Filipeta, 2013

Programa/Jornal, 2013

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(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

Grupo Sobrevento
da Cooperativa Paulista de Teatro
apresenta

de 29 de setembro a 08 de dezembro

A PRAÇA DOS BONECOS 2013

O Teatro de Bonecos volta às Praças da Cidade

Grátis

Projeto Subvencionado pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo – Prefeitura da Cidade de São Paulo

(Verso da Capa)

Difundir o Teatro de Bonecos; congregar artistas; criar momentos e espaços de Lazer e comunhão; promover a reunião e o congraçamento de famílias e vizinhos; divertir; enternecer; descentralizar a Arte e a Cultura na cidade e garantir o acesso da população a elas são os objetivos principais do Projeto A Praça dos Bonecos.

Pensar, sentir, sonhar e se divertir são direitos de todos e elementos constituintes da cidadania.

Pão, para o estômago; Arte, para a cabeça e o coração.

Teatro e Cultura: Um Direito de Todo Cidadão

Na cidade de São Paulo, há muito tempo, vários artistas têm-se juntado em grupos de Teatro que vêm apresentando espetáculos constantemente. Estes espetáculos são o resultado de um trabalho conjunto de artistas que entendem o Teatro não como um caminho para um sucesso individual, mas sim como um espaço em que se podem colocar a serviço de uma proposta artística resultante da busca de um coletivo. Para desenvolver um projeto artístico é necessário que estes artistas estejam dispostos a dedicar muito tempo ao estudo e à pesquisa. Isto resulta em uma linguagem particular a cada grupo e o espectador pode reconhecer, facilmente, as peculiaridades de cada proposta, quando assiste aos seus espetáculos.

Nesta sexta edição do Projeto A Praça dos Bonecos, algumas das melhores companhias de Teatro de Animação do interior do Estado reúnem-se para cumprir o papel que acreditam ser uma responsabilidade social das grandes companhias de Teatro do país, o de promover a descentralização da Arte em uma megacidade cuja periferia conta com uma baixíssima oferta de Cultura e uma imensa dificuldade de acesso ao Centro, onde se concentram as atividade de Lazer e Arte. Muitas vezes, os artistas se perguntam por que o público não vai ao Teatro. Raramente, porém, o cidadão se sente no direito de perguntar por que o Teatro não vai a ele, se a passagem é cara demais e se ele está tão cansado que não se anima a cruzar a cidade depois de uma semana de trabalho.

O Teatro e a Cultura costumam estar longe demais.

A Praça dos Bonecos propõe-se ir aonde o Teatro não tem ido. E propõe-se informar às pessoas que há Teatro ali pertinho. O festival tem um caráter formativo, divulgador e multiplicador. Sem ensinar nada, sem obrigar a nada, mas oferecendo a oportunidade de desfrutar do melhor do Teatro de Bonecos de São Paulo pela primeira vez nesta edição, de companhias vindas do interior do estado. Quer, assim, mostrar ao cidadão, pela possibilidade, a necessidade do Lazer Cultural, promovendo uma melhoria na qualidade de vida por meio da experiência e do contato mais profundo com o Teatro. Acreditamos que a Arte lembra ao sujeito o seu caráter único, individual, e lembra ao indivíduo o seu direito a um lugar na coletividade. Porque Arte, cidadania e dignidade combinam muito.

A Praça dos Bonecos

O projeto A Praça dos Bonecos busca, por meio da delicadeza, singeleza e graça do Teatro de Bonecos, relembrar alguns valores e sentimentos que, por defesa, por desconfiança, por descuido, por costume, deixamos adormecer em algum lugar de nós.

Vivendo em condições difíceis, em ambientes hostis ao convívio social, boa parte, a maior parte, da população da periferia perde um sentido de identidade coletiva, isola-se em sua casa, endurece o seu espírito.

O Teatro de Bonecos traz uma lembrança boa de alguma coisa que muitas vezes nem mesmo vivemos, mas que temos a impressão de ter vivido. O Teatro de Bonecos nos recorda que, debaixo dos espinhos e da folhagem espessa que cultivamos, ainda vinga uma planta delicada e frágil que mal conhecemos, que teima em resistir e que nos lembra que não somos aquilo que nos tornamos.

(Página 01)

Mas que Negócio é este de A Praça dos Bonecos?

Desde 2003, o Sobrevento realiza eventos na Zona Leste da cidade, região onde mantém a sua sede, o Espaço Sobrevento, única sala da cidade dedicada ao Teatro de Animação. Com a subvenção do Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, o Grupo realizou o Projeto Bonecos Aqui!, de difusão e formação na área do Teatro de Bonecos e Fantoches nas Praças , que, em sua quinta edição já havia atingido 180 apresentações gratuitas em parques e praças públicas da cidade.

A Praça dos Bonecos é uma expansão da ação Fantoches nas Praças, mantendo os seus objetivos, mas dando-lhe outro formato. Em uma única praça da Zona Leste, com pouco acesso a atividades Culturais e de Lazer, o Grupo Sobrevento realiza 12 apresentações públicas gratuitas de 12 espetáculos diferentes. A programação consiste na apresentação de espetáculos de alguns dos Grupos mais importantes de São Paulo e algum convidado especial.

Desta forma, o Sobrevento pretende difundir a diversidade e a riqueza do Teatro de Animação com apresentações de espetáculos que explorem diferentes técnicas de animação, com diferentes formatos, e oferecendo, sempre, uma boa infraestrutura técnica e comodidade para o público. Ao mesmo tempo, esta é uma oportunidade valiosa de congregar artistas e grupos de Teatro de Animação, sobretudo da cidade de São Paulo, irmanando-os e levando-os aos lugares mais carentes de atividades de cultura e lazer.

Nos últimos anos, o Grupo realizou mais de 300 apresentações em parques e praças da Zona Leste: 180 apresentações nos Fantoches nas Praças, 30 apresentações no Projeto Bonecos Aqui!, 61 na Praça dos Bonecos, sem contar os festivais que organizou, as muitas temporadas e apresentações de seus espetáculos e de dezenas de companhias, nacionais e estrangeiras, no espaço Sobrevento, em escolas, CEUS, bibliotecas, casas de cultura, teatros, entre outros espaços públicos.

Mas quem é este tal de Sobrevento?

Fundado em novembro de 1986, o Sobrevento é um Grupo de teatro profissional que busca apresentar, experimentar, desenvolver, inovar, aperfeiçoar, difundir, multiplicar, valorizar, fortalecer, ensinar, aprender e estudar o Teatro de Animação. É reconhecido nacional e internacionalmente, como um dos maiores especialistas brasileiros da área. O Grupo tem, hoje, quatorze espetáculos em repertório, para diferentes públicos e espaços, com os quais ganhou alguns dos prêmios mais importantes do país. É uma das companhias brasileiras que mais representa o país no exterior, tendo-se apresentado em países tão próximos como a Argentina e tão distantes como o Irã, a Estônia e Angola. Também tem ido a todos os cantos da cidade, do estado e do país, apresentando-se em 25 dos 27 estados brasileiros. Ao longo de sua carreira, fez cerca de 2500 apresentações, ou seja, uma média de cerca de 100 apresentações por ano, por 27 anos. Muito ativo, o Sobrevento tem realizado inúmeros festivais, trazendo ao país muitos dos mais importantes artistas especializados do mundo todo. Sua pesquisa e seu trabalho, concentram-se, hoje, no Teatro de Animação moderno, no Teatro de Objetos, no Teatro para Bebês, no Teatro para a Infância e a Juventude, no Teatro em regiões de pouco acesso à Cultura e, para isto, promove intercâmbios, encontros e festivais.

Há muitos anos remexemos tudo aquilo que os bonecos têm feito por todas as épocas e em todos os cantos do mundo. Da longa tradição do Teatro de Bonecos, porém, não queremos mais do que o que fale de hoje à gente de hoje. E, dos Bonecos, só aquilo que é Teatro.

Grupo Sobrevento

2013 – São Manuel Bueno, Mártir
2011 – A Cortina da Babá
2010 – Meu Jardim
2010 – Bailarina
2008 – Orlando Furioso
2007 – O Copo de Leite
2006 – O Cabaré dos Quase-Vivos
2005 – Bonecos Aqui!
2002 – Submundo
1999 – Brasil pra Brasileiro Ver
1999 – O Anjo e a Princesa
1998 – Cadê o Meu Herói?
1996 – Ubu!
1993 – O Theatro de Brinquedo
1992 – Beckett
1991 – Mozart Moments
1989 – Um Conto de Hoffmann
1988 – Sagruchiam Badrek
1987 – Ato sem Beckett
1987 – Ato sem Palavras

(Página 02 e 03)

O que Você Vai Ver aí Perto – A Praça dos Bonecos

O Melhor do Teatro de Bonecos pertinho de você!

Você não vai precisar cruzar a cidade para assistir a espetáculos diferentes, premiados, que mostram um Teatro de Bonecos para todas as idades e como você nunca viu!

A Praça dos Bonecos

A Praça dos Bonecos reúne, este ano, doze dos espetáculos mais representativos, apresentados e elogiados pelo público e pela crítica especializada, de nada menos que onze das mais importantes e renomadas companhias de Teatro de Animação do Estado de São Paulo.  Conheça os espetáculos e companhias, um por um:

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Cia. Mevitevendo

Diário Malassombrado

Numa noite de lua cheia, dois curiosos encontram numa mala… E dentro dela um diário. Mas este não é um diário qualquer: nele estão escritas memórias de assombrações. Ao lerem suas histórias, eles libertam a Mulher-Caveira, a Velha do Saco, o Homenzinho Terrível, a Grande Malvada e outros personagens de arrepiar!. Entre sustos e risadas, estes estranhos visitantes moistrarão que podem não ser tão feios assim… Nem tão malvados. Fundada em 1998, a Cia. Mevitevendo, especializada em máscaras e bonecos, tem circulado por todo o país, do Acre ao Rio Grande do Sul, e também pela Europa

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Marcia Fernandes e Cleber Laguna

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Valdeck de Garanhuns (Guararema)

Simão e o Boi Pintadinho

O Coronel Vicente Pompeu vai realizar uma grande comemoração em sua propriedade para celebrar o noivado da filha Rosinha. Simão, seu ajudante, fica encarregado de organizar todos os preparativos. O Coronel diz a Simão que a festa tem que ser uma grande folia brasileira. O Gringo e o Político, que se dizem amigos do Coronel, querem, porém, modificar tudo, inserindo coisas mais modernas e, para garantir que tudo vá sair do jeito que querem, soltam a Cobra-Grande para devorar o Boi Pintadinho, a principal figura da brincadeira organizada por Simão. Valdeck de Garanhuns é um dos principais bonequeiros populares do Brasil e um destacado representante do Mamulengo, o Teatro de Bonecos tradicional de sua terra natal, Pernambuco.

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Valdeck de Garanhuns e Regina Drozina.

Músicos
Adriano dos Santos Silva Oriquerê, Lindomar Caçula e Leandro Barbosa

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Cia. Circus de Bonecos (Salto)

Circus: A Nova Tournée

Circus, A Nova Tournée é um espetáculo que recria o mundo maravilhoso do circo em quadros curtos e engraçados. Na montagem, a palavra falada é substituída pelo gesto do clown e pela trilha musical circense. O Trabalho de manipulação seguro e preciso de Cláudio Saltini e Teka Queiroz faz com que os bonecos apareçam ganha vida própria. Ganhador do Prêmio APCA, em 20900, como melhor espetáculo de animação, Circus é um singela homenagem ao universo circense e pode não ser o maior espetáculo da Terra, mas é, certamente, um dos mais engraçados. Dirigida por Cláudio Saltini, a Cia. de Bonecos nasce da Cia. Cidade Muda, que desempenhou papel importante no desenvolvimento e na difusão do Teatro de Bonecos na cidade de São Paulo, nos anos 80 e 90.

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Cláudio Santini e Teka Queirioz

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Mamulengo da Folia (Guararema)

A Festa da Rosinha Boca Mole

Alguns personagens da Festa da Rosinha Boca Mole são clássicos da cultura popular e trazem parentesco próximo com os personagens da Commedia Dell’Arte – Benedito, Rosinha, Coronel Libório, Diabo Mané Pacaru e Cabo 70. Outros já são bem brasileiros – Zé da Sanfona, Rosinha do Bole-bole, Palhaço da Vitória e Janeiro Vem Janeiro Vai. alguns são mitológicos – Alma da Defunta Sem Vergonha, Zé Lusbel e Jaraguá. Outros são animais simbólicos como a Cobra Grande Ano Crodia, o Bumba-meu-boi Estrêla, o urubu Limpa Mundo. Esses são básicos, mas outros podem entrar ao sabor dos improvisos e da comunicação direta com o público. O roteiro pode variar também de brincadeira para brincadeira, mas sempre tratará de questões particulares que se universalizam por identificação com qualquer plateia. Danilo Cavalcante, nasceu no sítio de Taruassu, Município de Canhotinho, Pernambuco. Realiza, desde 2010, o Encontro de Mamulengo de São Paulo, evento que reúne os principais mestres da área. além de artistas estrangeiros que se aproximam do Teatro de Bonecos popular do Brasil.

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Danilo Cavalcante

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Teatro de La Plaza e

Teatro Por um Triz (São Paulo)

Águas de L’Avar

Um grupo de cientistas-garimpeiros está a procura do vital elemento. Com seus instrumentos de pesquisa encontram um lençol freático, mas a água não serve para consumo… Finalmente a equipe descobre um encanamento desativado onde há o líquido vital! Com os canos e outros elementos hidráulicos constroem instrumentos musicais e formam uma banda. A chegada de um enorme personagem que acumula agua para benefício próprio faz a ação desaguar em O Avarento de Molière. O espetáculo é o resultado do Projeto Encanado, realizado pelo Programa de Fomento ao Teatro. Teatro de la Plaza formou-se em 1983 em Buenos Aires, Argentina. Em seu repertório constam mais de 30 espetáculos, dez dos quais montados desde que se radicou no Brasil, em 2000. Ganhador de vários pr|êmios, o grupo participou de festivais e turnês internacionais em diversos países como Argentina, Espanha, México, Grécia, França, Itália, Eslovênia, Coréia, Bolívia, Irã, Paquistão e Cingapura. Criada em 1996, a Companhia Teatro Por Um Triz trabalha com releituras de clássicos infantis e contos da tradição oral, abordando estes universos coim humor, lirismo e espírito crítico.

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Afonso Braga, Andreza Domingues, Bruna Amaado, Gustavo Martins, Márcia Nunes e Wagner Dutra.

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Cia. Mariza Basso (Bauru)

O Circo dos Objetos

Sons, cores e movimentos se fundem e, de repente, de um guarda chuva temos a lona. A alegria do Circo está no ar, nas formas e no ritmo dos mais variados objetos. Como num passe de mágica, escovas, baldes, vassouras, desentupidores de pia, tecidos e espanadores vão se transformando em personagens circenses, ganhando alma e encantando o público. Junta-se um balde e um snorkel e ei-lo: o apresentador. Um espanador e uma roldona revelam a alma da equilibrista na perigosíssima travessia de uma trena. De um penico e um tapete surgea alegria do circo: o palhaço. Respeitável público: Eis o Circo dos Objetos! Mais que um espetáculo, um ritual imprevisível que estimula a criatividade e homenageia o circo. Primeiro espetáculo da companhia, fundada em 2004 em Bauru. Participou de alguns dos mais importantes festivais de Teatro e de Teatro de Bonecos do país e apresentou-se também na Espanha,em Portugal, na Colômbia e na Argentina.Realiza o Festival Internacional de Teatro de Bonecos Boneco Gira Boneco.

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Mariza Basso e Julio Hernandes

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Cia. Polichinelo (Araraquara)

Era uma vez um Gato Xadrez

Era uma vez um gato diferente de todos que você já viu. Além de ser xadrêz, esse gsto pra lá de esperto resolveu contar histórias viajando pelo mundo afora. Em companhia de seu fiel amigo, o cão Bigodinho, o Gato Xadrez vai nos conduzir a um espetáculo cheio de músicas e personagens divertidos, como o cão que se apaixona pela bola, o ratinho que quer ser um leão e as galinhas que cantam pra botar ovos. Fundada em 1997 em Araraquara, a companhia tem hoje sete espetáculos em repertório e desenvolve atividades de formação, além de coordenar o Espaço o Boneco. Reconhecido como um importante polo de Teatro de Bonecos no interior paulista, o grupo tem se apresentado em muitas cidades brasileiras e esteve também na Venezuela.

Elenco: Marcelo Delilo Luciano Pacchioni e Márcio Pontes

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Grupo DaCuia (Americana)

O Pastelão e a Torta

É a história de dois malandros que utilizam artimanhas ingênuas para conseguir, de graça, um prato de comida. Um dia, ouvem dizer que a vovó pasteleira vai mandar um mensageiro buscar o pastelão. Julião, um dos malandros, se passa por mensageiros, engana a menina Maria e obtém o pastelão. A vovó, por não ter mandado ninguém buscar o pastelão, resolve dar uma lição nos dois malandros e apresenta “uma “torta” que os deixa tortos de tanto apanhar. A companhia surgiu em São Paulo durante o Projeto Fantoches nas Praças, desenvolvido, em 2004, pelo Sobrevento, graças ao Programa de Fomento ao Teatro. Tem Participado de importantes festivais de Teatro de Bonecos. Transferiu-se para Americana, onde desenvolve atividades de difusão e formação, como o Festival Americana Mostra.

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Sidney Bomfim

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Inventor de Sonhos (Campinas)

Benditos Beneditos

Este vibrante espetáculo reúne vários personagens da tradução do mamulengo, como Dona Quitéria, João Redondo, Sargento Bitola, Boizinho Brincadeira, Cobra das Sete Luas e Benedito. Uma característica marcante deste estilo do Teatro de Bonecos é o desempenho do ator, que imprime um ritmo cativante, conseguindo prender a atenção das crianças e dos adultos através da versatilidade de linguagens. A peça tem muitas brincadeiras, muitamúsica, cirandas e histórias apaixonantes narradas com maestria e o bom humor característico do gênero. Sebastian Marques é ator, diretor de teatro, poeta, pesquisador da cultura popular e trabalha com teatro de rua desde 1991. Em Campinas, coordenou encontros de Teatro de Rua, festivais de teatro e mostras de Teatro de Bonecos.

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Sebastian Marques

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Internazionale Compagnie Minimalista di Teatro CaravanMaschera (Atibaia)

Tiringuito, Luisa e a Morte

Tiringuito é o servo de um burguês que mora em um castelo. Em um dia de festa, quando Tiringuito poderá finalmente comer polenta com salsicha, a morte decide que é o seu dia de morrer. Tiringuito mostrará todas as peripécias de um verdadeiro brasileirinho para vencer a morte e ficar com sua amada Luisa. Utilizando-se da técnica italiana de manipulação de Burattini, a Cia CaravanMaschera conta esta história com ritmo único desses bonecos de madeira, carregados de humor para toda a família. Fundada a partir do encontro do brasileiro Leonardo Garcia Gonçalves  e da italiana Giorgia Goldonim em 2009, a companhia nasceu com um interessante comum de recriar e divulgar o teatro popular de rua utilizando-se da linguagem de máscara da Commedia dell’Arte, de Buratinos e Marionetes.

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Giogia Goldoni, Leonardo Garcia Gonçalves

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Grupo Sobrevento (São Paulo)

O Grupo Sobrevento traz de volta à cidade dois de seus espetáculos mais bem sucedidos e premiado. Com diferentes formas de animação de bonecos, o Grupo para testar as diferentes relações que cada espetáculo é capaz de estabelecer com o público nesta situação, pouco comum, de apresentação em um palco montado em praça pública.

Mozart Moments

Bonecos e manipuladores contracenam para contar diferentes passagens da vida do compositor Mozart neste espetáculo destinado a crianças de todas as idades. Mozart Moments mistura humor e poesia, atores vestidos com roupas do século XVIII e pequenos bonecos que parecem, até mesmo, respirar. Tendo estreado no Rio de Janeiro, em 1991, dentro das comemorações dos 200 anos da morte do compositor austríaco. Mozart Moments tem construído desde então, uma das carreiras mais longas e exitosas jamais mantidas por um espetáculo infantil brasileiro. Vencedor do Prêmio Coca-Cola de Teatro Infantil e do Prêmio Maria Mazzetti, participou de dezenas de festivais, encontros e eventos internacionais em quase cem cidades do Brasil, Chile, Colômbia, Argentina, Espanha, Angola e México e já ultrapassou as 700 apresentações.

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Luiz  André Cherubini, Sandra Vargas e Maurício Santana

O Anjo e a Princesa

O Anjo e a Princesa narra a primeira de um anjo da guarda e trata de sua difícil relação com uma princesa, a quem lhe cabe proteger. Vaidosa, a princesa manda cortar todas as flores de um bosque de pessegueiros para decorar os salões de seu castelo para uma grande festa. Somente depois de um ano de tristeza e arrependimento, na primavera, voltam a nascer as flores. O anjo da guarda que ampara a princesa mostra-se, na peça, somente como um observador e deixa a cargo da própria vida, de seu curso natural,osmilagres que deveria fazer. O Anjo e a Princesa recebeu o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de Melhor Atriz e apresentou-se não só no Brasil, mas também na Espanha, na Colômbia e em Angola.

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Sandra Vargas

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(Página 04)

O Teatro de Bonecos não é Mais Aquele

O Teatro de Bonecos é uma arte que se espalha por todos os lugares do mundo e ao longo de toda a história da humanidade. Nasceu junto com o Teatro, se não nasceu antes. Mesmo no tempo em que não se comemoravam festas de aniversário, o Teatro de Bonecos já existia. Política, filosófica, religiosa, recreativa, educativa, terapêutica, esta arte pode tocar pessoas de todas as idades, de todas as origens, de todas as Culturas, de diferentes maneiras.

Hoje, o Teatro de Bonecos afirma-se como uma Arte maior. E ganha novos espaços, misturando-se à Dança, à Música, às Artes Plásticas, ao Cinema, confundindo as fronteiras entre as Artes. E, para ampliar-se ainda mais, o Teatro de Bonecos é, hoje, mais do que de bonecos. Propondo dar vida a objetos, formas abstratas, a todo tipo de coisa, esta Arte tem sido chamada, modernamente, de Teatro de Animação, um termo que explica melhor o Teatro que anima, que dá vida. E graças a isto, os bonequeiros podem contar histórias, por exemplo, a partir de um bule e uma xícara que, mesmo não sendo bonecos, são, definitivamente, objetos a animar.

Muitos preconceitos ainda pesam sobre o Teatro de Bonecos: barreiras ao desenvolvimento desta Arte que vêm sendo rompidas pouco a pouco, graças ao empenho e a dedicação de um número cada vez maior de artistas. O Teatro de Bonecos já não é mais aquele. E sempre poderá ser muito mais do que somos capazes de imaginar.

Podemos estabelecer que não é nenhum crime:

– misturar bonecos e atores;

– usar bonecos muito grandes ou muito pequenos;

– misturar bonecos com máscaras, dança, ópera, drama, cinema, music hall, música pop, etc;

– usar bonecos em duas ou três dimensões, ou em ambas, ao mesmo tempo;

– misturar técnicas de animação variadas em uma mesma produção;

– reduzir bonecos a atores de menor tamanho, para efeitos de perspectiva;

– gostar de Punch & Judy, de Kasper, Guignol ou qualquer nome que tenha;

– mostrar ou não mostrar o manipulador e sua técnica durante o espetáculo;

– trabalhar meses para atingir a perfeição estética de um objeto ou usar um fósforo como boneco

Michael Meschke, fundador da Companhia Marionetteatem, Suécia

Conheça o Espaço Sobrevento: A única sala da cidade dedicada ao Teatro de Bonecos

Apesar de sua longa carreira, somente no dia 1º de junho de 2009, abriu a sua primeira sala pública, o seu primeiro espaço. O Espaço Sobrevento é o corolário de um trabalho artístico realizado há 27 anos e de uma atividade desenvolvida há dez anos na Zona Leste de São Paulo. Trata-se do único teatro da cidade dedicado exclusivamente ao Teatro de Animação. Sediado no bairro do Brás, o espaço tem ajudado a descentralizar a cultura na cidade. Situado numa região de pouquíssima oferta de Lazer e quase nenhuma de Cultura, o espaço oferece programação artística de qualidade e gratuita a uma população que já se acostumou a frequentá-lo e que o manteve praticamente lotado em todas as suas apresentações desde a sua abertura em junho de 2009. Nada menos do que 22.000 pessoas estiveram no Sobrevento desde a sua inauguração.

O Sobrevento quer que os 400 m2 de seu galpão sirvam para amparar diferentes atividades de difusão e formação no campo do Teatro de Animação, tais como espetáculos, oficinas, debates, exposições, acesso à biblioteca especializada, consultoria gratuita a interessados que desenvolvam projetos ligados ao Teatro de Animação e oferecimento de estágios a jovens marionetistas durante processos de pesquisa.

Durante a realização do Festival A Praça dos Bonecos, o Sobrevento volta a cartaz com seu mais recente espetáculo São Manuel Bueno, Mártir, indicado ao Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), como Melhor Espetáculo e Direção. São Manuel Bueno, Mártir fica em cartaz no Espaço Sobrevento, de 12 de outubro a 10 de novembro, aos sábados e domingos, às 20h, com entrada franca. O Espaço Sobrevento fica na Rua Coronel Albino Bairão, 42, a duas quadras do Metrô Bresser-Móoca,

(Logo) Espaço Sobrevento

(Verso da Última Capa)

Por Que Teatro de Bonecos?

Tendo levado Fantoches a muitos bairros da periferia da Zona Leste, percebemos que a criança que, em um dia, via, surpresa, o Teatro de Bonecos, no outro, levava o pai, a mãe, à praça para assistir, com eles, ao novo espetáculo. Do mesmo modo, mães, de bairros distantes do centro, levavam suas crianças e, às vezes, crianças postiças, para assistir ao Teatro de Bonecos que haviam descoberto. E os espetáculos contavam com a simpatia e o apoio do comércio local e dos vizinhos. E não só com o respeito, mas também com a atenção, dos frequentadores mais esquerdos dos espaços. E a praça voltava a ser aquela praça de antigamente. Isto, quando, na verdade, muitos nem vivemos este antigamente, nunca nem vimos uma praça assim: uma praça que congregue os vizinhos, que reúna as famílias em um ambiente sadio, não excludente, por conta de um evento divertido, provocador, emocionante, aberto, ao ar livre, gratuito. Melhorando definitivamente, por pouco que seja, a qualidade de vida de uma população.

O Teatro de Bonecos tem uma particular capacidade de desarmar espíritos prevenidos, corações duros, cabeças preconceituosas, com uma singeleza, uma delicadeza e, ao mesmo tempo, uma sem-cerimônia, que poucas outras coisas no mundo se permitem. E, por seu caráter artesanal, é comprovadamente capaz de provocar uma sensação de amparo, de atendimento, de direcionamento especial, por ser realizado por um grupo de Teatro que se interessou por aquela comunidade, por aquele bairro, e que tomou uma atitude direta e pessoal, fomentado, apoiado, mas não mandado pelo Governo.

Acreditamos que o Lazer comunitário, de um modo geral, promove o encontro entre vizinhos, cria amigos, une a família, une famílias. Cremos também, que o Lazer ao ar livre, em particular, melhora a qualidade de vida, melhora a saúde, melhora a pele, melhora o ânimo, azulados pela luz do televisor. E cremos que a Cultura e os bonecos alimentam o espírito: os bonecos estão para o coração como o pão para o estômago, disse Peter Schumann, um outro bonequeiro.

A poesia, o humor e a delicadeza do Teatro de Bonecos, uma Arte tão ingênua e singela, parecem contrastar de maneira quase chocante com o ambiente hostil da periferia. Sua vitalidade, porém, mostra o poder congregador de uma Arte que relembra valores que pareciam perdidos, em tempos de muita vaidade, muito egoísmo, muito ruído, muita velocidade e pouco sentido crítico. Em um tempo em que valores que há pouco eram considerados doentios são considerados virtudes (ser ambicioso, ser vaidoso, por exemplo, não eram defeitos de caráter?), os bonecos nos lembram de alguma coisa que perdemos sem nos dar conta, nos ajudam a colocar as coisas nos seus devidos lugares, como ainda gostaríamos que fossem, porque o cinismo não venceu nada além de uma batalha.

Pela emoção, os bonecos podem fazer com que alguém se perceba diferente do que costuma perceber-se, podem fazer com que as pessoas descubram-se diferente daquilo que fizeram de si. É fácil, para um bonequeiro, perceber isto: ver um homem discutindo com um boneco, ver uma mãe-de-família chamando uma boneca de assanhada, ver os espectadores aplaudindo o castigo que o malandro sofre da velha a quem havia enganado, debochando do diabo que foi posto para dançar funk, rindo das indefectíveis pauladas que zombam das atitudes politicamente corretas são, para nós, a prova definitiva de que boneco é boneco, de que o Teatro está vivo como sempre e de a gente precisa mesmo dele.

(Última Capa)

Parque Santa Amélia: Rua Timóteo Correia de Goes, 30. Jardim das Oliveiras (Itaim Paulista)

15h

29.09, domingo, Valdek de Garanhuns, Simão e o Boi Pintadinho

06.10, domingo, Grupo Sobrevento, Mozart Moments

12.10, sábado, Grupo sobrevento, O Anjo e a Princesa

13.10, domingo, Grupo DaCuia, O Pastelão e a Torta

20.10, domingo, Cia. Marisa Basso, O Circo dos Objetos

27.10, domingo, Mamulengo da Folia, A Festa da Rosinha Boca Mole

03.11, domingo, Polichinelo, Era uma vez, um Gato Xadrez

10.11, domingo, Inventor de Sonhos, Benditos Beneditos

17.11, domingo, Cia Circo de Bonecos, Circus, a Nova Tournée

24.11, domingo, Teatro de La Plaza e Teatro por um Triz, Águas de l’Avar

01.12, domingo, Cia Mevitevendo, O Diário Malassombrado

08.12, domingo, CaravanMaschera, Tiringuito, Luisa e a Morte

Sobrevento é um núcleo da Cooperativa Paulista de Teatro

Coordenação Editorial: André Luiz Cherubini, Sandra Vargas, Maurício Santana, do Grupo Sobrevento
Design: Marcos Corrêa/Ato Gráfico
Fotos: Marco Aurélio Olímpio, Simone Rodrigues, Rodrigo Lopes, José Roberto Lobato, Lia Franco, Grupo Sobrevento, divulgação dos Grupos

Grupo Sobrevento – Brasil

Núcleo Artístico: Sandra Vargas, Luiz André Cherubini, Miguel Vellinho, Anderson Gangla, Maurício Santana, Giuliana Pellegrini, J. E.Tico, Agnaldo Souza
Diretores Técnicos: Marcelo Amaral e Agnaldo Souza
Produção Executiva: Lucia Erceg

www.sobrevento.com.br
info@sobrevento.com.br
Tel. 11 3399-3589

Espaço Sobrevento
Rua Coronel Albino Bairão, 42
Belenzinho

A Praça dos Bonecos

Ficha tecnica-laranja

Idealização e Direção do Projeto: Grupo Sobrevento
Produção Executiva e Coordenação: Lucia Erceg
Divulgação: Grupo Sobrevento
Divulgação Local: Agnaldo Souza
Direção de Palco e Iluminação: Marcelo Amaral
Sonorização: Agnaldo Souza
Monitoria: Anita Erceg e J. E. Tico
Diretores Técnicos: Marcelo Amaral e Agnaldo Souza

Apoio

(Logo) Prefeitura de São Paulo

Realização

(Logo) Grupo Sobrevento, Programa Municipal de Fomento ao Teatro, Prefeitura de São Paulo