(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)
(Capa)
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
Secretaria Municipal de cultura
apresentam
NO JOGO DO CAIPORA CURUPIRA JOGA AGORA
O jogo da Cultura Popular Brasileira
(Logo) Companhia POP de Teatro Clássico – 021
(Interior)
“E como encontraram, tal qual encontrei; assim me contaram, assim vos contei!”
Encontrei este singelo versinho num livro do mestre Luís da Câmara Cascudo. Embora pareça resumir a tradição oral da Cultura Popular, acabei por descobrir que é exatamente o contrário. É como diz o provérbio “quem conta um conto aumenta um ponto”. Ou modifica! Assim, encontrei 4, 5 ou mais versões de um mesmo conto, lenda ou cantiga. E se continuasse a procurar não sei a que número chegaria.
É difícil imaginar que exista uma cultura popular mais vasta do que a brasileira. E a justificativa não seria somente o tamanho do nosso país, mas também pelas três raças que se entrecruzaram, e entrecruzaram suas histórias. Como é interessante ler as mesmas histórias nas vozes do Rio Grande do Sul (João Simões Lopes Neto), do Rio Grande do Norte (Luís da Câmara Cascudo) e da múltipla Clarice Lispector.
Então… usei um daqui, outro dali, mexi um pouco em todos, inclusive nas cantigas, sempre procurando uma linguagem mais adequada às crianças. E além dos citados, deixo aqui minha admiração a um grupo enorme de pesquisadores, como Afrânio Peixoto, Alceu Maynard Araújo, Aluísio de Almeida, Anna Maria Cascudo Barreto, Carlos Felipe de Melo Marques Horta, Jacqueline Heylen, José Maria de Melo, José Roberto Rodrigues, Leonardo Motta, Lindolfo Gomes, Ricardo Azevedo, Sílvio Romero e Veríssimo de Melo.
Temos aqui 54 cenas – ao sabor do dado, você verá de 11 a 15 por espetáculo – que mostram mais de 100 diferentes manifestações. E pode acreditar essa quantidade nem arranha a superfície do material encontrado na pesquisa. E se você conhece essa lenda ou essa cantiga de outra maneira, é isso mesmo: nós dois estamos com a razão.
“É coisa sabida e pela boca de todos corre que há certos demônios que os brasis chamam de Curupira, que acometem aos índios muitas vezes no mato, dão-lhe de açoites, machucam-nos e matam-nos. São testemunhas disto os nossos irmãos, que viram algumas vezes os mortos por eles. Por isso, costumam os índios deixar em certo caminho, que por ásperas brenhas vai ter ao interior das terras, no cume da mais alta montanha, quando por cá passam, penas de aves, abanadores, flechas e outras coisas semelhantes, como uma espécie de oblação, rogando fervorosamente aos Curupiras que não lhes façam mal.”
Padre José de Anchieta, em carta de 30 de maio de 1560.
Agradeço em especial a Maria, Francisco, Lourdes e Miguel, que me apresentaram parlendas, livros e sabedorias que eu não tinha.
Demetrio Nicolau
Este espetáculo estreou no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto, em 19 de maio de 2012.
Repertório da Companhia Pop de Teatro Clássico
2012 – 021 No Jogo do Caipora Curupira Joga Agora
2011 – 015 O Misterioso Caso da Tanajura Francesa e as Árvores que Cresciam num Instante
020 O Roque da Cigarra
2010 – 019 O Badejo
2009 – 018 Enamorados
– 017 A História do 4º Rei Mago
2007 – 016 Os Ciúmes de um Pedestre
2006 – 015 O Misterioso Caso da Tanajura Francesa e as Árvores que Cresciam num Instante
2005 – 014 Companhia Pop Conta Arena Conta Zumbi
2004 – 013 A Aranha Arranha a Jarra a Jarra Arranha o Trava-Língua
– 012 Amor: Instrumento da Tortura ( Pra Quem Gosta de Discutir a Relação)
2003 – 011 O Santo e a Porca
– 010 A Vida do Elefante Basílio
2002 – 009 Auto do Novilho Furtado
2001 – 008 A Menina que Perdeu o Gato Enquanto Dançava o Frevo na Terça-Feira de Carnaval
2000 – 007 A Falecida
– 006 Dona Xepa
– 005 O Simpático Jeremias
– 004 Forró da Revolução Popular
– 003 Véspera de Reis e O Badejo
– 002 Quem Casa Quer Casa
– 001 Desejo de Salomé
Paula Cavalcanti
Clara Santhana
Músico
Allyson Alves
Direção e Dramaturgia: Demetrio Nicolau
Direção de Movimento: Nara Keiserman
Cenário e Figurinos: Carlos Alberto Nunes
Figurinista Assistente: Arlete Rua
Assistente de Figurino: Gabi Windmüller
Confecção de Figurinos: Adélia Andrade e Teca Fichinski
Equipe de Confecção: Meuri Amaral, Maria José Gomes e Selma Maria Vieira
Direção Musical: Demetrio Nicolau
Confecção de Máscaras e Adereços: Arlete Rua, Carlos Alberto Nunes e Gabi Windmüller
Iluminação: Demetrio Nicolau
Fotografia: Guga Melgar
Assessoria de Imprensa: Ciranda Assessoria de Comunicação
Produção Executiva: Alkaparra Produções
Montagem de Luz: Carlos Magé e Bruno Caverninha
Operador de Luz: Carlos Magé
Maquinistas: Jeová e Mineiro
Produção: Maravilha Criações & Produções Artísticas Ltda.
Realização: Companhia Pop de Teatro Clássico
Agradecimentos
Alberta Barros, Alessandra Reis, Alina Lyra, Ângela Blazo, Bruno Dante, Cecilia Ripoli, Cia. Pequod, Daniela Amorim, Giseli Evers, Joelson Gusson, Juliana Peixoto, Marcela Epprecht e Susana Ribeiro
Patrocínio
Rio Prefeitura Cultura, FATE – Prefeitura do Rio/ Cultura/ Fundo de Apoio ao Teatro.
Realização
Companhia Pop de Teatro Clássico
Apoio
Projeto ENTRE, Cantina Donanna, Grupo Color Office, Espírito do Chopp, Maracatu, Alkaparra, UNIRIO – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, CBTIJ – Centro Brasileiro de Teatro para a Infância e Juventude
Jogo
Recorte e Brinque com o Caipora Curupira – Uma brincadeira para 2 participantes.
1) Recorte – ou peça à mamãe ou ao papai para recortar – os bonequinhos do Caipora e do Curupira e o dado.
2) Use o tabuleiro no verso do programa.
3) Lance o dado e ande no tabuleiro com o Curupira ou o Caipora o número de casas correspondente (se cair numa casa já ocupada, pule para a seguinte). E faça a viagem pelo Brasil, começando pelo Amazonas (letra A) e terminando no Acre (letra Z).
4) Dependendo da idade dos participantes, em cada casa que ele cai, deve dizer a que Estado chegou, e cantar uma cantiga, lembrar de uma lenda ou mito, dizer um trava-língua ou parlenda, enfim, qualquer manifestação da Cultura Popular Brasileira, que contenha uma palavra com a letra da casa em que está. Exemplo: ao chegar à casa com a letra “G” , deve dizer que CE é Ceará, e cantar “Não atire o pau no gato” , ou “Garibaldi foi à missa”, lembrar da “Lenda do guaraná”, ou simplesmente dizer uma ou mais palavras com a letra “G”. É só combinar antes. Combine também a prenda ou prêmio para o vencedor.
E boa brincadeira.
(Última Capa – Tabuleiro do Jogo)