Programa do espetáculo que estreou na cidade do Rio de Janeiro, no Centro Cultural da Light, em 1997



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(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

(Logo) Centro Cultural Light

MANOSSOLFA

de Karen Acioly

(Verso da Capa)

Manossolfa

Código gestual criado por Heitor Villa-Lobos para ensinar as notas musicais, o solfejo, e desenvolver o gosto pela música falada, entoada, simples e desenvolvida.

Espetáculo de teatro feito por e para crianças com o objetivo de registrar as canções, gestos e brincadeiras das infâncias de ontem e hoje. Espetáculo falado, entoado, simples e desenvolvido.

(Página 01)

O Roteiro

De repente parece que os segundos, dias meses, anos e horas que se passaram em nossas vidas e que estão tão presentes, viraram – sem nos avisar – passado…

E esse passado parece então se revelar mais próximo do que sempre esteve. É quando nos damos conta que a nossa relação com o tempo, manteve intacta dentro de nós a nossa criança que nos habita para sempre. Para esta criança, a principal criação está nas Relações Sociais, pois são elas que as fazem viver e entender a arte, a ciência e o mistério das coisas.

Manossolfa partiu da ideia do registro de brincadeiras e canções da nossa mais genuína infância que hoje estão quase esquecidas.

A partir de temas propostos às crianças escrevi, reescrevi pequeninos e fragmentados textos ao longo do processo de ensaios, tendo como fio condutor imaginário e os jogos infantis.

A tarefa de escrever e mudar tudo de lugar várias vezes, apenas legitimou a riqueza e dinâmica do processo de criação do espetáculo.

Acredito que juntos, conseguimos entender a possibilidade de unir os tempos, identificando o lugar, a emoção e a importância da eterna infância, para sempre dentro de nós.

(Página 02)

A Direção

A primeira sensação que tive, ao apresentar as canções e brincadeiras de roda de ontem para as crianças de hoje (do elenco), é que faltava algum “borogodó” para que essas brincadeiras as divertissem e as emocionassem.
Tudo parecia meio formal e sem graça.

Esse “borogodó” que faltava, veio brotando sutilmente, de acordo com a repetição e a intimidade das crianças com os jogos e com a representação. Foi a partir da construção dos personagens, ou seja, de crianças inventadas pelas crianças, que o gosto pelas brincadeiras surgiu.

As brincadeiras só têm graça quando nós as reinventamos, quando nós damos a elas nossa criatividade, malícia e astúcia.

Logo, era de se esperar que a mera repetição dos jogos não fosse suficiente para a atividade criadora das crianças do elenco. Isso porque estas crianças não se limitam apenas a recordar e reviver experiências passadas quando brincam, mas as reelaboram criativamente combinando-as entre si e construindo com elas novas afeições, suas necessidades, seus desejos, e suas paixões. A criança que cada um tem dentro de si traz lembranças afetivas onde ruas, parques recreios ou uma tarde de primavera constituem, apesar dos adultos, um mundo poético, com significação própria.

Nesses lugares – verdadeiros esconderijos de nossa memória – a criança para sempre constrói uma outra significação do cotidiano.

Manossolfa é a brincadeira de registrar em movimentos: canções, rondas, brinquedos e jogos infantis, de forma simples e despretensiosa. Misturando os tempos de hoje e de ontem, dramatizando o teatro do dia-a-dia das crianças de qualquer tempo, pois, brincar é transcender!

Dedico este espetáculo ao meu filho Ciro e à grande educadora Julia Azevedo. Às crianças do elenco “Tuhu, o menino Villa-Lobos”, hoje adolescentes. E às queridas mestras Agnes Moço, Magda Ventura e Norma Horst, que foram de extrema importância para este trabalho, E, João Lutz.
                                                                                                                                                                 Karen Acioly

(Página 03)

Agradecimentos

Nancy e Luccy Deccache, Maria Eunice Moço, Paulo Moço, Padaria Colonial, Betina Vianny, Magda Ventura, Pedro Girão, Carlos Augusto de Oliveira Távora, Sérgio Lutz Barbosa
Escola Tia Tereza, Enfim Enfant

(Página 04)

A Linda Rosa Juvenil e Outras Músicas da Peça

A linda rosa juvenil
Candiero
Papaguaio, periquito
Canoa nova/A canoa virou
Eu sou pobre, pobre, pobre
A carrocinha pegou
Passa, passa gavião
O pião
Vai abóbora
Siricoté
Bambambulelê
Hei de Namorar
Você diz que sabe tudo
Jardins das Flores
O Cravo Brigou com a Rosa
Escravos de Jó-Cânone
Nesta Rua
Caranguejo/Pombinha rolinha
O sapo Cururu
Eu Entrei na Roda
Linda Rosa Juvenil
Margarida
Fui no Itororó
Samba-Crioula
Samba-Lelê
Ciranda, Cirandinha
História de Trancoso
Meus Oito Anos

(Verso da Última Capa)

Brincadeiras e Brinquedos

Passa-passa gavião
Pimentinha-pimentão
Escravos-de-Jó
Marré-de-Cy
Jardim das flores
A canoa virou
Carneirinho-carneirão
Samba-Lelê
A linda rosa
Teresinha de Jesus
Pai Francisco
Ciranda, cirandinha
Atirei o pau no gato
Marcha soldado
Cai, cai, balão
Apareceu a Margarida
Lenços atrás
Passar anel
Batatinha-frita
4 cantos
Estátua
Amarelinha
Cabra-cega
Pique-bandeira
Pique-esconde
Pique-tá
Pique-alto
Queimado
Estátua
Gato mia
Polícia e ladrão
Lenga-lalenga
Eu com as 4
Adoleta
Rua 24
Bandeirinha
Berlinda
Mamãe posso ir
Batatinha-frita
Cabra-cega
Chicotinho-queimado
Pular carniça
Morto vivo
Quatro cantos
Corrida de saco
Pera/uva/maçã
Telefone-sem-fio
Dança da Laranja
Dança da Cadeira
O que seu mestre mandar
Patinete
Corda
Bambolê
Pião
Bolinha-de-gude
Dominó
Bola
Taco
Bodoque
Pipa
Peteca
Carrinho de Rolimã
Iô-Iô
Cama-de-gato
Elástico
Botão
Dardo
Biboquê

(Última Capa)

Elenco

Beatriz Galindo
Daniela Boechat Cáfaro
Débora Garcia
Júlia Barreto
Júlia Bernat
Júlia Mendonça
Júlia Rebello
Joana Freire
Jonas Cáffaro
Lorena Tardin
Maíra Sobrosa
Maria Accioly
Marina Considera
Milena Tardin
Nur Khattab
Priscilla Pessoa
Vinícius Deccache

Ficha Técnica

Roteiro, Direção e Pequenos Textos: Karen Acioly
Direção Musical: Agnes Moço
Direção de Produção: Eveli Ficher
Produção do Curso de Musicalização Agnes Moço: Tiene Deccache
Preparação Corporal e Assistente de Direção: Duda Maia
Preparação Vocal: Maria Eunice Moço e Débora Garcia
Cenário: Lídia Kosovski
Assistente de Cenografia e Cenotécnica: Ângela Guaraná e Deronico Martins
Figurino: Ney Madeira
Iluminação: Paulo César Medeiros
Assistente de Produção do Curso de Musicalização: Sandra Rodrigues
Divulgação: Troupe Produções
Produção Executiva: Karen Acioly
Projeto Gráfico: Isabella Perrotta
Ilustrações: Eduardo Sidney

Uma realização: Borogodó Empreendimentos Culturais

Patrocínio

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