(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)
(Capa)
SAMPA ÓPERA SAMBA
SESC SP – SANTO AMARO
(Página 01)
A Busca pelo Extraordinário
A humanidade criou e desenvolveu as artes como uma forma de expressar uma subjetividade que o diferencia dos demais vivos e o define como ser racional e capaz de fruir sensações e sentimentos elevados. A ópera nasceu de uma tentativa dos artistas do Renascimento Europeu de unir em cena todas as demais artes: poesia, canto, filosofia, dança, pintura, música, entre outras formas de expressão. O samba é uma herança da mestiçagem cultural que só mesmo um país multicultural e permeável ás interações e fusões étnicas pode produzir e/ ou facilitar.
O SESC SP acredita na diversidade cultural e no respeito ás diferenças e à pluralidade sejam elas quais forem. A liberdade de expressão é continuamente estimulada nos tr4abalhos desenvolvidos pela entidade em seus centros socioculturais e esportivos, bem como, na busca e incremento de uma rede de parcerias com os demais atores sociais da comunidade no sentido de fomentar, dinamizar e divulgar manifestações artísticas tradicionais ou circunscritas ao seio de seu criadores e arredores e que, por vários motivos, sofram restrições para extrapolar seu próprios muros.
É nesse contexto que se insere a proposta Samba-Ópera-Samba. Aproximando a lupa do nosso caso, o terreno, outrora aparentemente árido e de difícil produção, demostrou ser fértil na disseminação de árvores frondosas, frutíferas e de raízes vigorosas. Respondem por nomes como Comunidade Samba da Vela, Samba da Laje, Associação Cultural Monte Azul, Companhia Paidéia de Teatro e Cooperifa – Cooperativa de Poetas da Periferia, entre outras. O objetivo do projeto é promover o encontro de dois movimentos culturais representativos da região: a Comunidade Samba da Vela, com sua música, ala de compositores e visão cotidiana do entorno e a Cia. Paidéia de Teatro, com sua capacidade de representação, dramaticidade, figurinos e cenários. Não para que cada um apresente isoladamente o que fazem de melhor, mas sim, para buscar uma outra matriz, o EXTRAORDINÁRIO de uma ópera-samba, síntese artística inusitada e completamente nova para a Zona Sul da cidade.
SESC Santo Amaro
(Página 02 – Desenho)
(Página 03)
A Chama que não se Apaga
É noite em Santo Amaro.
O alarido da gente reunida cede espaço, por um instante, a um silêncio cheio de reverência.
Um silêncio que traz em si algo de sagrado.
O tempo pára, e espera, como cada um dos que estão ali, o momento mágico em que a chama hesitante do fósforo recém riscado passa a envolver, na mesma luz e calor, o pavio da vela. E a mesma chama que morre no palito renasce o samba com ele, um pouco do que parecia estar morto dentro de cada um de nós.
Há algo de religioso nisso.
Chapinha, um dos fundadores do Samba da Vela e também um de seus compositores mais conhecidos, sabe muito bem disso. “Onde tem batuque e uma vela acesa, acaba chegando mais do que gente pra cantar samba”, ensina o mestre, sem entrar em mais detalhes. Porque há coisas no terreno do sagrado de que não se deve falar; deve-se apenas prestar-lhe reverência.
Santo Amaro. O antigo caminho de tropeiros é hoje uma movimentada avenida. As coisas mudaram?
Só na superfície. Em essência, continua sendo aquele lugar por onde as pessoas passam entre um destino e outro.
Lugar onde o poeta para para ver o mundo, e o traduzir em canção.
Nesse lugar de tantos encontros – casuais, planejados ou indesejados -, o samba e o teatro se encontraram para cantar São Paulo.
Ali, a companhia de Teatro Paidéia honra seu nome – que, em grego, designa a maneira como se educavam as crianças- e nos ensina a beleza que está ali, todos os dias, masque escapa a nossos olhos embrutecidos pela rotina e pelo cansaço.
Ali, o Samba da Vela honra seu nome – uma das etimologias de “samba“ viria do verbo Kusamba, que significa rezar – e pede a Deus que olhe pelas crianças de rua, pelos mendigos, pelos infelizes.
Desse encontro, nasce Sampa-Ópera-Samba.
Uma ópera que, pela proposta, remete ao nascimento dessa forma de expressão na Grécia antiga, onde o teatro era o palco em que ator narrava, cantava, dançava, fazia a devoção a seus deuses, ao mesmo tempo que criticava asperamente a arrogância dos poderoso.
Há muito o que dizer sobre um espetáculo assim.
Mas há coisas de que não se deve falar; deve-se apenas prestar –lhe reverência.
Por isso, que agora façamos silêncio: e que o samba fale por si.
Ricardo Monteiro – Professor. Compositor e dramaturgo. atua também como diretor musical e autor teatral.
(Página 04)
O Ó da Ópera
A ópera é um gênero artístico que consiste num drama encenado com música. A palavra ópera significa “obra” em latim e italiano, relacionada com opus, sugerindo que esta combina as artes de canto coral e solo, recitativo e balé, em um espetáculo encenado.
O drama é apresentado utilizando os elementos típicos do teatro, tais como cenografia, vestuários e atuação. No entanto, a letra da ópera (conhecia como libreto) é cantada em lugar de ser falada. Os cantores são acompanhados por um grupo musical, que em algumas óperas pode ser uma orquestra sinfônica completa.
Tudo começou na Itália, influenciada pela língua naturalmente melodiosa e pela ideia renascentista de unir em cena todas as artes: teatro, musica, literatura, filosofia, voz, instrumentos, artes: plástica e dança… A ópera nasceu em 1607 (há quem diga 1597) com a apresentação do Orfeu de Monteverdi e está na moda, há pelo menos 400 anos, ocupando-se em desalinhar a realidade em todos os lugares com montagens e versões adaptadas ou originais que perpassam a linha da razão. Seu segredo para nunca envelhecer é mérito de sua essência volúvel, plural e despretensiosa. A ópera se acomoda à exigência de seu ouvinte, se séria ou bufa (cômica). Se longa ou breve, se reflexiva ou prosaica cabe ao interlocutor desejar ouvir e escolher o momento. Foi entretenimento tanto do povo quanto da aristocracia.
(Página 05)
Desde que o Samba é “Semba”
O samba surgiu da mistura de estilos musicais de origem africana e brasileira. É dança popular e gênero musical derivado de ritmos e melodias de raízes africanas, como o lundu e o batuque. A coreografia é acompanhada de música em compasso binário e ritmo sincopado. Tradicionalmente, é tocado por cordas (cavaquinho e vários tipos de violão) e variados instrumentos de percussão. Por influência das orquestras americanas em voga a partir da segunda guerra, mundial, passaram a ser utilizados também instrumentos como trombone e trompetes, e, por influência do choro, flauta e clarineta. O samba sempre existiu em todo o Brasil, desde o Maranhão até São Paulo, sob a forma de diversos ritmos e danças populares regionais que se originaram do batuque. O vocábulo se origina da raiz multilinguística semba – rejeitar – separar, que deu origem ao quimbundo di-sempa, umbigada, elemento coreográfico fundamental do samba rural.
Trazida para o Rio de Janeiro pelos negros que migraram da Bahia na segunda metade do século XIX, a dança incorporou outros gêneros cultivados na cidade, como a polca, maxixe, lundu, xote etc., dando origem ao samba carioca urbano e carnavalesco.
Os tipos de samba mais conhecidos e que fazem mais sucesso são os da Bahia, do Rio de Janeiro e de São Paulo.
O samba baiano é influenciado pelo lundu e maxixe, com letras simples, balanço rápidos e ritmo repetitivo. A lambada, por exemplo, é neste estilo, pos tem origem no maxixe.
No Rio de Janeiro, o samba está ligado à vida dos morros e transforma-se no samba-de-roda. As letras falem da vida urbana, dos trabalhadores e das dificuldades da vida de uma forma amena e muitas vezes com humor.
Entre os paulistas, o samba ganha uma conotação de mistura de raças.
Com influência italiana, as letras são mais elaboradas e o sotaque dos bairros de trabalhadores ganha espaço no estilo do samba de São Paulo.
(Páginas 06 e 07)
A espinha dorsal de Sampa-Ópera-Sampa tem sua origem na história do Samba da Vela. Toda segunda-feira, em seu bar, em Santo Amaro, Chapinha estimulava os frequentadores a apresentarem seus sambas. O sucesso da iniciativa fez com que se formasse uma grande roda que varava a madrugada, estendendo-se muitas vezes até as quatro, cinco horas da manhã seguinte. Como terça-feira era dia de trabalho e os vizinhos, incomodados pelo barulho, reclamavam, era preciso encontrar um jeito de estancar o samba em um horário decente. Na busca de um limitador de tempo, tentaram uma ampulheta, um despertador e até mesmo um galo. Mas o problema persistia, porque o samba ofuscava a marcação da hora. Até que um dia, chegou-se à ideia de acender uma vela que, ao se apagar, marcaria o encerramento do samba. A estratégia funcionou a ponto de transformar-se num ritual e a própria vela passou a conferir significado à roda de samba.
Samba-Ópera-Samba traz recortes da vida urbana e esboça um quadro pintado com as cores dos incidentes cotidianos. As canções do libreto parecem ter sido inspiradas nas páginas de jornal. A cidade e a vida se apresentam e surgem personagens e grupos de pessoas com quem nos deparamos todos os dias, característicos das periferias de grandes centros urbanos, como os trabalhadores que acordam cedo e lutam para vencer mais uma dia de trabalho, os estudantes que se espremem no transporte público, o ônibus que ao fazer o seu trajeto é palco móvel de inúmeros episódio dramáticos, alguns policiais.
Coexistem religiosos que pregam ao quatro ventos tentando a todo custo arrebanhar mais algum membro para a fé instantânea, misturando-se aos políticos com suas inúmeras promessas de melhorias jamais cumpridas. Os indignados e insatisfeitos, os conformados e impotentes, os mendigos, os catadores de papel, as donas de casa, as crianças brincando nas ruas, empinando pipas, jogando bola. As procissões, os protestos, as reivindicações, a música, o folclore e o samba.
A tradicional passagem dos tropeiros que desde a década de 1920 seguiam em grade número pela estrada de terra, hoje Avenida Santo Amaro, e eram festejados pela comunidade, também está presente e mistura-se ao imaginário tão eclético, aos folguedos e festas das lembranças de cada individuo, migrante ou natural da terra.
Delas surgem as histórias dos habitantes anônimos que trazem em sua bagagem de vida resquícios de memória de sua cultura de origem, seus costumes, lendas, traduções e festas populares, crendices e superstições. Um mosaico dinâmico em constante transformação.
Sampa-Ópera-Sampa funde drama, vida e música numa crônica sem fim que, como se diz na tradição do Sampa: o samba não acabou, e, se acabou, só se foi quando o dia clareou.
Christine Röhrig – Jornalista, ilustradora, tradutora e autora, já escreveu e adaptou vários textos para livros e para o teatro
Vai dar ópera…
“ A roda de samba é o resultado da dialética entre o cotidiano e a utopia, capaz de instaurar no sambista a ilusão da imortalidade”
Bruno Ribeiro
(Página 08 – Foto do Espetáculo)
Programa Sampa-Ópera-Sampa
Caminho de Lua Cheia, de Magnu Sousá e Maurílio de Oliveira.
Obrigado Senhor, de chapinha e Capri.
Virou Baderna, de Chapinha.
Até Quando, de Chapinha.
Criança de Rua, de Chapinha.
A Natureza, de Magnu Souza, Maurílio de Oliveira e Wilson Sucena.
Desavenças Banais, de Chapinha.
Perdoa-me Senhor, de Chapinha.
Irmãos de Fé, de Magnu Sousá, Maurílio de Oliveira, Paqüera e Chapinha
(Página 09)
Nossos Parceiros
Comunidade Samba da Vela
O Samba da vela surgiu por iniciativa do compositor José Marilton da Cruz, o Chapinha, e de deu parceiro Paqüera que se juntaram a Magnu Sousá, e Maurílio de Oliveira, integrantes do Quinteto em Branco e Preto, e resolveram formar uma roda de samba semanal, em que novos compositores pudessem apresentar suas criações. Foi em julho de 2000, no bar Ziriguidum, o primeiro encontro da roda que mais tarde daria origem ao Samba da Vela. Na primeira semana, eram cinco pessoas. Na seguinte, 15. Hoje, são mais de 200 pessoas toda segunda, às 20h30.
Desde 2002, a morada do Samba da Vela é a Casa de Cultura de Santo Amaro. Para começar, acender-se uma vela e até a chama apagar o samba de novos compositores é mostrado direto ao povo. Depois, há a distribuição de uma saborosa sopa, custeada por todos.
A ideia recupera com simplicidade uma prática comum nos bons tempos em que os compositores se reuniam em rodas de sambas nos bares e botecos para construções coletivas e parcerias inusitadas. Hoje, a celebração é da arte, do espírito de um templo erguido dentro de cada um dos participante da roda. A essência do samba da vela é uma comunidade. Um lugar fora do lugar e que tem e não tem lugar certo. Uma comunidade que começou não se sabe onde.
Só nos primeiros cinco anos, 400 composições foram catalogadas.
Osvaldinho da Cuíca
Convidado Especial
Canto, compositor, sambista, ritmista e passista brasileiro. É um dos maiores nomes da história do samba paulistano, já tendo tocado com Adoniram Barbosa, e sido intérprete de samba-enredo da Gaviões da Fiel, quando esta era ainda um bloco. Gravou inúmeros trabalhos com composições próprias e com parceiros como Germano Mathias, entre outros.
(Página 10)
Paidéia Associação Cultural
A Cia. de Teatro Paidéia é originária do Grupo de Teatro Monte Azul, criado em 1987, na Favela Monte Azul. A Paidéia Associação Cultural foi fundada oficialmente em 1998, inicialmente estendendo seu trabalho de resgate e integração social a duas escolas da rede pública municipal. Hoje a Cia. Está abrigada onde funcionava antigamente um depósito ou galpão para lixo, transformado no Pátio dos Coletores da Cultura. Apesar de o foco de seu trabalho ser o teatro, a Paidéia tem um coral e um grupo de dança. Entre suas atividades também incluem promoção de encontros, palestras, seminários e parcerias com escolas públicas do entorno. Participa de movimentos de cultura, de festivais e mostras de teatro em São Paulo e no interior. Já se apresentou no exterior na Alemanha e Argentina, entre outros. Ao longo de sua existência acolheu mais de 500 jovens nos grupos da Cia. Paidéia de Teatro Jovem e é uma referência para a cultura na região de Santo Amaro.
Caíto Marcondes
Convidado especial
Compositor, arranjador e percussionista, tem se destacado pela versatilidade com que se move em várias áreas de atuação, seja elas, o cinema, o balé, orquestras sinfônicas ou a performance ao vivo. Participou de vários grupos, entre eles, o de Hermeto Pascoal e a Orquestra Popular de Câmara. Também realizou diverso CDs em carreira solo.
(Página 11 e 12)
Glossário & Curiosidades
Ária: Ária, em italiano, quer dizer ”ar”. Na ópera, é uma peça musical escrita para uma só voz, acompanhada por instrumentos, na qual predomina a melodia.
Ato: É a divisão formal da ópera em partes, indicada pelo compositor e freqüentemente, subdividia em cenas.
Bel Canto: Arte italiana de cantar de forma refinada, com finalidade de exibir técnica impecável e interpretações virtuosísticas. Difundiu-se a partir do século XVII.
Castrati: Do latim, castratu (castrado). Eram cantores com voz soprano ou mezzo-soprano. Conseguiam essa façanha removendo os testículos dos rapazes antes da mudança de voz, na puberdade.
Contraponto: Do latim, punctus contra punctum (nota contra nota). É a arte de combinar duas três ou mais melodias sobrepostas, individualizadas em planos, alturas e durações diferentes, mas relacionadas entre si.
Coro: do grego Kroros. É um conjunto de vozes que pode variar no número de componentes e na formação: infantil, feminina, masculina e mista. A formação mista mais usada é: sopranos, contraltos, tenores e baixos.
Coxias: São os bastidores, os corredores que contornam a cena, no palco do teatro; a caixa do palco.
Diapasão: Instrumento gerador de audiofrequências, usado para afinar as vozes e instrumentos. O mais conhecido tem a forma de uma forqueta metálica. Produz 440 vibrações por segundo, que corresponde a nota lá, central do piano.
Dueto: Composição musical para duas vozes ou instrumentos. Canto a duas vozes.
Harmonia: Ciência que tem por princípio analisar verticalmente o acorde musical. Arte que tem por fim a combinação ou descombinação de sons simultâneos ( harmonia em repouso) e sua subsequente ligação (harmonia em movimento).
Melodia: Sucessão ascendente ou descendente de sons musicais por intervalos diferentes. Geralmente, a força vital da melodia está na combinação dos valores (duração) e na acentuação rítmica. Esse movimento de ondas sonoras tem a propriedade de agir sobre o estado emocional, psicológico e até mesmo físico do ser humano.
Movimento: É usado com sinônimo de andamento, não só para indicar o grau de velocidade, mas também o caráter de interpretação que o compositor deseja imprimir nu trecho da música.
Ópera-Bufa: Surgiu no final do século XVII, derivada dos intermezzos, pequenos esquetes cômicos e musicais que aconteciam nos intervalos das chamadas “óperas sérias”. Manifestação típica da “escola napolitana”, tratava de assuntos do cotidiano, cômicos, com personagens burlescas, de caráter popular e às vezes escrita em dialeto.
Opereta: Gênero de temática alegre, com música leve, ligeira e despretensiosa. Compositores famosos nesse estilo: J. Offenbash (Os contos de Hoffmann) e J. Strauss (O Morcego).
Polifonia: É a sobreposição de várias linhas melódica, vocais ou instrumentais (Contraponto), com independência rítmica, mas conjugadas em uma só ideia musical.
Recitativo: Declaração musical do texto entre as partes de uma ópera. Tem como base seguir o acento natural das palavras.
Renascimento: Movimento artístico e científico dos séculos XV e XVI que pretendia ser um retorno à Antiguidade Clássica.
(Página 13)
Principais Tipos de Samba
Samba-Enredo: Surge no RJ durante a década de 1930. O tema está ligado ao assunto que a escola de samba escolhe para o ano do desfile. Geralmente aborda conteúdos sociais ou culturais.
Samba de Partido Alto: Com letras improvisadas, falam sobre a realidade dos morros e das regiões mais carente. É o estilo dos grandes mestres do samba.
Samba de Gafieira: Foi criado na década de 1940 e tem acompanhamento de orquestra. Rápido e sincopado na parte instrumental, é muito usado nas danças de salão.
Sambalanço: Surgiu na década de 1950 em boates de São Paulo e Rio de Janeiro. Recebeu uma grande influência do jazz. Exemplo: Jorge Bem Jor, que mistura também elementos de outros estilos.
Samba-Choro: Surgiu na década de 1920, de maior complexidade melódica e harmônica, derivado do choro.
Pagode: Nasceu na cidade do RJ, na década de 1970. Tem um ritmo repetitivo e utiliza instrumentos de percussão e sons eletrônicos. Espalhou-se rapidamente pelo Brasil, graças às letras simples e românticas.
Samba-Canção: Surge na década de 1920, com ritmos lentos de letras sentimentais e românticas. Exemplo: Ai, loiô (1929), de Luiz Peixoto.
Samba Carnavalesco: Marchinhas e sambas feitos para dançar e cantar nos bailes carnavalescos. Exemplos: Cabeleira do Zezé, Bandeira Branca, Cidade Maravilhosa, entre tantas outras.
Samba-Exaltação: Com letras patrióticas e ressaltando as maravilhas do Brasil, com acompanhamento de orquestra. Exemplo: Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, gravada em 1930 por Francisco Alves.
Samba de Breque: Este estilo tem momentos d paradas rápidas, onde o cantor pode incluir comentários, muitos deles em tom crítico ou humorístico. Um dos mestre do estilo é Moreira da Silva.
Bossa Nova: Surgiu no final da década de 1950 na zona sul do Rio de Janeiro. Modificou a acentuação rítmica original e inaugurou um estilo diferente de cantar, intimista e suave. Exemplos: João Gilberto e Tom Jobim, entre outros.
(Página 14)
Serviço Social do Comércio
Administração Regional no Estado de São Paulo
Presidente do Conselho Regional: Abram Szajman
Diretor do Departamento Regional: Danilo Santos de Miranda
Superintendentes:
Técnico-Social: Joel Naimayer Padula
Comunicação Social: Ivan Giannini
Gerentes:
Ação Cultural: Rosana Paulo da Cunha
Adjunto: Paulo Casale
Assistentes: Sérgio Pinto e Mônica Carnieto
Artes Gráficas: Hélcio Magalhães
Assistente: Marilu Donadelli Vecchio
SESC Santo Amaro
Gerente: Mario Augelli
Adjunto: Marecéia R. Teixeira
Assistentes: Marcelo Osório Alberini, Mauricio Del Nero, Nelson Soares da Fonseca e Patricia das Neves
Equipe Técnica: Adriese Castro Pereira, Marcos A. dos Santos, Tais Haydée Pedroso e Ubiratan Nunes Rezende
Abril 2008
(Página 15)
Sampa-Ópera-Sampa
Roteiro e Dramaturgia: Christine Röhrig
Direção Artística: Amauri Falseti
Direção Musical: Paulo Franco
Assistente de Direção: Camila Amorim, Fábio Coutinho, Flávio Porto, Manoela Pamplona e Rogério Modesto
Cenário e Figurino: Márcio Vinicius, Núcleo de Cenografia da Paidéia, Sofia Lopes (produção), Viviane Andrade (assistente de produção), Ulisses Dourado e Ari Gomes (cenotécnica e adereços)
Apoio: Birgit Schöne
Ilustração: Ieda Romera
Letra das Músicas: Chapinha e parceiros (Comunidade Samba da Vela)
Participação Especial
Caíto Marcondes (percussão e voz) e Osvaldinho da Cuíca,
Camerata Popular
Daniel Amorim (baixo e acústico)
Júlia Pires (flauta)
Micaela Marcondes (violino)
Rafael Barreto (violão)
Rafael Cesário (violoncelo)
Comunidade Samba da Vela
José Maurilio da Cruz “Chapinha” (pandeiro)
Claudemir Eurídes de Melo (cavaquinho)
Denival José Alves (violão)
José Alfredo Gonçalves Miranda (tan-tan)
Junior (pandeiro)
Leandro L. dos Santos Veloso (percussão geral)
Luiz Fernando Ramos (banjo)
Magnu de Oliveira Sousá (repique de anel)
Márcio Goulart de Moura (surdo)
Maurilio de Oliveira Souza (cavaco)
Rodrigo Macedo Viana
Profissionais da Cia. Paidéia
Aglaia Pusch
Camila Amorin
Flávio Porto
Manoela Pamplona
Rogério Modesto
Fábio Coutinho
João Marcelo Szwec
Coral Paidéia
Andréa Camargo, Ari Willians, Cláudio da Silva, Efigênia Ramalho, Fanny Moore, Maria Luiza Luz, Nilton Rosa.
Alunos da Cia. Paidéia
Aline David, Aline Matos, Allan Barbosa, Aloísio Banbarra, Amanda Conceição, Ana Beatriz Abreu, Ana Carolina, Ana Claudia Magalhães, Ana Maria Resende, Ana Paula Alves, Anderson Dionísio, André Azevedo, André Wieding, Aruana Granier, Bárbara Suemy, Bianca Garcia, Bruno de Souza, Camila Finotti, Carmem Rosa Cibele Wtcel, Claudia Onorato, Daniel Bay, Danielle Santos, Dayane Correa, Débora França, Débora Ribeiro, Dercílio Alves, Dhiana Cottens, Diego Veiga, Douglas Costa, Edilene Soares. Eliane Espínola, Fabio Lima, Fabrício Riso, Fernanda David, Gabriel Garcia, Gisleide dos Santos, Gustavo Gonçalves, Henrique Milagres, Iara Maria de Souza, Ingra Garcia, Jéssica Almeida, João Guilherme, Joyce Silva, Juan Garcia, Júlia Finotti, Karin Stephanie da Clara, Lais Helena, Laura Fabris, Luiz Carlos Espínola, Lucciano Franco, Luciano José, Marcela de Sena, Márcio Inácio Pirillo, Max Röhrig, Michele Fernandes, Michele Santana, Oliver Tump, Paula Gálio, Pietro De Meo, Priscila Barbosa, Raquel Rodrigues, Rodolfo Matos, Rodrigo de Abreu, Sabrina Vieira, Thais Brito, Thiago Brito, Thiago Barros, Valdênio José da Silva, Vanessa Vieira, Vitória de Mattos, Viviane Andrade, Willian Gomes
Equipe de Apoio Débora Ribeiro e Viviane Andrade.
(Última Capa)
Centro de Convenções do Centro Universitário Senac
Campus Santo Amaro
Av. Eng. Eusébio Stevaux, 823
(Logos) SESC SP, Paidéia, Comunidade Samba da Vela, SENAC SP, Prefeitura da Cidade São Paulo, Subprefeitura de Santo Amaro