Crítica publicada em O Globo – Rio Show
Por Luciana Sandroni – Rio de Janeiro – 12.06.1992
O inesquecível O Casamento de Dona Baratinha está de volta, numa produção cuidadíssima, no Teatro Cândido Mendes. A adaptação de Marcos Avaloni segue à risca a história da baratinha que, ao achar um tostão de ouro, resolve procurar um maridão.
Só que agora os tempos são modernos: ao invés de se debruçar na janela mendigando um marido, D. Baratinha coloca anúncio nos classificados. Logo chega um pretendente: senhor Leitão punk, que não toma banho, não escova os dentes e não usa pente. Dona Baratinha quer saber que sons ele faz à noite, e ao ouvir tamanha barulheira coloca o atrevido porta afora. E assim se segue com o esnobe carneiro até a chegada do charmosíssimo João Ratão. No final uma boa surpresa.
A direção de Carlos Arruda tem ritmo bom sem se prolongar nos muitos pretendentes. Marisa Avellar cai com perfeição no papel de Dona Baratinha. Marcos Avaloni, curingando nos vários pretendentes, tem ótima atuação, arrancando muitas risadas da plateia.