(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)
(Capa)
CURUPIRA
Apresentação
O teatro infantil no Rio de Janeiro está cada vez mais ativo. Já é característica da cidade oferecer produções de alto nível: são inúmeros grupos fazendo trabalhos originais, com qualidade e competência, comprovando que teatro infantil deve ser sinônimo de peças bem produzidas e com ótimos textos.
Um desses bons trabalhos é o da dupla Roger Mello e Ricardo Schöpke, que vem nos encantando desde o belíssimo Uma História de Boto-Vermelho, em que a poesia do texto e a encenação encheram o palco de emoção e beleza.
Como agora, em que os dois estão às voltas com O Curupira, um ser mitológico do nosso folclore que tem os pés virados e vive na mata protegendo os animais.
Essa constante valorização das lendas brasileiras em suas peças é extremamente bem-vinda. A cultura popular, seus causos e suas histórias tratam de temas tão ricos quanto pouco explorados na nossa dramaturgia.
Com extrema sensibilidade e originalidade, eles mostram que só através dos contos populares e da literatura oral é que a mata e os seres fantásticos serão preservados, inclusive em nossa memória, aproximando os adultos e crianças de nossas origens e da rica diversidade do país.
Curupira é o único espetáculo para o público infantil a se apresentar este ano no Centro Cultural Banco do Brasil, que mais uma vez está ao lado do teatro para a infância no Rio de Janeiro, encenando peças de alta qualidade.
Luciana Sandroni
A Encenação
Retornar ao universo das lendas brasileiras causa-me uma enorme satisfação artística e pessoal. Desde a montagem do espetáculo Uma História de Boto-Vermelho, onde fiz um amplo estudo sobre o Brasil, seu folclore, seus costumes e suas crenças, tenho vontade falar das riquezas de nossa terra e de suas regiões menos conhecidas.
Sinto-me gratificado em receber este Curupira, novo e belíssimo texto de Roger Mello, autor que alcança um nível de literatura brasileira dos mais elevados.
Surgiu em seguida, no meu caminho de trabalho, o belo espaço do Centro Cultural do Banco do Brasil, um dos redutos culturais mais organizados e bem planejados deste país, e o convite para dar continuidade ao trabalho iniciado junto ao público infantil por Zezé Polessa, na Sala Treze. Ali tive liberdade total: criar e recriar uma ambientação durante 24 horas por dia, sem hora marcada para interromper a criação. Resolvi buscar a concepção visual do espetáculo na simplicidade do poético texto (a essência que me movia no tão querido Boto), caminhar outra vez por um espaço limpo, onde figurinos fossem instalações, cenários itinerantes preenchendo a cena e contando a história de cada personagem. A iluminação desenha os espaços físicos e se move por todo o ambiente, revelando cada ser escondido nesta mata. Uma música de sons inusitados, de interferências sonoras e o toque do genial Villa-Lobos.
Enfim, um espetáculo feito com muito cuidado para não ferir o que fala mais alto em mim: estar em cena, construindo um universo sem o qual não consigo viver, representar simplesmente! Cumprir a função de ser pleno em tudo aquilo a que me proponho.
Ricardo Schöpke
O Texto
Diz que Curupira faz caçador se perder na mata em dia de sexta-feira!!!
Um assovio aqui, outro mais adiante e quando se vê…não tem mais jeito. Não tem mais volta. É assim o Curupira! Protetor de um lado, assustador do outro. Meio bicho, meio gente, meio assombração, se é que pode haver três meios.
Roger Mello
Carolina Bello: Mulher-Palco e Menina
Marcelo Mello: Jeremias e Velha
Ricardo Schöpke: Teobaldo, Velho, Velha e Curupira
Participação Especial: Roger Mello
Encenação, Produção, Cenário, Concepção Visual e Direção Musical: Ricardo Schöpke
Texto, Programação Visual e Direção Musical: Roger Mello
Percussão: Joaquim
Assistência de Produção, Encenação e Administração: Luiz Rodriguez
Figurino: Mauro Leite
Criação de Luz: Djalma Amaral
Teatro de Sombras e Máscaras: Alzira Andrade
Adereços: Sérgio Faria
Cabelos: Linda Coiffeur
Fotos: Murilo Meireles
Costureira: Carmelita
Cenotécnico: Marcelo Madeira
Camareira: Luiza Martini
Operação de Som: Roger Mello
Operação de Luz: Luiz Rodrigues
Coreografia da Embolada e Desafio: Eleonora
Coreografia do Curupira e Teobaldo: Ricardo Schöpke
Assessoria de Imprensa: Beatriz Marques
Equipe de Montagem de Luz: Moacir Sena, Jarbas Goudard e Marquinho
Produtora: Cooperativa Brasileira de Vídeo
Apoio Cultural
Telerj, Riosport Center, Coca-Cola, Lidador, Ediouro, Nova Fronteira, Salamandra, Raul, Linda Coiffeur, MacDonald’s, Rialto, Wizard, Roseiral Saens Penna, Oficina Manjar Alimentos.
Agradecimentos
Antonio Luiz, Luís Fernando Madela, S. Cabral, Helena Rodarte, Cláudia Sabá, Lúcia Jurema, Roberta, Márcia Raed, Marcos da Veiga Pereira, Linda, Cosme, Anilton, Maria Amélia, Marcelo Melo, Marcelo Gismonti, Lucy Bello, Regina Schöpke, Glorinha Sarpa, Raul, Mariadyr Mello, Marcos Pacheco, Lilia Menezes, Vera Castineira.
E todos aqueles que colaboraram com o espetáculo.
Importante: Os troncos que compõem o cenário do espetáculo são de árvores de fácil plantio e cultivo, utilizadas em reflorestamento e seu uso foi devidamente autorizado pelo Ibama.
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