Programa, 2004

(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

Brasil Telecom e Prefeitura do Rio apresentam

BAGUNÇA

Libreto e Encenação: Karen Acioly
Partitura Original: Roberto Bürgel

(Verso da Capa)

Bagunceiros Criadores

Encenação e Libreto: Karen Acioly
Partitura Original e Direção Musical: Roberto Bürgel
Arranjos e Preparação Vocal: Deco Fiori e André Protásio
Cenário: Cica Modesto
Figurino: Paula Acioli
Iluminação: Jorginho de Carvalho
Preparação corporal: Duda Maia
Visagismo: Ricardo Moreno

Bagunceiros da Cena

Ana Madalena Nery, Dora
Augusto Ordine, Bento
Erika Riba, Nina
Flávio Bauraqui, Pedro
Letícia Medella: Clara
Marcelo Rezende: Ciro
Mary Fê: Flora
Matias Correa: João
Roberto Bürgel: Arcanjo Pianeiro

Anjo Guitarrista: Ciro Nogueira

Anjinhos: Antônia Coury, Dora Acioly Lutz, Sofia Mendonça, Marta Ribeiro, Ana Carolina Prates.

(Página 01)

A Brasil Telecom acredita e aposta na cultura brasileira. A melhor prova disso são as dezenas de projetos culturais apoiados. É a empresa privada que mais recursos próprios investe no setor cultural. Com essa política, promove e valoriza a diversidade sociocultural do Brasil, consolida novos centros de produção, diversifica os mercados e favorece a formação de plateia.

Fernanda Montenegro, Miguel Falabella, Marco Nanini e Bibi Ferreira são alguns dos grandes nomes do teatro nacional que contam com o patrocínio da Brasil Telecom. A empresa apoia projetos de destaque do cenário cultural brasileiro, como a Intrépida Trupe (RJ), a Cia. Sutil (PR) e o Teatro Vertigem (SP).

Por acreditar na importância da formação de plateias, a Brasil Telecom investe no teatro infantil. O trabalho desenvolvido pela diretora Karen Acioly é fundamental para que se crie o hábito teatral nas crianças. Mais uma vez a Brasil Telecom está ao lado da diretora nesta deliciosa Bagunça, dando continuidade a uma parceria que tem dado muitos frutos para o público infantil nos últimos anos.

Seja no teatro, na dança ou no cinema, a Brasil Telecom já patrocinou, desde 1999, mais de 150 espetáculos teatrais, 50 companhias de artes cênicas, 15 livros, 30 filmes, exposições, workshops e festivais e a preservação do patrimônio histórico, como o Jardim Botânico (RJ), A Biblioteca Nacional (RJ) e a Casa de Cora Coralina (GO).

Brasil Telecom

(Página 02)

O Bagunço-Libreto

Inventamos um jeito de contar essa história fazendo com que muitas outras, dentro dela coubessem.

Afinal, não é assim que se passa com cada criança??? Com cada minuto de uma criança??? Com milhões e milhões de histórias acontecendo em casa átimo de segundo???

Nosso ponto-de-vista é o de quem encontra o mundo pela primeira vez: – como entendê-lo???
Para entender o mundo, só brincando de mundo!!!
Só sendo muita gente, muito bicho, muita coisa!!! Ocupando cada milímetro de imaginário!!! Só fazendo teatro!!!
Assim, imaginando sem cessar, as cenas foram sendo vivenciadas, escritas/reescritas, tentando nunca “fechá-las” ao imaginário do próximo, da criança que nos assiste.

Criamos com isso uma dramaturgia pontilhada, cheia de espaços propositais para que este nosso público possa contribuir com seu olhar generoso, com sua fertilíssima criação.

A bagunça é dinâmica e não poderia estar diante de uma quarta parede sem transformá-la em algo novo. Da mesma forma, a linguagem dos bebês passa ser agora entendida pelos adultos, como uma língua pronta e milenar, ansiosa para ser decifrada. Quantas palavras desconhecidas se apresentam a um bebê, que infinidade de significações!!!!

A história? As histórias? São muitas Escolham as que preferirem. Do ponto-de-vista que mais lhes aprouver. Das que mais gostamos, ficaram essas. Muitas outras reciclamos.

Esta é a nossa Bagunça: ver o lado de dentro do imaginário, virar tudo pelo avesso, descobrir outra lógica…, falar o “bebelês”; em suma: mergulhar na eterna fonte da vida que é a infância, com todo o prazer!!!

Da Dramaturgia e Encenação

Tudo junto a um só tempo; todo mundo criando sem parar, um time de craques que apuram seus olhos, ouvidos e mais todos os seis sentidos.

A mim coube apenas … bagunçar!!!

Dedico esta Bagunça aos meus filhos Dora e Ciro e aos bagunceiros do palco e de dentro dele: Bob, Deco, André, Paulete, Cica, Marta, Madá, Flavinho, Lelê, Erikota, Marifê, Matias, Marcelão, Magadá, Fêr, Tininha, Sérgio, Duda, mAriana, Cesinha, Robson, Oscar, Adriana, Isabella, Edu e, em especial, ao João Lutz e aos bagunceiros da Escola Sá Pereira, que muito nos ensinaram a brincar de tudo.

Karen Acioly: botando bagunça na casa!

(Página 03)

Dos Sons Abagunçados

Desde lá de dentro da barriga quentinha da nossa mãe que músicas várias nos convidam à bagunça. O batuque do coração ali perto, a voz materna, os barulhos estranhos do mundo lá fora. O som, como se sabe, é um bagunceiro de marca maior. Já ficamos querendo dançar e às vezes escapam alguns chutinhos, ops! E quando a mamãe cantarola ou ri… ah, daí é que ficamos mais alegres. Curtimos tudo num envolvente som barrigofônico. Não é à toa que a primeira coisa que se faz ao nascer seja botar a boca no trombone: Uéééé! Eita, já saímos bagunçando! Bem, enquanto não dominamos os idiomas locais, vamos de bebelês mesmo – essa linguagem universal.

No princípio, achei curiosa a ideia de compor uma ópera baby. Carambola, será que eu ainda me lembrava daquela que é a fase mais impressionante da nossa vida: a primeiríssima infância? Todo mundo se lembra, é só começar. E, se faltam detalhes, sobram emoções. Fizemos então uma oficina com crianças bem pequenas, que era pra elas nos consertarem de nossa amnésia adulta. E eu fui lembrando que o som se divide em fortão e fininho, pra pular e pra ficar no colo, meio igual e divertido. Como pude me esquecer?!
Dizem que bagunça boa é bagunça cheia de gente. Que não seja por isso, chamamos uma porção de amigos pra virem brincar conosco. Então, simbora pra bagunça, um, dois, três e… jacaré!

Roberto Bürgel, Compositor-Bagunceiro, sorriu logo após entoar seu primeiro berro na maternidade, vai ver que gostou da acústica da sala.

Arranjos Vocais

Um caldeirão de solos, tuttis, contracantos, polifonias, uníssonos, terças, dissonâncias, acordes de 3, 4 e 5 vozes. Assim são os arranjos vocais dessa grande bagunça musical proposta por Karen Acioly e Roberto Bürgel.

Tal como acontece com as crianças, aqui a brincadeira pode mudar de uma hora para outra. São solos e coros que se fundem numa bagunça organizada, onde novos elementos sempre nos levarão para a próxima “música-brincadeira”.

Os mais diversos e divertidos sons e timbres do riquíssimo universo sonoro das crianças se alia a uma inusitada combinação de barroco, MPB, Pop e o belt dos musicais, abrindo de vez o leque dessa nossa bagunça vocal.

Deco Fiori, Arranjador e Preparador Vocal

(Página 04)

Figurinos

A grande fonte de inspiração para a criação dos figurinos do espetáculo Bagunça é o próprio título, aliás, muito bem representado pela autora, Karen, que em sua infância surpreendia a todos os familiares quando se “arrumava” para ir à escola. Era uma estética à parte: blusinha listrada, saia xadrez, meias estampadas, sapatos de “boneca” e bolinhas coloridas no cabelo cheio de cachinhos. E lá ia ela, toda feliz, com sua maneira particular de ilustrar o seu dia-a-dia, alheia aos apelos da mãe e irmãos para que não saísse “daquele jeito”.

Assim são as crianças em seus primeiros anos, observadoras e criativas, elegem uma estética própria. Encontram seus elementos, suas cores e formas prediletas, seus símbolos, suas próprias dimensões de objetos e intensidade de sentimentos: a mamadeira com o leite parece imensa, pois o leite é o seu principal alimento; o relógio presenteado pelo pai é quase tão grande como o amor que os une, saber ver que horas são é secundário…

As referências afetivas são suas principais referências para as brincadeiras aparentemente simples, mas profundamente líricas. A elaboração do figurino de Bagunça se valeu da própria observação de momentos-chaves da vida de uma criança do seu nascimento aos primeiros anos de sua infância. Do berçário até a “Libertação da Fralda” e os primeiros passos, a paleta de cores é suave. A partir daí o bebê sai do “casulo”, caminha, e se descobre. Explodem cores, formas e geometrias. As crianças experimentam misturando, brincando, e assim vão aprendendo a se definir diante de si mesmas e do mundo que as cerca, ludicamente. Corações, flores, estrelas, fadas, bichos, príncipes, bailarinas, princesas, tudo é parte de seu mundo ideal, real ou imaginário. Nessa super Bagunça tudo é possível. A vida é um grande arco-íris, facilmente alcançável, afinal, a imaginação voa e estamos falando de… anjinhos muito bagunceiros!!

Paula Acioli, assina os figurinos deste espetáculo

Cenário

A cenografia tem como foco a transformação da ação cênica. Os painéis brancos com fecho éclair são inicialmente fraldas que viram vaginas, que viram florestas.

As almofadas de um “quarto arrumado” mutam em casinha, muro de castelo, trincheiras e finalmente em nuvens para os anjinhos dormirem.
Crescer é se transformar sempre.

Cica Modesto, cenários

(Verso da Última Capa)

Bagunceiros Escondidos

Registro em vídeo: Mariana Read, Ana e Cesar Rodrigues
Videomaker: Gustavo Marcolini, Limite Produções
Assistente de Produção: Maíra Knox
Projeto Gráfico: Isabella Perrotta/ Hybris Design
Ilustrações: Eduardo Sidney
Assessoria de Imprensa: Approach Comunicação
Fotos: Ana Branco
Sapatos Especiais: Ernesto Nieto Lopez
Adereços Especiais Para Figurino: Adam Mendes e C.R. Produções
Operador de Luz: Maurício Cardoso
Operador de Som: Gabriel D’Angelo
Costureira: Joana Martins Guimarães
Camareira: Lia Moreira
Contrarregra: Renato Severino da Silva
Apoio Cultural: Marcelo Beauty

Contato: cirociro@terra.com.br
Tel: (21) 9915-8380

Agradecimentos

Escola Sá Pereira, Escola Angel Vianna, Project Cultural, PAN Eventos

Eduardo Gomes, Eva Doris Rosenthal, Miguel Falabella, Stella Torreão, Cláudia Gimenez, Ricardo Moreno, Coelha, Carlota, Paula Lacombe, Tetê, Júlia Azevedo, Siro Darlan, Marta Paret, Oscar José Eduardo Andrade.

(Última Capa)

O Bebelês:

Mhãn mamã nhã dá mamá
Mamã dá mamá mamãnhi
U eu é é é é é é
Nhah mamã nhão deixa nhenhén só
Nhaonhao nhaonhaonhaonhao
Nhao deixa nhenhén só

Fevereiro de 2004

Apoio

(Logos) Espaço Stella Torreão, Lunetterie, Delírio Tropical, Payout, Casa Pinto, Escola Sá Pereira, Lei de Incentivo à Cultura, Governo Federal, Prefeitura Rio de Janeiro