(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA) 
                                                                                    
(Capa) 

Projeto Coca-Cola – Teatro Jovem
apresenta

PAPAGUENO

Patrocínio Coca-Cola

(Interior)

Abertura:

Júlia é uma menina. Ela é tão traquina. Tão inteligente. Sua mãe se chama Nina, fica uma fera quando Júlia mente. Júlia sempre faz piada. Dá muita risada da cara da gente. Sua mãe fica zangada. Júlia é debochada. E ri de contente. Júlia só fica mais triste. Quando a Dona Nina. Briga com o Evandro. Ele é o pai da Júlia. Mora em outra casa. Vive trabalhando.

Tema da Júlia l:

Na escola vivem sempre a perguntar. Seu pai por onde está, que nunca vem. Mamãe até tentou me convencer. “Teu pai não se interessa por ninguém”. Mas eu não acredito mesmo assim. Eu quero ter meu pai perto de mim. Por isso eu não me canso de esperar. Eu passo a semana inteirinha a planejar. Começo a sorrir só de lembrar. Papai vem aos domingos me buscar. Eu fico tão feliz quando ele vem. Que chamo os meus amigos só pra ver. São muitos compromissos que le tem. Por isso é que ele custa a aparecer. Mas eu não me incomodo mesmo assim. Eu quero é ter meu pai perto de mim. Eu sei que um dia ainda eu vou ver. Meu pai voltar pra casa e com a gente vir morar. Enquanto isso não acontecer. Papai vem aos domingos me buscar.

Sou Dona do meu nariz:

Passei a vida toda na cozinha. Mãe, dona-de-casa, mulher exemplar. Só passeava no supermercado. Cansei desse castigo e resolvi me separar. Hoje sou livre, sou independente. Posso estudar e posso trabalhar. Mas minha filha se faz de inocente. E faz tudo do contra para eu me emancipar. Mas eu… Sou dona do meu nariz. Eu faço o que eu sempre qui. E a Júlia quer me atrapalhar. Não deixa eu namorar. Ela não gosta dos meus namorados. Faz artimanhas para os assustar. Com o Rodolfo ela foi tão malvada. Passou sabão no chão para ele escorregar. Com o Ronaldo não foi diferente. O mais bonito que eu pude arranjar. A Júlia fez cocô na sopa. E disse pro Ronaldo que era vatapá. Mas eu… Sou dona do meu nariz. Eu faço o que eu sempre quis. E a Júlia quer me atrapalhar. Não deixa eu namorar.

Executivo Exemplar:

Executivo exemplar. Faço tudo com meu fone celular. Eu nasci pra dirigir e comandar. Eu adoro trabalhar. Não tenho almoço e nem jantar. O escritório é a minha vida, é o meu lar. Hora extra para mim é um manjar. Eu só penso em trabalhar. Eu gosto é de ganhar dinheiro. O meu faro para ter lucro é certeiro. Eu compro, vendo e especulo o dia inteiro. O meu negócio é aplicar. Nunca gostei de brincadeira. O lazer para mim é sempre uma besteira. O meu tempo eu uso de uma outra maneira. De um jeito que eu possa lucrar.

Samba do Papagaio:

Desde o tempo do Zé Carioca. O papagaio já entrava em extinção. Nos desenhos de hoje só trabalham. O cachorro, o gato, o sapo e o leão. A vida no zoológico é difícil pra xuxu. Em vez de dar alpiste me deram angu. Eu fui pro Pantanal fazer novela na TV. Mas só o jacaré é que pagaram um bom cachê. Nesses tempos de ecologia. Se denuncia em campanhas nos jornais. As espécies de aves raras como a minha. E cujas penas embelezam os carnavais. Até o pato que vinha cantando alegremente. Hoje não canta porque não tem dente. Mas mesmo assim eu sigo repetindo pra você. Na vida a gente ganha o que se faz pra merecer. E é por isso que eu hoje canto assim. Eu vivo preso, mas aqui gostam de mim. A ave rara. Era um caçador bastante mau. Pegava os bichos pra fazer mingau. E quando a ave rara ele viu. Seu estômago vazio até sorriu. Mas a ave rara percebeu. Quando o caçador apareceu. E pôs-se a cantar uma canção. E do caçador tocou o coração. U,u,u,u,u,U,u,u,u,U,u,u,u. E o caçador que era mau. Desistiu pra sempre do mingau. E foi com a ave rara procurar. Verduras e legumes pro jantar. Uma amizade se formou. E o caçador não mais caçou. Mas seguiu cantando a canção. Que salvou a ave da extinção. U,u,u,u,U,u,u,u,U,u,u,u,U,u,u,u.

Tema de Júlia II:

Pra quem sobre os meus pais quiser saber. Os dois são separados. Vou dizer. Se os corações já não são mais um só. O amor que têm por mim é bem maior. Que o amor que um dia eu ansiava ter. Só hoje é que eu consigo entender. Há muitas formas de amar. Se avida separou o coração pode juntar. Começo a sorrir só de lembrar. Papai vem aos domingos me buscar. A gente às vezes cresce sem saber. O verdadeiro amigo onde está. Felicidade a gente pode ter. Mas não consegue nunca enxergar. Mas eu quero tentar não ser assim. Eu quero ter meu pai junto de mim. Eu sei que eu também posso ajudar. O nosso dia a dia num prazer se transformar. Começo a sorrir só de pensar. Papai vem aos domingos me buscar.

Música Final:

Júlia é uma menina. Ela é tão tranquila. Tão inteligente. Sua mãe se chama Nina. Fica uma fera. Quando a Júlia mente. Júlia sempre faz piada. Dá muita risada. Da cara da gente. Sua mãe fica zangada. Júlia é debochada. E ri de contente. Júlia não fica mais triste. Nina já não briga. Mais com o Evandro. Eles vivem separados. São dois bons amigos. Sempre se ajudando

Alice Borges
Claudia Mele
Cláudio Mendes
Fernando Sant’Anna

Músicos
Sax e Flauta: Daniel Garcia
Teclado: Tim Rescala ou Monique Aragão

Texto e Música: Tim Rescala
Direção: Lúcia Coelho
Direção de Arte: Cica Modesto
Direção de Movimento: Lia Rodrigues
Light Designer: Jorginho de Carvalho
Assessoria de Imprensa: João Pontes
Design Gráfico: Daniel Morena
Assistente de Direção: Andréa Dantas
Direção de Produção: Oscar José

Confecção de Bonecos: Fernando Sant’Anna e Heloísa Lyra
Assistente de Iluminação: Marcos Paulo
Assistentes de Produção: Fernanda Coelho e João Henrique
Escultor Cenográfico: Gliston Paiva
Costureira: Izaura Neves
Operador de Luz e Assistente Estagiário: Paulo Roberto
Eletricistas Cênicos: Well Ribeiro, Adilson de Souza, Flávio Soares
Coordenador de Palco e Som: Paulo Gustavo
Operador de Som: André Braga
Assistente de Palco: Marcos Arruzzo
Contrarregra: Kito Leites
Bilheteira: Mara Campos
Porteiro: Julio Rodrigues
Coordenador do Teatro Dina Sfat: Celyna Lyra
Coordenação Administrativa: Cely Bianchi
Motorista: Wellington Terra
Apoio Técnico: Luiz Sobrinho e Jorge de Oliveira

Este espetáculo estreou dia 10/05/97 no Cineteatro Dina Sfat – Centro Cultural Gama Filho – Piedade – Rio de Janeiro.

Empresa responsável: L. A. Rescala Produções Artísticas: Tel (021)567.435

(Última Capa)

Agradecimentos

André Gustavo Silveira, Adílio Athos, Bruna Richars, Bianca de Felippe, Candido Dan, Carlos Antônio Lamônica, Carlos Gama, Chistian Jardini, Flávio Marinho, Gabriel Jardini, Isabela Mele Rescala, Julia Rescala, Karen Acioly, Léo Machado, Luiz Carlos Lima, Magda Modesto, Maria Cristina do Carmo Silva, Marcos Edon, Oscar Felipe, Orlando Miranda, Ricardo Brito, Stella Antunes, Walter Antunes, Walter Santos, Zeca Assumpção

Realização

Centro Cultural Gama filho

Apoios

(Logos) Litografia Tucano, HomeBurgers, Christina Ciffeur, Rainer Fotolitos, TELERJ