A Baratinha (Sofia Torres, ao centro), entre seus pretendentes, na versão de Karen Acioly para a história

Critica publicada no Jornal O Globo – Rio Show
Por Mànya Millen – Rio de Janeiro – 10.04.1998

Uma Nova versão para a Baratinha

A melodia gruda nos ouvidos, a letra é simples e pergunta ”Quem quer casar com a senhora Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?”. Podia ser ouvida naqueles disquinhos coloridos que fizeram a festa de muitas gerações de crianças desde os anos 50, quando contos conhecidos como este A História da Baratinha ganharam versões musicadas por João de Barro, o Braguinha. A partir de amanhã, no Centro Cultural da Light, a diretora Karen Acioly une talento e nostalgia para mostrar às crianças de hoje sua versão-homenagem dessa história algo tragicômica.

– Queremos não apenas contar essa história, mas ao mesmo tempo mostrar mais um pouco do Braguinha – revela Karen, que fez os 11 minutos de história do disco original crescerem para 50.

– Por isso, toda a montagem partiu das canções dele. As movimentações no palco obedecem à métrica da música e todo espírito do espetáculo traz esse Brasil que o Braguinha tanto ressalta.

Essa é a primeira de uma série de três peças que Karen vai encenar baseada nas versões de Braguinha. Depois virão O Macaco e a Velha e Festa no Céu, ambas também bastante conhecidas. Nesta primeira, Karen resolveu inaugurar um jeito diferente de fazer teatro.

– Queremos envolver todo mundo com essa história que é muito simples e por isso a ação não se passa só no palco, mas no teatro inteiro, o tempo todo – adianta ela.

No elenco estão a coquete e casadoura Baratinha (Sofia Torres) e seus ecléticos pretendentes como o Dom Ratão (Marcelo Escorel), o Boi (Avelar Love) e o Burro (Fernando Sant’Anna). A direção musical é de Maria Tereza Madeira e a preparação vocal de Agnes Moço.