Cartaz/Programa do espetáculo que estreou no Teatro da Galeria com temporada de 24.10.1982 a 02.01.1983

(INFORMAÇÕES DO CARTAZ/PROGRAMA)

(Frente)

Musical Infantil

DOM QUIXOTE

de Paulo César Coutinho
adaptação livre da obra de Cervantes

Direção de Pedro Pianzo
Música de Edgar Bandeira

Teatro da Galeria
Rua Senador Vergueiro, 93

Sáb e dom – 17:00 h

(Verso)

Dom Quixote

de Paulo César Coutinho
adaptação livre da obra de Cervantes

Direção de Pedro Pianzo
Música de Edgar Bandeira

Teatro da Galeria
Rua Senador Vergueiro, 93

Dom Quixote

de Paulo César Coutinho
adaptação livre da obra de Cervantes

(por ordem de entrada em cena)
Pedro Pianzo: D. Quixote
Lena Rodrigues: Tereza Pança, Frufru Fricote, Ciga
César Macieira: Sancho Pança
Valeria Belpy: Dulcinéia, Pasdtora, Duquesa
Markus Avalone: Ogre, Padre, Cavaleiro da Lua, Branca
Nelson Ávila: Personagem, Fígatro, Bobo

Direção Geral: Pedro Aurélio Pianzo
Cenários: O Grupo
Coreografia: Tereza Cristina, Constantino
Músicas: Edgard Bandeira
Direção Musical: Edgar Bandeira e César Macieira
Figurinos: Sérgio Fdaldo, Carlos Veiga e O Grupo
Iluminação:Fernando Zagalo

Agradecimentos

D. Laura Alvim, Dinant Laport

Cervantes e Dom Quixote

Miguel de Saavedra Cervantes ficou conhecido no mundo inteiro porque escreveu um livro chamado O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha.

Ele nasceu há muito tempo, em 1547 (pouco tempo depois do Descobrimento do Brasil), num belo país chamado Espanha. Seu pai era um médico pobre, e Cervantes um menino curioso, que gostava muito de ler, principalmente livros de aventuras e de cavaleiros andantes. Quando cresceu, foi ele mesmo fazer as viagens que tinha sonhado. Como soldado tomou parte em batalhas, e uma vez a galera em que viajava foi aprisionada por piratas que levaram Cervantes para a Africa, onde passou nove anos escravo. Quando conseguiu voltar para casa, casou com uma jovem Catalina de Palacios, e passou a escrever peças de teatro de que ninguém gostava, naquela época. Cervantes passou maus bocados, vivendo com pouco dinheiro e duas vezes foi parar na prisão. Até que escreveu o Dom Quixote, um dos livros mais lidos por adultos e crianças.

A estória mostra um homem que acreditava em tudo que lia. Apesar de não existirem mais cavaleiros andantes no tempo em que ele vivia, vestiu a armadura, montou um cavalo velho que chamou Rocinante e saiu pelo mundo em busca de aventuras,  apaixonou-se por Aldonsa, uma moça que morava no campo, e inventou que ela era uma princesa chamada Dulcinéia del Toboso. Sancho Pança, seu escudeiro, era um camponês muito ingênuo, muito amigo. As pessoas que Dom Quixote encontrava na estrada, pensava que eram bruxos, cavaleiros, mostros, e até Moinho de Vento para ele parecia um gigante. Como quando a gente pensa que um lençol voando no quarto escuro é fantasma, ou quando é tão bom brincar que a brincadeira parece de verdade. Brigando contra o que está errado, lutando desajeitado para fazer o mundo melhor, Dom Quixote é uma figura engraçada e bonita.

Mesmo quando tudo ía mal, sempre tinha alegria, esperança, e nunca deixava de sonhar e lutar.

Talvez por isso a gente goste tanto dele, porque nós todos, grandes e pequenos, somos um pouco Dom Quixote,

Paulo César Coutinho