Programa do espetáculo que estreou no dia 02.05.1997, no Teatro da Cidade

Elenco de Criação (da esquerda para a direita): (Em pé) Ricardo Cintra, Moacyr Pereira dos Santos, Luciana Maia, Vania Magno, Carlos Alberto Nunes, Candice Valduga, Sérgio Mota, Paula Lima, Sergio Pinheiro, José Roberto Mesquita, Ju Cassou, Luciano Pullig (Sentados) Derli Sodré de Carvalho, Cazé Hernandez, Ana Luiza Barros, André Paes Leme, Itala Nandi, Luciana Eibel, Carla Soares, Fred Tolipan e Yole Ferreira

(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

Faculdade da Cidade
apresenta

A VIDA COMO ELA ERA…

de Arthur Azevedo

Direção André Paes Leme
Produção Nandi Produções Artísticas
Supervisão Ítala Nandi

(Verso da Capa)

No espetáculo A Vida Como Ela Era… os atores contam / interpretam dez histórias de Arthur Azevedo. A coletânea que reúne contos de humor, principalmente ligados à temática do amor, cria um delicioso panorama da vida amorosa do Rio antigo.

Os atores que se dividem ora como narradores, ora como personagens, fazem o espetáculo possuir além de uma rica dinâmica teatral, um tom coloquial e envolvente. A plateia tem algumas vezes um “bate-papo”, ou quem sabe ser cúmplice de uma maliciosa “fofoca”.

A encenação optou por não contar uma história de cada vez e sim entremeá-las. Isto faz com que o palco não seja um lugar específico na convenção teatral; ele pode ser, ao mesmo tempo, um escritório, uma sala de estar, ou até mesmo um bonde. O palco antes de tudo é uma porta para o imaginário do espetáculo; um exercício do faz-de-conta teatral.

A Vida como Ela Era… é um espetáculo leve e divertido que aventura-se pelos costumes do Rio antigo e pelos costumes do Rio Antigo e pelos mecanismos do jogo cênico.

André Paes Leme

(Interior)

Desde os tempos mais antigos, os atores, os músicos e os dançarinos formam uma classe à parte, de caráter semi-sacerdotal, um pouco à margem da sociedade. “idealistas”, “sonhadores”, “revoltados” “misteriosos”, etc., etc. Esses são alguns dos adjetivos que os classificam. Além disso, faz parte desse mito que cerca o artista, dizer que o teatro está ligado à magia. É tudo verdade e é tudo mentira. Mas o ator, como um mago, é capaz de criar “climas”, “atmosferas”, de metamorfosear-se quando empresta seu corpo para chamar, evocar personagens. Ele passa a ser uma espécie de médium e chega a ultrapassar os limites de sua própria compreensão. Muitos dos grandes atores, depois de maquiados, não são mais eles mesmos. O ator estuda métodos, procura racionalizar e brechtianamente não cair nessa armadilha da identificação. Mas há um momento no ato de interpretar, na criação, que: “perco a noção de mim, apesar de saber que eu sou”. É complicado? Para nós não. Somos assim, “aqueles que podem viver sonhando acordados”.

Na humanidade são poucos os que não desejam realizar o sonho de serem artistas e muito raros os que conseguem realizá-lo. Pois a carga humana é demasiadamente humana, sem a perspectiva de saber – Viver com arte!

Nossos atores (15 no palco) e mais de uma centena deles no Curso de Formação de Atores, estão podendo estudar, forma-se e ter, além de um palco, condições para “sonhar acordado” e é isso que nos faz a todos muito felizes!

Divirtam-se

Ítala Nandi

Arthur Azevedo

“Plebiscito”, “Velho Lima”, “A Polêmica”, “A Filha do Patrão”, “A Reclame”, “Sabina”, “História de um Soneto”, “O Espírito”, “A Cozinheira“,“A Mo;a mais Bonita do Rio de Janeiro“, foram estes os contos de Arthur Azevedo, (185551908), que André Paes Leme escolheu para adaptar ao espetáculo A Vida Como Ela Era… Através dessa montagem, o diretor pretende resgatar a memória do ilustre maranhense que tornou-se mais carioca e tão brilhante em sua época como é em nossos dias Nelson Rodrigues. Seu conto mais famoso, “Plebiscito” (encenado agora), mostra como as coisas não mudaram tanto, de um século pra cá – até esse plebiscito em 1993. Arthur Azevedo foi ainda jornalista e combativo abolicionista, fez campanha a favor da Biblioteca Nacional e… contra a novidade das casas de “chope” que tiravam o público dos teatros. Além de uma exuberante criatividade, possuía particular, único e admirável senso de humor, qualidade essas, entre outras, que fizeram a sua gloria.

Direção: André Paes Leme
Assistente: Fred Tolipan
Cenografia: Carlos Alberto Nunes
Figurinos: Luciana Maia
Composição Musical, Coreografia e Preparação Musical: Ju Casson
Iluminação: Fred Tolipan
Fotografia de Cena: Simone de Almeida
Programação Visual: Silvia Szczupak
Divulgação: Ronaldo reis
Direção de Produção: Luiz Joselli
Assistente: Simone de Almeida
Supervisão: Ítala Nandi
Produção: Nandi Produções Artísitcas

Apoios

(Logos) Clinance Cosméticos, Scalp Hair, Regini’s Coiffeur, Lunetterie, Tratoria Gambino, Werner

(Última Capa – Foto da equipe)