(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)
(Capa)
Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Esporte, Fundação de Artes do Estado do Rio de Janeiro – FUNARJ
apresentam
(Logo) Companhia de Teatro Atores de Laura em
O JULGAMENTO
Inspirado em A Visita da Velha Senhora
De Friedrich Dürrenmatt
(Verso da Capa e Página 01)
O mesmo ponto de partida.
Um novo ponto de vista.
Dürrenmatt não escreveu A Visita da Velha Senhora porque achava que “todo homem tem seu preço”, ou qualquer banalidade semelhante do senso comum. A corrupção que toma pouco a pouco os habitantes de Gullen tem seu paralelo na corrupção do corpo e da alma que se instalou em Clara Zahanassian por força do excesso de sofrimento seguido de excesso de dinheiro: descrença em todos os valores, desistência de qualquer sentimento.
A peça de Dürrenmatt pôde tornar-se para nós um ponto de partida para uma montagem teatral evidentemente voltada para a sociedade contemporânea porque revela o processo de “naturalização” da corrupção em que os valores vão se calando diante do interesse ou da necessidade de sobrevivência, e não como um processo moral ou de opções pessoais, mas como uma força social que dobra todos os valores, menos, é claro, os de mercado.
Tal como a peça de Dürrenmatt, O Julgamento não é uma denúncia da corrupção dos poderosos, por tantos considerada o pior dos males da sociedade e do Brasil contemporâneo. Quer ser uma indagação, 50 anos depois, sobre o destino dos valores da nossa cultura diante da generalização da sociedade de consumo, da expansão total do mercado, e da desistência de toda a busca de afirmação de valores que estejam além dos valores materiais.
Esta é a “corrupção” que verdadeiramente importa. Em O Julgamento, o ponto de vista apresentado ao público não é o do protagonista, Alfredo Schill, como na peça de Dürrenmatt, mas o de diferentes segmentos da população de uma grande cidade brasileira, e não de uma pequena aldeia suíça: o procedimento do microcosmo que permite ver melhor o macrocosmo é substituído pela fragmentação da vida contemporânea como expressão mais adequada do processo generalizado do domínio de valores materiais sobre o qual se faz uma indagação crítica em nossa montagem.
(Página 02)
O Julgamento
Inspirado em A Visita da Velha Senhora
de Friedrich Dürrenmatt
Ana Markun: O Vendedor de Chaveirinho, Tati e uma Criança
Ana Paula Secco: A Prisioneira Sheila
Anderson Mello: Mauro e Policial
Charles Fricks: Alfredo Schill
Clara Linhart: A Atriz
Cristiano Gualda: Frei Anselmo e o Primeiro Advogado
Cristina Terán: Pâmela
Ilana Pogrebinschi: Duda
Ique Larica: Gabriel e Policial
Luiz André Alvim: Cacá e o Ator
Marcio Fonseca: Otávio e Locutor de Rádio
Maria Acselrad: A Vendedora de Flores
Paulo Hamilton: O Promotor
Renata Pogrebinschi: Kátia L. Resende
Sarita Pogrebinschi: O Juiz e a Mãe da Vendedora de Flores
Susanna Krueger: Clara Zahanassian
Verônica Reis: A Prisioneira Cida e a Jornalista Flávia Rocha
Viviane Florêncio: Maria Eugênia
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Texto: Daniel Herz
Direção: Daniel Herz e Susanna Kruger
Iluminação: Aurélio de Simoni
Cenário e Figurino: Lídia Kosovski e Ney Madeira
Preparação Corporal e Coreografia: Tânia Nardini
Assistência Psicanalística: Evelyn Disitzer
Direção Musical: Charles Kahn e Guilherme Hermolin
Programação Visual: Isio Ghelman
Assistência da Programação Visual: Anderson Mello
Fotos: Niza Simões
Divulgação: Companhia de Teatro Atores de Laura
Costureira: Carmelita Heleno (tel: 537-3011)
Cenotécnico: Elias Alves de Souza
Preparação dos Cabelos: Zezinho (Les Papillotes)
Assistência de Iluminação: Ique Laria, Luiz André Alvim, Marcio Fonseca, Anderson Mello e Paulo Hamilton
Assistência de Cenografia e Execução de Adereços: Deronico Martins e Ângela Martins
Direção de Produção: Susanna Kruger
Produção e Realização: Companhia de Teatro Atores de Laura.
(Página 04)
Currículo da Companhia
A companhia de Teatro Atores de Laura formou-se na Casa de Cultura Laura Alvim com a direção de Daniel Herz e Susanna Kruger
1992/1993: A Entrevista, de Bruno Levinson e Daniel Herz. Depois de seis meses em cartaz no Rio de Janeiro a Companhia excursionou pelo interior de São Paulo, depois no Teatro SESC Anchieta, na capital e, apresentando-se por fim, no Teatro Nacional de Brasília.
1994: Cartão de Embarque, também de Bruno Levinson e Daniel Herz. Depois de temporada de seis meses no Rio de Janeiro, apresentou-se também na capital paulista. A peça foi indicada em duas categorias do Prêmio Coca-Cola de Teatro Jovem-1994, melhor texto e melhor direção.
1995: Sonho de Uma Noite de Inverno ou Julliet’s Birthday, espetáculo de plateia itinerante. A Companhia de Teatro Atores de Laura e atores convidados representaram 50 cenas de comédias, tragédias e dramas históricos de William Shakespeare por todas as instalações da Casa de Cultura Laura Alvim em uma única apresentação, encerrando o Forum Shakespeare de 1995 na cidade do Rio de Janeiro.
1995/1996/1997: Romeu e Isolda, criação coletiva da Companhia. Ficou por dois anos em cartaz no Rio. A peça ganhou o Prêmio Shell-1995 de melhor iluminação (Aurélio de Simoni), e cinco indicações para o Prêmio Coca-Cola de teatro Jovem -1995, tendo recebido o prêmio de Melhor Direção (Daniel Herz e Susanna Kruger), e cinco indicações para o Prêmio Cantão de Teatro Adolescente – 1995, dos quais levou o Prêmio de Melhor Espetáculo e de Melhor Atriz (Ana Paula Secco). O espetáculo representou o Brasil na Biennale Théâtre Jeunes Publics – Lyon/França em junho de 1997. Em setembro próximo, excursionará pelo interior de São Paulo a convite do Sesc.
1996/1997: Decote, outra criação coletiva da Companhia, inspirada na obra de Nélson Rodrigues. O espetáculoesteve em cartaz por três meses no Rio, participou do VI Festival de Teatro de Rezende, RJ, onde ganhou os prêmios de Melhor Texto, Melhor Direção (Daniel Herz e Susanna Kruger) e Melhor Espetáculo. Apresentou-se também na II Mostra Sesi de Artes Cênicas, em São Paulo, excursionando depois pelo interior do estado a convite do Sesc. A peça recebeu o Prêmio Coca-Cola de Teatro Jovem – 1996 nas seguintes categorias: Melhor Texto, Melhor Direção (Daniel Herz e Susanna Kruger) e Melhor Espetáculo.
Em dezembro de 1997, a companhia participou do projeto Buscas, Rupturas e Transgressões – Processos Cênicos de Companhias de Repertório, que reúne grupos representativos do novo teatro brasileiro, apresentado pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo no Centro Cultural São Paulo, com os espetáculos Romeu e Isolda e Decote.
(Página 05)
Agradecimentos
Bianca de Felippes, Adriana Schneider, Alexandre Loures, Anelise Pacheco, Breno Seabra Guimarães, Bruno Lara Resende, Catsapá Obras e Artes (Tânia, Mabel, Gisela, Maria Isabel e Leci), Cristiane Regis, Euda Reis Alvim, Flávio Marinho, Georg Herz, Gilda Maria Mello, Graftex Comunicação visual, Guilherme Gazzola, José Alcure Neto, Luiz Carlos Pereira Alvim Junior, Marcos Edom, Margarida de Mello, No Ar Comunicação, Paulino Ramos, Roberto Flanzer, Rodrigo Azevedo, Sérgio Gazzola, Tige Comunicação & Design, Úrsula Hartalian, Vanessa Cardoso, CET-Rio e Rei das Tintas.
(Página 06 – Cheque)
Podem me matar, não me queixo, não protesto, não me defendo. Mas posso aliviá-los do seu ato.
Clara Zahanassian
(Cheque Avulso)
Este documento visa retribuir os créditos não exigíveis de tantos amigos e colaboradores eventuais dos quais a adaptação e montagem de O Julgamento são gratas devedoras.
São eles:
Antônio Guimarães, Carla Ribas, Cecília de Mello Lima, Cristina Paes Leme, Daniela Carlos, Gregory Lorenzutti, Helena Stwart, Joana Lebreiro, João Neto, Leonardo Iglesias, Maira Graber, Márcia Cerqueira, Pablo Padilha, Rafael Lima, Robson Alves Vieira e a Companhia de Teatro Atores de Laura.
Daniel Herz
(Verso da Última Capa – Anúncio: Werner Tecidos)
(Última Capa)
Patrocínio
(Logos) FUNARJ, Secretaria de Estado de Cultura e Esportes
Apoio Cultural
(Logos) Formosinho, Geoflex, Alex, Les Papillotes, Lunetterie, Clube das Flores, Lugg