(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA – 1ª Etapa)
(Capa)
Projeto subvencionado pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura
FANTOCHES NAS PRAÇAS
O Teatro de Bonecos volta às Praças da Cidade
Teatro de graça perto da sua casa
Grupo Sobrevento
Da Cooperativa Paulista de Teatro
(Verso da Capa)
“A Cultura é o elemento de união de um povo, que pode fornecer-lhe dignidade e o próprio sentimento de nação. É tão fundamental quanto a Saúde, o Transporte e a Educação. É, portanto, prioridade do Estado”
Primeiro Manifesto do Movimento Arte contra a Barbárie
Artistas lutam contra a Barbárie
Durante um certo tempo, vários artistas, músicos, pensadores, professores e grupos de teatro de vários lugares da cidade de São Paulo se reuniram para discutir e pensar como o poder público lidava com a cultura e as verbas destinadas a ela dando origem a um Movimento que foi chamado, pelos seus criadores, de “Arte contra a Barbárie”. Destas reuniões, resultou uma mobilização que, além de descobrir novas formas de produzir Teatro na cidade de São Paulo, conseguiu estabelecer um diálogo efetivo com o poder público e criar em conjunto um projeto chamado Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.
A primeira grande vitória deste Movimento foi o estabelecimento de uma política cultural mais transparente, justa e democrática dentro da cidade de São Paulo, que resultou na promulgação da Lei Municipal nº 13.279, de 08 de janeiro de 2002, a Lei do Fomento ao Teatro. Esta Lei estabeleceu uma verba destinada a um Programa que vem sendo realizado através da Secretaria Municipal de Cultura, com a participação de entidade de classe (Cooperativa Paulista de Teatro, APETESP, Sindicato) e dos próprios artistas, de forma direta, em reuniões abertas e públicas. Desde o ano passado, o Programa de Fomento ao Teatro vem apoiando a pesquisa e a produção teatral de vários Grupos, espalhados pela cidade. E de uma forma democrática de verdade, pois tais Grupos de Teatro, não atrelados ao mero entretenimento ou às formas de comunicação de massa e comprometidos com a ideia de uma “contrapartida social”, estão dialogando também com a população da cidade, da mesma forma que o movimento que deu início a este projeto, colocando seu projeto artístico, sua Arte, contra a barbárie da massificação e da mercantilização.
1% do orçamento Municipal para a Cultura é muito?
Artista gosta muito é de aparecer
O mundo, cada vez mais individualista, imediatista, massificante, mecanicista, utilitário e mercantil, está criando monstros. A ambição, que até ontem era nome feio, hoje virou qualidade e passou a ser buscada e bem recompensada. A esperteza, que antes lembrava inteligência, hoje é um dom que tem mais a ver com a trapaça, exploração ou covardia. A vaidade que vemos hoje não seria pouco motivo para levar alguém a um manicômio, há uns dez, vinte anos atrás… A economia, hoje, é quem governa o mundo. É como se o mundo fosse assim e pronto. É como se as coisas fossem assim porque são assim. A culpa é, então, dos Estados Unidos: do imperialismo, do capitalismo selvagem, do intervencionismo… Seria mais fácil se fosse tão simples. Seria mais fácil se o diabo existisse mesmo.
De mais ou menos uns vinte anos para cá (talvez 30), vários artistas têm-se juntado em grupos de Teatro que vê apresentando espetáculos constantemente. Estes espetáculos costumam ter carreiras longas e costumam ser mantidos em repertório, contribuindo, e às vezes até mesmo garantindo, a sobrevivência – normalmente franciscana – de seus integrantes. O que move as pessoas a se juntar, a se estruturar de forma coletiva e cooperativada, a colocarem-se debaixo de um nome que, normalmente, esconde os seus nomes artísticos, a se porem a serviço de uma ideia, em um trabalho desgastante (porque que conhece este teatro de perto sabe como este trabalho é árduo) e poucas vezes recompensado materialmente é justamente alguma coisa que contradiz o que o senso-comum associa ao trabalho artístico.
O Teatro de Grupo aponta um caminho de mudança onde a Arte se confunde cada vez mais com o entretenimento, onde os posicionamentos se rendem às conveniências, onde as motivações se medem em unidades monetárias, onde a Arte simplesmente deixa de ser Arte. O artista se confunde com o modelo, que serve para vender alguma coisa, com o ator de televisão, que serve para vender alguma coisa, com o cantor de sucesso, que serve para vender alguma coisa. Neste caminho, a fama, a beleza, a simpatia e até mesmo o talento são perseguidos a todo custo: são estes os dotes que permitem vender alguma coisa. Os meios de comunicação de massa são o caminho da nova verdade e da nova fé.
A Arte não salva – que esperança -, mas o sonho, a boa-fé, a solidariedade e o altruísmo em que está moldada ajudam a abrir buracos neste muro altíssimo que se ergueu à nossa frente e que crises cíclicas cientificamente comprovadas derrubam de vez em quando. A Arte não salva, mas guarda e nos lembra dos valores que estas tais crises não derrubam.
A Lei de Fomento ao Teatro constitui uma nova forma de pensar o uso do dinheiro público na esfera cultural e permitir o acesso de todos à Arte à Cultura.
Pensar, sentir, sonhar e se divertir são direitos de todos e elementos constituintes da cidadania.
Pão, para o estômago; Arte para a cabeça e o coração
Fantoches nas Praças
O Projeto Fantoches nas Praças busca, por meio da delicadeza, singeleza e graça do Teatro de Bonecos, relembrar alguns valores e sentimentos, que por defesa, por desconfiança, por descuido, por costume, deixamos adormecer em algum lugar de nós.
Vivendo em condições difíceis, em ambientes hostis ao convívio social, boa parte (a maior parte) da população da periferia perde um sentido de identidade coletiva, isola-se em sua casa, endurece o seu espírito.
O Teatro de Bonecos traz uma lembrança boa de alguma coisa que muitas vezes nem mesmo vivemos, mas que temos a impressão de ter vivido. O Teatro de Bonecos nos recorda que, debaixo dos espinhos e da folhagem espessa que cultivamos, ainda vinga uma planta delicada e frágil que mal conhecemos, que teima em resistir e que nos lembra que não somos aquilo que nos tornamos.
(Página 01)
100% Zona Leste
A Zona Leste é a região mais populosa da cidade de São Paulo e também a região onde existe o maior número de movimentos comunitários, sejam eles de caráter político, religioso ou artístico. O que une, porém, a Zona Leste é, mais que uma identidade, uma posição geográfica. Está ao Leste do Centro. E isto é tudo.
O que a Zona Leste tem de particular? Foi lá que nasceu o hip-hop? O hip-hop está em toda a cidade e não é menos forte no Jardim Ângela do que qualquer bairro da Zona Leste. É uma região de imigrantes? Que região de São Paulo não é? È uma região de nordestinos? Mais do que outras regiões de são Paulo? Há, entretanto, alguma coisa que assemelha a ZL a outras regiões de São Paulo, mais do que a separa delas. Há desigualdade: áreas ricas e pobreza. E há desassistência: o que, no âmbito cultural, significa poucas áreas de lazer, poucos teatros, pouca valorização e estímulo às iniciativas locais e um acesso difícil à Arte e à Cultura e à formação nestas áreas.
Há cinco anos, o Sobrevento tem seu ateliê de criação na Zona Leste, no bairro da Moóca. E acredita que todo cidadão tem direito ao Lazer e ao acesso à Cultura. E também acredita que quem recebe um apoio governamental tem o dever de oferecer uma contrapartida social. Muitas vezes, os artistas se perguntam por que o público não vai ao Teatro. Raramente, porém, o cidadão se sente no direito de perguntar por que o Teatro não vai a ele, se a passagem é cara demais e se ele está tão cansado que não se anima a cruzar a cidade depois de uma semana de trabalho. O Teatro e a Cultura costumam estar longe demais.
Tendo recebido o apoio do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, o Sobrevento propôs ir aonde não tem ido. E propôs informar as pessoas de que haveria teatro ali pertinho. A contrapartida que o Sobrevento propôs ao apoio recebido tem um caráter formativo, organizativo, divulgador e multiplicador. Sem ensinar nada, sem obrigar a nada, mas propondo, oferecendo oportunidades.
Omo não dá para abraçar o mundo, o Grupo decidiu abraçar primeiro os mais próximos. E primeiro, tomou o cuidado de descobrir se este abraço era querido. Daí a escolha da Zona Leste. Com cinco milhões de habitantes e muitas “tribos”, a região é enorme. Somado a outras iniciativas semelhantes, de outros grupos semelhantes, esperamos montar uma grande rede de divulgação das Artes como instrumento de Lazer e Cultura, multiplicando espaços de apresentação, facilitando o acesso da população ao Teatro e promovendo um contato mais profundo com ele. O Sobrevento acredita que a Arte lembra ao sujeito o seu caráter único, individual, e lembra ao indivíduo o seu direito a um lugar na coletividade. Porque Arte, cidadania e dignidade combinam muito. E toda Arte revela um quê de esperança. Porque mesmo a Arte mais destruidora quer, no fundo, construir alguma coisa.
Teatro para quem precisa de Teatro
Na periferia de São Paulo, em regiões de crescimento desordenado, não há espaços livres e comuns. Em cada brecha, surge uma nova casa, um novo barraco. Onde se ordena o crescimento, nas regiões pobres e periféricas, enfileiram-se prédios como se enfileiram pedras de dominó. Esquece-se a importância dos espaços de convívio social… Áreas comuns restringem-se a estacionamentos. Na periferia, quase não há praças, quase não há parques. Onde as praças e os parques não desaparecem, viram redutos de delinquentes e desocupados, por falta de equipamentos, de atividades, de programação, fazendo com que se chegue a ponto de considerar o Lazer, de direito de todos, um vício. Não por acaso, botequins e igrejas proliferam onde faltam outros espaços de convívio comunitário.
Nestes lugares desassistidos, muito distantes do Centro e de regiões nobres da cidade, o cidadão, cansado, sem dinheiro ou ânimo suficientes para deixar sua área no fim-de-semana, isola-se em sua casa. Busca refúgio, defesa, encerrando-se, com a família, no espaço para atividades comunitárias, para comungar atividades de Lazer com vizinhos, sua vida fora do trabalho passa a ser porta adentro e, não por acaso, seu Lazer limita-se ao que a televisão oferece. Assim, o indivíduo vai perdendo uma identidade coletiva: não se identifica com o espaço em que habita e ideias como as de “seu lugar”, “seu bairro”, “sua área” deixam de fazer sentido. O indivíduo não se reconhece como membro de uma comunidade, muitas vezes nem mesmo no âmbito do condomínio em que mora. Entender-se como membro de uma coletividade, reconhecer-se como parte de um grupo e formar uma identidade relacionada ao espaço em que habita, que partilha com vizinhos, ajuda a construir um sentido de parceria, de fraternidade e, até mesmo, de responsabilidade social. No mínimo, dá um sentimento de integração e de conforto.
É certo que atividades Culturais e de Lazer realizadas em regiões centrais da cidade não são eficazes nem mesmo como paliativos para estes problemas, dado que as comunidades pobres da periferia não só não têm possibilidade de acesso a elas, como também, na maior parte das vezes, nem mesmo têm a percepção da diferença que estas atividades podem fazer em sua qualidade de vida. Estes paliativos revelam-se ainda pior aplicados quando, em ações voltadas para grupos, confunde-se coletividade com massa. Apresentar espetáculos de fantoches em praças e parques da Zona Leste nos trouxe a clara impressão de que uma atividade voltada especificamente para uma comunidade parece atender-lhe melhor que atividades dirigidas a um público mais amplo e genérico, como no caso da realização de mega-atividades culturais em grandes espaços de regiões centrais da cidade.
O Sobrevento acredita que é preciso melhorar a qualidade de vida da vizinhança, do bairro do cidadão. É preciso que haja espaços de convivência. É preciso estimular o encontro entre vizinhos, entre famílias, entre crianças, fora do horário de trabalho ou de escola e fora dos ambientes dos botequins e das igrejas.E acredita profundamente no potencial do Teatro de Bonecos para deflagrar este processo.
O Grupo Sobrevento foi um dos grupos contemplados pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de são Paulo e toda a sua ação está direcionada para a Zona Leste da cidade.
(Página 02 – Programação e fotos dos espetáculos)
O que você vai ver aí perto
Grupo Xeque Mate
A Pensão dos Amores
Baseado na peça A Estalajadeira, de Carlos Goldoni, o espetáculo narra a história de Mirandolina, a dona de uma estalagem, por quem todos os hóspedes se apaixonam e passam, em vão, a fazer de tudo para conquistá-la… Um dia, porém, por simples vaidade, ela resolve seduzir um cavaleiro que lá se hospedou e que, por conta de antigas desilusões amorosas, rejeita o amor de qualquer mulher. No meio de muitas confusões e armações dos pretendentes enciumados, quem vai vencer a briga: a estalajadeira ou o cavaleiro?
Agnaldo Souza
Edson dos Santos
Rayane Caciolari
Grupo Baobá
Samba-Enredo
A peça conta a história do romântico Duílio, que se apaixona pela porta-bandeira Zaidinha, sedutora, namoradeira e provocadora. Descuidada, Zaidinha marca um encontro, ao mesmo tempo, com Duílio e com Catulé, o violento mestre-de-harmonia, também apaixonado por ela. Este encontro entre os três, ao fim de um desfile de carnaval, terá desfecho surpreendente. A história, apresentada com o humor e a graça próprios do teatro de fantoches, pergunta: a vaidade, a prepotência, a futilidade e a intolerância podem acabar bem?
Rogério Uchoa
Sheila Alencastro
Zhé Gomes
Grupo Mão na Luva
Amor entre Penas
Este espetáculo é o resultado do cruzamento e adaptação de duas comédias: O Califa da Rua do Sabão, de Arthur Azevedo (do século XIX), e O Avarento, de Molière (do século XVII). Conta a história do Sr. Mirola, um rico fazendeiro que quer forçar sua filha, Aninha, entretanto, ama Zé Peninha, pobre, metido a cantor, tratador das galinhas da fazenda. Cego pela ganância, o Sr. Mirola acaba sendo enganado por um plano arquitetado pela empregada Cremilda e dois comparsas. O amor pode ser vendido?
Helder Parra
Giuliana Pellegrini
J. E. Tico
Valmir Grego
Trio dos Três
O Inspetor
Inspirada na obra O Inspetor Geral, de Nicolai Gogol. Seis bonecos, nas mãos de três manipuladores, recontam a famosa história do autor russo, ambientada em uma cidade corrupta e condescendente. Nunca ninguém havia se importado com as falcatruas que tinham lugar na cidade, até o dia em que recebem a notícia da chegada inesperada de um inspetor-geral, um fiscal do governo, mandado para acabar com a bandalheira. Está lançado o desafio: esconder do inspetor todas as coisas erradas da cidade e fazê-lo ter uma boa impressão da “visita”.
Fabiana da Silva
Leonardo Vinícius
Lidiane Santos
Grupo Bandolengos
As Trapaças de um Cangaceiro
Inspirado na Literatura de Cordel, o texto conta a história de uma família de falsos artistas que, para sobreviver, topa qualquer parada. Neste caso, fingem-se de nordestinos – cordelistas, repentistas, dançarinos de frevo, percussionistas, mamulengueiros e o que mais for preciso – para contar, de uma forma divertidíssima e através da manipulação de bonecos populares, algumas trapaças do cangaceiro Lampião, inclusive no seu encontro com o Diabo. E Lampião? Vai para o inferno ou não vi?
Marcelo Amaral
Marco Senna
Paulo Franco
Sirley Lima
Grupo Pastelão
O Pastelão e a Torta
Inspirada em um texto anônimo medieval, a montagem conta a história de dois malandros – Julião e Malandrote -, utilizam artimanhas engenhosas e divertidas para ir levando a vida sem trabalhar. Julião descobre que a Vovó Pasteleira, de saída para o baile da terceira idade vai mandar, mais tarde, um mensageiro buscar o pastelão delicioso que acabara de fazer, juntando a fome com a vontade de enganar, os malandros tentarão roubar o pastelão. Será que eles vão continuar levando a vida na moleza ou vão, finalmente, aprender uma lição?
Léia Izumi
Sidney Bonfim
(Página 03)
Mas que é este tal de Sobrevento?
O grupo Sobrevento é um grupo de Teatro profissional que se dedica à pesquisa do Teatro de Animação desade 1986, sendo reconhecido nacional e internacionalmente como um dos maiores especialistas brasileiros da área. O Grupo, hoje, tem oito espetáculos em repertório, destinados a diferentes públicos e espaços, com os quais ganhou alguns dos Prêmios de Teatro mais importantes do país. Seus espetáculos já se apresentaram em mais de 150 cidades do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, Escócia, Irlanda e Angola. O Grupo Sobrevento é um núcleo da Cooperativa Paulista de Teatro.
“Há muitos anos, remexemos tudo aquilo que os bonecos têm feito por todas as épocas e em todos os cantos do mundo. Da longa tradição do Teatro de Bonecos, porém, não queremos mais do que o que fale de hoje à gente de hoje. E dos bonecos, só aquilo que é Teatro”.
Grupo Sobrevento
Submundo – 2002
Brasil pra Brasileiro Ver – 1999
O Anjo e a Princesa – 1999
Cadê meu Herói – 1998
Ubu! – 1996
O Theatro de Brinquedo – 1993
Beckett – 1992
Mozart Moments – 1991
Um Conto de Hoffmann – 19989
Sagruchiam Badrek – 1988
Ato sem Beckett – 1987
Ato sem Palavras – 1987
Para que tudo isto?
Para reafirmar o Teatro de Bonecos como um ofício e fonte de renda para jovens formados pelo Sobrevento na edição de 2003 do Programa de Fomento ao Teatro;
Para aprofundar a formação dos 23 jovens bonequeiros formados pelo Sobrevento e incorporados às ações do Grupo;
Para dinamizar espaços culturais públicos e instituições sociais da Zona Leste;
Para estreitar a ligação do Grupo com a Zona Leste da cidade;
Para recuperar praças e parques da periferia da Zona Leste como lugar de Lazer familiar, através de um entretenimento comunitário e cultural, em prol de um ambiente menos hostil ao convívio social em regiões-dormitório;
Para facilitar o acesso à Cultura a populações de algumas das áreas mais pobres e mais afastadas do Centro que não dispõem de recursos para sair de suas casas nos fins-de-semana e que, muitas vezes, não dispõem nem mesmo de locais que possam estimular ou abrigar o convívio comunitário.
(Página 04)
De onde vêm os bonequeiros? Os Fantoches estão de volta!
No Brasil, não há cursos regulares que formem novos bonequeiros. Algumas Universidades que oferecem o Curso de Artes Cênicas conseguiram incorporar aos seus currículos cadeiras de Teatro de Animação. Livros sobre o assunto são raros: em português contam-se nos dedos da mão, ou quase isto. Mas o Teatro de Bonecos brasileiro vem crescendo, vem-se desenvolvendo. Afinal de contas, de onde saem estes bonequeiros?
O Teatro de Bonecos mantém-se vivo e renova-se pelo encanto que, alguma apresentação provocou em alguém que lhe assistiu. Transmitida de mestre para aprendiz, de pai para filho, de artista para admirador, esta Arte depende de encontros, de trocas, de contatos, de um contato direto, imediato. E é por isto que, para desenvolver-se o Teatro de Bonecos precisa mesmo é ser muito apresentado, mais do que escrito, mais ainda do que registrado. E é preciso promover encontros, festivais, projetos de circulação.
De onde saíram os nossos bonequeiros? De onde vieram os bonequeiros que fazem este Projeto? E são 23! E bons! Muito bons! Pois eles vieram da circulação do Sobrevento, com 3 espetáculos diferentes, uma exposição e uma Oficina de Introdução ao Teatro de Animação, por 10 casas de Cultura da Zona Leste. Dos quase 300 alunos que, tendo visto os espetáculos, interessaram-se, inscreveram-se, foram selecionados e participaram de uma das 10 Oficinas, 30 foram escolhidos para participar de uma Oficina de Aprofundamento, intensiva, rigorosa, exigente, com quatro meses de duração. 23 resistiram. Mais: Teatro é encontro, lembra? E aí vem a prova de fogo: apresentações públicas, muitas. Pois estes 23 jovens levaram os seus espetaculosa seis praças da Zona Leste. E a escolas. E a parques. A outras cidades, até. E foram convidados a participar de um Festival de Teatro de Bonecos importante. E fizeram bonito.
Não é fácil ser artista. Não é fácil fazer teatro. Para fazer Teatro de Bonecos é preciso ensaiar muito, fazer e refazer muito, pensar, estudar muito. É preciso ceder muito. Renunciar a muita coisa. E é preciso querer bem ao próximo (Teatro faz-se para os outros). Despertados por um encontro, por um encanto, estes jovens provaram a sua dedicação e, trabalhando e desenvolvendo a sua inteligência, a sua sensibilidade, as suas habilidades, terminaram por fazerem-se artistas. Mas o teste não acaba aí: que tipo de artistas eles serão? Por quanto tempo? Para quantas pessoas? Que importância eles terão para o seu público? Que diferença eles farão para estas pessoas?
Um artista é testado continuamente pelas escolhas que faz, independentemente do pretenso talento com que nasceu. No encontro com o público está a prova de cada dia. Com um resultado fácil de verificar. Não pelo sucesso: por um medidor mais delicado que cada artista carrega dentro de si, junto com o amor à sua Arte e o desejo de que ela se multiplique e viva para sempre.
* Todo o evento foi subvencionado pela edição de janeiro de 2003 do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo
(Verso da Última Capa)
Por Que Teatro de Fantoches?
Tendo levado Fantoches a muitos bairros da periferia da Zona Leste, o Sobrevento percebeu que a criança que, em um dia, via, surpresa, o Teatro de Bonecos, no outro, levava o pai, a mãe, à praça para assistir, com eles, ao novo espetáculo. Do mesmo modo, mães, de bairros distantes do centro, levavam suas crianças e, às vezes, “crianças postiças”, para assistir ao Teatro de Bonecos que haviam descoberto. E os espetáculos contavam com a simpatia e o apoio do comércio local e dos vizinhos. E não só com o respeito, mas também com a atenção, dos frequentadores mais esquerdos dos espaços. E a praça voltava a ser aquela praça de antigamente. Isto, quando, na verdade, muitos nem vivemos este antigamente, nunca nem vimos uma praça assim: uma praça que congregue os vizinhos, que reúna as famílias em um ambiente sadio, não excludente, por conta de um evento divertido, provocador, emocionante, aberto, ao ar livre, gratuito. Melhorando definitivamente, por pouco que seja, a qualidade de vida de uma população.
O Teatro de Bonecos tem uma particular capacidade de desarmar espíritos prevenidos, corações duros, cabeças preconceituosas, com uma singeleza, uma delicadeza e, ao mesmo tempo, uma sem-cerimônia, que poucas outras coisas no mundo se permitem. E, por seu caráter artesanal, é comprovadamente capaz de provocar uma sensação de amparo, de atendimento, de direcionamento especial, por ser realizado por um grupo de Teatro que se interessou por aquela comunidade, por aquele bairro, e que tomou uma atitude direta e pessoal, fomentado, apoiado, mas não mandado pelo Governo.
O Sobrevento crê que o Lazer comunitário, de um modo geral, promove o encontro entre vizinhos, cria amigos, une a família, une famílias. Cremos também, que o Lazer ao ar livre, em particular, melhora a qualidade de vida, melhora a saúde, melhora a pele, melhora o ânimo, azulados pela luz do televisor. E cremos que a Cultura e os bonecos alimentam o espírito: os bonecos estão para o coração como o pão para o estômago, disse Peter Schumann, um outro bonequeiro.
A poesia, o humor e a delicadeza do Teatro de Bonecos, uma Arte tão ingênua e singela, parecem contrastar de maneira quase chocante com o ambiente hostil da periferia. Sua vitalidade, porém, mostra o poder congregador de uma Arte que relembra valores que pareciam perdidos, em tempos de muita vaidade, muito egoísmo, muito ruído, muita velocidade e pouco sentido crítico. Em um tempo em que valores que há pouco eram considerados doentios são considerados virtudes (ser ambicioso, ser vaidoso, por exemplo, não eram defeitos de caráter?), os bonecos nos lembram de alguma coisa que perdemos sem nos dar conta, nos ajudam a colocar as coisas nos seus devidos lugares, como ainda gostaríamos que fossem, porque o cinismo não venceu nada além de uma batalha.
Pela emoção, os bonecos podem fazer com que alguém se perceba diferente do que costuma perceber-se, podem fazer com que as pessoas descubram-se diferente daquilo que fizeram de si. É fácil, para um bonequeiro, perceber isto: ver um homem discutindo com um boneco, ver uma mãe-de-família chamando uma boneca de assanhada, ver os espectadores aplaudindo o castigo que o malandro sofre da velha a quem havia enganado, debochando do diabo que foi posto para dançar funk, rindo das indefectíveis pauladas que zombam das atitudes politicamente corretas são, para nós, a prova definitiva de que boneco é boneco, de que o Teatro está vivo como sempre e de a gente precisa mesmo dele.
(Última Capa)
Programação Completa
Praça Romão Gomes
Rua José Muniz Ribeiro, Ermelino Matarazzo
13.02 – Trio dos Três, espetáculo O Inspetor
20.02 – Grupo Baobá , espetáculo Samba-Enredo
27.02 – Grupo Bandolengos, espetáculo As Trapaças de um Cangaceiro
06.03 – Grupo Xeque Mate, espetáculo A Pensão dos Amores
13.03 – Grupo Mão na Luva, espetáculo Amor entre Penas
20.03 – Grupo Pastelão, espetáculo O Pastelão e a Torta
Praça Craveiro do Campo
Av. Kumaki com Rua Cirilo Alves da Silva, Jda Helena (São Miguel)
13.02 –Grupo Baobá, espetáculo Samba-Enredo
20.02 – Grupo Mão na Luva, espetáculo Amor entre Penas
27.02 – Grupo Xeque Mate, espetáculo A Pensão dos Amores
06.03 – Grupo Pastelão, espetáculo O Pastelão e a Torta
13.03 – Trio dos Três, espetáculo O Inspetor
20.03 – Grupo Bandolengos, espetáculo As Trapaças de um Cangaceiro
Praça Brasil
(Cohab Mascarenhas de Moraes), Rua Sold. Cândido da Luz Paiva, Sapopemba
13.02 – Grupo Xeque Mate, espetáculo A Pensão dos Amores
20.02 – Grupo Bandolengos, espetáculo As Trapaças de um Cangaceiro
27.02 – Grupo Pastelão, espetáculo O Pastelão e a Torta
06.03 – Grupo Mão na Luva, espetáculo Amor entre Penas
13.03 – Grupo Baobá , espetáculo Samba-Enredo
20.03 – Trio dos Três, espetáculo O Inspetor
Praça Germano Neves
Rua João de Souza Melo, Vila Nair (São Miguel)
13.02 – Grupo Pastelão, espetáculo O Pastelão e a Torta
20.02 – Trio dos Três, espetáculo O Inspetor
27.02 – Grupo Mão na Luva, espetáculo Amor entre Penas
06.03 – Grupo Bandolengos, espetáculo As Trapaças de um Cangaceiro
13.03 – Grupo Xeque Mate, espetáculo A Pensão dos Amores
20.03 – Grupo Baobá , espetáculo Samba-Enredo
Praça Jaguamitanga
Av. Pedro Meira com Rua Jaguar, Vila Curuça ( São Miguel)
13.02 – Grupo Mão na Luva, espetáculo Amor entre Penas
20.02 – Grupo Pastelão, espetáculo O Pastelão e a Torta
27.02 – Trio dos Três, espetáculo O Inspetor
06.03 – Grupo Baobá , espetáculo Samba-Enredo
13.03 – Grupo Bandolengos, espetáculo As Trapaças de um Cangaceiro
20.03 – Grupo Xeque Mate, espetáculo A Pensão dos Amores
Praça Venâncio Ramos
Rua Thiago Ferreira com Rua Romão Néri, Vila Pedroso (São Miguel)
13.02 – Grupo Bandolengos, espetáculo As Trapaças de um Cangaceiro
20.02 – Grupo Xeque Mate, espetáculo A Pensão dos Amores
27.02 – Trio dos Três, espetáculo O Inspetor
06.03 – Grupo Baobá , espetáculo Samba-Enredo
13.03 – Grupo Pastelão, espetáculo O Pastelão e a Torta
20.03 – Grupo Mão na Luva, espetáculo Amor entre Penas
Fantoches nas Praças é um Projeto idealizado pelo Sobrevento com o subsidio do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de são Paulo (Lei 13279/02), em sua edição de julho de 2004
O Sobrevento é um núcleo da Cooperativa Paulista de Teatro
Coordenação Editorial: Luiz André Cherubini, Sandra Vargas, Maurício Santana e Helder Parra (do Grupo Sobrevento)
Colaboração: Ricardo Fernandes
Direção de Produção: Grupo Sobrevento
Produção Executiva: Lucia Erceg
Design: Ato Gráfico (Hannah e Marcos Corrêa)
Fotos: Simone Rodrigues, Rodrigo Lopes, José Roberto Lobato, Luiz André Cherubini, Lia Franco, Grupo Sobrevento
(Logo) Grupo Sobrevento Brasil
Núcleo Artístico: Sandra Vargas, Luiz André Cherubini, Miguel Vellinho, Anderson Gangla, Maurício Santana
Fantoches nas Praças
Esta é a primeira rodada do Projeto Fantoches nas Praças, em 2005. Ainda esteano, haverá duas novas rodadas, cada uma contemplando seis novas praças da Zona Leste.
Coordenação: Grupo Sobrevento
Equipe Artística: Agnaldo Souza, Edson dos Santos, Rayane Caciolari, Fabiana da Silva, Leonardo Vinícius, Lidiane Santos, Rogério Uchôa, Sheila Alencastro, Zhé Gomes, Marcelo Amaral, Marco Senna, Paulo Franco, Sirley Lima, Helder Parra, Giuliana Pellegrini, J. E. Tico, Valmir Grego, Léia Izumi, Sidney Bonfim. Alexandre Amaral, Fabiana Caramashi, Elis Garcia e Lia de Mello
Produção Executiva: Lucia Erceg
Secretaria: Helder Parra
Monitoria: Anderson Gangla, Mauricio Santana, Lucia Erceg, Fabiana Caramaschi, Wellington Fontalva, Anita Erceg, Alessandra Cino e Claudia Erceg
Agradecimentos
Sociedade Amigos no Jardim Lapena, Associação de Moradores da União Comunitária de Mulheres do Jardim Nair, Dirce Vieira, Iolanda Lopes, Jairo, José Nário (Narinho), Luiz Casé (ONG CAIS), Maria Socorro Santos do Nascimento, Marlene Salgado, Padre Ticão, Ricardo Fernandes, Sandra Teixeira, Unidade Básica de Saúde Adão Manoel, Zulu.
Realização
(Logos) Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo (Lei 13279/02), Secretaria de Cultura, Cidade de São Paulo
Apoio
Subprefeitura de São Miguel Paulista
Subprefeitura do Itaim Paulista
Subprefeitura de Sapopemba/Vila Prudente
Subprefeitura de Ermelindo Matarazzo
(INFORMAÇÕES DO JORNAL/PROGRAMA – 2ª Etapa)
(Capa)
Projeto subvencionado pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paul, Secretaria Municipal de Cultura
FANTOCHES NAS PRAÇAS
O Teatro de Bonecos volta às Praças da Cidade
Teatro de graça perto da sua casa
Grupo Sobrevento
da Cooperativa Paulista de Teatro
(Verso da Capa e Páginas 01, 03, 04, Verso da Última Capa são iguais ao programa da 1ª edição)
(Página 02)
O que você vai ver aí perto
Grupo Xeque Mate
A Pensão dos Amores
Baseado na peça A Estalajadeira, de Carlos Goldoni, o espetáculo narra a história de Mirandolina, a dona de uma estalagem, por quem todos os hóspedes se apaixonam e passam, em vão, a fazer de tudo para conquistá-la… Um dia, porém, por simples vaidade, ela resolve seduzir um cavaleiro que lá se hospedou e que, por conta de antigas desilusões amorosas, rejeita o amor de qualquer mulher. No meio de muitas confusões e armações dos pretendentes enciumados, quem vai vencer a briga: a estalajadeira ou o cavaleiro?
Agnaldo Souza
Edson dos Santos
Rayane Caciolari
Elis Garcia
Grupo Baobá
Samba-Enredo
A peça conta a história do romântico Duílio, que se apaixona pela porta-bandeira Zaidinha, sedutora, namoradeira e provocadora. Descuidada, Zaidinha marca um encontro, ao mesmo tempo, com Duílio e com Catulé, o violento mestre-de-harmonia, também apaixonado por ela. Este encontro entre os três, ao fim de um desfile de carnaval, terá desfecho surpreendente. A história, apresentada com o humor e a graça próprios do teatro de fantoches, pergunta: a vaidade, a prepotência, a futilidade e a intolerância podem acabar bem?
Rogério Uchoa
Sheila Alencastro
Zhé Gomes
Renata Reis
Ademilson Garcia
Grupo Mão na Luva
Amor entre Penas
Este espetáculo é o resultado do cruzamento e adaptação de duas comédias: O Califa da Rua do Sabão, de Arthur Azevedo (do século XIX), e O Avarento, de Molière (do século XVII). Conta a história do Sr. Mirola, um rico fazendeiro que quer forçar sua filha, Aninha, entretanto, ama Zé Peninha, pobre, metido a cantor, tratador das galinhas da fazenda. Cego pela ganância, o Sr. Mirola acaba sendo enganado por um plano arquitetado pela empregada Cremilda e dois comparsas. O amor pode ser vendido?
Helder Parra
Giuliana Pellegrini
J. E. Tico
Valmir Grego
Trio dos Três
O Inspetor
Inspirada na obra O Inspetor Geral, de Nicolai Gogol. Seis bonecos, nas mãos de três manipuladores, recontam a famosa história do autor russo, ambientada em uma cidade corrupta e condescendente. Nunca ninguém havia se importado com as falcatruas que que tinham lugar na cidade, até o dia em que recebem a notícia da chegada inesperada de um inspetor-geral, um fiscal do governo, mandado para acabar com a bandalheira. Está lançado o desafio: esconder do inspetor todas as coisas erradas da cidade e fazê-lo ter uma boa impressão da “visita”.
Fabiana da Silva
Leonardo Vinícius
Lidiane Santos
Lia Mello
Grupo Bandolengos
As Trapaças de um Cangaceiro
Inspirado na Literatura de Cordel, o texto conta a história de uma família de falsos artistas que, para sobreviver, topa qualquer parada. Neste caso, fingem-se de nordestinos – cordelistas, repentistas, dançarinos de frevo, percussionistas, mamulengueiros e o que mais for preciso – para contar, de uma forma divertidíssima e através da manipulação de bonecos populares, algumas trapaças do cangaceiro Lampião, inclusive no seu encontro com o Diabo. E Lampião? Vai para o inferno ou não vi?
Marcelo Amaral
Marco Senna
Paulo Franco
Sirley Lima
Grupo Pastelão
O Pastelão e a Torta
Inspirada em um texto anônimo medieval, a montagem conta a história de dois malandros – Julião e Malandrote -, utilizam artimanhas engenhosas e divertidas para ir levando a vida sem trabalhar. Julião descobre que a Vovó Pasteleira, de saída para o baile da terceira idade vai mandar, mais tarde, um mensageiro buscar o pastelão delicioso que acabara de fazer, juntando a fome com a vontade de enganar, os malandros tentarão roubar o pastelão. Será que eles vão continuar levando a vida na moleza ou vão, finalmente, aprender uma lição?
Léia Izumi
Sidney Bonfim
Alexandre Amaral
(Última Página)
Programação Completa
Praça Ministro Bastos (Praça do Chapéu)
Rua Nogueira Viotti (Altura do nº 51), Itaim Paulista
03.07 – Grupo Mão na Luva, espetáculo Amor entre Penas
10.07 – Grupo Baobá , espetáculo Samba-Enredo
17.07 – Grupo Pastelão, espetáculo O Pastelão e a Torta
24.07 – Grupo Bandolengos, espetáculo As Trapaças de um Cangaceiro
31.07 – Grupo Xeque Mate, espetáculo A Pensão dos Amores
07.08– Trio dos Três, espetáculo O Inspetor
Rua Serra de Luiz Gomes, 1992 (Rua de Lazer)
Rua Domingos Fernandes Nobre (Altura do nº 850), Itaim Paulista
03.07 – Grupo Baobá , espetáculo Samba-Enredo
10.07 – Grupo Xeque Mate, espetáculo A Pensão dos Amores
17.07 – Grupo Bandolengos, espetáculo As Trapaças de um Cangaceiro
24.07 – Trio dos Três, espetáculo O Inspetor
31.07 – Grupo Mão na Luva, espetáculo Amor entre Penas
07.08 – Grupo Pastelão, espetáculo O Pastelão e a Torta
Praça Inácio de Tolosa
Av. Maria Luísa Americano (Altura do nº 1000), Cidade Líder
03.07 – Trio dos Três, espetáculo O Inspetor
10.07 – Grupo Mão na Luva, espetáculo Amor entre Penas
17.07 – Grupo Xeque Mate, espetáculo A Pensão dos Amores
24.07 – Grupo Baobá , espetáculo Samba-Enredo
31.07 – Grupo Pastelão, espetáculo O Pastelão e a Torta
07.08 – Grupo Bandolengos, espetáculo As Trapaças de um Cangaceiro
Praça Padre Agenor Cardim
Av. João XXIII (Altura nº 927), Vila Formosa
03.07 – Grupo Bandolengos, espetáculo As Trapaças de um Cangaceiro
10.07 – Grupo Pastelão, espetáculo O Pastelão e a Torta
17.07 – Trio dos Três, espetáculo O Inspetor
24.07 – Grupo Xeque Mate, espetáculo A Pensão dos Amores
31.07 – Grupo Baobá , espetáculo Samba-Enredo
07.08 – Grupo Mão na Luva, espetáculo Amor entre Penas
Praça Francisco Tavares Veloso
Rua Torres Florêncio e Rielli, Sapopemba
03.07 – Grupo Xeque Mate, espetáculo A Pensão dos Amores
10.07 – Trio dos Três, espetáculo O Inspetor
17.07 – Grupo Baobá , espetáculo Samba-Enredo
24.07 – Grupo Mão na Luva, espetáculo Amor entre Penas
31.07 – Grupo Pastelão, espetáculo O Pastelão e a Torta
07.08 – Grupo Bandolengos, espetáculo As Trapaças de um Cangaceiro
Praça Miguel Ramos de Moura
Av. Luís Pires de Minas (Altura do nº 800), São Mateus
03.07 – Grupo Pastelão, espetáculo O Pastelão e a Torta
10.07 – Grupo Bandolengos, espetáculo As Trapaças de um Cangaceiro
17.07 – Grupo Mão na Luva, espetáculo Amor entre Penas
24.07 – Grupo Baobá , espetáculo Samba-Enredo
31.07 – Trio dos Três, espetáculo O Inspetor
07.08 – Grupo Xeque Mate, espetáculo A Pensão dos Amores
Fantoches nas Praças é um Projeto idealizado pelo Sobrevento com o subsidio do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de são Paulo (Lei 13279/02), em sua edição de julho de 2004
O Sobrevento é um núcleo da Cooperativa Paulista de Teatro
Coordenação Editorial: Luiz André Cherubini, Sandra Vargas, Maurício Santana e Helder Parra (do Grupo Sobrevento)
Colaboração: Ricardo Fernandes
Direção de Produção: Grupo Sobrevento
Produção Executiva: Lucia Erceg
Design: Ato Gráfico (Hannah e Marcos Corrêa)
Fotos: Simone Rodrigues, Rodrigo Lopes, José Roberto Lobato, Luiz André Cherubini, Lia Franco, Grupo Sobrevento
(Logo) Grupo Sobrevento Brasil
Núcleo Artístico: Sandra Vargas, Luiz André Cherubini, Miguel Vellinho, Anderson Gangla, Maurício Santana
www.sobrevento.com.br
info@sobrevento.com.br
Tel. (11) 3399.3589
Fantoches nas Praças
Esta é a segunda rodada do Projeto Fantoches nas Praças, em 2005. Ainda este ano, haverá uma nova rodada, contemplando seis novas praças da Zona Leste.
Coordenação: Grupo Sobrevento
Equipe Artística: Agnaldo Souza, Alexandre Amaral, Edson dos Santos, Elis Garcia, Fabiana da Silva, Giuliana Pellegrini, Helder Parra, J. E. Tico, Léia Izumi, Leonardo Vinícius, Lia de Mello, Lidiane Santos, Marcelo Amaral, Marco Senna, Paulo Franco, Rayane Caciolari, Renata Reis, Rogério Uchôa, Sidney Bonfim, Sheila Alencastro, Sirley Lima, Valmir Grego e Zhé Gomes
Produção Executiva: Lucia Erceg
Secretaria: Helder Parra
Monitoria: Anderson Gangla, André Falcão, Anita Erceg, Lucia Erceg, Maria Angélica Xavier e Maurício Santana
Agradecimentos
Andréa Aparecida, Agentes de Saúde do Parque Santa Madalena, AHHSIP, Assessoria de Marketing das Subprefeituras, Associação dos Amigos do Itaim Paulista, Associação Crianças Raízes, Associação dos Moradores de Vila Itaim, Bloco Unidos de Santa Bárbara, Casa de Cultura do Itaim Paulista, Sr. Celestino, CEU Aricanduva, Doceria e Pizzaria Lady Ane, FAP FM, Lúcio, Maria da Silva, Mongol, Neide da Creche, Posto Policial Comunitário Parque do Carmo e Sanathana Darma
Realização
(Logos) Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo (Lei 13279/02), Prefeitura da Cidade de São Paulo, Secretaria de Cultura
Apoio
Subprefeitura de Aricanduva / Vila Formosa, Vila Caarrão
Subprefeitura de Itaquera
Subprefeitura do Itaim Paulista
Subprefeitura de São Miguel Paulista
Subprefeitura de Sapopemba / Vila Prudente
Subprefeitura de São Mateus
(INFORMAÇÕES DO JORNAL/PROGRAMA – 2ª Etapa)
(Capa)
Projeto subvencionado pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura
FANTOCHES NAS PRAÇAS
O Teatro de Bonecos volta às Praças da Cidade
Teatro de graça perto da sua casa
Grupo Sobrevento
Da Cooperativa Paulista de Teatro
(Verso da Capa e Páginas 01, 02, 03, 04, Verso da Última Capa são iguais ao programa da 2ª edição)
(Última Capa)
Programação Completa
Praça do Carrãozinho
Av. Bassano Del Grappa c/ Rua Sr. Euriclédes Zerbini c/ Av. Mariana de Sousa Guerra, Jd. da Conquista, São Mateus
16.10 – Grupo Mão na Luva, espetáculo Amor entre Penas
23.10 – Grupo Baobá , espetáculo Samba-Enredo
30.10 – Grupo Pastelão, espetáculo O Pastelão e a Torta
06.11 – Grupo Bandolengos, espetáculo As Trapaças de um Cangaceiro
13.11 – Grupo Xeque Mate, espetáculo A Pensão dos Amores
20.11 – Trio dos Três, espetáculo O Inspetor
Praça Edgar Carioca de Araujo (Praça do Balneário)
16.10 – Grupo Baobá , espetáculo Samba-Enredo
23.10 – Grupo Xeque Mate, espetáculo A Pensão dos Amores
30.10 – Grupo Bandolengos, espetáculo As Trapaças de um Cangaceiro
06.11 – Trio dos Três, espetáculo O Inspetor
13.11– Grupo Mão na Luva, espetáculo Amor entre Penas
20.11 – Grupo Pastelão, espetáculo O Pastelão e a Torta
Praça São Carlos
Rua Sem. Maynarde Gomes c/ Rua Simão Mousinho, Jd. Tietê – São Mateus
16.10 – Grupo Bandolengos, espetáculo As Trapaças de um Cangaceiro
23.10 – Grupo Pastelão, espetáculo O Pastelão e a Torta
30.10 – Trio dos Três, espetáculo O Inspetor
06.11 – Grupo Xeque Mate, espetáculo A Pensão dos Amores
13.11 – Grupo Baobá , espetáculo Samba-Enredo
20.11 – Grupo Mão na Luva, espetáculo Amor entre Penas
Praça do Ingaí
Rua Barros Penteado c/ Av. Gonçalves de Mendonça, Jd. da Conquista, São Mateus
16.10 – Trio dos Três, espetáculo O Inspetor
23.10 – Grupo Mão na Luva, espetáculo Amor entre Penas
30.10 – Grupo Xeque Mate, espetáculo A Pensão dos Amores
06.11 – Grupo Pastelão, espetáculo O Pastelão e a Torta
13.11 – Grupo Bandolengos, espetáculo As Trapaças de um Cangaceiro
20.11 – Grupo Baobá , espetáculo Samba-Enredo
Praça da Fazenda da Juta (Rua da Árvore),
Rua Francesco Lúcio c/ R. Carlos Coccia c/ R. Fazenda da Juta, Sapopemba
16.10 – Grupo Xeque Mate, espetáculo A Pensão dos Amores
23.10 – Trio dos Três, espetáculo O Inspetor
30.10 – Grupo Baobá , espetáculo Samba-Enredo
06.11 – Grupo Mão na Luva, espetáculo Amor entre Penas
13.11 – Grupo Pastelão, espetáculo O Pastelão e a Torta
20.11 – Grupo Bandolengos, espetáculo As Trapaças de um Cangaceiro
Praça Serafine Correia (Praça do Jardim Ester)
Av. Mendonça e Vasconcelos (Altura do nº 32), Jd. Ester, São Mateus
16.10 – Grupo Pastelão, espetáculo O Pastelão e a Torta
23.10 – Grupo Bandolengos, espetáculo As Trapaças de um Cangaceiro
30.10 – Grupo Mão na Luva, espetáculo Amor entre Penas
06.11 – Grupo Baobá , espetáculo Samba-Enredo
13.11 – Trio dos Três, espetáculo O Inspetor
20.11 – Grupo Xeque Mate, espetáculo A Pensão dos Amores
Fantoches nas Praças é um Projeto idealizado pelo Sobrevento com o subsidio do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de são Paulo (Lei 13279/02), em sua edição de julho de 2004
O Sobrevento é um núcleo da Cooperativa Paulista de Teatro
Coordenação Editorial: Luiz André Cherubini, Sandra Vargas, Maurício Santana e Helder Parra (do Grupo Sobrevento)
Colaboração: Ricardo Fernandes
Direção de Produção: Grupo Sobrevento
Produção Executiva: Lucia Erceg
Design: Ato Gráfico (Hannah e Marcos Corrêa)
Fotos: Simone Rodrigues, Rodrigo Lopes, José Roberto Lobato, Luiz André Cherubini, Lia Franco, Grupo Sobrevento
(Logo) Grupo Sobrevento Brasil
Núcleo Artístico: Sandra Vargas, Luiz André Cherubini, Miguel Vellinho, Anderson Gangla, Maurício Santana
www.sobrevento.com.br
info@sobrevento.com.br
Tel. (11) 3399.3589
Fantoches nas Praças
Esta é a segunda rodada do Projeto Fantoches nas Praças, em 2005. Ainda este ano, haverá uma nova rodada, contemplando seis novas praças da Zona Leste.
Coordenação: Grupo Sobrevento
Equipe Artística: Agnaldo Souza, Alexandre Amaral, Edson dos Santos, Elis Garcia, Fabiana da Silva, Giuliana Pellegrini, Helder Parra, J. E. Tico, Léia Izumi, Leonardo Vinícius, Lia de Mello, Lidiane Santos, Marcelo Amaral, Marco Senna, Paulo Franco, Rayane Caciolari, Renata Reis, Rogério Uchôa, Sidney Bonfim, Sheila Alencastro, Sirley Lima, Valmir Grego e Zhé Gomes
Produção Executiva: Lucia Erceg
Secretaria: Helder Parra
Monitoria: Anderson Gangla, André Falcão, Anita Erceg, Lucia Erceg, Maria Angélica Xavier e Maurício Santana
Agradecimentos
Andréa Aparecida, Agentes de Saúde do Parque Santa Madalena, AHHSIP, Assessoria de Marketing das Subprefeituras, Associação dos Amigos do Itaim Paulista, Associação Crianças Raízes, Associação dos Moradores de Vila Itaim, Bloco Unidos de Santa Bárbara, Casa de Cultura do Itaim Paulista, Sr. Celestino, CEU Aricanduva, Doceria e Pizzaria Lady Ane, FAP FM, Lúcio, Maria da Silva, Mongol, Neide da Creche, Posto Policial Comunitário Parque do Carmo e Sanathana Darma
Realização
(Logos) Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo (Lei 13279/02), Prefeitura da Cidade de São Paulo, Secretaria de Cultura
Apoio
Subprefeitura de São Mateus
Subprefeitura de Sapopemba / Vila Prudente