Programa, 1988

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Barra de Divisão - 45 cm

(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

PRÊMIO GOVERNADOR DO ESTADO – SP
1988

Área de Artes e Comunicações
Cinema
Teatro Adulto
Teatro Infanto-Juvenil

(Verso da Capa)

Relação dos premiados de Cinema, Teatro Adulto

Teatro Infantil-Juvenil

Melhor Espetáculo: Maria Borralheira

Melhor Autor: Vladmir Capella (Maria Borralheira)

Melhor Diretor: Vladmir Capella (Maria Borralheira)

Melhor Ator: Ricardo Blat (Pinóquio)

Melhor Coadjuvante Masculino: Eduardo Silva (Peter Pan)

Melhor Atriz: Mayara Rubin (O Casamento da Dona Baratinha)

Melhor Coadjuvante Feminino: Tatiana Nogueira: (Maria Borralheira) e Evinha Sampaio (Maria Borralheira)

Melhor Cenário: Ricardo Pereira (Pinóquio)

Melhor Figurino: Murilo Sola (Villa-Lobos das Crianças)

Prêmio Especial: Guida Borghoff (Villa-Lobos das Crianças)

Menções Honrosas: Solange de Araújo Mendes (Técnica de Som em Maria Borralheira);
Dionísio Moreno (Música de Maria Borralheira) e Jornal da Tarde (Pela consideração dada ao Teatro Infantil)

(Página 01)

Incentivo ao Talento Nacional

A Secretária de Estado da Cultura vem incorporando, entre suas principais metas, o incentivo e o prestígio ao talento da cultura, das artes e das ciências humanas. Foi assim no 19º Festival de Inverno de Campos do Jordão e em tantos outros prêmios-estímulo conferidos pela Secretaria. O Prêmio Governador do Estado, aos melhores do Cinema e do Teatro no ano de 1987, insere-se também nesta proposta, divulgando o valor do artista brasileiro, para nós motivo de orgulho, tanto no cinema como no teatro adulto e infanto-juvenil.

Nesta edição do Prêmio Governador do Estado, rendemos homenagens ao grande autor e diretor de teatro Flávio Rangel, expressão do talento nacional. Homenageamos, também, os talentos que produzem e dirigem curtas-metragens, deixando claro o enorme respeito que dedicamos à produção brasileira, e o reconhecimento àqueles que pensam e fazem Cultura em nosso País.

Bete Mendes – Secretária de Estado de Cultura

(Página 02 e 03)

Homenagens Especiais

Teatro – Flávio Rangel

Gostaria que fosse mais que uma homenagem.

Que fosse um reconhecimento público da imensa, da incalculável dívida que temos para com ele.

Dívida que jamais será saldada, por mais prêmios que possamos conferir, por mais homenagens que lhe prestemos, porque ele marcou de maneira indelével, com seu talento e sua insuperável competência profissional, as três últimas décadas do teatro brasileiro.

E o fez sem se deixar seduzir por modismos, muitas vezes enfrentando incompreensões, pagando bom preço por sua firmeza ideológica, fiel a sua estética e a si mesmo.

Quantos, como eu, tiveram, num dado momento de suas vidas, seu destino artístico nas mãos desse mago do espetáculo e quantos, como eu, lhe devem milagres de um sucesso decisivo em suas carreiras.

Falo dos autores – e falo de tantos – gostaria de incluir também os atores e atrizes, todos em insaldável débito para com ele, tantos ensinamentos receberam e tantas vezes foram por ele conduzidos ao caminha do êxito.

E até mesmo o público – esse público que sempre lje fez justiça, ainda mesmo quando esta lhe faltava  da parte dos julgadores equivocados de sua obra – até mesmo essa plateia que nunca lhe recusou aplausos, estou certo que se reconhece devedora, pois nada há que pague a emoção estética proporcionada pelo teatro quando manipulada com talento, inspiração e competência de mestre.

Talento, inspiração e competência que fazem dele, Flávio Rangel, figura exponencial do nosso teatro e de nossa cultura.

Com generosidade que sempre foi traço fundamental de seu caráter, estou certo de que ele perdoará nossa incapacidade de retribuir tudo que nos deu.

Desculpe, Flávio, ficamos devendo.

Dias Gomes

Cinema – Curta-metragem

Neste ano, o Prêmio Governador do Estado homenageia os vinte anos de Prêmio Estímulo da Secretaria DE Cultura do Estado de São Paulo. Resultado de ampla mobilização da classe cinematográfica, o Prêmio Estímulo criado em 1968, representou e representa, mais do que nunca, uma alternativa real de produção, absorvendo mão-de-obra e proporcionando o surgimento de novos talentos na área do curta-metragem. Inúmeros são os cineastas de projeção  internacional que iniciaram suas carreiras com o Prêmio Estímulo, e vários filmes já obtiveram importantes premiações em festivais nacionais e estrangeiros.

Garota das Telas

Faxineiro cochilando no estúdio de cinema desperta, ao ver a “bela garota” que surge. Ela o levará por uma viagem através dos gêneros cinematográficos; do western ao film noir, passando pela juventude transviada e pelo expressionismo, onde viverão momentos de suspense e ação.

Animação de bonecos (35 mm) – 1987/88 – 15 min., cor, sonoro (produtora Superfilmes)
Direção: Cao Hamburger
Bonecos: Vivian Altman
Roteiro: Cao Hamburger, Maurizio, Zelada, Fernando Salem
Música: Fernando Salem, Luis Macedo
Fotografia: Marcelo Durst, Lito Mendes da Rocha
Direção de Arte: Mauricio Zelada, Renato Teobaldo
Montagem: Vânia Debbs
Edição de Som: Eduardo Santos Mendes
Produção: Bia Jesus
Produção Executiva: Zita Carvalhosa
Animação: Cao Hamburger, Vivian Altman
Cenários: Maurizio Zelada, Renato Teobaldo, João Paulo Schitter, Patrícia Curti, Gianandréa Zelada, Felipe Tassara, Daniela Coli, Vera Hamburger, Paulo Bini

Indústria

Filme experimental que analisa a situação da indústria brasileira na época em que foi realizado, tendo como figuras principais um empresário de atitude nacionalista e outro, favorável ao capital estrangeiro.

1968, branco e preto, sonoro
Direção: Ana Carolina Teixeira Soares
Argumento e Roteiro: Ana Carolina Teixeira Soares e Paulo Rufino
Fotografia: Peter Overbeck
Montagem: Franklin Pereira

Ficha Técnica

Diretor Artístico: José Rubens Siqueira
Assistente Geral: Haroldo Botta
Coordenadores de Palco: Sofia Negrão, Sonia Kavantan e Thereza Menezes
Luz: José Carlos Castro de Fonseca, Orlando Rosa de Andrade
Equipe Técnica: Teatro Sérgio Cardoso: Marco Antonio Camarano (Diretor Técnico), José Revoltos Mir, Carlos Pereira de Mello, João Tereza da Silva, Renato Fereira de Araújo
Trilha Sonora: Tunica
Equipamento de Som: Programasom Produções
Equipe de Produção: Julio Mathias, Sueli Rocha, Manoel Plínio da Conceição, Luiz Carlos Mateus, Ana Maria Brescancini
Cerimonial: Eda Loduca, Maria Regina Brandão
Divulgação: Morente Forte Comunicações S/C

Comissão Organizadora

Diretora Técnica do DACH; Maria José Aparecida Robert de Carvalho
Coordenação Geral: Abigail Gonçalves
Comissão de Teatro: Analy Alvarez, Anamaria Dias
Comissão de Cinema: Cecília Inês Saint-Pierrê
Assessoria DACH: Palma Travassos

Comissão Julgadora

Cinema
Alain Fresnot
Edmar Pereira
Pola Vartuck
Amir Labaki
Fernando Bonassi

Teatro Adulto
Joe Kantor
Claudio Luchesi
Berenice Raulino
Alberto Guzik
Analy Alvarez

Teatro Infanto-Juvenil
Claudia Dalla Verde
José Geraldo Rocha
Gabriela Rabelo
Cibele Troyano
Clóvis Garcia

(Página 05)

Comissão de Cinema

Alain Frenot
Fernando Bonassi
Eliana de Oliveira Queiroz
Cecília Inês Saint-Pierrê
Fernando José da Silva
Antonio Meliande
Roberto Malzoni Filho

Comissão de Teatro

Analy Alvarez
Sônia Guedes
Anamaria Dias
Maria Eugênia di Domênico
Cibele Troyano Terçaroli
Jamil Dias Pereira
Carlos Tamito Oda

Agradecimentos

Osmar Rodrigues Cruz ( Teatro Popular do SESI)
Ymagos – Atelier de Gravuras de Arte Ltda.
José Carlos Montiani (SGB)

Este programa, oferecido pela Nossa Caixa, foi composto e impresso em suas oficinas, numa homenagem do Projeto Cultural Arte em Cena à gente do Cinema e do Teatro.

(Encarte)

Sonho Impossível

Letra: Chico Buarque, Rui Guerra
Música: Joe Darion, Mitch Leigh

Sonhar
mais um sonho impossível
Lutar
onde é fácil ceder
Vencer
o inimigo invencível
Negar
quando a regra é vender
Sofrer
a tortura implacável
Romper
a incabível prisão
Voar
num limite improvável
Tocar
o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
virar esse mundo, cravar esse chão
Não importa saber, se é terrível demais
Quantas guerras terei de perder
Por um pouco de paz
E amanhã, se esse chão que eu beijei
for meu leito e perdão
vou saber que valeu delirar
e morrer de paixão
E assim
seja lá como for
Vai ter a infinita aflição
E o mundo vai ver um flor brotar
do impossível chão.

Espetáculo Home de la Mancha, 1972
Direção: Flávio Rangel

(Última Página)

Arte em Cena
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Governo Quércia