Programa do espetáculo que esteve em temporada no CCBB, Teatro II, de 07.01 a 18.03.2012

 

(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

Ministério da Cultura e Banco do Brasil apresentam e patrocinam

CHAGALL – O POETA COM ASAS DE PINTOR

7 de janeiro a 18 de março de 2012 | sábados e domingos, às 16h | Teatro II

(Interior)

Ministério da Cultura e Banco do Brasil apresentam Chagall, espetáculo infanto-juvenil que conta a história do menino Moyshe Segal até o seu reconhecimento como o artista inconfundível, Marc Chagall.

Idealizado pela Cia dramática de comédia, com texto de Eduardo Rieche, argumento de Doris Rollemberg e direção de João de Batista, a peça apresenta às crianças a vida e a obra do artista lírico da vanguarda pictórica que atravessou uma Revolução (1917) e duas grandes guerras .

Com esse projeto, o Centro Cultural Banco do Brasil reafirma seu compromisso com o teatro infanto-juvenil e aborda, de forma delicada, a exclusão, o sonho e o sentimento de não pertencimento a partir da história de uma criança que enfrentou a pobreza, o preconceito ea falta de liberdade até mesmo para ir e vir.

Centro Cultural Banco do Brasil

“Vi a cidade se romper como as cordas de um violino. Vi os habitantes de Vitebsk a passear ea voar no céu, sobre os telhados. Vi as tintas se derramarem, transformando- se em vinho que se esguichava das minhas telas. Então entendi que minha arte tinha que voar. Voar livre, exatamente como aquela visão!

Marc Chagall

A Arte Que Voa

Moyshe Segal nasceu em 1887 na cidade bielo-russa de Vitebsk, em um gueto judaico.

Um lugar repleto de fortes cenas que habitaram para sempre a sua memória e sua fantasia. Das recordações da infância extrai desde cedo, a essência de sua inspiração. Imagens determinantes que despertaram em Moyshe o desejo de se tornar pintor.

As lembranças de menino o acompanam e conduziam, decisivamente, a obra que estaria por realizar.

Em seu “segundo nascimento”, como se refere à sua chegada a Paris em 1910, seus companheiros de arte o batizam de pintor-poeta, reconhecendo com o codinome,
a originalidade de sua obra. Um olhar sobrenatural, singular, carregado de doçura.

Chagall une, em seu trabalho, a vanguarda e a tradição, o passado e o seu presente.

Do seu passado, busca o universo das tradições judicias. São recorrentes em seus quadros: o bairro judeu de Vitebsk com as suas pequenas construções; o violinista, onipresente nos eventos de sua comunidade; como cabras; os rabinos e as vacas do abatedouro do seu avô.

Nas reminiscências, encontra-se ainda a forte figura do avó que subia nos telhados para comer cenoura, cena, ao mesmo tempo, extravagante e bela. Assim, o voo, a levitação dos corpos, o mundo de cabeça para baixo ou o mundo sem a necessária lógica natural das coisas são temas caros a Chagall.

Sua obra é marcada pela ótica de um pintor-poeta que atravessa uma Revolução e duas grandes guerras. Dessa forma, reconhecemos importantes denúncias de injustiças sociais em sua pintura colorida. Chagall sabe que a arte é capaz de “satisfazer os olhos e despertar a mente”.

Chagall se identifica com a figura do judeu errante, sem pátria, condenado ao exílio, onde sentimento de não pertencimento é muito forte. Embora entendre o sentimento de não pertencimento de Chagall, e até mesmo distinguir na sua obra essa particularidade, o pintor persistiu e foi reconhecido, ainda em vida, como um dos maiores artistas do século XX.

A obra de Marc Chagall é ímpar. Definições não esgotam a versátil e vasta produção. Chagall é o artista lírico na vanguarda pictórica. Em suas pinturas, reconhecemos a fantasia, a vida e o sonho, tempos diſtintos coexistindo lado a lado.

Sua atuação nas artes é multidisciplinar: Chagall é pintor, poeta, cenógrafo, muralista, ilustrador, além de renovador da arte dos vitrais.

A história de vida artista genial nos mostra como a exclusão e o estranhamento – temas tão oportunos como atuais – convivem com a fantasia, a ousadia, o sonho e a arte.

É possível e maravilhoso desenhar um rosto verde.

Podemos insistir em criar um mundo no qual cabras e peixes voam. Voar livre, exatamente como Marc Chagall Dessa via o mundo, via a arte, quando era criança, quando ainda injusera Moyshe Segal. Ele que também voava sobre Vitebsk.

por Doris Rollemberg

Universo Infantil

Chagall: “As crianças costumam sorrir ao ver os meus quadros. Quando vejo esses sorrisos, tenho certeza de que elas entendem a minha arte!”

Quando eu era criança, gostava muito de desenhar.

Gostava muito das revistinhas com desenhos para serem coloridos. Meu irmão desenhava muito bem, eu ficava impressionado com sua habilidade … Essa espécie de mundo paralelo que se descortina a partir da descoberta do desenho, das formas e das cores, é sempre uma experiência marcante na infância. Por isso, acho curioso que algumas pessoas se surpreendam com um espetáculo sobre Marc Chagall dedicado às crianças. Quem conhece um pouco da obra de Chagall e se lembra da sensação de, quando criança, pegar uma folha branca e transformá-la numa obra de arte entende que a liberdade que o pintor buscava em suas pinturas tem muito a ver com o universo infantil.

Chagall – O Poeta com asas de pintor é mais uma produção da Cia Dramática De Comédia, grupo que vem buscando em suas montagens fazer um trabalho que aposte sempre na sensibilidade dos espectadores de todas as idades. Agradeço aos companheiros novos e aos companheiros de sempre, entre eles meu irmão que desenhava bem e que, hoje, é o figurinista deste espetáculo.

Esperamos que todos se divirtam.

Dedico este trabalho à minha mãe, onde quer que ela esteja.

por joão batista

“Um poeta com as asas de um pintor”

Henry Miller

“Talvez vocês se perguntem por que pintei cabras e peixes que voam, violinistas de rosto verde trepados em telhados, casas que bóiam no céu de cabeça para baixo, namorados sobrevoam a cidade … Pintei meu mundo, minha vida, aquilo com que sonhei : pintei minha Rússia querida, a minha Vitebsk onde nasci, o bairro dos iluminados onde pobres cresci, assim como os via quando era criança, quando meu nome ainda era Moyshe Segal.

Marc Chagall

Agradecimentos

Adriana Kauffmann, Adriana Rieche, Alice Cavalcante, Ana E Danuzza Sartori, Beatriz Rieche Estill, Camila Camuso, Carlos Alberto Nunes, Carmem Lucia, Catsapa Escola De Musicais, Cíntia Barreto, Cissa Guimaes, Denise Rollemberg, Elis Marques, Equipe Técnica do CCBB, Francisco Mazzoni, Gabriel Rieche Estill, Gisela Saldanha, Giselda Mauler, Gustavo Falcão, Gustavo Gasparani, Gustavo Gelmini, Julia Deccache, Katia Chavarry, Lucas Praça, Mabel Tude, Márcia Watzl, Margareth Silva, Maria Eduarda, Miguel Falabella, Péricles Amim, Rafael Mascarenhas, Renata Vianna, Renato Silva, Roberto Guimarães, Tania Brandão, e muito especialmente para Samuel Rollemberg Aarão Reis

(Última Capa)

João Velho, Cleiton Rasga, Cristina Lago, Eduardo Rieche, Sérgio Kauffmann e Sonia Praça

Patrocinador: Banco do Brasil
Realizador: Centro Cultural Banco do Brasil
Encenação: Cia Dramática de Comédia
Texto e Pesquisa Musical: Eduardo Rieche
Direção: João Batista
Cenografia: Doris Rollemberg
Figurinos: Mauro Leite
Iluminação: Renato Machado
Criação Musical: Marcelo Alonso Neves
Preparação Vocal: Paula Leal
Direção de Movimento: Marcia Rubin
Assistente de Direção e Preparação Corporal: Dani Cavanellas
Assessoria de Imprensa: Daniella Cavalcanti
Design Gráfico: Letícia Rumjanek e Diogo Cadaval
Ilustrações: Letícia Rumjanek
Fotografia: Dalton Valério
Produção Executiva: Valério Lima
Argumento, Idealização e Coordenação de Projeto: Doris Rollemberg
Administração, Coordenação de Produção e Prestação de Contas: Verônica Prates
Produção: Quintal Rio Produções Artísticas e Cia Dramática de Comédia
Cenotécnica: Moisés Cupertino
Costureira Cênica: Ione Almeida
Costureiras: Maria de Jesus, Ivone e Zezé
Alfaiate: Joaquim Cardoso
Equipe de Montagem de Luz: João Gioia, Rodrigo Bastos, Felipe Medeiros e Giba Oliveira
Operador de Luz: Felipe Medeiros
Maquinista: Renato Silva
Operador de Som: Diogo Camargos
Camareira: Lia Moreira

Realização

 Lei de Incentivo a Cultura, Centro Cultural Banco do Brasil, Ministérioda Cultura, Governo Federal – Brasil.

Rua Primeiro de Março, 66 Centro (RJ) Informações: (21) 3808 2020
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