(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)
(Capa)
MOSTRA DE TEATRO NA PAIDÉIA
11 a 27 de setembro 2003
(Verso da Capa)
Colaborando na constituição de novos sistemas de difusão e divulgação cultural, a Associação Paidéia, durante o mês de setembro, realiza uma mostra de teatro com espetáculos de reconhecida qualidade para as comunidades envolvidas no seu projeto e para a comunidade em geral, contribuindo, assim, para o conhecimento e valorização do teatro, bem como para a formação de plateias.
A opção por uma ação concreta na região sul da cidade tem como objetivo também criar um novo vértice de difusão da produção teatral de São Paulo.
Além dos espetáculos, a mostra reúne personalidades do teatro para bate-papo com o público, com o intuito de promover a discussão e a reflexão acerca dos temas que envolvem o fazer teatral Amauri Falseti
Local: Biblioteca Municipal Presidente Kennedy,
Avenida João Dias, 822 – Santo Amaro – São Paulo,
Tel. / Fax: (11) 5522-1283
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Programação
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Abertura
11 de Setembro
20h30 Espetáculo: Horácio
21h15 Debate
21h45 Coquetel
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11/09 Quinta 20:30 h
Horácio
com Celso Frateschi
Roma está em guerra contra Alba. Ao mesmo tempo Roma e Alba estão sendo ameaçadas pelos Etruscos. Para não enfraquecer os exércitos contra o inimigo comum, os chefes decidem que apenas um guerreiro lutará por Roma contra um outro que lutará por Alba. A sorte elegeu então um Horácio para lutar por Roma e um Curiácio para lutar por Alba. A irmã do Horácio escolhido era noiva do Curiácio. Mesmo assim, os dois resolveram lutar. Na luta o Horácio mata o Curiácio e volta para Roma coberto de glórias como um grande herói. Apenas sua irmã chora a perda do noivo, ignorando a vitória do irmão e de Roma. O Horácio, então, indignado com essa atitude, utiliza-se da mesma espada glorificada por seu povo, para matar também a noiva do inimigo, sua irmã. Os Romanos cessam imediatamente os festejos. Tiram a espada de vencedor das mãos do assassino e se organizam para tentar entender e julgar a atitude do Horácio, divididos em considera-lo herói ou assassino.
Heiner Mullher, a partir do final dos anos 50, trabalha na releitura dos textos didáticos de Bertold Brecht. Horácio é, portanto uma releitura, uma contra peça do texto Horácios e Curiácios, de Brecht.
Celso Frateschi é ator, diretor de Teatro, diretor da Escola de Artes Dramáticas da Universidade de São Paulo (EAD). Atualmente é Secretário Municipal de Cultura de São Paulo. Com a peça Horácio recebeu o prêmio Shell de melhor ator.
Autor: Heiner Muller
Tradução: Ingrid Dourmien Koudela
Direção e Adaptação: Celso Frateschi
Produção e Administração: Fátima Luz e Rui Martins
Produção Gráfica: Pedro Becker.
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12/09 Sexta 20:30 h
Os Fofos Encenam
Deus Sabia de Tudo e Não fez Nada
Direção: Newton Moreno
A estrutura do espetáculo é baseada em seis esquetes que se utilizam do humor como instrumento mordaz de reflexão, abordando aspectos diversos do comportamento gay contemporâneo: a intolerância e a violência homofóbica (hoje muito discutida em casos recentes de assassinatos a homossexuais); a pedófilos e homossexuais. As cenas expõem, entre outras coisas, um casal de velhinhos que discutem o direito de expressar seu afeto em público (I’m Getting Sentimental Over You), um paciente terminal de AIDS que negocia um último beijo com enfermeira e plateia (O Paciente) e outros.
O espetáculo Deus Sabia de Tudo e Não Fez Nada, texto e direção de Newton Moreno, estreou em 2001. No mesmo ano, participou do Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto, Festival Nacional de Teatro de Recife, assim como o FENARTE Festival de Teatro de João Pessoa, em 2002, Os Focos Encenam é um grupo de atores que se reuniu pela primeira vez na UNICAMP no curso de Artes Cênicas em 1992. Inicialmente, interessava-lhes pesquisar o Riso, as raízes do cômico e sua expressividade. Participaram de várias oficinas e workshops da Commedia dell’arte ao Clown.
Abílio Tavares (em off)
Alex Grulli
Carol Brada
Carlos Ataíde
Eduardo Reyes
Fernando Neves
Leopoldo Pacheco
Marcelo Andrade
e Newton Moreno
Direção e Dramaturgia: Newton Moreno
Projeto de Cenário: Newton Moreno
Projeto de Luz: Eduardo Reyes e Alex Gruli
Projeto de Figurino: Newton Moreno e Carol Brada
Programação Visual: Eduardo Reyes
Assessoria de Imprensa: Gilson Rodrigues
Direção de Produção: Leopoldo De Léo Júnior
Realização: Os Fofos Encenam
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13/09 Sábado 11h
Bate-Papo com o Público: O teatro jovem hoje, sua realidade e seus resultados
Dib Carneiro – Natural de São José do Rio Preto – SP, é formado em jornalismo pela ECA-USP. Começou sua carreira no jornal de bairro “Gazeta de Pinheiros”. Foi editor-assistente da revista “Veja São Paulo”. Atuou como repórter no extinto suplemento “Jardins” do jornal “O Estado de São Paulo”, em seguida foi transferido para o “Caderno 2”, onde atua há oito anos, atualmente no cargo de subeditor.
É crítico de teatro infantil desde 1991 e membro da diretoria da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA). É jurado, por terceira vez, do Prêmio Panamco do Teatro Jovem (ex-Prêmio Coca Cola). Já integrou o júri de teatro infantil do extinto Prêmio Mambembe, do Ministério da Cultura. É autor dos livros Pecinha É a Vovozinha e A Hortelã e a Folha de Uva, ambos lançados em 2003 pela editora DBA. Também escreve peças de teatro, como Depois Daquela Viagem, Corpos Presentes e Salmo 91, todas inéditas.
Bia Rosenberg – Formada em Rádio e Televisão pela ECA-USP, Mestrado em Telecomunicação no San Diego State University, Califórnia, EUA. Durante 10 anos dirige o Departamento de Programas Infantis da TV.Cultura, entre os principais trabalhos estão: Castelo Ra-Tim-Bum, Glub-Glub, Cocoricó, X-tudo.
Cria e implanta projetos para crianças e adolescentes na TV Cultura, além de dirigir coproduções internacionais e seleciona material estrangeiro para a programação infantil.
Presta assessoria para instituições de diversas naturezas, na área de entretenimento e educação e educação. Membro do júri do Prêmio Panamco de teatro infanto-juvenil desde 2001.
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13/09 Sábado 14h – Infantil
Cia. Teatral As Graças
Poemas para Brincar
O espetáculo Poemas para Brincar integra a linguagem mágica dos bonecos e a poesia de José Paulo Paes. Os bonecos ganham vida através das palavras, sons e músicas. Poesia e movimento se completam numa contínua brincadeira onde a criança é convidada a brincar. De bola, pião. De poesia. Ana e Juca são duas crianças que inventam uma maneira diferente de brincar: através do jogo de palavras, descobrem o universo da poesia. Cada poema se torna uma grande jornada por um mundo de imaginação, sonho e alegria: o mundo da criança, onde ainda é possível a simplicidade e a delicadeza.
Com o espetáculo Poemas para Brincar, em janeiro de 1999 integrou o Projeto Móvel de Cultura e Meio Ambiente da Comunidade Solidária da primeira dama Ruth Cardoso, percorrendo o interior de Pernambuco e Alagoas. Com este trabalho o grupo se consolidou e foi agraciado com os seguintes prêmios: Mambembe 96 – Música e Categoria Especial / Teatro de Animação. Contemplados pela Lei do Fomento ao Teatro pela Cidade de São Paulo.
Local: Praça da Biblioteca Kennedy no ônibus
Poemas: José Paulo Paes
Direção: As Graças
Assessoria Artística: Eduardo Amos
Criação e Confecção dos Bonecos: Luiz Maia, Beto Lima, Paulinho Polika
Músicas: Madan
Trilha Sonora: Madan e Alessandro Laroca
Cenário: Luiz Maia
Luz: Carlos Gaúcho
Programação Visual: Luiz Mala
Fotos: Graziela Moretto e Penna Prearo
Produção: As Graças: Atores
Manipuladores
Eliana Bolanho
Juliana Gontijo
Vera Abbud
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13/09 Sábado 16h
Local: Praça da Biblioteca Kennedy no ônibus
Cia. Teatral As Graças
Tem Francesa no Morro
Inspirado livremente na vida e na carreira das atrizes Dercy Gonçalvez, Virgínia Lane, Mara Rúbia e Aracy Cortes, Tem Francesa no Morro tem início quando quatro vedetes se encontram no palco do teatro Recreio, grande templo das revistas brasileiras, na véspera da demolição daquela casa de espetáculos em que marcaram época. A partir desse encontro inicia-se uma volta no tempo. Combinando ficção a fatos verídicos, o espetáculo passa a trazer ao espectador um pouco da história da revista no Brasil e do universo de estrelas do passado, cuidando, assim, de oferecer ao espectador o retrato de uma época. Os números musicais trazem canções de alguns dos maiores compositores da música popular brasileira, como Noel Rosa, Lamartine Babo, Ary Barroso e Assis Valente, este, autor da música que dá título ao espetáculo.
Daniel Schitini
Eliana Bolanho
Juliana Gontijo
Vera Abbud
Roteiro, Direção, Cenografia e Figurinos: Kleber Montanheiro
Direção Musical: Mário Manga e Adilson Rodrigues
Arranjos: Mário Manga
Arranjos Vocais: Adilson Rodrigues
Coreografias: Chris Belluomini
Visagismo: Gil L’Arruda
Assistência de Direção: Cássio Pires
Assistência de Produção: Erica Montanheiro
Realização: Cia. Teatral As Graças, Cia. da Revista
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13/09 Sábado 20h30
Cia. Paidéia de Teatro
O Coração de um Boxeador
Direção: Amauri Falseti
A peça mostra o encontro de um velho, ex-campeão de boxe, ídolo do passado, e um jovem desorientado que cumpre pena, prestando serviço social no asilo. Com diálogos vigorosos, o autor fala da vontade dos dois personagens na realização de seus sonhos. Temas como a falta de perspectiva e de ideias do jovem e a falta de incentivo, de possibilidades de trabalho e de solidariedade para com o idoso são abordados de forma profunda e sensível.
Flávio Porto
Rogério Modesto
Texto: Lutz Hübner
Tradução: Marina Violakes e Aglaia Pusch
Direção: Amauri Falseti
Cenografia e Figurinos: Aby Cohen e Lee Dawkins
Iluminação: Lee Dawkins
Trilha Sonora: Luiz Corazza
Assistente de Direção: Camila Amorin
Operadores Técnicos: Alan Caetano, João Marcelo Bezerra
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A Cia. Paidéia de Teatro com seus espetáculos: Uma flor no Meio do Nada, O Coração de um Boxeador e Histórias para Pensar com a Barriga mostra o resultado de sua pesquisa nas mais diferentes áreas para a construção de seus espetáculos, sempre buscando referências na nova dramaturgia, nas artes plásticas, em temas contemporâneos, na música.
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14/09 Domingo 11h – Infantil
As Meninas do Conto
Porque o Mar Tanto Chora
Adaptação do conto popular brasileiro
O grupo As Meninas do Conto vem ao longo de 7 anos pesquisando a linguagem do Contador de Histórias. É vencedor do grande Prêmio da Crítica APCA 2002. Também vencedor do Prêmio PANAMCO no Teatro 2002 nas categorias: melhor espetáculo de 2002, melhor atriz e melhor figurino.
Considerada uma das versões da Cinderela Brasileira, trata-se da histórias de uma rainha que queria muito ter um filho. Ela concebe uma menina que nasce com uma cobra enrolada no seu pescoço. Recebe o nome de Maria e a cobra, sua irmã, o nome de Labismina. Quando Maria fica mocinha, um velho rei muito rico decide se casar com ela. Maria não aceita e pede ajuda à Labismina que a aconselha a fugir para um reino distante, onde lá sua sorte estará garantida. Maria participar de uma festa anual, conhece um príncipe e se casa com ele. Mas se esquece de sua irmã, que fica no mar encantada em forma de cobra para sempre. E é por isso que o mar tanto chora…
Simone Grande
Kika Antunes
Luciana Viacava
Grupo: As Meninas do Conto
Direção: As Meninas do Conto
Percussão: Girley Miranda
Iluminação: Eric Nowisnki
Cenário e Figurino: Silvana Marcondes e Tina Simião
Criação Musical: Girley Miranda e As Meninas do Conto
Arranjos Vocais: Guilherme Maximiano
Projeto Gráfico: Adriana Meirele
Maquiagem: Daniela Biancardi
Supervisão Artística: Eric Nowinski
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18/09 Quinta 20h30
Grupo dos Três Cooperativa Paulista de Teatro
Pau de Dar em Doido
Com Henrique Lisboa
Mário Masetti é diretor de Teatro e de Cinema (Boleiros 1998) e fala sobre o ator Henrique Lisboa: “Taubaté é um ator que resgata as tradições mais autênticas do espetáculos brasileiro. Ele mescla drama, comédia, teatro de revista e circo, tudo ao mesmo tempo e brinda o espectador com uma frenética variedade de personagens”.
Um espetáculo que, através do humor de situação e do patético, fala da ética e cidadania. A vida de Astolfo, um brasileiro pai de família e trabalhador, é passada a limpo.
Tudo começa no dia em que ele recebe o pagamento e fica num bar tomando cerveja com os amigos. Ao voltar para casa, ao encontrar dois guardas, ri de alívio por se julgar seguro, mas para os guardas, isso é tomado por provocação ou tentativa de esconde algo ilícito. Astolfo é preso e tenta subornar os guardas, ficando à mercê dos mesmos. A partir desse momento sua vida começa a desmoronar, mas Astolfo encontra um mendigo, uma espécie de filósofo que conversa com passarinhos e fala da necessidade de resistir e não se entregar.
Henrique Lisboa
Autoria: Calixto de Inhamuns
Direção: Mario Masetti
Codireção: Suzana Lakatos
Criação de Luz: Marco Vasconcellos
Figurino: Marichile Artisevskis
Assistente de Figurino: Priscila Sabino
Música Original: Paulo Garfunkel, Sizão Machado e Cuca
Produção Executiva: Cássia Guindo
Designer Gráfico: Nori Figueiredo
Realização: Grupo dos Três
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19/09 Sexta 20h30
Cia. Fábrica São Paulo
A Exceção e a Regra
Direção: Sérgio Audi
A Exceção e a Regra é montada por integrantes e ex-integrantes da Cia. Fábrica de São Paulo, e trabalha em regime de cooperação com esta Companhia, que foi incentivada pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro para, entre outras coisas, consolidar um circuito popular de teatro. Com A Exceção e a Regra, o círculo popular da Fábrica São Paulo ganha uma nova dimensão de debate, apoiada nas técnicas de Teatro do Oprimido de Augusto Boal, especialmente a dinâmica conhecida como teatro-fórum. Para trabalhar com estas técnicas, foi convidada para assessorar a montagem a atriz Yara Toscano, da ONG Mudança de Cena.
A Exceção e a Regra conta a saga de um homem de negócios que empreende uma viagem através do deserto com dois empregados para conseguir fechar uma concessão de exploração de petróleo. Ele não mede esforços para alcançar seu objetivo financeiro, mesmo que para isso tenha que passar por cima da condição humana de seus subordinados. A peça mostra como os mecanismos de exploração do homem pelo homem são considerados “normais”, numa crítica feroz de como as regras sociais são criadas, impostas e aceitas.
Duda Mirand
Kelly di Bertolli
Élidy Moreira
Luiz Casado
Vado Gazotti
Texto: Bertold Brecht
Tradução: O grupo
Direção: Sérgio Audi
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20/09 Sábado 11h
Bate Papo com o Público:
Roberto Lage: Experiência no Ágora
Diretor teatral, com trabalhos de sucesso na Europa e participações em vários festivais internacionais. Sempre somou a realização de espetáculos de apelo popular aos de investigação artística no campo estético e social. Eu falo o que elas querem ouvir de Mário Prata, em 2001, Mancha Roxa de Plínio Marcos, em 2001, Vida privada de Mara Carvalho, em 2000, Diana de Celso Frateschi, em 2000, Ágatha de Marguerite Duras, em 1998, Anjo na contramão de Gianfrancesco Guanieri, em 1998. Dirigiu a peça Um Merlin, atualmente em cartaz.
Mathias Pees: Dramaturgia Contemporânea na Alemanha
Dramaturgista e diretor de teatro. Trabalhou durante cinco anos no Teatro Volksbühne Berlin, com o encenador Frank Castorf, e no Staatstheater Hannover. Realizou projetos com autores e diretores como: Christoph Schlingensief, Jossiwieler Heiner Müller, Nicolas Stemann e Lutz Hübner. A partir de 2003, divide-se entre Berlim e São Paulo.
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20/09 Sábado 16h – Infantil
A Bola Mágica
Direção: Vera Achatkim
Na Alemanha, Vera Achatkim trabalhou no departamento infanto-juvenil do Ladestheater Tübingen como codiretora, e no Harlekin Theaterverlag, do qual também é co-fundadora. Foi uma das introdutoras do Teatro-Esporte na Alemanha (89) e é a introdutora oficial deste trabalho no Brasil (97). Como autora recebeu alguns Prêmios. É a criadora e diretora do Projeto Teatro de Repertório Para Faixas Etárias Diferenciadas, bem como tradutora dos textos que o compõem. Além de produzir, dirigir, escrever e atuar é professora e coordenadora de Mercado Cultural e Improvisação Teatral no curso de Comunicação e Artes do Corpo da PUC.
Em A Bola Mágica, Bibi, a boneca de Gabi, é lavada por Gabriela, e durante o banho desaparecem os olhos, o nariz, as orelhas e a boca. A peça conta a aventura vivida por elas, que guiadas pela bola mágica, percorrem os reinos dos sons, dos tamanhos e cores, do canto e da fala, e dos cheiros, para reencontrar as partes desaparecidas e recompor o rosto da boneca Bibi. Para reencontrar as orelhas, percorrem o reino da música, viajando por uma orquestra. Para os olhos deparam-se com a história do patinho feio. Para a boca, libertam passarinhos aprisionados e encontram Papageno, famoso cantor de ópera. Para o nariz brincam com o cachorro Romeu no jardim das flores perfumadas. No final da viagem as partes reencontradas recolocam-se em seus devidos lugares e Bibi, finalmente, volta a ter seu rosto completo. Obras de Mozart, Smetana, Tchaikowsky e Camile Saint-Säens pontuam essa aventura.
Fabiana Oi Kondor
Tadeu de Araújo
Autora: Hanne Trolle
Direção, Tradução e Trilha Sonora: Vera Achatkin
Criação e Confecção de Bonecos: Mônica Simões
Bonecos de Papel: Paulo Octávio e Vera Achatkin
Cenário Concepção: William Pereira
Cenário Execução e Pintura: Deborah Kás
Criação de Luz: Guilherme Bonfanti
Operação de Luz: Luciana Castros
Preparaçao Corporal: Jorge Luiz Balbyns
Realização: Sociedade Pró-Projeto Teatral Dano-Brasileiro
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20/09 Sábado 20h30
Cia. Paidéia de Teatro
Uma Flor no Meio do Nada
Direção: Amauri Falseti
A peça conta a lenda medieval de Maria Egipcíaca uma mulher que na juventude, em Alexandria, vivera entregue à devassidão e que depois de se deparar com a cruz sagrada, em Jerusalém, resolve viver o resto de sua vida em penitência no deserto. Na pela, a história é contada pelo abade Jósimas aos monges, que recitam trechos do “Cântico dos Cânticos de Salomão”. A trajetória de vida de Maria se dá em três diferentes fases, mas na encenação aparecem simultaneamente: a adolescência, a juventude e a velhice, representadas por três atrizes. O relato do abade Jósimas conturba as relações entre os monges, modificando lhes o pensamento e o modo de pensar. O espetáculo mostra a antítese entre a certeza e a dúvida, entre o sagrado e o profano, em um clima que remete ao do período medieval.
Camira Amorin
Marilia Felicíssimo
Aglaia Pusch
Rogério Modesto
Fábio Coutinho
Flávio Porto
Wanderley Martins.
Texto: Márcia Rodrigues
Direção: Amauri Falseti
Cenografia e Figurinos: Aby Cohen e Lee Dawkins
Iluminação: Lee Dawkins
Trilha Sonora: Luiz Corazza
Operador Técnico: Alan Caetano
Cenotécnico: Osvaldo Lisboa
Costureira: Cida de Paulo
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21/09 Domingo 11h – Infantil
O Caso da Casa
Cia. O Grito – Cooperativa Paulista de Teatro
Fundada em 2003, Cia, O Grito da Cooperativa Paulista de Teatro tem este espetáculo infantil como primeira produção.
O bode Zé Bó de Oliveira foge da fazenda onde morava o pai e vai para a floresta, pois quer construir a sua própria casa e horta e não trabalhar para os outros como fazia na antiga morada. Lá na floresta, ele encontra com Julinha Mendonça, uma onça que vive fugindo dos caçadores e conhece cada canto da floresta. No encontro dos dois bichos se dá o desenrolar da peça O Caso da casa, de Maria do Carmo Murano e Hugo Possolo, baseada na fábula do folclore brasileiro “A onça e o bode”.
Alessandro Hernandez
Andréa Manna
Texto: Maria do Carmo Murano e Hugo Possolo
Direção: Roberto Moretho
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24/09 Quarta 20h30
Van Gogh
com Elias Andreato
Vincent Van Gogh (19853 1890) foi um “pintor tardio”, a maior parte de sua produção foi feita nos seus últimos 10 anos de vida. Até chegar a dedicar-se apenas à pintura. Van Gogh teve uma vida bastante acidentada com mudanças significativas em sua área de atuação.
O espetáculo é a partir das cartas de Vincent Van Gogh a seu irmão Théo.
Espetáculo premiado
Prêmio Shell de melhor ator para Elias Andreato;
Prêmio Apetesp de melhor ator para Elias Andreato;
Prêmio Shell de melhor iluminação para Wagner Freire;
Indicado para o Prêmio Shell de melhor direção por Márcia Abujamra.
Elias Andreato
Direção: Márcia Abujamra
Roteiro: Elias Andreato e Márcia Abujamra
Tradução: Marlon Meyer
Preparação Corporal: Vivien Buckup
Figurinos: Fernanda Abujamra
Iluminação: Wagner Freire
Programação Visual: Elifas Andreato
Coordenação de Produção: NY Melanie Simpson
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25/09 Quinta 20h30
Fábrica Cia. de Teatro
I Juca Pirama
com Wolney de Assis
Wolney de Assis integrou o Teatro Oficina, tendo participado de célebres montagens como os Pequenos Burgueses. Funda com Berta Zemel, Antônio Abujamra e Lauro César Muniz o Grupo Decisão. Em 1970 com Berta Zemel cria Messias Empreendimentos Artísticos Ltda. Realiza cursos de Teatro em algumas cidades. Inaugura em 1978 a escola de Teatro Proscênio, como sócio, diretor e professor de interpretação e técnicas teatrais. Lança em Dezembro de 1993, o seu primeiro livro. Em 1997 protagonizou o longa metragem Os Matadores de Beto Brant. Em 1997 ganhou o Prêmio APCA de cinema de melhor ator. Wolney de Assis, desde 1961 atua no teatro como ator, diretor, autor, produtor e professor, também trabalha no cinema e na televisão.
Aprisionado, um índio Tupi se vê a ponto de ser devorado por uma tribo inimiga. A antropofagia era um costume comum entre os índios que imaginavam estar se recheando da força e da coragem do inimigo de devorá-lo. Porém, como o jovem Tupi chora na eminência da morte, seus algozes os Timbiras desistem do sacrifício, julgando-o não digno de ser devorado. Isso desperta a ira do velho pai, que amaldiçoa o filho. O jovem tupi, então, investe sozinho contra toda a tribo dos Timbras, e resgata corajosamente sua dignidade aos olhos do pai. O poema tem como seu narrador um índio velho, sua principal força de expressão, que conta aos espectadores como se tivesse presenciado, confirmando na fala: “meninos, eu vi!”. Reafirmando, assim, a tradição oral dos contadores de história nômades solitários que iam de tribo em tribo contando causos.
Wolney de Assis
Encenador: Zeca Bittencourt
Autor: Gonçalves Dias
Iluminação: Miló Martins
Figurino: Márcia de Andrade
Cenário: Gegê Ieme
Preparação Corporal: Roberto Alencar
Trilha Sonora: Marluí Miranda
Técnico de Som: Fagner Pavan
Técnico de Iluminação: João de Paulo
Produção: Fábrica Cia. de Teatro
Produção Executiva: Ávila Produção , Janaína Ávilla
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26/09 Sexta 14h30
Cia. Paidéia de Teatro
Histórias para Pensar com a Barriga
Direção: Amauri Falseti
A peça conta um pouco do cotidiano lúdico de quatro crianças de uma mesma vila. No mundo de suas fantasias e imaginação, habita um feiticeiro que as ajuda a enfrentar e solucionar problemas de forma um tanto fantástica, mas que a elas não causa estranhamento.
Jogos, brincadeiras e sonhos revelam suas alegrias e também o modo como se relacionam entre si. A solidariedade e a amizade do universo infantil são, então, os principais valores abordados.
Aglaia Pusch
Camila Amorin
Maria Fernanda Santoro
Flávio Porto
Rodgério Modesto
Fábio Coutinho
Músicos
João Nepomuceno Falseti
Daniel Amorin
Johnny Miranda
Marcelo Maia Rosa
Texto: Marilia Pacheco Fiorillo
Adaptação: Márcia Rodrigues
Direção: Amauri Falseti
Cenografia e Figurinos: Aby Cohen e Lee Dawkins
Direção Musical e Trilha Original: Wanderley Martins
Iluminação: Lee Dawkins
Preparação Corporal: Mônica Von Oertzen
Preparação Vocal: Madalena Bernardes
(Página 20)
26/09 Sexta 20h30
Silvana Abreu
Micro-Revolução de um ser Gritante
do Projeto Solos do Brasil
Atriz, diretora e produtora. Participou de várias montagens teatrais. No Projeto Solos do Brasil, sob coordenação de Denise Stoklos, atuou como coordenadora de produção, participando do projeto desde a sua elaboração.
Espetáculo-solo desenvolvido no processo de pesquisa do projeto Solos do Brasil, sob coordenação artística de Denise Stoklos. Segue as diretrizes do Teatro Essencial onde o ator é dramaturgo, diretor, coreógrafo e intérprete de sua própria cena. Livremente inspirado no texto A Paixão Segundo G. H., de Clarice Lispector, o espetáculo busca o sentido original da revolução. O permanente risco que implica cada escolha, a cada momento. A afirmação do desejo ou da desistência que se faz a cada gesto. Uma revolução íntima que começa sutilmente a volver camadas internas que estavam tranquilamente sedimentadas. Os alicerces cedem, e todo o mundo conhecido parece esfacelar-se. Não há opção a não ser encarar a vida crua e, num duelo com forças poderosas, tentar descobrir, entender, e acima de tudo expressar o mistério do núcleo vivo do ser, terrível, infernal e ao mesmo tempo sedutor, a própria salvação, para quem tiver a coragem de desistir da esperança para viver o momento do instante, do agora, do já. O encontro com a vida que pulsa a cada instante numa revolução silenciosa. A revolução essencial.
Silvana Abreu
Texto, Direção: Silvana Abreu
Inspirado na obra de Clarice Lispector
Figurino: Taynã Azevedo
Iluminação: Sueli Matsuzaki e Silviane Ticher
Fotos: Thais Stoklos Kignel e Leonardo Ceolin
Realização: Projeto Solos do Brasil
Coordenação de Denise Stoklos
Patrocínio: Petropesquisa
(Página 21)
27/09 Sábado 11h
Bate-Papo com o público
Eucir de Souza: Querer é poder, eis a questão – O trabalho do ator
(Página 22)
27/09 Sábado 20h
Slices
Renata Melo
Slices é uma re-leitura de dois solos antigos Slices of Life e Receba as Flore, realizados em 1992 e 1993, respectivamente. Esses trabalhos foram a semente da linguagem que a artista vem pesquisando e realizando atualmente. Contêm os ingredientes que são comuns em todos os trabalhos que realiza, tratam de temas comuns e ordinários da vida de pessoas comuns e ordinárias, com humor, poesia e reverência. Slices, como fatias ou pedaços da vida, fala de solidão, de medo, de infância, de amor, de ilusão e desilusão e ao mesmo tempo discute a criação e conceito de linguagem artística.
Renata Melo é atriz, coreógrafa, bailarina e autora. Realizou vários trabalhos de dança-teatro, Bonita Lampião, Passatempo e Domésticas. Por estes espetáculos, recebeu Prêmios Moliére, Sharp, APCA, Shell e Mambembe.
Renata Melo
Criação e Direção: Renata Melo
Supervisão de Dramaturgia: José Rubens Siqueira
Figurino: Adriana Vaz
Trilha Sonora: Marcelo Pellegrini
Assistente de Direção: Cláudia Missura
Produção: Amália Tarallo
Fotografia: Antonio Rocco
(Página 23)
27/09 Sábado 21h
Aperto, meu Ex-Passo
Performance vocal de Madalena Bernardes
Aperto, meu Ex-Passo é uma reflexão sobre a redução dos espaços em diversos âmbitos da vida. A voz à capela revela, em situações cênicas, sons que vão desde as vísceras até o lirismo dos cantos. A performer/personagem lança mão de uma linguagem atemporal e universal para narrar sua história, suspense, empatia e meditação, alinhavados pelo distanciamento do sempre bem-vindo elemento cômico.
Madalena Bernardes desenvolve pesquisa vocal há mais de 20 anos. Aplicou seus conhecimentos e experiências para fundar as bases de um método integrado, “Voz em Movimento”, desenvolvido em sua escola e centro de estudos do mesmo nome. Suas obras lidam com conceitos de espaço e de tempo, inseridas no contexto do teatro e da música de vanguarda. Estudou canto lírico na Holanda com Nelly Van Der Speck e na Alemanha com o terapeuta vocal Thomas Adam, bolsas concedidas pela sociedade antroposófica da Alemanha. É solista da Companhia de Ópera do maestro Carles Santos (Espanha) e, desde 1982, trabalha na Europa e Brasil como professora, diretora, intérprete e compositora.
Madalena Bernardes
Composição e Direção: Madalena Bernardes
Luz: Michele Matalon
Figurino: Cássio Brasil
Trilha Sonora: Madalena Bernardes
Produção/Stúdio: Nutz e YB
Efeitos Especiais: Júlio Lipan
Assessoria de Imprensa: Adriana Monteiro
Produção Geral: Jacqueline Cordeiro e Studio Voz em Movimento
(Página 24)
(Logo) Paidéia – Associação Cultural
Camila Amorin, João Marcelo Bezerra, Alan Caetano, Aby Cohen, Luiz Corazza, Fábio Coutinho, Lee Dawkins, Amauri Falseti, Marília Felicíssimo, Paulo Franco, Carlos Gerônimo, Wanderley Martins, Nancy Martorelli, Rodgério Modesto, Antônio Monteiro, Mônica Von Oertzen, Flávio Porto, Aglaia Pusch, Keli Rodrigues, Márcia Rodrigues, Maria Fernanda Santoro, Eucir de Souza.
Agradecimentos
A todos participantes da mostra
Diretora e funcionários da Biblioteca Pres. Kennedy
ABT – Associação Beneficiente Tobias
(Logos) ABT, Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, Cidadania em Cena, Secretaria Municipal da Cultura, Prefeitura de São Paulo.
(Verso da Última Capa)
A Paidéia Associação Cultural, que desde setembro de 2001 vem atuando na Biblioteca Municipal Presidente Kennedy – Santo Amaro, tem como base de todo seu trabalho o teatro e suas tantas possibilidades, sejam elas artísticas, pedagógicas, políticas. E é nesse sentido que ela age.
Contemplada no primeiro Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, na Paidéia Associação Cultural, além da Cia. Paidéia de Teatro, desenvolvem-se os seguintes programas: três grupos de Teatro Jovem; seis núcleos de jovens para formação de grupos, sendo dois em escola pública, um grupo de estudos em cenografia; um grupo de dança; um grupo de coral.
(Última Capa)
(Logo) Paidéia – Associação Cultural
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