(INFORMAÇÕES DO CARTAZ/PROGRAMA)
A Casa da Madrinha
Grupo Hombu em
A Casa da Madrinha
1995 – 18 anos de Teatro
Teatro Delfin – Sábado e Domingo 17h
Por que A Casa da Madrinha?
Ao se propor levar à cena um texto como A Casa da Madrinha, o Grupo Hombu aceita um grande desafio: adaptar para o espaço cênico um texto de rara beleza e extrema complexidade, em que a multiplicidade de situações significativas em tudo pode dificultar a seleção e organização dos episódios. Além disso, é um texto consagrado de uma escritora reconhecida internacionalmente – Lygia Bojunga Nunes.
Mas A Casa da Madrinha, publicado em 1978, é um texto que fala ao homem do nosso tempo. E, mais que isso, fala à criança do nosso país, aviltada pelas condições indignas de vida que lhe oferecem, fala ao seu não-lugar na sociedade que a empurra para a margem, mas que paradoxalmente não lhe impede o sonhar um projeto de vida sublinhado pela esperança que se concretiza a cada passagem, a cada pequena conquista.
O menino Alexandre é assim: sofre e sonha, avança entre recuos até conquista a chave que pode desvendar o caminho da existência.
Assim é o grupo Hombu. Desde 1977 não faz senão lançar-se, sabendo que um triunfo não abre de vez as portas e janelas da Casa da Madrinha. O Grupo Hombu É assim: gente brasileira com consciência de brasilidade. Gente brasileira com alma e corpo de artista. Com a teimosia que caracteriza o artista: transformar em realidade a utopia do desejo. O Grupo Hombu é assim, também: gente séria, envolvida num trabalho sério de criação, em que tudo se faz em conjunto – o estudo do texto, a criação do roteiro, a produção musical – tudo em trabalho de grupo. Assim como é, o Grupo Hombu não abre mão de levar ao palco uma representação em que tudo reflita um jeito de ser inconfundivelmente brasileiro.
Assim sendo, entre o Grupo Hombu e o menino Alexandre se estabelece uma profunda cumplicidade que há de contagiar tanto o público criança, quanto o público que desenvolveu uma sensibilidade capaz de compreender e se comover ainda com essa coisa fantástica que é a arte.
Por isso, A Casa da Madrinha: pela ousadia de reafirmar a utopia num tempo em que as utopias sofrem o seu processo de desgaste; pela ousadia de afirmar que ainda é possível seguir em busca de luz de uma estrela que guia o homem à casa que o há de acolher; pela ousadia de denunciar os processos quotidianos de condicionamento da vontade de ser e do pensamento humano; por ter a ousadia de falar em liberdade, por ser corajosamente atual. Porque está em nós essa busca que continuamente recomeçamos.
Rio de Janeiro, maio de 1994
Luci Ruas – Doutora em Língua e Literatura Portuguesa
Professora da UFRJ e Univer. Gama Filho
Silvia Aderne: Pavão
Alexandre David e Augusto Madeira: Alexandre
Ronaldo Mota: Augusto e João das Mil e uma Namoradas
Elza Moraes: Mãe de Alexandre
Leninha Pires: Verinha e Sônia
Leandro Freixo: Médico de Bichos
Mário Hermeto: Joça do Pandeiro
A Casa da Madrinha: de Lygia Bojunga
Adaptação: Eloy Araújo
Direção, Cenário e Figurino: Luís Carlos Ripper
Produção Executiva e Direção de Produção: Eveli Ficher
Produção: Eveli Ficher e Roberto Coimbra
Música e Direção Musical: Ronaldo Mota e Roberto Coimbra
Supervisão Musical e Arranjos: Ian Guest
Iluminação: Luís Carlos Ripper e Maurício Senna
Coordenação Cenográfica e Bonecos: Sérgio Silveira
Preparação Corporal e Coreografia: Felisa Carvalho
Assistente de Direção: Pedro Zorzetti
Assistente de Cenografia: Valério Rodrigues
Assistente de Direção Musical: Leandro Freixo
Fotos: Ivan Klingen Ilustração: Elifas Andreatto
Secretaria: Bonina Fraga
Grupo Hombu
Direção: Silvia Aderne e Roberto Coimbra
A Casa da Madrinha
A Casa da Madrinha, adaptada de Eloy Araújo, para o Teatro Infantil do texto da escritora Lygia Bojunga, traz de volta Hombu depois do sucesso de remontagem de Ou Isto ou Aquilo. Este novo trabalho marca também a estreia do premiado diretor e cenógrafo Luís Carlos Ripper no teatro infantil.
Este novo trabalho se transforma num espetáculo de música e magia, característica de Grupo Hombu, dirigido por Silvia aderne e Roberto Coimbra.
O texto traz o nome consagrado de Lygia Bojunga, autora infanto-juvenil premiada no Brasil e ganhadora do Hans Christian Andersen, o mais importante prêmio internacional de literatura infantil. Os integrantes do Hombu, Ronaldo Mota e Roberto Coimbra, assinam música e direção musical, com supervisão musical e arranjos do maestro Ian Guest. A direção de produção tem a assinatura de Eveli Ficher.
A concepção visual de A Casa da Madrinha, direção, cenário e figurino, é de Luís Carlos Ripper – ganhador dos prêmios Shell, Molière e Mambembe.
O Grupo Hombu e seus convidados se reúnem no palco para contar a história de Alexandre, garoto pobre e favelado que sai de casa em busca de um mundo mágico de aventuras e da Casa da Madrinha.
A Casa da Madrinha conta a história de um menino em busca de seus sonhos. Essa casa torna-se o centro de seus pensamentos e desejos.
“Ele acaba largando o mundo onde vive – mundo hostil, sem saída – e parte em busca da casa. Encontra um companheiro de viagem: um Pavão. Estrada afora, a história dos dois se mistura e, à medida que se estreitam as fronteiras entre a fantasia e a realidade, uma galeria de personagens vai surgindo – a Gata da Capa, o João das Mil e uma Namoradas, o Cavalo Ah!, Seu Joca do Pandeiro e mais uma porção deles – ajudando e desajudando a caminhada difícil do menino e do Pavão”.
Músicas
Casa da Alegria: Ronaldo Mota
Dúvida: Ronaldo Mota e Luís Carlos Ripper
As Penas do Pavão: Ronaldo Mota e Roberto Coimbra
Estrela Guia: Ronaldo Mota
Tema de Vera: Ronaldo Mota e Roberto Coimbra
Tema do Cavalo: Ronaldo Mota
Lugar de se Encontrar: Ronaldo Mota, Roberto Coimbra e Luís Carlos Ripper
Oficina de Confecção de Cenário e Figurino
Coordenação: Sérgio Silveira
Assistente de Produção Cenográfica: Maria Claudia Salles
Cenotécnicos: Silvio Muniz, Gilson Navega
Equipe Técnica: Tânia Dias, Isa Aderne, Lea Fontoura Aderne, Daniela Bessa, Renata Lopes, Daniela Ferraz, Emília Azevedo, Jorge Reys, Bárbara Martins, Ângela Guaraná
Programa Visual e Computação Gráfica: Fernando Augusto, Guilherme Ashton
Realização: Hombu Produções Artísticas
Este espetáculo é dedicado à memória do querido amigo Luís Fernando Battistella