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Programa, 1989

 

 

 

 

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(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

Grupo Tapa apresenta

NOSSA CIDADE

de Thornton Wilder

(Logos) Arte em Cena – Nossa Caixa, Credicard

(Página 01 – Foto Nildo Masini)

Arte em Cena – Nossa Caixa

O projeto Arte em Cena, em três anos de atividade, já se inclui definitivamente no calendário artístico e teatral do Estado de São Paulo. Em suas duas primeiras edições: encenações de Romaria (1987) e Até Onde a Vista Alcança (1988) o Arte em Cena chegou a quase cem mil pessoas na Capital e no Interior do Estado, meta raramente atingida por qualquer espetáculo teatral neste País.

Para 1989, a Nossa Caixa-Nosso Banco, visa uma participação ainda maior dentro do filão cultural paulista. Desde o início do processo seletivo, a partir da escolha de um júri independente e de um número de inscrições de obras superior às expectativas mais otimistas – isto sem mencionar-se a qualidade das mesmas, procuramos caracterizar o Arte em Cena, versão 89, como uma promoção moderna e profissional, compatível com a estrutura que estamos implantando em nosso banco.

A escolha da peça Nossa Cidade, do renomado Thornton Wilder, em uma montagem do Grupo TAPA, para representar o Arte em Cena, é uma demonstração inequívoca da inserção da Nossa Caixa-Nosso Banco na vida de São Paulo. Teatro moderno, atual, Nossa Cidade, com certeza, marcará a temporada teatral de 1989 nas 35 cidades do Interior, onde se exibirá.

Em nome da Nossa Caixa-Nosso Banco, deixo aqui minha mensagem de otimismo e de felicitação a todos aqueles que tomaram, e tomarão parte na organização do projeto Arte em Cena em 1989. Uma mensagem, que leva dentro de si a certeza do êxito da promoção e do crescimento do nome do nosso banco junto ao grande público de São Paulo.

                                                                                  Nildo Massini, Diretor-Presidente, Caixa Econômica do Estado de São Paulo

(Páginas 02 a 05 – Fotos dos Atores e Diretor)

Ênio Gonçalves

O diretor de cena de Nossa Cidade desenvolve uma intensa atividade artística como autor e ator, trabalhando em teatro, televisão e cinema. Fez 30 peças de teatro e seus trabalhos mais recentes são Analphaville, de sua autoria, e Jesus Homem, de Plínio Marcos, que protagonizou este ano. Na televisão, atuou recentemente como ator, entre outras produções, em Novo Amor, na Tv Manchete, e Vila Cecília, na Tv Bandeirantes. Mas é no cinema que Ênio tem colhido, nos últimos anos, as experiências mais gratificantes de sua atividade profissional: fez 32 filmes e recebeu o prêmio de melhor ator no Rio-Cine Festival, em 1987, por seu trabalho em Filme Demência, de Carlos Reichenbach; e em 1988 repetiu a dose, bisando a láurea de melhor ator no Rio-Cine Festival, agora com o filme de Marco Antonio Simas Com o Andar de Robert Taylor.

Umberto Magnani

Este paulista de Santa Cruz do Rio Pardo é ator formado pela EAD e tem um vasto currículo artístico construído ao longo de mais de 20 anos. Entre seus trabalhos mais importantes destacam-se: na televisão, três minisséries da Rede Globo: Anarquistas, Graças a Deus, Grande Sertão: Veredas e Memórias de um Gigolô. No cinema, A Hora da Estrela, de Suzana Amaral e Kuarup, de Rui Guerra. No teatro: O Santo Inquérito, de Dias Gomes, direção de Flávio Rangel (indicação para o Prêmio Mambembe); Mocinhos-Bandidos, texto e direção de Fauzi Arap; Cabeça e Corpo, de Mauro Chaves, direção de Silnei Siqueira (indicação para o prêmio APETESP); Lua de Cetim, de Alcides Nogueira, direção de Márcio Aurélio (prêmios Molière e Mambembe); Um Tiro no Coração, de Oswaldo Mendes, direção de Plínio Rigon; Louco Circo do Desejo, de Consuelo de Castro, direção de Vladimir Capella (indicação para o Prêmio Mambembe) e Às Margens da Ipiranga, texto e direção de Fauzi Arap (indicação para os prêmios Mambembe e APETESP).

Walderez de Barros

Considerada por Bibi Ferreira “a mais completa atriz dramática brasileira” Walderez comemorou no ano passado 25 anos de uma carreira profissional que, começou no CPC da Faculdade de Filosofia da USP. Seus principais trabalhos no teatro: O Jardim das Cerejeiras, de Tchecov; Agnes de Deus, de John Pielmeier; Abajur Lilás, de Plínio Marcos (prêmios Molière e Mambembe, em 1980); Electra, de Sófocles; Piaf, de Pan Gens; Balada de um Palhaço, de Plínio Marcos; Lago 21, roteiro de Jorge Takla sobre textos de Shakespeare e Tchecov; Madame Blavatsky, de Plínio Marcos (prêmios Molière e Mambembe, em 1985) e Solness, o Construtor, de Ibsen. Na televisão, Walderez participou de vários trabalhos, destacando-se: Beto Rockfeller, O Machão, Simplesmente Maria, João Juca Júnior e Salário Mínimo. Ultimamente tem realizado vários trabalhos em teleteatros e especiais para a TV Cultura.

Brian Penido

Seu primeiro trabalho em teatro, ainda como amador, foi em 1976, numa montagem de O Avarento, de Molière, no Rio de Janeiro. Três anos depois Brian profissionalizou-se e em 1984 largou um Mestrado de Engenharia para dedicar-se exclusivamente à carreira artística.

Mudou-se para São Paulo em 1987, com o Grupo Tapa, do qual participa há 7 anos e com o qual trabalhou, entre outras, nas seguintes peças: Viúva, Porém Honesta, de Nelson Rodrigues; Pinóquio, de Carlo Collodi; Uma Peça por Outra, de Jean Thardieu; A Mandrágora, de Maquiavel e Senhor de Porqueiral, de Molière, todas sob a direção de Eduardo Tolentino de Araújo. Em Nossa Cidade, a personagem de Brian, Jorge, casa-se com Emília, interpretada por Clara Carvalho, sua mulher na vida real.

Vera Regina

Verinha é outra integrante do elenco de Nossa Cidade que tem sua carreira artística desenvolvida toda ela basicamente dentro do Grupo Tapa. Profissionalizou-se em 1985, no Rio de Janeiro, participando do elenco da peça infantil Beto e Teca. Também com o Tapa Vera Regina trabalhou em O Alienista e O Homem que Sabia Javanês, no Festival de Teatro Brasileiro. Sob a direção de Domingos de Oliveira, fez Rosa, um Musical Brasileiro.

Já em São Paulo, trabalhou em O Tempo e Os Conways.

Mario Cezar

Paulista de Marília, Mario Cezar tem dedicado sua carreira artística principalmente ao teatro, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro. Nessa cidade participou como ator das montagens de O Encouraçado Botekin, de Paulo Cesar Coutinho; Um Casal Aberto… de Dario Fo e Assim é se lhe Parece, de Luigi Pirandello. Em 1982, seu trabalho em Bella Ciao de Alberto de Abreu, valeu-lhe dois prêmios de melhor ator: INACEN e APCA. Destaca-se também em seu currículo artístico a participação no elenco de Teledeum, encenada com grande sucesso pelo Grupo Ornitorrinco, sob direção de Cacá Rosset. Na televisão, Mario Cezar participou da novela Partido Alto, na Tv Globo, e mais recentemente em O Cometa, na TV Bandeirantes.

Maria Pompeu

Nossa Cidade é o primeiro trabalho em palcos paulistas desta atriz consagrada por 34 anos de carreira no Rio de Janeiro, cujas atividades artísticas se estendem a trabalhos de direção e tradução. Maria é também professora de interpretação e dá aulas nas Oficinas Culturais 3 Rios e na Casa de Cultura Mazzaropi. Como atriz, seus trabalhos mais recentes foram em Piaf, na excursão feita pelo Norte-Nordeste e, em televisão, O Homem Proibido, na TV Globo. Dirigiu, em 1988, no Rio, Saias e Bocas e Uma Suíte para Duas. Em São Paulo, participou como atriz e como diretora do Seminário de Dramaturgia no Teatro Arena-Eugênio Kusnet, sob a coordenação de Fauzi Arap e Chico de Assis. Maria estudou interpretação e direção em Nova York, com bolsa da Comissão Fullbright. No cinema, participou de Novela das Oito, trabalho que lhe valeu o prêmio APCA de melhor atriz coadjuvante.

Javert Monteiro

Javert iniciou sua carreira artística em Belo Horizonte, onde se dedicou basicamente ao Teatro. Participou de dezenas de montagens amadoras e profissionais, destacando-se entre estas seus trabalhos em Os Pequenos Burgueses, Os Justos, Calabar, Galileu Galilei, Bola de Ouro. Há três anos em São Paulo, o Professor Vicente de Nossa Cidade realizou, entre outros trabalhos, Papa Highirte e A Falecida. Mais recentemente, participou da minissérie O Cometa, da Rede Bandeirantes.

Anette Lewin

Formada em Psicologia em 1974, Anette trabalhava na área clínica como terapeuta até que fez um curso de teatro amador em 1986/87 e descobriu sua verdadeira vocação. Seu interesse pelas artes cênicas desenvolveu-se a partir da participação em um espetáculo de dança, Serra da Boa Esperança, e num trabalho experimental de vídeo: Cotidiano, ambos em 1987. Em 1988 iniciou sua atuação profissional como atriz em comerciais de televisão, até que foi chamada por Eduardo Tolentino para compor o elenco de Nossa Cidade, seu primeiro trabalho profissional em teatro.

Marco Antonio Rodrigues

Marco Antonio é natural de Santos, onde começou fazendo teatro amador, enquanto estudava Psicologia. Depois de formado optou pela carreira artística e acumulou, em cerca de 15 anos, um vasto currículo como ator e diretor. Participou como ator, entre outras, das montagens de Ato Sem Palavras, de Samuel Beckett, e de vários textos de Plínio Marcos: Barrela, Dois Perdidos Numa Noite Suja e, mais recentemente, Jesus Homem. Dirigiu um grande número de peças infantis, entre as quais se destacam O Menino Maluquinho, O Menino Mais Bonito do Mundo, O Pequeno Planeta Perdido, História de Dois Amores e A História da Grande Luta do Circo Pequeno que se Casou com o Vizinho Gigante.

Plínio Soares

Formado pela Escola de Arte Dramática de São Paulo em 1984, desde então Plínio tem trabalhado como ator em vídeo, rádio, televisão, filmes publicitários e peças teatrais.

Ainda na EAD, participou de montagens de Baal, de Bertold Brecht; Vem Buscar-me que Ainda Sou Teu, de Carlos Alberto Soffredini e Esperando Godot, de Samuel Beckett.

Já como profissional de Teatro, participou de Auto do Frade, de João Cabral de Mello Neto; Rinoceronte, de E. Ionesco e O Flautista de Hamellin, de D. Crispun, entre outros espetáculos.

Genésio de Barros

Formado pela Escola de Arte Dramática da USP, Genésio participou durante muitos anos do Grupo Mambembe, um dos mais importantes e realizadores grupos do Teatro paulista, pelo qual fez vários espetáculos como ator. Por um desses trabalhos, em Inimigos de Classe, de Nigell Williams, dirigido por Márcio Aurélio, conquistou o Troféu Mambembe de Melhor Ator, em 1985. Integrou ainda os elencos de Besame Mucho, de Mario Prata, direção de Roberto Lage; Foi Bom, Meu Bem?, de Luis Alberto de Abreu, direção de Ewerton de Castro, e Cala Boca, Já Morreu, também de Luiz Alberto de Abreu, direção de Ednaldo Freire.

Eduardo Tolentino de Araújo – Direção e Adaptação

Fundador do Grupo Tapa, em 1974, no Rio de Janeiro, Eduardo Tolentino de Araújo tem 10 anos de atuação profissional no teatro e é considerado hoje um dos mais brilhantes e sensíveis diretores da nova geração. Isso é comprovado pelos prêmios que já conquistou como melhor diretor: três Mambembe, um Molière, um Governador do Estado em São Paulo e um APCA. Eduardo estreou profissionalmente no Rio dirigindo a montagem de um texto seu, Apenas Um Conto de Fadas. Até 1985 dirigiu mais de 10 espetáculos, entre os quais: O Noviço, de Martins Pena; A Casa de Orates, de Artur Azevedo e O Tempo e Os Conways, de J.B.Priestley, todos naquele último ano. Em 1986 mudou-se com o Grupo Tapa para São Paulo e, instalado no Teatro Aliança Francesa, dirigiu: O Tempo… em 86;Viúva, Porém Honesta, de Nelson Rodrigues; Uma Peça Por Outra, de Jean Thardieu e Pinóquio, de Carlo Collodi, em 87; A Mandrágora, de Maquiavel e Solness, O Construtor, de Ibsen, em 88 e O Senhor de Porqueiral, de Molière, em 89.

A Proposta de Nossa Cidade

Se me perguntassem qual a peça ideal para o Projeto Cultural Arte em Cena, eu responderia, sem sombra de dúvida, que é Nossa Cidade, de Thornton Wilder.

O uso do palco nu, proposto pelo texto, resolve o problema da adaptação a qualquer espaço e lança um desafio à produção, no sentido do detalhamento de cenas de difícil reconstituição como as do casamento, enterro e vida cotidiana de uma cidade. Assim, a peça reúne duas características quase inconciliáveis: uma produção minuciosa, como só se vê nos grandes centros, e a possibilidade de ser montada em qualquer espaço.

Outro ponto importante é o do elenco numeroso, que, de certa forma, inviabiliza sua montagem profissional pelos custos que isso acarreta. Em geral, Nossa Cidade tem sido montada, no Brasil, por elencos amadores. E essa é uma oportunidade de romper esse ciclo vicioso e dar à peça a estatura merecida.

Existe ainda um fator, talvez o mais significativo, que é o alcance popular da peça. Se há peças que estão fadadas ao sucesso, Nossa Cidade é uma delas.

Desde que foi escrita, em 1938, Nossa Cidade tem recebido inúmeras montagens no mundo inteiro. Isso porque Grover’s Corners não é apenas uma cidadezinha de New Hampshire, no interior dos Estados Unidos, mas a síntese de todas as cidades pequenas do mundo ocidental.

Para o Grupo Tapa, montar Nossa Cidade significa a retomada de uma linguagem realista deixada em O Tempo e Os Conways. De certa maneira nosso repertório tem ido um pouco ao sabor dos ventos, ou melhor, dos tempos. Apesar de termos montado tudo o que quisemos, nem sempre foi na ordem que preferimos. Nossa Cidade como O Tempo e Os Conways, trabalha o realismo no tempo e acrescenta a isso a ruptura do espaço.

É, portanto, a peça perfeita para dar sequencia à outra.

O encanto de Nossa Cidade não está na reconstituição nostálgica da vida cotidiana de uma cidade do interior, mas na análise poética de vidas.

(Páginas 06 e 07 – Foto Equipe)

Elenco

Diretor de Cena: Ênio Gonçalves

Família Corrêa
Dr. Francisco: Humberto Magnani
Dona Júlia: Walderez de Barros
Jorge: Brian Penido
Regina: Vera Regina

Família Toledo
Sr. Carlos: Mario Cezar Camargo
Dona Marta: Vera Mancini
Emília: Clara Carvalho
José Carlos: Eduardo Brito

Habitantes de Nossa Cidade
João, o Jornaleiro: Eric Nowinski
Toninho, o Leiteiro: Sergio Oliveira
Olímpio, o Guarda: Cacá Soares
Dona Luzia: Maria Pompeu
Prof. Vicente, o Conferencista: Javert Monteiro
Mulher na Plateia e Dona Glória: Anette Lewin
Homem na Plateia e Luiz, o primo: Marco Antonio Rodrigues
Agente funerário: Plínio Soares
Simão, o Regente do Coral: Genésio Barros.

Ficha Técnica

Direção e Adaptação: Eduardo Tolentino de Araújo
Tradução: Elisie Lessa
Figurinos: Lola Tolentino
Iluminação: Wagner Freire
Diretor Musical: Gustavo Kurlat
Teclado: Márcia Regina Garcia Isoppo
Assistente de Iluminação: Beto Gomes
Cenotécnicos: Oswaldo Lisboa, Audivino José Maranini e Amílcar Carrenho
Costureiras: Alice Correa e Rosa Vieira
Produção Executiva: Jarbas Toledo, Wagner Freire e Lola Tolentino
Produção: Grupo Tapa
Fotos: Estúdio Sergio Jorge

Bilheteria em benefício do Programa Nacional do Voluntariado-PRONAV.

Agradecimentos

Antonio Cândido, Gilda Mello e Souza, Cristina Sato, Marcelo Mig, Silvio Killian.

(Página 08)

Uma ideia que deu certo

Não é raro ideias que dão certo terem nascido quase que por acaso. Foi exatamente o que aconteceu com o Projeto Cultural Arte em Cena. A ideia de a Nossa Caixa-Nosso Banco patrocinar a montagem de um grande espetáculo de teatro para ser exibido na Capital e, principalmente, no interior do Estado, nasceu em 1987, em função das comemorações do 70º aniversário da Instituição. Depois de 31 apresentações da peça Romaria, de Miroel Silveira, na Capital e em 21 cidades do Interior, de agosto a novembro de 1987, uma avaliação técnica dos resultados dessa iniciativa, do ponto de vista estritamente mercadológico, revelou um saldo amplamente positivo. Além de ter atingido o objetivo cultural de levar bom teatro a um público que tem escassas possibilidades de acesso a grandes espetáculos em suas próprias cidades, a montagem de Romaria proporcionou à Nossa Caixa-Nosso Banco um excelente retorno promocional, objetivo essencial às iniciativas dessa natureza.

Se havia dado certo, por que não manter e até ampliar a ideia? Foi o que fez a Nossa Caixa-Nosso Banco.

Institucionalizou-se a ideia, com o nome de Projeto Cultural Arte em Cena, e abriu-se a concorrência para novas propostas de montagem, agora para 1988. Em meio a esse processo, assumiu a atual Diretoria da Instituição, que houve por bem, diante dos resultados até então apresentados pela iniciativa, prosseguir com o projeto. Foi selecionada a peça Até Onde a Vista Alcança, de Reinaldo Santiago, que se apresentou durante o mês de junho na Capital, com grande sucesso de crítica, e depois foi levada a 35 cidades do Interior, para mais 40 espetáculos que tiveram um público médio de mais de 900 pessoas por apresentação – uma marca realmente extraordinária, se comparada com o desempenho das peças de maior sucesso que se apresentam na Capital.

Daí para a decisão de reeditar o projeto em 1989 foi um passo. E os resultados começaram a se revelar já desde o princípio: apresentaram-se nada menos do que 45 propostas de montagem ao processo de seleção do qual a Nossa Caixa-Nosso Banco incumbiu uma comissão integrada por nove personalidades ligadas ao meio teatral. Desse trabalho resultou a escolha final de Nossa Cidade, de Thornton Wilder, proposta apresentada pelo Grupo Tapa, um dos mais premiados grupos teatrais dos últimos anos. É esse o espetáculo que a Nossa Caixa-Nosso Banco está oferecendo neste ano de 1989 ao público paulista, na convicção antecipada de que estará não apenas atendendo, mais uma vez, ao objetivo social de contribuir para a difusão da Cultura no Estado, mas também colhendo os frutos de uma eficiente ação de marketing cultural.

Quanto à eficiência do Arte em Cena como instrumento de marketing cultural, este ano há um fato novo que não deixa margem a dúvidas: associou-se à Nossa Caixa-Nosso Banco, como patrocinador do projeto, o Credicard Mastercard. Utilizando-se dos benefícios da Lei Sarney. É a iniciativa privada se juntando a nós para oferecer conosco testemunho de que iniciativas culturais bem planejadas competentemente executadas são um excelente instrumento de promoção corporativa institucional. É um exemplo que merece frutificar. O Brasil precisa disso.

                            Sergio Paschoal Naddeo – Diretor de Marketing e Produtos – Caixa Econômica do Est. de São Paulo

Projeto Cultural

(Foto) Eduardo Tolentino de Araújo e Denise Weimberg, pelo Grupo Tapa, participam do ato de assinatura do contrato com a Nossa Caixa-Nosso Banco, para a montagem de Nossa Cidade dentro do Projeto Cultural Arte em Cena/89. Pela patrocinadora assinaram o diretor de Marketing e Produtos , Sergio Paschoal Naddeo (ao centro) e o gerente de Marketing, Carlos Eduardo Pinto e Silva (à esquerda).

(Verso da Última Capa)

Circuito no Interior

29/08, ter, Salto
31/08, qui, Tatuí
02/09, sab, São José dos Campos
04/09, seg, Sorocaba
06/09, qua, Jundiaí
08/09, sex, Araras
10/09, dom. Limeira
12/09, ter, Itapetininga
14/09, qui, Assis
16/09, sab, Sta. Cruz do Rio Pardo
18/09, seg, Botucatu
20/09, qua, Jaú
22/09, sex, Bauru
24/09, dom, Marília (2)
26/09, ter, Ourinhos
28/09, qui, Penápolis
30/09, sab, Araçatuba (2)
02/10, seg, Mirandópolis (Comunidade Yuba)
04/10, qua, S. J. Rio Preto
06/10, sex, Catanduva
08/10, dom, Barretos
10/10, ter, Franca
12/10, qui, Batatais
14/10, sab, Ribeirão Preto (2)
16/10, seg, Sertãozinho
18/10, qua, Taquaritinga
20/10, sex, Araraquara
22/10, dom, São Carlos
24/10, ter, Rio Claro
26/10, qui, S. João da Boa Vista
28/10, sab, Campinas (2)
31/10, ter, Mogi-Mirim
04/11, sab, Santos (2)
06/11, seg, Guarulhos
08/11, qua, Taubaté

(Última Capa)

(Logos) Arte em Cena, Projeto Cultural Nossa Caixa

Coordenador Executivo: Paulo Drummond

Coordenação e Administração do Projeto

(Logo) Quartim de Moraes, Assessora, Consultora e Eventos

Patrocínio

(Logo) Credicard