A comédia musical Guerrinha de Troia: mitologia grega

Crítica publicada em O Globo – Rio Show
Por Luciana Sandroni – Rio de Janeiro – 14.08.1992

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Uma comédia para gregos e troianos

A Guerrinha de Troia faz uma paródia inteligente e bem-humorada da ‘Ilídia’

Depois de roer as unhas torcendo nas Olimpíadas, as crianças cariocas podem conhecer o Olimpo e seus deuses: Zeus, Hera, Venus e outros. É A Guerrinha de Tróia, comédia musical escrita a seis mãos por Neuza Caribé, Cássia Fourreaux e Alain Pierre. A peça é uma adaptação bem-humorada da Ilídia, de Homero.

A história é exatamente aquela: Zeus dá uma festa no Olimpo e não convida a Deusa da Discórdia. Esta se vinga mandando o Pomo da Discórdia, que provoca uma briga entre Venus, Hera e Palas Atena, pois as três se julgam as mais lindas do Olimpo.

Os autores se preocuparam com fazer uma paródia de humor fino e inteligente, sem esbarrar no deboche ou no grotesco. A direção geral é do estreante Ernesto Piccolo, que dá um ritmo ágil à peça. A coreógrafa Daniela Visco faz um trabalho criativo. O figurino de Patrícia Nunes é rico e esmerado. O cenário de Regina Medrado é prático. E as músicas de Alain Pierre têm ótimo ritmo e letras engraçadas.

Em um elenco afinado, Janser Barreto se destaca com seu Páris metido a galã. A Guerrinha de Troia é uma comédia divertidíssima, para gregos e troianos, crianças e adultos.