(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)
(Capa)
Teatro Oficina
ROSINHA NO TÚNEL DO TEMPO
De Jurandyr Pereira
Direção Paulo Lara
Temporada 1973
(Verso da Capa)
Colocar o teatro a serviço da criança e do adolescente é conferir relevante função educativa aquela que é talvez a mais expressiva das artes em nossos dias – a arte cênica.
Transportar para o palco, dando-lhes tratamento condigno, episódios marcantes da nossa história, é por outro lado valiosa colaboração à formação cívica das novas gerações.
A peça A Menina que Viu o Brasil Nascer, destinada ao público infanto-juvenil, representa, em minha opinião, um esforço de vivificar e atualizar o momento maior da Pátria – sua independência – de tal forma que os espectadores se sintam como se dele participassem. O público e a crítica dirão se objetivo dos autores foi atingido. De qualquer forma, sobra-lhes o mérito de terem feito uma tentativa que reputo das mais importantes: a de procurar dar feição eminentemente educativa e cívica ao espetáculo que montaram.
Laudo Natel – Governador do Estado
Há um pensamento vigilante, neste momento, em todos nós que acreditamos no futuro deste imenso país e, portanto confiamos nas forças vivas, latentes na juventude e nas crianças brasileiras: a certeza de que melhores dias estão preparados em todos os setores e em todos os rincões da grande Pátria comum.
Esses melhores dias indubitavelmente já despontam, quando temos diante de nossos olhos o espetáculo infanto-juvenil musicado A Menina que Viu o Brasil Nascer, de autoria de Jurandyr Pereira, execução de Paulo Lara e Cristina Aubry, com participação de Marilene Ansaldi, artistas conscientes e honestos cuja sensibilidade foi posta, em boa hora, a serviço dessas jovens criaturas.
É gratíssimo ao Secretário de Cultura, Esportes e Turismo do Estado, num momento de alta significação cívica, dizer aos meninos brasileiros – a esses pequeninos corações que também sabem amar a Pátria – que ao assistir ao magnífico espetáculo em que o Brasil se faz presente, reconheçam nos personagens vivos que a cena lhes apresenta a sua própria personalidade, a imagem imperecível de uma geração feliz e trabalhadora em que todos conscientemente acreditamos e da qual esperamos cheios de alegria, os melhores frutos.
Às crianças do meu País, aos meus pequeninos e queridos patrícios, a certeza inabalável de que a esperança de um Brasil maior reside na sua encantadora presença no Brasil de hoje.
Pedro de Magalhães Padilha – Secretário de Estado
(Página 1)
Sem dúvida alguma a peça A Menina que Viu o Brasil Nascer é um espetáculo nobre e repleto de civismo. O teatro, como formidável instrumento de comunicação, colabora assim, na formação de um profundo senso de brasilidade em nossas crianças.
José Carlos de Figueiredo Ferraz – Prefeito de São Paulo
As grandes e significativas comemorações que marcaram a passagem do sesquicentenário da Independência do Brasil não estariam completas se não incluíssem algo que, com linguagem apropriada, se endereçasse à criança. A peça de Jurandyr Pereira, A Menina que Viu o Brasil Nascer, conseguiu consubstanciar-se nesse algo, ao combinar, com rara felicidade, numa obra que vai despertar o maior interesse entre os que a assistem, a fantasia tão do agrado da infância, com uma linguagem comunicativa e bem adequada ao nível de compreensão da petizada.
A menina Rosinha, na sua viagem ao passado, vai revelando ao presente o que aconteceu em 1822, ao mesmo tempo em que embasbaca os contemporâneos de D. Pedro com o que viria a suceder nos lances anteriores e posteriores ao Grito do Ipiranga. É uma lição de História, sem deixar de ser uma obra de arte. É um instrumento de civismo que, certamente vai dar à criança brasileira a ideia viva de como este povo soube querer a liberdade e conseguiu conquistá-la com vontade e disposição de luta.
Prevejo um longo caminho de sucesso para essa obra, que não será de circunstância, pelas muitas qualidades que a marcam e distinguem.
Paulo Nathanael Pereira de Souza – Secretário de Educação e Cultura
(Página 2)
Rosinha: Lizete Negreiros
Doutor Silva: Juarez Semog
Simão: Paulo Roberto
José Bonifácio: Juarez Semog
Dom Pedro: Celso Karan
Dona Leopoldina: Sandra Diniz
Alfaiate e Mensageiro: Hélcio Magalhães
Autor: Jurandir Pereira
Diretor: Paulo Lara
Produtor: Cristina Aubry e Paulo Lara
Assistente de Direção: Mário Marcio
Compositor: João Ricardo
Arranjador Musical: Djalma Melin
Diretor Vocal: Gerson Conradi
Figurinista: Léo Leoni
Coreógrafa: Marilena Ansaldi