Catálogo 7 anos, 2001

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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(INFORMAÇÕES DO CATÁLOGO)

(Capa)

CENTRO TEATRAL E ETC E TAL

(Página 1)

Teatro Mímica Humor

(Páginas 2 e 3 – Foto do Elenco)

“…e que todos possamos nos divertir!”

O Grupo

O Centro Teatral e Etc e Tal é um grupo de teatro profissional formado por atores que desenvolvem, desde de 1993, sua pesquisa artística baseada no estudo da mímica tendo como característica latente o humor.

Atualmente, o Centro Teatral e Etc e Tal é formado pelo núcleo Marcio Moura, Alvaro Assad e Melissa Teles-Lôbo.

Os atores do grupo têm formação acadêmica em interpretação, sendo que o estudo da mímica foi desenvolvido por Alvaro Assad através de pesquisa própria e de parcerias com os mímicos Luís de Lima e Jiddu Saldanha.

O trabalho do grupo tem como proposta a existência da criação artística aliada a auto sustentabilidade dos integrantes e do próprio grupo, realidade que se encontra cada vez mais escassa no cenário teatral brasileiro. E para fazer valer o verdadeiro ofício do ator, que é atuar, o grupo não restringem seus locais de apresentação levando o teatro e a mímica para espaços não convencionais e para todos os tipos de plateia.

Apresentações são realizadas diariamente, tanto dos espetáculos de repertório como de projetos especiais que envolvem a área de educação, empresa e entretenimento. Este fazer cotidiano criou e cria ferramentas úteis ao trabalho cênico, que aliadas ao trabalho cênico, que aliadas aos ensaios práticos das técnicas utilizadas pelo grupo, resultaram na criação da característica que é exclusiva do Centro Teatral e Etc e Tal: a ‘Pantomima Literária’.

‘Pantomima Literária’ nada mais é do que ação simultânea a narração. Enquanto um ator narra o texto o outro executa, ao mesmo tempo, em mímica. O confronto entre o que está sendo narrado com a forma que o ator / personagem encontra para cumprir as ordens deste narrador é o que faz interesse da plateia surgir.

A mímica também é usada na criação de pantomimas e efeitos cênicos ilusórios, mas o grupo tem como preceito a utilização da linguagem verbal dentro de seus trabalhos, o que contraria a regras das pantomimas clássicas que são executadas em absoluto silêncio.

E como silêncio não é palavra de ordem, a comunicação verbal é feita em português e em Abahu.

O “Abrahu” é uma espécie de Gromelô.

É uma linguagem onomatopaica que tem como função reforçar a ação mimo-teatral, dar dimensão sonora à cena e consequentemente provocar o riso…

(Páginas 4 e 5)

Linha do Tempo

1993
Em consequência da excelência alcançada com Eventos Literários em feiras de livros com livrarias cariocas e da novidade ‘Pantomima Literária’, Alvaro Assad é convidado Pela Editora Ediouro para concepção e execução de um evento literário que resultasse em espetáculo Infanto-juvenil. É criado o Enrola Desenrola que realiza 52 apresentações em shoppings no Rio de Janeiro e na VI Bienal do Livro/RJ.

Surge o Centro Teatral e Etc e Tal.

1994
O espetáculo Palavras do Silêncio é criado exclusivamente para o público adolescente como alternativa Le linguagem, mesclando – Teatro Mímica Humor – sendo apresentado em instituições de ensino a convite de Livrarias, Editoras e Secretaria de Educação do Rio de Janeiro.

Inicia-se a parceria com a Livraria PLIC (Beth Velasco e Cida), que idealiza e executa o Projeto Leva e Traz através do intercâmbio de leitura entre alunos levando como extensão cultural as ‘Pantomimas Literárias’ e oficinas do Centro Teatral e Etc e Tal.

1995
Festival de Pantomima Literária é apresentado em Eventos Literários, Empresas e na VII Bienal do Livro/ RJ.

Alvaro Assad palestra em encontro para professores sobre a linguagem corporal promovido pelo Jornal O Dia (O Dia na Sala de Aula) na UERJ.

1996
São criadas diferentes ‘Pantomimas Literárias’ para Livrarias PLIC, Curió, Eldorado, Editora Paulinas, Editora Ediouro, Editora Moderna, Editora Ática, Secretaria de Educação e de Cultura/RJ, e apresentadas em escolas (RJ) e shoppings (parceria dom a Produtora Sayd).

Alvaro Assad palestra em encontros para professores, sobre mímica, promovido pelo Jornal O Dia na Casa de Shows Canecão / RJ, para mais de mil professores da rede pública de ensino.

1997
O Festival de Pantomima Literária participa de projetos literários, empresariais e da ‘II Mostra Mímica Animação do Corpo’ / RJ (Coordenação Susanita Freire).

Em parceria com o Jornal O Dia, Alvaro Assad se apresenta no I.N.E.S (Instituto Nacional de Estudantes Surdos) onde ministra a palestra sobre a “Linguagem corporal do professor na sala de aula”.

O espetáculo Palavras do Silêncio realiza temporada de 5 meses em Rust / Alemanha (Europa Park).

1998
Forma-se o núcleo atual do Centro Teatral e Etc e Tal com Alvaro Assad, Marcio Moura e Melissa Teles-Lôbo.

O CCBB – Centro Cultural do Banco do Brasil / RJ convida o grupo para ministrar oficinas de ‘Pantomima Literária’ e preparar um espetáculo infanto-juvenil João Mata 7. É criada também a Oficina no Riso.

Convidado para temporada na Casa de Cultura Estácio de Sá / RJ com o Festival de Pantomima Literária.

Convidado pelo Teatro Anônimo para o ‘Anjos do Picadeiro 2’ (Encontro Internacional de Palhaços), apresenta sua “Pantomima Literária” no palco aberto do evento, no Sesc São José do Rio Preto /SP.

1999
O Centro Teatral e Etc e Tal cria e dirige o projeto Rio que te quero Riso convidando artistas que trabalham com a arte do riso (Teatro Anônimo, Grupo Teatral Moitará, Escola de Circo, Cia do Público, Luis Carlos Vasconcelos, Tchezko Vilares, Cleber de Oliveira, Robson Assunção, “Dedé e Pull”, Mágico Alex, Tono Titeris, Morandubetá, Mil e Umas) para apresentações em praças do Rio de Janeiro promovido pela Prefeitura.

Convidados para a mostra Mímica em Movimento – SESC Consolação em São Paulo – que reuniu grupos e artistas que trabalham com a arte da mímica: Denise Stokolos, Luís de Lima, Fernando Vieira, Jiddu Saldanha, Alberto Gauss, Eduardo Coutinho, dentre outros. O Centro Teatral e Etc e Tal ministrou oficina da técnica que o grupo desenvolve – Pantomima Literária – e apresentou peça do seu repertório do “Festival de Pantomima Literária”.

O Festival de Pantomima Literária participa da IX Bienal do Livro / RJ, do Encontro Internacional de Contadores de Histórias / Leia Brasil (a convite do Grupo Morandubetá). E do Movimento Multiarte – Centro de Artes Calouste Gulbenkian e na Rede SESC SP em parceria com a produtora Lucia Erceg.

Surge o espetáculo adulto Fulano e Sicrano uma coleta dos 07 anos do grupo que estreia no Fringe do 8º Festival de Teatro de Curitiba, realiza temporada no Museu do Telephone / RJ e participa de Festivais Nacionais de Teatro (São Mateus / ES, Rio de Janeiro / RJ, Guarulhos / SP sendo agraciado com 15 indicações e 12 prêmios).

2000
O espetáculo Fulano e Sicrano recebe convite para mostra de teatro FILO – Festival Internacional de Londrina / PR, II Semana de Teatro de Maceió em Alagoas, I Festival SESI de Teatro de Tocantins e participa de Festivais Competitivos (São José dos Campos / SP, Americana / SP, Pindamonhangaba / SP e Florianópolis / SC) acumulando 28 indicações, 20 prêmios e muitas gargalhadas.

O Festival de Pantomima Literária é convidado para o II Grande Festival de Teatro Infantil / ES, I Mostra de Teatro de Rua (Sesc Tijuca / RJ), Centro de Artes Calouste Gulbenkian e Rede SESC / SP.

Ministra oficina para professores, exclusivamente sobre ‘Pantomima Literário’ promovido pelo Jornal O Dia.

Integra o ‘Anjos do Picadeiro 3’, na Fundição Progresso / RJ, onde apresenta no Cabaré de Variedades o quadro A Tragédia de Elizabeth Maria.

2001
O Festival de Pantomima Literária é apresentado no stand da Editora Paulinas (X Bienal do Livro/RJ), no III Festival de Teatro Infantil do ES e na Rede SESC-SP e RJ.

A parceria Cultural com a Livraria PLIC chega ao 8º ano totalizando 100 apresentações, 98 escolas e mais de 17.000 alunos por ano.

O espetáculo Fulano e Sicrano participam do Palco de Experimentação (a convite de Ana Kfouri), no Teatro II do SESC Tijuca / RJ.

Participa do FILO – Festival Internacional de Londrina / PR com Oficina de Mímica para Surdos (I.L.E.S) e no Centro Cultural do Banco do Brasil / RJ (Produção Brum e Fischer) com a Oficina do Riso.

Temporada teatral no Centro Cultural Vergueiro / SP (maio/junho), com Fulano e Sicrano.

Temporada Teatral na Casa de Cultura Laura Alvim / RJ (outubro a Dezembro), com estreia Victor James.

(Página 6)

Teatro Mímica Humor

Desde 1993, o trabalho do Centro Teatral e Etc e Tal gira em torno desta tríade…

A essência de nosso ofício é o humor ligado a uma forte plasticidade derivada da mímica. O cerne deste humor não está em textos clássicos ou em referências de conflitos entre personagens dramáticos.

Um dos fundamentos de nossas apresentações é que os personagens estão sempre num embate direto, quer dialogando, quer entrando em conflito com as forças criadoras da cena: como o autor, a iluminação, as situações pré-definidas, os figurinos e o próprio público. Em outras palavras: nem sempre o personagem concorda com seu destino.

Desenvolvemos situações derivadas do cotidiano e da literatura, sempre com o ponto de vista retorcido, criando por vezes linguagens similares à animação cinematográfica e às histórias em quadrinhos onde atuação, figurino e iluminação se encontram buscando harmonia; tal como a mímica e a palavra, mesmo que seja em Abahu.

“Abahu” é uma espécie de Gromelô…

E que todos possamos nos divertir…

(Página 7 – Fotos)

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(Páginas 08 e 09)

Espetáculos

Festival de Pantomima Literária

“O palco e o improviso”

Esta técnica de nome complicado e dicotômico foi nomeada e desenvolvida pelo Centro Teatral e Etc e Tal para realização de seu trabalho cênico.

A Pantomima é uma história contada por gestos, ações e movimentos que um ator executa sem fazer uso da linguagem verbal. Na pantomima o corpo encarrega-se de representar objetos, situações e personagens, e para tal utiliza-se, no caso do grupo, a técnica da mímica.

A porção literária fica por conta de um ator narrados que teatraliza um texto que não tem a estrutura clássica da literatura dramática, ou seja, os diálogos. Este texto contém verbos imperativos sendo eminentemente narrativo, e sua estrutura é adaptada para a Pantomima Literária, criando ritmo e tempo próprios para a execução da ação. O universo literário utilizado pelo grupo parte dos contos populares para o público infanto-juvenil e do cotidiano cruelmente hilário da realidade adulta.

O jogo entre narrador e personagem envolve a platéia que participa diretamente do embate entre estas duas frentes distintas: a ação e a narração. Nem sempre o personagem / mímico concorda com o destino imposto pela narração. Com a queda da quarta parede, a platéia e os próprios atores interrompem constantemente a ficção e o improviso torna-se o ponto forte da cena. Elementos exteriores ao palco não são desperdiçados e aos poucos o que foi improvisado torna-se repertório para as próximas apresentações.

A Pantomima Literária parece ser a conjugação propícia de um modo de apresentação mimo-teatral. O ator que narra trabalha com os recursos da voz como a comunicação onomatopaica e enriquece o trabalho do autor que executa mimeticamente o que está sendo narrado; geralmente este ator usa o Abahu para comunicar-se verbalmente.

O “Abahu” é uma espécie de Gromelô…

O Festival de Pantomima Literária apresenta diversos espetáculos com os mais variados temas, tanto para crianças quanto para adultos. No repertório estão: O Macaco e a Boneca de Piche, A Raposa e os Peixes, De Férias no Sítio e etc e tal.

Fazem parte do Festival de Pantomima Literária as atividades pedagógicas que unem teatro e mímica em instituições e programas de ensino, tais como: a Oficina de Pantomima Literária para professores e alunos, a palestra-espetáculo Palavras do Silêncio – a linguagem corporal do professor na sala de aula e a Oficina do Riso (atores e público em uma conjugação hilária).

As apresentações do Festival de Pantomima Literária podem ser realizadas em qualquer espaço, para públicos mistos ou para grupos fechados…

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(Página 10)

Fulano e Sicrano

(Uma coletânea de quadros)

Elenco

Alvaro Assad
Marcio Moura

Ficha Técnica

Criação e Produção: Centro Teatral e Etc e Tal
Direção e Preparação Mímica: Alvaro Assad
Assistência de Direção: Melissa Teles-Lôbo
Roteiro da Pantomima O Dentista: Jiddu Saldanha e Alvaro Assad
Trilha Sonora: Centro Teatral Etc e Tal
Iluminação: Aurélio Oliosi
Figurinos e Adereços: Fernanda Sabino
Confecção de Figurinos: Dona Rita
Confecção de Sapatos: Nietto Spain
Confecção de Meias: Sarita Pogrebinschi

(Página 11)

O Centro Teatral Etc e Tal encenam histórias do cotidiano nesta montagem que traz para o teatro adulto a linguagem dos Quadrinhos e da Animação. Recriar no palco o humor e o encanto dessas formas de expressão; mesclar situações cômicas, gromelô, mímica é a proposta do espetáculo Fulano e Sicrano.

Diferente de um espetáculo de mímica clássica, aqui a utilização do estudo da pantomima e de outras representações cênicas são inseridas para retratar situações do cotidiano; explorando o humor de um ponto de vista ‘retorcido’ – O que é comum na animação cinematográfica e nos cartuns.

Fulano e Sicrano é dividido em três grandes quadros:

A Tragédia de Elizabeth Maria – um dia atribulado na vida de uma mulher comum. É apresentada a ‘Pantomima Literária’, uma técnica desenvolvida pelo grupo, em que a personagem obedece e, algumas vezes, se contrapõe às ordens do narrador. Ela nem sempre concorda com seu destino, criando conflitos com as forças criadoras da cena: a iluminação, a história e o próprio público.

O Dentista – os sofrimentos de uma consulta médica ganham uma versão muito bem-humorada. Em ação, os personagens se comunicam através de uma linguagem utilizada pelo próprio grupo. O Abahu.

O “Abahu” é uma espécie de Gromelô…

Valsa Submarina – o terceiro e último quadro trazem cenas de perseguição, por elevadores e escadas rolantes até um apoteótico encontro na água. Ao som de O Danúbio Azul, os personagens recriam uma coreografia de nado sincronizado, incorporando, pouco a pouco, elementos absurdos…

(Página 12)

Fulano e Sicrano
Prêmios em Festivais Competitivos

XII Fenate – Festival de Teatro de São Mateus / ES / Outubro de 1999
Melhor Espetáculo
Melhor Espetáculo (Júri Popular)
Melhor Direção
Melhor Ator (Marcio Moura)
Melhor Ator (Alvaro Assad)
Melhor Iluminação
Indicado a Melhor Trilha Sonora

VI Festival de Teatro Veiga de Almeida / RJ / Novembro de 1999
Melhor Espetáculo
Melhor Direção
Melhor Iluminação
Indicado a Melhor Ator (Alvaro Assad)
Indicado a Melhor Ator (Marcio Moura)

II Festival de teatro cidade Guarulhos / SP / Dezembro de 1999
Prêmio 2º Melhor Espetáculo
Melhor Ator (Alvaro Assad)
Prêmio Pesquisa de Linguagem
Indicado a Melhor Diretor

Festival Internacional de Teatro São José dos Campos / SP / Abril de 2000
Melhor Ator Revelação (Marcio Moura)
Indicado a Melhor Ator (Alvaro Assad)
Indicado a Melhor Texto original
Indicado a Melhor Iluminação

IV Festival Nacional de Artes Cênicas de Americana / SP / Setembro de 2000
Melhor Ator (Alvaro Assad)
Melhor Ator (Marcio Moura)
Prêmio Especial Comunicação Popular
Indicado a Melhor Espetáculo
Indicado a Melhor Iluminação

XXIV FESTE – Fest. Nac. de Teatro de Pindamonhangaba / SP / Novembro de 2000
Melhor Espetáculo (Júri Popular)
Prêmio Melhor Pesquisa
Prêmio Melhor Ator (Alvaro Assad)
Indicado a Melhor Ator (Marcio Moura)
Indicado a Melhor iluminação

VIII Fest. Nac. Teatro de Florianópolis Isnaro de Azevedo / SC / Novembro de 2000
Prêmio Melhor Conjunto de Atores
Indicado a Melhor Espetáculo
Indicado a Melhor Iluminação

(Página 13)

Opiniões e críticas

“Em Fulano e Sicrano, a precisão do movimento, a expressão ampliada do rosto, a ação criada pelo gesto, são técnicas que servem à linguagem. Mas, não se trata de um espetáculo baseado na plasticidade, na técnica virtuosística. Na dramaturgia, no sentido da cena, surge o confronto ente sofrimento e riso – uma comicidade que trabalha sobre o exagero da dor , o exagero do azar. Do cansaço, do medo. A partir de personagens e ações tão cotidianos que beiram o banal, cria-se o absurdo. Os dois atores, sempre em primeiro plano, não desaparecem para dar lugar aos personagens, e usam esta presença para cultivar a cumplicidade da plateia”.
                                                                                                                      Rosyane Trotta – diretora e autora teatral (RJ)

“Por seu caráter inovador, sem dúvida cabe destacar o trabalho dramatúrgico de Fulano e Sicrano, onde o personagem constrói, questiona e transforma a cena, e às vezes com um simples olhar rediz, refaz a a situação. Há um diálogo triangular, feito com a plateia, que desenha as situações e constrói assim uma dramaturgia feita de gestos e olhares”.
                                                                                 Eliane Lisboa – crítica de arte /Jornal A Notícia (Florianópolis / SC)

“Histórias em quadrinhos e desenhos animados são as referências que o Centro Teatral e Etc e Tal gosta de evidenciar quando fala de seu trabalho. E os quadrinhos e o desenho animado realmente ali estão. Mas, poderiam não estar, e mesmo assim o trabalho de Alvaro Assad e Marcio Moura seria de ótima qualidade. Mais que mímicos, eles são comediantes que dominam essa técnica. Utilizam linguagens e recursos variados para exercitar uma das vertentes mais antigas do teatro como nós o conhecemos hoje: a comédia popular.”
                                                                                                                            Aimar Labaki – autor e crítico teatral (SP)

Fulano e Sicrano é um espetáculo que pega o espectador de surpresa, pela ousadia de seus atores, em colocar no palco o humor inusitado que retiram das situações mais banais. São cenas escolhidas do cotidiano, superdimensionadas pela visão crítica dos atores em exercício muito bem realizado, tanto no texto sem palavras que escolheram como no gestual mímico impecável. Em destaque, o nado sincronizado das campeãs olímpicas. Uma nova griffe de humor que surge, nesse cenário tão carente de situações risíveis.”
                                                                                                                              Lúcia Cerrone – autora e crítica teatral (RJ)

(…) o Abahu zerou todos os significados da língua portuguesa, valorizando a marcação de cena, as atitudes e os signos gestuais. A vertente teatral escolhida pelo grupo traz num único caldeirão várias correntes da expressão corporal, resultado de minuciosa pesquisa. A exploração da mímica e suas variações induzem o olhar do público a se concentrar nos limites do corpo do ator. (…) Alvaro Assad e Marcio Moura – autênticos reis do riso – marcaram o Filo 2000 pela incrível capacidade de manipular a realidade, trazendo a Londrina uma linguagem gestual apurada, sem débito algum para os maiores cômicos do País. Ganharam o público graças à versatilidade, carisma e grande expressividade. Fulano e Sicrano propõe uma comunicação em síntese, ancorada principalmente na mímica. Essa arte de sugerir, indicar, subentender, fazer imaginar, buscar fingir a realidade, não imitá-la”.
                                                                    Francelino França – Filo 2000 Festival Internacional de Teatro de Londrina

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(Páginas 14)

Victor James

Adaptação do livro infantil homônimo de Paulinho Tapajós Victor James O Menino que Virou Robô de Vídeo Game.

Elenco

Alvaro Assad
Melissa Teles-Lôbo

Ficha Técnica

Criação e Produção: Centro Teatral e Etc e Tal
Direção e Preparação Mímica: Alvaro Assad
Assistência de Direção: Marcio Moura
Trila Sonora: Joaquim de Paula
Iluminação: Aurélio Oliosi
Figurinos e Adereços: Fernanda Sabino
Confecção de Figurinos: Dona Rita
Confecção de Sapatos: Nietto Spain

(Páginas 15)

No repertório do grupo, a peça Victor James é a pioneira, pois foi a partir dessa história que desenvolveram uma linguagem teatral própria, fazendo valer o que é chamado de ‘Pantomima Literária’, onde através da narração simultânea a ação em mímica tem-se o embate cênico.

O “Abahu” é uma espécie de Gromelô…

E foi em Victor James que esta língua fictícia nasceu, obrigando o personagem que recebe ordens do narrador a dialogar de forma estranha, mas ainda assim inteligível. A história Victor James toma corpo e cria vida própria em relação ao Festival de Pantomima Literária vindo se transformar em 2001 em nosso primeiro espetáculo infantil a cumprir temporada. Boa viagem!

História baseada em um garoto que passa seus dias em frente a um jogo de videogame. Negando café, almoço, jantar, hora de banho e de estudar. Sonhando com as sensações de ter aqueles poderes (mal sabia ele…). Até que finalmente Victor se transforma em um dos seus bonecos / robôs, indo viver experiências nada agradáveis dentro da prisão que é uma tela de computador. Sentindo na própria pele o que seus bonecos virtuais sentem, ele começa finalmente a descobrir limites…

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(Página 16)

O importante é rir. E rir juntos Eduardo Galeano

Contato

Caixa postal 11868 RJ
Cep 22022-970
Celular (21) 9133-7804
Tel / fax (21) 208-2883

Obrigado aos parceiros culturais citados neste catálago, àqueles que contribuíram ao grupo: Carol Freitas, Patrícia Freitas, Simone Pill, Arise Assad, Rosiris Garrido, Rodrigo Lima, Ronaldo Serruya, Luciane Ramos, Mario e Patrícia (Energy F.C.), Cláudio Garcia, Cleber de Oliveira, Tchezko Vilares, Robson Assunção, Gisele Veloso, Joaquim de Paula, Jorge Crespo, Jilvan Javarini (em memória), Juliana Piza, Mariana Lobo, Grupo Sobrevento e Jiddu Saldanha (em especial, pela influência e o artista que é). E aos nossos familiares e pais que de forma concreta realizam-nos.

Ficha Técnica

Design: Studio Ato Gráfico
Textos: Centro Teatral e Etc e Tal
Fotos: Ricardo Gabriel (Rio de Janeiro / RJ)
Exceto: pag.11, O Dentista – Elvira Alegre (Londrina / PR) e pag.11, Valsa Submarina – Ronaldo Mitt (Palmas / TO)

Esta publicação foi gentilmente impressa nas oficinas da Gráfica Stamppa, em tiragem limitada de 1000 exemplares, sobre couche matte 150g, capa em couche matte 240g, com filmes da Universo Fotolito, em Março de 2001.

(Última Capa)

Teatro Mímica Humor