado pelas terras-exauridas do Vale do Paraíba. Mais tarde, ao familiarizar-se com os resultados das pesquisas dos sanitaristas Belisário Pena e Artur Neiva, apontando para os males endêmicos que assolavam as populações pobres do País, Lobato passa a ver o Jeca como vítima da miséria da crônica falta de saúde: “Está provado que tens no sangue e nas tripas um jardim zoológico da pior espécie. É essa bicharia cruel que te faz papudo, feio, molengo, inerte. Tens culpa disso? Claro que não”, retificaria nas edições seguintes de Urupês- já transformado em livro- reconhecendo o erro de julgamento. Ao lado da mania de reescrever seus textos para torná-los melhores ou mais claros, tal episódio dá bem a medida da compulsão de lobato para se corrigir. A independência – sua característica mais forte – vinha do berço. Ainda menino, decidiu, por conta de uma bengala do pai, gravada com iniciais J.B.M.L., trocar o nome de batismo – José Renato – para José Bento. A única concessão, talvez, de toda a sua trajetória foi cursar Direito, por exigência do avô, em lugar de estudar Artes Plásticas, uma antiga paixão. Depois disso, passou a defender intransigentemente não só seu ponto de vista, como também a liberdade de expressão, a qualquer preço.

Para Lobato, havia apenas dois modos de escrever: não desagradando nem chocando ninguém, ou dizendo “desassombradamente o que pensa, dê onde der, haja o que houver – cadeia, forca, exílio”. No caso dele, deu em perseguição política e prisão, apreensão e destruição de seus livros – além de preconceitos cristalizados ao longo do tempo. Crítico de arte capacitado e original na virada para os anos 20, acreditava que “o verdadeiro amigo de um pintor não é aquele que o entontece de louvores”, mas quem lhe dá opiniões sinceras e até mesmo duras, traduzindo “o que todos pensam dele, por detrás”. Assim agiu com Anita Malfatti e sua exposição de 1917. Objeto de um artigo no Estado, a mostra – estopim, da famosa polêmica com os modernistas – acabaria valendo ao autor, numa construção historiográfica a posteriori, o estigma de conservador e retrógrado no campo estético.

Em plena República Velha, abordaria em carta a Artur Bernardes a questão do voto secreto e a repressão brutal aos rebeldes na Revolução de 1924 em São Paulo. Teve por isso suspensas as encomendas dos livros didáticos impressos para o governo, fator decisivo na falência e estrangulamento da sua editora que, à época, possuía o maior parque gráfico da América Latina. E pelo crime de tentar encontrar petróleo, amargou cadeia no Presídio Tiradentes durante a ditadura Vargas, Peter Pan, entre outras publicações infantis de sua autoria, foi apontado como subversivo pelo Tribunal de Segurança Nacional por conter doutrinas perigosas e práticas deformadoras do caráter da juventude. Já em novembro de 1937, quando teve início o Estado Novo, os livros de Lobato haviam sido retirados das bibliotecas escolares do então Distrito Federal e queimados. “Imagine que desastre”, comentaria, “o Quindim torrado, o Rabicó assado, a Emília, a Nastácia, dona Benta reduzidas a cinza… Gente cruel, não?” A História do Mundo para as Crianças também andaria numa imensa fogueira, em 1942, no pátio do Sacré-Coeur, por ordem da reverendíssima diretora daquele colégio carioca. No fundo, o que realmente incomodava a Igreja e os donos do poder era a fala libertária da boneca Emília, autodenominada “independência ou morte” e álter ego do escritor.

Mas Lobato prosseguiu desafiando a censura do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) e atacando a arbitrariedades do regime com a imprensa amordaçada e o povo destituído do “oxigênio político, que é a liberdade de manifestação de pensamento”. Continuava com a mesma continuava com a mesma convicção – e o incrível senso de humor – de tempos atrás, quando, comentando com Godofredo Rangel uma observação do cunhado Heitor de Morais sobre o fato de Olavo Bilac achá-lo “esquisito”, por não participar do coro de Ohs! em torno do poeta, explicaria que os literatos célebres lhe lembravam, os políticos que jamais caíam… “Porque é um nome do tamanho de um bonde amarelo e moram no andar da apoteose, acham inadmissível que um ignaro anônimo tenha a preguiça do rapapé e por higiene fuja ao beija-mão.

Por ocasião de sua morte, Carlos Drummond de Andrade registrou que a maior lição de Lobato fora sua tumultuosa riqueza humana. Já Oswald de Andrade se referiu ao magnífico e raro intelectual que não se vende e não se aluga, nem se coloca a serviço dos poderosos ou dos sabidos. Para os autores da sua recente biografia, ficou a imagem de um inconformista, de um Dom Quixote tropical, utópico e sonhador, que soube engendrar mundos encantados no universo do faz-de-conta, enquanto mantinha os pés firmes na realidade, utilizando a palavra escrita como instrumento efetivo de combate. A exemplo de Nietzsche que, segundo o criador do Sítio do Picapau Amarelo, corria na frente com o facho, a espantar morcegos e corujas para semear horizontes, Lobato representou, antes de tudo, um homem que soube ampliar os limites do seu tempo.
                                     Márcia Mascarenhas Camargos – Jornalista e doutoranda em História na USP, é autora com                  Carmen Lúcia de Azevedo e Vladimir Saccheta de “Monteiro Lobato: Furacão na Botocúndia”

Artigo originalmente publicado no Jornal O Estado de Saio Paulo (28/06/1998)

(Página 09 – Fotos de Tim Rescala, dos Cantores e dos Marionetistas)

Giramundo

Criado em 1970 pelos artistas plásticos Álvaro Apocalypse, Terezinha Veloso e Maria do Carmo Vivacqua Martins (Madu), o Giramundo tem se notabilizado como um dos grupos de teatro de bonecos mais atuantes e premiados em todo o mundo. Ao longo destes anos, suas mais de 25 montagens criaram um acervo de mais de 1000 bonecos. Além de adereços, máscaras, peças de cenografia, trilhas sonoras especialmente compostas, figurinos, peças gráficas e projetos de construção de bonecos. O Guarani, Cobra Norato e a Flauta Mágica são algumas das montagens realizadas pelo grupo.

(Página 10)

Elenco

Monteiro Lobato: Lenine Santos
Tia Nastácia, Trabalhadora Rural e Corista: Edneia de Oliveira
Jeca Tatu, Oswald de Andrade, Mr. Slang e Zé Brasil: Lenine Santos / Adriano Pinheiro
Dona Benta, Emília, Corista e Trabalhadora Rural: Sandra Félix
Padre Salles Brasil, Visconde, Defensor Público e Trabalhador Rural: Leandro Fischetti

Piano: Ulisses de Castro
Flauta: Marcos Mesquita
Clarinete: Sérgio Wontroba
Trombone: Lulu Pereira
Violino: Davi Rissi Caverni
Violoncelo: Teresa Cristina Rodrigues
Percussão: Ednei Lima

Ficha Técnica

Regência: Tim Rescala
Direção: Álvaro Apocalypse
Projeto e Direção de Produção: Sergio Farah Escamilla
Produção Executiva: Adriana Apocalypse (Belo Horizonte), Ana Célia Martins Nogueira, Álvaro Guimarães, Germano Baía e Talita Miranda
Assessoria de Imprensa: Ópera Prima Cultural
Projeto Gráfico: S&A Design

Cenografia, Figurinos e Iluminação: Álvaro Apocalypse
Marionetistas: Marcos Malafaia e Ulisse Tavares
Construção dos Bonecos: Equipe do Giramundo
Pintura dos Escudos: Sandra Bianchi
Assistente de Dir. Cênica: Ana Luísa Lacombe
Assistente de Dir. Musical: Marcos Mesquita
Assistente de Cenografia: Gustavo Noronha
Assistente de Iluminação: Ulisses Tavares
Costureira: Judite Gerônimo de Lima
Camareira: Sinésia Dias Martins

Crédito das Ilustrações

Monteiro Lobato – capa, pag. 3 e 15 d: André Guevara
Pág. 2 – “Vamos Ler” – Biblioteca Nacional
Pág.15 a e 15 c: Manolo
Pág.15 b: Théo
Pág.15 c: Voltolino
Marionetes e croquis dos personagens e cenários – págs. 4, 6, 8, 9,12 e 13: Álvaro Apocalypse.

(Última Capa)

A Redenção pelo Sonho

SESC Ipiranga
Rua Bom Pastor, 822 – Cep 04203-000
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