Matéria Publicada no Jornal do Brasil – Revista de Domingo
Sem Identificação do Jornalista – Rio de Janeiro – 07.06.1987
Três Perguntas para Maria Clara
Pluft, o Musical, a adaptação de Geraldo Carneiro e Antonio Pedro, da história de Maria Clara Machado, em cartaz no Teatro João Caetano, vem conseguindo atrair mais de 4 mil espectadores em cinco apresentações. Uma façanha não só em termos de teatro infantil, mas também em relação ao teatro adulto: a bilheteria de Pluft só fica atrás do sucesso absoluto Estrela Dalva.
Enquanto isso, a montagem tradicional de Pluft, o Fantasminha idealizada por Maria Clara, continua em cartaz no Teatro Moacir Bastos, em Campo Grande.
1. Qual sua impressão de Pluft, o Musical?
R. Bem, há 35 anos que eu monto o Pluft ao meu estilo, de um jeito meio intimista, com um clima um pouco misterioso. Por isso, é claro que é difícil me acostumar com uma versão musical, bem extrovertida, em que alguns elementos da peça original se perderam. Também não me habituo à ideia de fantasmas de outra cor que não seja branco, de um Tio Gerúndio roxo e uma mãe fantasma amarela.
2. Você acha que, apesar disso o musical foi fiel ao original?
R. Eu adorei a adaptação do Geraldinho. Mas acho que na direção algumas coisas se perderam. Talvez alguns cacos dos atores estejam sobrando…Mas não gosto de criticar porque a montagem está muito bonita e os comentários que tenho ouvido são sempre de pessoas que gostaram muito.
3. Você custou muito a ceder os direitos da peça. Qual foi o principal argumento que a convenceu?
R. Acho que foi a insistência.