(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)
(Capa)
Luca Rodrigues Produções Artísticas
apresenta
A BELA ADORMECIDA
(Logos) Werner Tecidos, Madeiras Leo, Cia. Têxtil Ferreira Guimarães
(Verso da Capa – Anúncio: Werner)
(Página 01)
Em 1991 a história de um encontro me mobilizou completamente a ponto de me levar a escrever e produzir um espetáculo para que esse encontro se realizasse A Bela e A Fera.
Minhas pesquisas na época me revelaram um prazer que me acompanha mais intensamente agora em A Bela Adormecida – o de compartilhar do desejo de artistas e poetas de diferentes tempos e espaços em contar uma mesma história.
Após ver suas obras eu sempre me perguntava o que há em A Bela Adormecida, para que Apuleius no século II DC coloque Psique sendo despertada pelo seu amado Eros e mesmo anteriormente em tempo indeterminado, a mitologia grega ofereça o pastor Endimião eternamente adormecido obrigando a lua a vir todas as noites tentar despertá-lo com todos os carinhos de um ser apaixonado.
Passam-se os séculos e vemos “O Sol, a Lua e Tália” de Basílio, em que Tália só desperta após ter o espinho do sono retirado de seu dedo por um de seus dois filhos gêmeos que tendo acabado de nascer buscava alimentar-se.
Mais tarde com Charles Perrault e os Irmãos Grimm temos as versões mais conhecidas da história que levam Tchaikowsky a compor as músicas para o Ballet, Gustave Doré e Edward Burne-Jones a realizar toda uma série de desenhos e pinturas e a Fernando Pessoa a escrever “Eros e Psiqué”.
Sem falar em Richard Wagner com Siegfried, onde Brunhilda adormecida e envolta por um círculo de fogo é despertada pelo bravo cavalheiro que com seu cavalo salta sobre as chamas.
E finalmente Walt Disney, claro muitos queriam que “A Bela” encontrasse “A Fera”, mas sem dúvida o despertar de “Bela” é ainda o objeto de ânsia maior.
“A Fera” busca “A Bela”, “Psiquê” realiza provas impossíveis para ter de volta o amor de “Eros”, “Orfeu” e “Dante” descem ao inferno para encontrarem “Eurídice” e “Beatriz”, um na mitologia grega, outro no Renascimento Italiano
O príncipe vence o dragão e salva a princesa
É a história de nós mesmo a caminho de nós mesmos. La fora certamente há perigos, desafios, quedas, mas nunca derrotas. Ser derrotado é ficar. Ou como quando Merlim pergunta a Artur como age o humilde e este último responde “aceito a tarefa que lhe é destinada, mesmo com o risco de fracassar”.
A minha Bela vive em tempos de guerra assim como nos parece a vida em diversos momentos.
Adormece no século V AC na Grécia e só desperta no renascimento inspirando os artistas a criarem em formas novas, os mais antigos símbolos do mundo.
E o meu príncipe busca por dos mil anos com a certeza de que não importa o tempo, ele a encontrará e a despertará.
Então virá a luz e as fadas voltarão. Luca Rodrigues.
(Página 02 – Logos: Cia. Têxtil Ferreira Guimarães, O.S Studio Gráfico Ltda., Dantelle, um Produto DeMillus, Flora Margarida)
(Página 03)
Bela: Anna Aguiar / Substituída por: Raquel Libório
Morgana: Deborah Catalani
Mesrin: Newton Martins
Fada, Espírito da Noite: Claudia Radusewski
Fada, Espírito da Noite: Andréia Bergallo
Fada, Espírito da Noite: Luciana Yegros
Malévola: Cristina Montenegro
Azor: Luca Rodrigues
(Paginas 04 e 05)
Texto, Direção: Luca Rodrigues
Cenografia: Doris Rollemberg
Figurino: Jefferson Miranda
Iluminação: Renato Machado
Música: Leandro Braga
Coreografia, Gestual Cênico: Fábio de Mello
Programação Visual: Paula Joory
Arte Final: Beli Araújo
Fotos: Guga Melgar
Cabeças: Maria Cândida Rodrigues
Estátuas: Lucia Yegros
Cenotécnico: Humberto Silva e equipe
Aderecistas: Renato da Silva, Edgley Cunha
Costureiras: Sonia Maria e equipe
Equipe de Luz: Washington Duarte, Carlos Rodrigues
Produção e Divulgação: Luca Rodrigues
Agradecimentos
Ana Gurgel (Só Arte), Antônia Aurinda, Douglas (Ibase), Evandro Comyn, João Adelino da Silva, Júlio César Lopes, Luciana Yegros, Luis Roberto, (Werner), Maria Cândida e Francisco Rodrigues, Maria Lúcia Ferro, Mário França, Paulo Crown, Sylas Wenceslau, Ubiratan Corrêa.
(Página 06)
A Aventura Mitológica do Herói
1. Separação = um herói vindo do mundo cotidiano se aventura numa região de prodígios sobrenaturais;
2. Iniciação = ali encontra fabulosas forças e obtém uma vitória decisiva.
3. Retorno = o herói retorna a sua misteriosa aventura com o poder de trazer benefícios aos seus semelhantes.
Joseph Campbell
A passagem pelo limiar mágico = entrada do herói num mundo de forças desconhecidas (uma terra distante, uma floresta, um reino subterrâneo, o topo de uma elevada montanha, um profundo estado onírico) = uma passagem para uma esfera de renascimento = o herói em vez de conquistar ou aplacar as forças do limiar, é jogado no desconhecido dando a impressão de que morreu = nenhuma criatura pode atingir um grau alto da natureza sem cessar de existir.
Joseph Campbell
Rito de iniciação
1. Renúncia a toda ambição e qualquer aspiração para então submeter-se a uma prova
2. Deve aceitá-la sem esperança de sucesso
3. Deve estar preparado para morrer = criar uma atmosfera de morte simbólica de onde vai surgir um estado de espírito simbólico de Renascimento = passagem da juventude a maturidade = chegar a um equilíbrio que faça de fato um ser humano e também verdadeiramente, o seu próprio dono.
Jung
“O Louco” (a carta do tarot) = O irmão mais novo dos contos de fadas = o herói salvador que mata o dragão e leva-nos a todos para um novo reino = a caminho da auto compreensão = voltará da sua jornada interior inspirado para criar um mundo novo e provocante.
(Pagina 07 – Logos: Casa Pinto, Color Center, Fink, Mar das Tintas, Ibase – Instituto Brasileiro de Analises Sociais e Econômicas)
(Página 08)
O século V AC na Grécia / Renascimento (O século de Péricles)
A Bela imortal consente em morrer a vida dos deuses para trazer aos homens certos arquétipos conservador na memória do mundo. E os artistas despertam – e têm visões.
Inspirados pelas formas pensadas de uma excepcional significação, eles redescobrem a harmonia, eles reinventam o equilíbrio e o ritmo. Eles ressuscitam as ordens, moldam o bronze, talham o mármore ainda que nós nunca o houvéssemos feito nos tempos modernos.
Loeffler – De Lachaux
As minhas fadas = as graças = divindades risonhas, ante as quais sorriam a natureza e o coração dos mortais, que banhavam a Deusa Afrodite, a perfumavam, a vestiam de vestes preciosas. Na primavera dançavam marcando com os pés um compasso cadenciado = personificação dos raios solares que tinham como atribuições fazer brotar as plantas de amadurecer seus frutos. A primavera da vida O momento de esperanças felizes. O despertar do amor.
(Página 09 – Anúncio: Leo Madeiras)
Apoio à Cultura – Peças em cartaz com apoio da LEO Madeiras
Rio de Janeiro
Ali Baba e os 40 Ladrões – Teatro Galeria
A Bela e a Fera – Teatro Ipanema
Astro por Um Dia – Teatro América
Os Meninos da Rua Paulo – Teatro Ipanema
Pollyanna – Teatro Arena
Luzes do Paraíso – Teatro Gláucio Gill
A Princesa do Meio e a Floresta Encantada – Teatro Laura Alvim
São Paulo
O Analista de Bagé na Casa da dinda – Teatro Antônio Abujamra
Odeio Hamlet – Teatro Jardel Filho
(Última Capa – Logos: Banerj Cultural; O.S. Studio Gráfico)