Crítica publicada em O Globo – Rio Show
Por Luciana Sandroni – Rio de Janeiro – 12.06.1992
Um Tipinho sempre de bem com a vida
Boas interpretações são o ponto alto de Pollyana, a menina eternamente alegre
Conhecida personagem da escritora americana Heleonor M. Porter, Pollyana, menina que só vê o lado bom das coisas, teve sua história adaptada para o teatro por Andréa Paola Prado. A peça é fiel ao livro. Andréa consegue passar toda a filosofia de vida da alegre menina, mas não ousa: o texto poderia ser mais coloquial, abrasileirando os “Miss” e “Mrs” e também os nomes. A peça ficaria menos distante do público.
A direção, também de Andréa Paola, não traz novidades nem aproveita com criatividade o espaço. A cenografia de Doris Rollemberg Cruz é prática, mas quem dá o colorido da peça é o figurino de Anete Cota, caracterizando a época e embelezando o espetáculo. A sonoplastia é correta, mas barulhenta e a iluminação eficiente.
Fernanda Rodrigues (Pollyana) esbanja graça e competência. Anderson Martins também realiza um bom trabalho, enquanto Ana Beatriz Wiltegen faz uma simpática Nancy. Lúcia Abreu exagera na voz para mostrar austeridade e sotaque americano, mas sua mudança em relação a menina é bem dosada. Hélio Penteado e Samir Murad também têm boas atuações.