Programa, 1996

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(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA) 

(Capa)

FIESP / CIESP / SESI / SENAI / IRS

Teatro Popular do Sesi
apresenta

O Grupo XPTO em

O PEQUENO MAGO – 1996 

Teatro Popular do Sesi
Av. Paulista, 1313 Sala Osmar Rodrigues Cruz
Tel. 284.9787

O Pequeno Mago – de 01/06 a 15/12/96
190 espetáculos
65.600 espectadores

(Página 1)

A presença do premiado grupo XPTO no palco do Teatro Popular do Sesi é a feliz combinação de um trabalho cuja a criatividade mereceu reconhecimento internacional, e um projeto de produção e divulgação da arte cênica, que tem por objetivo oferecer espetáculos de cunho popular, de linguagem e concepção artística variadas, a um público carente de cultura. O ambiente ideal para que seus artistas expressem com mestria a diversidade de sua invenção.

À vontade nessa indústria de sonho e cultura que é o teatro, o grupo XPTO revela em O Pequeno Mago um rito de passagem da infância para a adolescência em que a narrativa, o vestuário, o texto, a música, o gesto e a dança surgem como elementos de um conceito artístico de vanguarda que bem caracteriza o projeto desenvolvido pelo SESI. Ao encerrar o sonho e a fantasia, oferece, também, a um público jovem ávido de saber, a oportunidade para uma reflexão sobre o meio ambiente e os perigos que os ameaçam.

Tenho certeza de que, ao apresentar a segunda peça infantil de seu Projeto de Artes Cênicas, o Teatro Popular do SESI está oferecendo ao público um dos mais envolventes trabalhos teatrais já produzidos no Brasil.
                                                                                                                                                      Carlos Eduardo Moreira Ferreira

Este espetáculo fala da passagem da infância para a adolescência, desse momento mágico de transformações. O Pequeno Mago, seu protagonista, é uma criança que entra lentamente para o mundo dos adultos.

No Tarô, que serviu de inspiração, a primeira carta é a do Mago, que abre caminho à iniciação. Nosso pequeno mago, de alguma forma passará por este rito, enfrentando momentos difíceis, provações, escolhas.

O mundo também está passando por grandes transformações. Enquanto algumas delas, como as proporcionadas pela tecnologia e a informática, são bem visíveis, outras ocorrem de forma sutil, no íntimo de cada indivíduo.

Mais do que a passagem para o Terceiro Milênio, a chegada do ano 2000 representa para a humanidade um marco que poderá alterar de forma substancial o imaginário coletivo, motivando grandes mudanças de comportamento e propiciando a entrada definitiva de uma nova era.

Astrólogos, magos e videntes apontam este final de século como marco de entrada para a Era de Aquário. Esta era tem como lema os ideais da Igualdade, Liberdade e Fraternidade.

Convido a todos os pequenos magos que nos assistem hoje a atravessar esta janela de sonhos e a se deixarem levar pela magia que o teatro nos oferece. Boa viagem.
                                                                                                                                                            Osvaldo Gabrieli

(Página 2 – Foto)

Prêmio APCA – 4 Prêmios na Categoria de Teatro Infantil
– Grande Prêmio da Crítica: Grupo XPTO
– Melhor Direção: Osvaldo Gabrieli
– Melhor Figurino: Osvaldo Gabrieli
– Melhor Cenografia: Osvaldo Gabrieli

Prêmio Coca-Cola de Teatro Jovem – 5 Indicações
– Música: Roberto Firmino
– Iluminação: Guilherme Bonfante
– Cenário: Osvaldo Gabrieli
– Figurino: Osvaldo Gabrieli
– Melhor Espetáculo: O Pequeno Mago
Menção honrosa de incentivo a Cultura Teatral para o SESI – Prêmio

APETESP – 11 Indicações
– Melhor Autor: Osvaldo Gabrieli
– Melhor Diretor: Osvaldo Gabrieli
– Melhor Ator Protagonista: Sydney Caria / Wanderley Piras
– Melhor Ator Coadjuvante: Ednaldo Eiras
– Melhor Atriz Protagonista: Grace Giannoukas
– Melhor Música Composta : Roberto Firmino
– Melhor Luz: Guilherme Bonfante
– Melhor Cenário: Osvaldo Gabrieli
– Melhor Figurino: Osvaldo Gabrieli
– Melhor Espetáculo: O Pequeno Mago 

(Página 3) 

O Pequeno Mago, o espetáculo que o XPTO traz ao palco do SESI, contém os ingredientes mais recomendados para ligar a fantasia e acelerar o coração – um animado confronto do bem contra o mal; sonho e poderes mágicos; humor, surpresa e deslumbramentos. Acena com o perigo e a inquietação, quando uma rainha despótica e uma guarda aduladora tentam sequestrar tesouros e submeter as figuras do bem – magos, duendes, o pavão dourado – a seus perversos interesses. Traz alívio, quando a sabedoria dos magos sopra ordem no caos. Convida a plateia a cerrar fileiras com a liberdade e o sonho. Reafirma a esperança.

Estão em cena os figurinos/escultura, que mais do que vestir, definem os personagens – duendes de pés gigantes, soldados de espáduas cilíndricas como varetas de jogos de armar, um capitão com a barriga oval dos pinguins, uma rainha feita de esferas, disforme como uma anã de Velásquez. Está em cena, mais uma vez, a música com o poder de narrar, pontuar e fazer humor. E desfila diante dos nossos olhos a espantosa disposição do XPTO para desafiar os limites do palco e da linguagem teatral. É preciso de uma boa dose de insubmissão para ousar pôr em cena um dragão voando em torno da terra. Tampouco pareceria sensato a um encenador convencional fazer o olhar do espectador deslizar por entre árvores de uma floresta ou penetrar pelas muralhas de um castelo, com a facilidade de um cineasta usando o zoom de suas lentes.

Ao adicionar fala à música, aos sons e aos ruídos que constituíam a linguagem de espetáculos anteriores, o XPTO tratou de aproveitar a oportunidade para obter outras nuances de humor. Nas cenas do capitão com seus soldados, utiliza as próprias palavras pra faze-los tropeçar, sublinhando a estreiteza de seus horizontes. Mas, se em alguns momentos do espetáculo ainda se recorre à sonoridade da fala, mais do que ao seu poder de veicular significado – como nas interferências dos magos -, é porque, de fato, as palavras são coadjuvantes no arsenal de recursos do grupo. O XPTO desenvolveu outras formas de comunicação.

Um dos talentos mais encantadores do grupo, que em seus primeiros tempos tinha na plateia mais notívagos e punks do que frequentadores habituais de teatro, foi construir uma linguagem compreensível com elementos imprevisíveis. Seus espetáculos puseram em cena estranhos seres, alguns com parentescos no reino vegetal (A Infecção Sentimental Contra Ataca, de 1985, tinha flores que engravidavam), outros com toques animais (Coquetel Clown tinha peixes que se apaixonavam), mas, a maioria, de ascendência desconhecida ou inesperada. Um dos quadros de A Infecção Sentimental era protagonizado por sacos de lixo que cuspiam papel celofane; outro por lâmpadas que se amavam.

A maioria dos personagens do XPTO tem os pés nas artes plásticas. Podem parecer pinceladas que ganharam vida e escaparam de alguma tela, ou combinações esculturais de esferas, cilindros e cone, dotados de boa índole ou de maus bofes, conforme a necessidade da história.

Para construir suas belas formas, fazer voar anjos e dragões e pôr a caminhar seres sem pernas, o XPTO teve de criar soluções que constituem hoje um de seus patrimônios.

Nesses doze anos de carreira, o XPTO tratou de temas simples e românticos, como mocinho, mocinha (Buster Keaton Contra a Infecção Sentimental), pierrô, arlequim e columbina (Coquetel Clown), mas também de indagações mais filosóficas, como a passagem do tempo (Kronos, de 1987), a verdade e a alma humanas (Babel Bum, 1994). Ao viajar, a cada espetáculo, pelas formas mais abstratas, o XPTO soube manter, contudo um motivo fundamental do seu sucesso: o vínculo com o sentimento humano. Terno mordaz e inquieto, o grupo utilizou a estranheza e a distância de sua borbulhante linguagem para nos fazer reencontrar os traços mais familiares e universais da nossa própria humanidade.
                                                                                                                                                                 Marta Góes

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Elenco

O Núcleo central do XPTO é formado por:
Osvaldo Gabrieli, Roberto Firmino, Anie Welter, Sidnei Caria, Wanderley Piras

Personagens Pequeno Mago: Anie Welter Intríngulis: Wanderley Piras

Capitão da Guarda: Sidnei Caria
Soldados: Eber Mingardi, Paulo Mendes, Ricardo Castro, Guto Togniazzolo
Elfos: Ednaldo Eiras, Keila Bueno, Roberto Camargo, Marcio Branco Rainha: Grace Gianoukas
Aias: Robson Rui, Carlos Farielo Grandes
Magos: Eber Mingardi, Eleonora Prado
Hilárias: Sidnei Caria, Eleonora Prado, Grace Gianoukas, Paulo Mendes

Músicos
Violino: Marcus Vinícios Gomes
Violoncelo e Flauta: Ana Eliza Colomar
Flauta e Sax: Fernando Bastos
Percussão: Valquíria Rosa
Baixo Elétrico: Lelena Anhaia
Teclados e Percussão: Roberto Firmino

Ficha Técnica

Texto e Direção: Osvaldo Gabrieli
Músicas e Direção Musical: Roberto Firmino
Cenário e Figurinos: Osvaldo Gabrieli
Iluminação: Guilherme Bonfante
Assistente de Direção: Wanderley Piras
Assistentes Técnicos: Anie Welter, Sidnei Caria
Assistente de Figurinos: Sonia Ushiyama
Figurinos dos Músicos: Sonia Ushiyama
Supervisão de Estruturas Cenográficas: Luis Galante
Direção de Produção: Lilian Sarkis e Grupo XPTO
Produção Executiva: Carla Assis
Preparação Corporal: Tica Lemos (Contato / Improvisação), Lelo e Alfredo (Capoeira), Zuzu Bíscaro (Dança Indiana), Renato Melo, Anie Welter
Preparação Vocal: Lúcia Serpa
Técnico de Som: Samir Khan
Efeitos de Iluminação em Objetos Cênicos: Ivan Fagundez
Costureiras: Leci de Andrade, Andréia Dias Casemiro, Jobson de Andrade, Dionéia Dias
Aderecistas: Claudson Silva, Chico Américo, Eduardo Moreira, Silas Caria
Cenotécnico: João Caria
Pintura de Objetos Infláveis: Eduardo Aguiar
Serralheiro: Edson Paulino
Contrarregras: Marcelo Renato de Jesus, Mário Pereira Lopes

(Ultima Contra Capa)

FIESP / CIESP / SESI / SENAI / IRS

Serviço Social da Indústria
Departamento Regional de São Paulo

Entidade mantida e administrada pela indústria

Presidente do Conselho e Diretor Regional: Carlos Eduardo Moreira Ferreira Conselheiros: José Villela de Andrade Júnior, Dante Ludovico Mariutti, Luis Eulalio de Bueno Vidigal Filho, Wilson Sampaio, Antonio Funari Filho, Márcio Bagueira Leal, Mário Pugliese, Nelson Abbud João
Superintendente: José Felício Castellano

Divisão de Desenvolvimento Sociocultural

Diretora: Tereza Cristina de Souza Grell

Equipe do SESI

Encarregado (a) Técnico (a) de Luz: Nelson Ferreira, Roseli Marttinely
Operador de Luz: Celso Marques da Silva
Encarregado Técnico de Som: Valdemir Gonçalves (Vadinho), Samir Khan
Operadora de Som: Solange de Araújo Mendes
Cenotécnico e Chefe de Palco: Estevão Nascimento
Maquinistas: Expedito Jacinto Chalenga, Luis Alexandre Torres Crespilho, Rogério F. Castro, Sérgio Nicanor Teixeira
Contrarregras: Alessander O. Rodrigues, José Antonio Ticianelli, Márcio Renato de Jesus, Mario Pereira Lopes
Camareiras: Haydée Rodrighero, Iara Amélia Gala, Nair Ribeiro, Sônia Fávero Veny de Andrade
Administradores: José Ubirajara Boranga, Richards Paradizzi
Atendimento Geral: Irene C. Ribeiro
Equipe de Apoio: Dirce C. de Araújo, Sebastião M. de Sá
Porteiros: Ronaldo dos Santos Ribeiro, Natanael Gomes Pedrosa (Galeria )
Bilheteria: Lígia Maria Viana
Divulgadoras: Cleide Mendes, Theodora Ribeiro
Secretaria de Divulgação: Renata C. Echaime
Chefe da SAAC: Acácio Ribeiro Vallim Jr.
Assessoria de Imprensa: Escritório de Comunicação
Projeto Gráfico: Elizabeth Peão Trickett, Regina Knoll

Agradecimentos

Acrobático Fratelli, Nova Dança, André Gordon, Fernando Figueiredo, Cláudia Figueiredo, Maria Socorro, Sandra, Dr. Ling, Paulista Promoções, As Meninas dos Origami (Edna e Márcia) , Enfeites Tchian, Luciano Miguel, Anéis de Saturno, Nelci Marcelo, (Rafa’s Cabeleireiros), Paschoal Carlos Magno (In Memorian)