Programa do espetáculo que estrou em 2009, no SESC Ginástico

 

(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

Ariano Suassuna 80
www.arianosuassuna.com.br

Ariano Suassuna
A comédia musical

FARSA DA BOA PREGUIÇA

Direção: João das Neves

Guilherme Piva, Leandro Castilho, Francisco Salgado, Daniela Fontan, Ernani Moraes, Bianca Byington, Flávio Pardal, Vilma Melo

(Interior)

Este projeto foi idealizado em 2005, quando preparamos a grande festa realizada no Rio de Janeiro em razão dos 80 anos de Ariano Suassuna. Fizemos a Semana Adriano 80 e o projeto Memória, que tem a missão de dar acesso irrestrito à obra desse grande ícone da nossa cultura. O acervo, já catalogado e preservado, será difundido através de um Museu Virtual criado por nós e disponibilizado em seu primeiro sítio virtual, www.arianosuassuna.com.br. Faltava cumprir a missão de montar a Farsa da Boa Preguiça, pedido pessoal do autor. Então, convidamos uma ficha técnica maravilhosa, um elenco de múltiplos talentos, e, de quebra, nos deparamos com os 50 anos de carreira desse grande diretor da história do teatro brasileiro, João das Neves. Encerramos essa etapa do projeto Ariano 80 e iniciamos a caminhada da nossa Farsa.

Bom espetáculo a todos!

Andréa Alves, Diretora de Produção

Mestre Suassuna nos diz que em a Farsa da Boa Preguiça pretendeu fazer o elogio do ócio criador do poeta em contraposição ao trabalho escravizador. Fez muito mais. Sua peça é, na verdade, uma defesa incondicional do modo de ser e da criatividade do povo brasileiro. Um povo capaz de transformar artefatos de tortura e símbolos do trabalho escravo em instrumentos musicais que celebram a sua fé e alegria inquebrantáveis. Pois não é outra a origem das gungas e patangomes(*) que, nos ternos de Congo e Moçambique de Minas e Goiás, fazem contraponto à marcação rítmica dos seus tambores. A escravidão transfigurada em música: nas gungas, presas às pernas, ecoam os sons das correntes e esferas de ferro que se destinavam a imobilizar e denunciar os fugitivos do cativeiro em busca dos quilombos; nos pantagomes, a réplica da forma e dos movimentos circulares das bateias, manipuladas por escravos nas lavras de diamante e auríferas do leito de nossos rios no Brasil-colônia. Um povo ainda capaz de trabalhar o ano inteiro “por um momento de sonho / pra vestir a fantasia / de rei, ou de pirata / ou de marinheiro/ pra tudo se acabar na quarta feira”; de driblar a injustiça social e a violência diária com as pernas tortas de um Mané – Garrincha a reviver nos campos de futebol mundo afora a poética chapliniana das telas do cinema mudo.

Este é o Brasil que Suassuna nos desvela no conjunto de sua obra. Ao encenarmos a Farsa da Boa Preguiça queremos, todos nós, envolvidos no projeto da Sarau Agência de Cultura Brasileira, reverenciar Mestre Ariano Suassuna e sua obra. Queremos celebrar com carinho e alegria aquilo que somos: artistas do povo brasileiro.

E vamos pra rede, ou à praia, que ninguém é de ferro!

João das Neves, Diretor

(*) gungas: instrumentos percussivos, atados às pernas dos congadeiros. São pequenos cilindros, construídos com folhas de flandre ou utilizando-se latinhas de massa de tomate, contendo em seu interior pequenas esferas de chumbo. Ao serem percutidos, durante a marcha ou a dança, produzem um ruído agudo; patangome: instrumento circular, geralmente construído com folhas de flandres superpostas, contendo também em seu interior esferas de chumbo ou sementes. É tocado utilizando-se as duas mãos, que imitam ritmicamente o movimento das bateias nos garimpos.

Bianca Byington: Dona Clarabela
Daniela Fontan: Nevinha
Ernani Moraes: Aderaldo Catacão
Flavio Pardal: Miguel Arcanjo ou Quebra-Pedra, o Cão Caolho
Francisco Salgado: Simão Pedro
Guilherme Piva: Joaquim Simão
Leandro Castilho: Manuel Carpinteiro e Fedegoso, o Cão Coxo
Vilma Melo: Andreza, a Cancachorra

Autor: Ariano Suassuna
Direção: João das Neves
Direção Musical e Música Original: Alexandre Elias
Direção de Movimento e Assistência de Direção: Duda Maia
Cenografia: Ney Madeira
Figurinos: Rodrigo Cohen
Iluminação: Paulo César Medeiros
Preparação Vocal: Carol Futuro
Direção e Confecção de Mamulengos: Gil Conti e Iô Iô Teatro de Títeres
Direção de Produção: Andréa Alves

Produção
Produção Executiva: Janaína Santos
Assistente de Produção: Taísa Moreno
Estagiária de Produção: Pricila Magalhães
Marketing Cultural: Gheu Tibério
Assistente de Marketing Cultural: Helena Castro

Equipe Musical
Assistente de Direção Musical: Carol Futuro
Professor de Rabeca: Daniel Bitter

Equipe de Iluminação
Iluminador Assistente: Júlio Medeiros
Montagem de Luz: Equipe Art Light
Material de Iluminação: Art Light

Equipe de Figurino
Assistente de Figurinista: Nívea Faso
Confecção: Suely Gerhardt, Odília Lúcia, Tania Dias, Marinalva Ribeiro
Adereços em Couro: Zé Carlos Couto

Equipe de Cenografia
Assistência de Cenografia / Artes Finais: Patrícia Faedo
Xilogravuras Exclusivas: Erivaldo Ferreira
Fragmentos de Xilogravuras: Erivaldo Ferreira
Fragmento da Xilogravura O Sol do Bom Viver: J. Borges
Tingimento e Pintura de Arte: Derô Martin
Cenotécnico: André Salles
Costura de Cenário: Nadir Martins

Equipe Técnica
Diretor de Palco: Igor Belleza
Camareira: Marceli Araújo

Equipe da Sarau Agência de Cultura Brasileira
Gerência Financeira de Projetos: Janaína Santos
Assistente de Planejamento: Priscila Marques
Assistente de Prestação de Contas: Fernanda Veiga
Financeiro e Administrativo: Regina Trajano
Apoio de Produção e Administração: Carlos Henrique

Divulgação
Programação Visual: Poliane Gomes
Ilustradora: Flávia de Oliveira
Assessoria de Imprensa: Daniella Cavalcanti
Assistente de Assessoria de Imprensa: Bruna Amorim
Fotografias: Silvana Marques

Agradecimentos Especiais

Ariano Suassuna, Zélia Suassuna, Alexandre Nóbrega, Carlos Newton Jr., Inez Viana e Maria Aparecida Nogueira

Agradecimentos

Alexandre Souza, Ana Luisa Lima, Andréa Rauch, Choil Plosk, Daniel Eduardo Pérez López, Daniela Vidal, Eliana Oikawa, Emanuele Araújo, J. Borges, Luís Erlanger, Maria Amélia Mello, Nenen Krieger e toda a equipe da Sala Municipal Baden Powell, Rodolfo Vaz, Seu Nelson da Rabeca, Sonia Cohen e todas as pessoas que colaboraram para tornar esse projeto possível.

(Verso da Última Capa)

Olhe lá que essa história
Da cigarra e da formiga
É um caso mal contado
Permita o amigo que diga

Pois quem diz que não trabalha
Quem passa a vida a cantar
Não vê que o canto é trabalho
Que ajuda o mundo a mudar

Dedilhando a viola
Dia e noite, noite e dia
E cantando sem parar
O artista faz a poesia

Este é o ócio criador
E a todos traz alegria
E que enche, meu senhor
Até barriga vazia
Pois se a formiga suporta
Tanto peso carregar
É que ouve o canto amigo
Da cigarra a lhe alegrar

São trabalhos diferentes
O mundo não é igual
Como nos diz o ditado
Cada um seu cada qual

Pro formigueiro existir
Feliz, risonho e contente
É preciso que a cigarra
De cantar se arrebente

João das Neves

(Última Capa – Logos)

Promoção

(Logos) TV Globo, Sign, Antena 1

Realização

(Logos) Sarau, Sesc

Apoio Cultural

(Logo) Porto Bay Hotels & Ressorts

Apoio

(Logo) Fecomércio RJ

Patrocínio

(Logos) Columbia, Cemig, Governo de Minas, Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal