De Marajó para o Mundo: uma Paixão pelas Artes
Meus pais foram educados na Europa e vieram de famílias com posses. Nasci em12 de fevereiro de 1916, na Fazenda Livramento, na Ilha de Marajó, que era paraíso ecológico. A fazenda era grande e muito bonita. Tinha uma capela maravilhosa com santos barrocos e os peões que trabalhavam lá, se casavam e batizavam seus filhos nela. A fazenda tinha também um grande salão de festas.
Estudei em Belém do Pará, no Colégio que pertencia a família Olimpio. Dona Augusta Olimpio foi a primeira professora de francês que tive. Eu tinha propensão para línguas e ela percebeu isso. Além disso, meu pai também tinha uma grande biblioteca e desde cedo eu pude ler Molière e Racine.
Eu era muito pequeno, quando Anna Pavlova, uma bailarina maravilhosa que vinha dançar no Rio de Janeiro, acabou parando em Belém, pois seu navio enguiçou. Naquele tempo, só se viajava de vapor. Resolveram mostrar a cidade para ela e quando ela entrou no Teatro da Paz, ficou fascinada. Era para ela ficar três ou quatro dias, mas ela ficou uma semana, e acabou fazendo um espetáculo. Eu a vi dançar e fiquei fascinado, uma criança ainda.
Anos depois, lá pelos dez anos de idade, vi outra russa Anna Bogoslova dançar O Lago dos Cisnes e ficou na memória a morte do cisne. Perguntei então para minha mãe se eu já não tinha visto aquilo e ela me fez lembrar da primeira bailarina, Anna Pavlova. A partir daí fiquei fascinado pelo cisne.
Foi por essa época que tive meu primeiro contato com público. Foi quando estreei numa festa de fim de ano, no Teatro da Paz. Tito Franco de Almeida, que era um muito diretor conhecido me fez recitar Monsieur Le Corbeaux, de Jean de La Fontaine Lembro-me da sensação de ser aplaudido. Foi aí que minha fascinação pelo teatro começou. Fiz o ginásio, no Colégio dos Irmãos Maristas, também em Belém, na Avenida Nazaré. É um prédio belíssimo e meu retrato está, ainda hoje, no quadro dos formandos.
O encontro com Bidú Sayão
Eu era um garoto de dezenove anos e lembro que o mês era dezembro quando, a direção do Departamento de Cultura Artística, em Belém me chamou para decorar o palco onde Bidú Sayão ia cantar. Na verdade era para colocar o piano no palco, e fazer um arranjo de flores e uma arrumação no camarim. Primeiro, mandei limpar bem o palco, coloquei o piano bem no centro, para que ficasse visível de qualquer lugar do teatro. No fundo coloquei um ciclorama azul e flori toda a ribalta. Plantei em duas tinas, árvores de acácias, com um arranjo de flores. Como o camarim estava uma imundície, mandei caiar de branco, e peguei emprestado de minha mãe, móveis e objetos de decoração, que vieram da Europa.
Às duas da tarde, quando ela chegou pra ensaiar ficou encantada. Perguntou por quem tinha feito a decoração e o Secretário, mandou me chamar. Lembro que eram duas horas da tarde, eu tinha acabado de almoçar e meu pai, mandou o chofer me levar no teatro. Quando eu entrei no palco, me deu os parabéns e disse que nunca havia cantado num jardim. Perguntou se eu tinha estudado cenografia, e quando disse que não, me cortou e me convidou para assistir o ensaio.
Quando ela foi conhecer o camarim, ficou doida e me convidou para jantar com ela, no Grande Hotel, pois queria conversar comigo e me apresentar à mãe, D. Mariquinhas e a Giuseppe Danise, que era um famoso barítono, que se casou com ela e anos depois, a lançou no Metropolitan Ópera House, de New York.
Fui ao jantar, todo elegante, com smoking e uma das primeiras coisas que ela me perguntou foi se eu falava línguas. Eu já falava inglês, francês, italiano e espanhol e ela ficou impressionada. Começamos a falar em francês, e ela me perguntou se as peças de decoração que estavam no camarim pertenciam a minha mãe. Na noite seguinte, fui jantar com ela novamente e aí o Danise falou comigo em italiano.
No último jantar, ela me perguntou se eu desenhava. Respondi que sim e ela, ficou encantada com meus desenhos. Disse que eu tinha que ir para o Rio de Janeiro e estudar na Escola de Belas Artes. Que eu tinha um talento imenso e não podia ficar naquela província. Chego a me emocionar quando lembro desse encontro. Assim começou uma das grandes amizades que tive. Bidú Sayão nasceu no dia 11 de maio de 1906, era dez anos mais velha que eu e além de muito inteligente era muito autoritária. Logo depois, foi para Belém, outra pianista, a Guiomar Novaes e também acabei sendo seu cicerone. Levei-a passear por todos os lados. Fazia muito calor e ela usava um leque que acabou por me presentear. Ela o autografou e eu o tenho até hoje.
Antes de vir para o Rio, conheci a Ana Amélia Carneiro de Mendonça. Seu marido era do fluminense e conhecia meu pai que havia fundado o Clube do Remo, em Belém. Ana Amélia foi a fundadora da Casa dos Estudantes e ela me deu um cartão para procurá-la quando eu chegasse ao Rio.
A Chegada no Rio de Janeiro
Vim para o Rio, no início de 1937, num vapor chamado Itaquece. Estava com quase vinte anos. Minha família ficou em Belém, mas eu tinha uma tia chamada Marcionila Penna Weinberg, que morava numa casa na praia de Ipanema. Lembro que era uma casa muito bonita, com garagem para dois carros e salão de festas. Tinha um belo jardim e a sala tinha lustres franceses, vindos de Paris.
Logo que cheguei, comecei a trabalhar como secretário da Guiomar Novaes. E logo ela me introduziu no Teatro Municipal, para ver ensaios de óperas e balés, aprender sobre cenografias e figurinos. A Guiomar foi minha madrinha lá dentro e eu acabei fazendo de tudo, só faltou cantar.
Também procurei a Ana Amélia e ela me apresentou o Paschoal Carlos Magno e o Teatro dos Estudantes. Fiquei seu amigo e acabei morando um tempo em sua casa. Acabei decorando a casa dele e o Teatro Duse. Pouco tempo depois estava trabalhando como ator no Teatro dos Estudantes.
Foi também o Pascoal que me levou na casa do Aníbal Machado, que era o pai da Maria Clara Machado, e me apresentou ela. Maria Clara era bem novinha, muito interessada em cultura, em teatro, lia muita coisa, e fez uma obra linda de teatro infantil.
Na verdade ela começou com teatro de bonecos. Ela era escoteira e tinha uma disciplina muito rígida – aliás, acho que tudo na vida tem que ter disciplina.
A Estreia no Rio de Janeiro
No dia 06 de Janeiro de 1948, estreia Hamlet, no Teatro Fênix, com direção de Paschoal Carlos Magno. O sucesso foi enorme. Foi neste espetáculo que apareceram Sergio Cardoso, Maria Fernanda – filha da Cecília Meireles, Sergio Brito, Carlos Couto. Eu fazia três pequenos papéis, o comediante, o Prólogo e Luciano.
O Teatro Fênix era o melhor teatro depois do Municipal. Ficava na Rua México, de fundo para o Palace Hotel, que estava na Rio Branco. Quando foi demolido, roubaram tudo, pois foi todo construído com materiais importados da Europa, lustres, mármores, móveis….
Depois do espetáculo, quem foi ao meu camarim – que tinha uma foto de Bidú Sayão, com dedicatória – foi a Henriette Morineau. Ela me disse: “Nilson você é um artista e esta semana você será um profissional que vai entrar para a minha Companhia. Vá na terça-feira, às duas horas da tarde no teatro Ginástico e procure o Carlos Brant – que era alto funcionário do Banco do Brasil e que financiava e administrava tudo – ele vai registrar sua carteira profissional”. Estreei numa peça americana chamada Um Bonde chamado Desejo, de Tenesse Williams, com direção de Ziembinski.
No primeiro ato fazia um marinheiro americano e no último ato um médico que vinha buscar Blanche Dubois, que estava louca e a levava para o hospício. Blanche era interpretada pela Henriette Morineau. O Ziembinski me transformou. A personagem era um velho. Ele fez minha maquiagem, me ensinou o modo de andar. Ziembinski ao perguntar para minha mãe se ela tinha gostado, ela respondeu que não tinha me visto em cena.
Durante a temporada, eu levava meu caderno e ficava desenhando no camarim. Um dia Madame Morineau passa na porta do meu camarim, olha os desenhos e me diz: “eu vou tirar a maquiagem e você leva teus desenhos lá no meu camarim que eu quero ver”.
Depois de ver, ela me disse: “você tem um talento, a próxima peça que eu fizer, vou te lançar como cenógrafo e figurinista”. Marília tinha uns sete ou oito anos e eu a coloquei na Escola de Johnny Franklin, que ficava na Tijuca. O Carlos Brant com a ajuda financeira do Banco do Brasil ajudou a montar a escola. Fui eu que preparei as salas, mudei o chão, coloquei as barras e os espelhos. Foi uma das escolas mais lindas em que trabalhei. Hoje ela mudou de proprietário e está no Catete.
O Casaco Encantado
Foi justamente no primeiro infantil, realizado profissionalmente, que eu iniciei meu trabalho como figurinista, cenógrafo e ator. Eu já tinha lido muita coisa, mas quando soube que ia trabalhar neste espetáculo, comecei estudar sobre a psicologia da criança, as cores e do que ela gosta.
Otávio Graça Mello, o diretor, era um rapaz com muito talento, culto, lia muito e sabia das coisas, apesar de ter uns vinte e poucos anos.
Começamos a trabalhar na mesa, lendo e estudando a entonação que a gente devia fazer. Depois, no palco, ele ajudava os atores a criar. Quando ele me deu o papel do relógio, como ele sabia que eu era bailarino, me disse, que a personagem apesar de quase não ter falas, deveria de ter uma coreografia especial, pois ia percorrer todo o espetáculo. Como eu já fazia dança, estava no ponto. Me inspirei nesses relógios redondos antigos. Eu tinha uma malha preta e só ficava com o rosto de fora. Adaptei uma calota de automóvel para a cabeça, onde marcava as horas.
Morineau fez uma avant-première à meia noite e encheu a plateia de gente famosa: artistas, intelectuais, jornalistas. Na estreia de O Casaco Encantado, quando eu cheguei aoTeatro ginástico, tinha uma fila enorme. A melhor publicidade foi o boca-a-boca dos pais, que viam o espetáculo e falavam com outros. Depois o sucesso foi total.
O elenco era de estrelas. Madame Morineau fez a bruxa; Graça Mello, que dirigia o espetáculo, o feiticeiro; Fregolente fez o sapo; Dary Reis, o rei; Flora May, a Princesa; Dary Reis, o alfaiate e Dona Maria Castro, a avozinha que contava a história. Eu, como disse, fazia o relógio e quase não falava. Tinha uma fala no primeiro ato e duas falas no último.
A plateia aplaudiu de pé, com bravos e tudo mais. As crianças ficaram alucinadas.
Eu caprichei muito no trabalho. Eu mesmo costurei tudo e bordei. Fiz também todos os cenários, que eram aplaudidos quando a cortina se abria. Ganhei o Prêmio da Associação Brasileira de Críticos Teatrais como cenógrafo estreante.
Ficamos mais de quatro meses em cartaz, com apresentações tipo cinema, as duas, quatro, seis e oito horas. Até que a trupe inteira ficou doente. A Morineau ficou rouca, eu fiquei mal das pernas porque dançava o tempo todo, a Margarida Reis também teve problemas vocais. Aí acabaram por suspender as apresentações. As crianças riam, gritavam, batiam palmas, tinham uma participação direta e espontânea, sem nenhuma influência dos pais. Era tudo muito novo.
No final do espetáculo as crianças invadiam o palco, queriam tirar foto com os atores. A princesa que era a Flora May fazia muito sucesso. Ela tinha na cabeça, um cornete com véu, uma coisa quase medieval. Era linda, loura e talentosa e as crianças ficavam doidas. O fotógrafo Carlos, que mais fotografava todos os espetáculos da época, fotografou também nossos ensaios. Lembro que o atelier dele ficava na Rua México.
Mas foi o único infantil que a Companhia fez, pois tempos depois a Margarida Reis ficou doente e teve que ir para o hospital, a Morineau se desgostou e a Companhia foi dissolvida.
Depois desta peça, comecei a ter muitas encomendas de cenário e figurino. A pedido de Edmundo Muniz, que trabalhava no SNT – Serviço Nacional de Teatro, fiz um cenário para a Maria Fernanda e várias outras artistas, de companhias privadas. Os pedidos vinham de São Paulo, Minas e outras cidades. Nesse meio tempo, em Morineau, montou Medeia, dirigido por Ziembinski e eu conheci uma menina chamada Marília Pêra, que fazia uma das crianças no espetáculo. Foi Graça Mello que trouxe a Marília e também arranjou outra criança para fazer o filho.
Em 16 de setembro de 1950, no Teatro Copacabana, estreio outro infantil de Lucia Benedetti chamado Branca de Neve. Fiz os cenários e figurinos e o elenco foi formado por Laís Peres, Dary Reis, que também era o produtor do espetáculo, Mara Rubia, Nicete Bruno, José Valluzi e Jardel Filho. A direção foi de Éster Leão e foi outro sucesso.
(Leia as principais matérias jornaliticas e críticas de O Casaco Encantado e Branca de Neve e veja os Croquis dos Figurinos de O Casaco Encantado).
Em Paralelo o Balé
Nós estávamos na sede do Teatro dos Estudantes, que ficava na Tijuca, ensaiando para o Hamlet, quando um senhor chamado Sansão Castelo Branco – um piauiense que fundou o Balé da Juventude, cuja sede era na praia do Flamengo – me viu ensaiando no Hamlet, e achou que eu tinha talento para dança e me convidou. Quando cheguei lá, conheci um senhor chamado Vaslav Veltchek, que foi quem fez a Márcia Haydée ficar conhecida, e que me ensinou dança.
Estreei num balé chamado Judas em Sábado de Aleluia, adaptado por Agostinho Olavo baseado em Martins Pena, em 1949. A coreografia era de Edy Vasconcelos e os figurinos desse balé foram feitos por Sansão Castelo Branco, que me ensinou muito. Comecei a aprender sobre figurinos para balés, que era tudo muito diferente.
Deu certo. As críticas que saíram, foram muito boas. Tatiana Leskova, que eu já conheci do Teatro Municipal, veio me cumprimentar e me convidou para ser bailarino e cenógrafo num espetáculo que ela montou no Teatro Fênix. Chamava-se A Casa de Copélia. Foi ela que me instruiu de como deveria ser o cenário. Tenho croquis, que foi premiado no Pará.
Formação Acadêmica
Foi por essa época que eu também fui aluno do Tomás Santa Rosa, que era o grande cenógrafo da época. Dava aulas no Serviço Nacional de Teatro, na Avenida Rio Branco e na Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Praia Vermelha.
Depois de me formar, comecei então a dar aulas e acabei sendo professor universitário federal. Em 1951, recebi o primeiro fullbright, dado a um professor universitário brasileiro. Passei um ano na Universidade de Columbia, em Nova York, e depois eles me levaram para conhecer tudo de arte, até em Hollywood. Visitei os estúdios da Metro G. M., da Paramount e da Walt Disney.
Em 1952 fui estudar em Paris. Ganhei uma bolsa de estudos para artes e teatro do governo francês e fui apadrinhado pelo ator Jean Louis Barraut. Além do dinheiro enviado por meu pai, também fazia desenhos e vendia nas ruas, Eu ia para as ruas, ficava desenhando e depois vendia por 30 ou 40 dólares, que naquele tempo, era muito dinheiro. Assim eu marionetes. Foi um sonho, que jamais vou esquecer. ajuntava dinheiro e viajava pela Europa toda. Quando fui à Itália, conheci o teatro de marionetes. Foi um sonho, que jamais vou esquecer.
Eu estava em Paris quando li no jornal, que a Margot Fontaine, ia estrear em Londres, O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky. O balé completo em quatro atos. Fiquei louco. Consegui o telefone dela e liguei. Disse que eu era figurinista e cenógrafo e que gostaria de assistir O Lago dos Cisnes completo, porque no Brasil só montavam o quarto ato. Ela ficou encantada por eu ser brasileiro. Mandou-me um convite, e quando eu entrei no Teatro já me surpreendi ao ver a Rainha da Inglaterra na estreia. Ao final do espetáculo, fui ao camarim conhecê-la. Ela me apresentou a todos, inclusive a mãe, e me convidou jantar. Foi a primeira vez que eu fui num restaurante chinês. Começamos uma amizade de troca de correspondência. Quando foi convidada para fazer uma apresentação de Les Sylphides, no Chile, ela me telefonou pedindo que eu fizesse o figurino dela. Nessa época, eu trabalhava com Maria da Rocha que era chefe de costura do Teatro Municipal, e que também me ensinou muita coisa.
De lá pra cá fiz muita coisa, muitos figurinos, balés, dei aulas, ensinei muito e continuei aprendendo.
O Sentimento Único de se Trabalhar com Arte
Eu acho que fazer arte é uma coisa muito séria e pura. É algo divino e angelical, porque as pessoas quando estão na criação devem ser iluminadas. Devem saber se renovar e não fazer o que os outros já fizeram. Mas também tem que estudar e ler muito, sempre.
O público é sempre ávido de novidades, se você faz algo que outro já fez, ele logo perde o interesse. Agora se você apresenta uma novidade e o toca no coração, no espírito, naalma, aí funciona. Seja você criança, velho, negro, holandês, russo, francês, chinês, ele participa.
E quando se trabalha para a criança, a responsabilidade é ainda maior por que ela será o amanhã, será o futuro e poderá ser, quem sabe, uma nova voz da beleza, da expressão de todas as artes. E isso eu sei, porque me lembro do meu interesse de conhecer a arte, unicamente por que tive a oportunidade quando criança.
1948 – O Casaco Encantado, de Lúcia Benedetti, direção Graça Mello, pela Cia Artistas Unidos, estreia em 16 de outubro
1948 – O Anel Mágico, direção de Itália Fausta, pela Cia. Sandro Polônio, estreia em19 de dezembro
1950 – A Menina das Nuvens, de Lúcia Benedetti, direção Ester Leão, estreia em agosto
1950 – Branca de Neve, de Lúcia Benedetti, direção Ester Leão, estreia em 16 de setembro
1950 – Branca de Neve, de Lúcia Benedetti, direção Ester Leão, reestreia em dezembro
1948 – Hamlet, direção Hoffmann Harnisch, pelo TEB, estreia em 06 de janeiro
1948 – Uma Rua Chamada Pecado, direção Ziembinski, pela Cia Artistas Unidos, estreia em 23 de junho
1949 – O Carteiro do Rei, de R. Tagore, direção Sadi Cabral, estreia em 20 de maio
1948 – O Casaco Encantado, direção Graça Mello, estreia em 16 de outubro
1949 – Sonhos de um Noite de Verão, direção Ruggero Jacobbi, estreia em 21 de julho
1950 – Grahambell é Ocupada, direção Esther Leão, estreia em 04 de setembro
1950 – Teatro Folclórico Brasileiro, danças folclóricas, direção Miécio Askanasy
1950 – Branca de Neve, direção Ester Leão, estreia em 16 de setembro
1954 – As Casadas Solteiras, direção José Maria Monteiro, estreia em 04 de junho
1954 – História Proibida, direção Luiz Iglesias, estreia em 02 de julho
1955 – Um Trágico a Força, direção Nina Ramevsky, estreia 06 de novembro
1955 – Canção Dentro do Pão, direção Sérgio Cardoso, estreia em 23 de junho
1948 – Judas em Sábado de Aleluia, pelo Ballet da Juventude, estreia 06 de dezembro
1949 – Copélia, pelo Ballet Society, direção Tatiana Leskova, estreia em 30 de agosto
Bodas de Aurora, pelo Ballet Society, direção Tatiana Leskova
Depoimento dado à Antonio Carlos Bernardes, em 23 de Janeiro de 2008.