(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)
(Capa)
PASSO A PASSO NO PAÇO
Uma Estória do Brasil Imperial
de Maria Clara Machado
(Verso Capa)
Escrever uma história para contar às crianças a vida do Paço Imperial foi um grande prazer para mim.
Descobri que a História do Brasil que eu aprendi na escola não correspondia à verdade. Descobri também com Cacá, Dora e Ricardo que os fatos verdadeiros nem sempre muito bem comportados dos nossos antepassados, mostram um Brasil bem diferente de tudo que aprendemos.
E aí estão a Rainha Louca dando seus ataques; o bom velho Dom João VI, comilão e engraçado; Dona Carlota que só pensava em voltar à Portugal, enfim, um Brasil verdadeiro: com escravos, exploradores e a velha corrupção.
E cá estamos nós procurando mostrar uma nova velha história e, quem sabe, redimir um passado sempre edificante.
Maria Clara Machado
(Página 1)
Se é verdade que de cada fato há diversas versões, é também verdade que para cada história há inúmeras maneiras de se contá-la. O que é sério pode ser alegre. Esta é uma peça itinerante que nos traz com humor e graça passagens da nossa história e faz do espectador, um coparticipante do que acontecia cá por estas terras na época do Brasil colonial e na época do império.
Este espetáculo rende homenagem a nós, brasileiros e brasileirinhos que vivemos neste eterno caos político e econômico, e que apesar de tudo, continuamos vivos, cantando e dançando, porque “quem canta os males espanta…”
Cacá Mourthé
(Páginas 2 e 3)
O que aconteceu mesmo?
1º Quadro
O Público entra pelo pórtico e se depara com uma feira – existente na Praça XV naqueles tempos – onde tínhamos, e teremos em nossa peça, o mercado de escravos, vendedores, homens de família (que vendia seu produto a preços exorbitantes -, entre outros.
1713 – São instalados no local do futuro Paço Imperial, os Armazéns Reais e a Casa da Moeda, que fundia ouro vindo de Minas Gerais.
2º Quadro
A Fundição. Temos ainda hoje no pátio interno do Paço, resquícios de uma fundição, lembrando-nos que o Paço Imperial, antes de virar residência de nossos ilusres personagens, foi a 2ª Casa da Moeda do Brasil. Neste quadro mostraremos os escravos trabalhando com o ouro, vindo das Minas Gerais.
3º Quadro
Os palhaços fazem uma pantomina, ajudados, por grandes bonecos contando a invasão de Portugal por Napoleão e a fuga da família real para o Brasil
1743 – As obras de reforma concluídas neste ano transformam o prédio em Casa dos Governadores. A Casa da Moeda continua a funcionar no local.
4º Quadro
Das janelas aparecem homens e mulheres que ¨cantam¨ os preparativos para a chegada da família real, anunciando-a para o povo e para o público.
1808 – De Casa dos Governadores a Palácio dos Vice-Reis. O Paço sofre novas reformas para receber a reformas para receber a família real, que se transfere de Lisboa para o Rio.
(Páginas 4 e 5)
1822 – D. Pedro, filho de D. João VI, torna-se o primeiro Imperador do Brasil ao declarar a Independência em 7 de setembro de 1822.
5º Quadro
Chegada da familia real no Paço. Em uma carruagem, D. Maria a Louca, chegará dentro de uma enorme gaiola.
6º Quadro
Os espectadores serão conduzidos pelos palhaços ao 2º andar onde, na sala de cúpula, encontrarão D. João, D. Maria I e D. Carlota Joaquina, em suas truncadas relações familiares. Depois da ¨Abertura dos Portos¨, mudança de D.Maria para o Convento do Carmo; morte de D. Maria; Aclamação de D. João; volta deste para Portugal.
7º Quadro
D. Pedro I; suas festas; a Marquesa dos Santos; o dia do Fico; a Independência. Depois destes grandes feitos, D. Pedro I bota os pés pelas mãos e é pressionado a voltar para Portugal, deixando seu pequeno filho no Brasil.
1841 – Coroação de D. Pedro II. No ano de 1842 tem-se notícia do primeiro daguerreótipo feito no Brasil focalizando o Paço Imperial.
8º Quadro
Mudança de espaço – O público é conduzido pelos palhaços. Período da Regência; Maioridade de D. Pedro II; cena do beija-mão; D. Pedro II mais velho, sua doença e a necessidade de se tratar em Portugal.
9º Quadro
Mudança de espaço – A princesa Isabel assina a Lei Áurea. Uma grande festa celebrando a República, até a condução, pelos atores, do público à saída.
1888 – Assinatura da Lei Áurea a 13 de maio. A Princesa Isabel e o Conde d’Eu aparecem no balcão, após a cerimonia, para receber os aplausos do povo.
(Páginas 6 e 7)
O Paço Imperial
Um marco importante na história do Brasil, o Paço Imperial é privilegiado não só por ser um dos mais belos exemplos da arquitetura luso-brasileira no Rio de Janeiro mas também por sua localização e vizinhança: na Praça XV, de frente para a Baía de Guanabara, tendo como a Faculdade Cândido Mendes, a Bolsa de Valores, a Assembleia Legislativa.
Sua história confunde-se com a história do Brasil: Casa da Moeda, onde se fundia o ouro vindo das Minas Gerais; Paço Real, quando a família Real nele veio morar, expulsa de Portugal por Napoleão; Paço Imperial quando D. Pedro I declarou a Independência e tornou-se Imperador do Brasil.
Palco de acontecimentos importantes – Lei Áurea, Dia do Fico, anúncio da Independência, deposição de D. Pedro II – após a Proclamação da República é relegado a um segundo plano, enquanto a Praça que o cerca comemora o XV de Novembro, o Paço se torna sede dos Correios, talvez por representar uma história que, então se queria esquecer.
Em 1938, é tombado. Em 1985, após uma cuidadosa restauração, é inaugurado como Centro Cultural.
Desde então, no desempenho de sua função como Centro Cultural, o Paço vem se afirmando no ambiente cultural do Rio de Janeiro, expondo obras de alguns dos maiores artistas deste século, brasileiros e estrangeiros, acervos e coleções nacionais e internacionais.
A nova linha de atuação do Paço Imperial, encontra uma metáfora concreta na restauração efetuada de 1982 a 1985, que mesclou elementos originais do prédio com outros absolutamente contemporâneos: recuperar e preservar a memória e as tradições do passado, mas também incorporar inovações e mudanças.
A utilização deste espaço, intensa e variada passa a abranger ainda mais áreas como: teatro, música, vídeos, palestras, seminários, debates, e pesquisas. Imaginação, ousadia e criatividade.
O Paço Imperial pretende atrair e conquistar o público infantil com uma programação que, de forma lúdica, aguce a curiosidade pelo nosso passado histórico o gosto e o prazer pela cultura. Em razão, o Paço convidou Maria Clara Machado, conhecida e respeitada autora de teatro infantil, para escrever uma peça de teatro baseada nos episódios da história do Brasil ocorridos no Paço, utilizando os diversos ambientes como cenário.
Por sua competência, pela qualidade de todos os seus trabalhos anteriores, pela empatia que sempre desperta no público infantil, Maria Clara Machado e o Tablado mais uma vez conquistarão este público e inaugurarão com sucesso essa nova fase do Paço Imperial.
Lauro Cavalcanti – Diretor do Paço Imperial
(Páginas 8 e 9 – Foto do Elenco)
(Páginas 10 e 11)
Luisa Thiré: D. Maria, Princesa Isabel
Dora Pellegrino: D. Carlota Joaquina
Bernardo Jablonski: D. Pedro I
Isaac Bernart: Padre Perereca, Sr. Petra, D. Pedro II, Ministro de D. João IV
Rogério Freitas: D. João IV, Conselheiro, Barão de Cotagipe
Telma Costa: Corista, Corte
Lenita Ribeiro: Corista, Corte
Eleuza Mancini: Compradora de Sal, Corte, Família da Marquesa de Santos
Dida Camero: Compradora de sal, Petra, Corte, Marquesa de Santos
Milo Sabino: Homem do sal, Fotógrafo, Conselheiro, Corte
Dinho Valladares: Palhaço Mestre
Carmen Frenzel: Palhaço Assistente
Mirian Freeland: Palhaça Bailarina
Tadeu Mello: Sacristão, Fotógrafo, Comerciante, Corte, Família da Marq.de Santos
Vinicius Cáurio: Governador, Marquês de Jacarepaguá, Comerciante
Claudio Schoppa: Capataz, Conselheiro, Corte, Guarda
Roberto Willer: Comprador de Escravo, Comerciante, Corte
Alexandre Caseira: Vendedor de Escravo, Corte, Família da Marquesa de Santos
André Pacheco: Pajem
Gerson Couto: Comerciante, Bispo
Marise de Souza: Escrava
Francis Apolinário: Escrava
Paulo Sergio Lima: Escravo
William Moreira: Escravo
Sandro Rangel: Escravo
Jorge Arcanjo: Escravo
Ernani Apolinário: Escravo
Músicos
Ricardo Gilly
Paula Otero
Alexandre Guimarães
Peça de Maria Clara Machado
Colaboração de Cacá Mourthé, Dora Pellegrino e Ricardo Tamm
Direção Geral: Cacá Mourthé
Direção de Arte: Ney Madeira
Assistente: Marcia Eltz
Direção Musical: Paulo Jobim
Iluminação: Jaime Leite Don
Preparação Vocal: Telma Costa
Coreografia: Lucia Aratanha
Adereços de Cenário: João de Freitas
Adereços de Figurino: Claudia Taylor
Confecção de Figurino: Mara e Equipe
Cenotécnica: Humberto e Equipe
Pintura de Adereços: Helcio Pugliesse
Cabelereiro Masculino: Atelier de Maquiagem Rose de Morais
Cabelereiro Feminino: Adilson Nogueira
Maquiagem: Phlavio Carvalho
Direção de Cena: Milo Sabino
Confecção de Perucas: Rose Morais
Bonecos: Marco Aurélio Norberto
Direção de Produção: Ricardo Kosovski, Norma Thiré
Produção Executiva: Cesar Missel
Programação Visual: Mais Programação Visual
Divulgação: Marió Senise
Fotografia: Guga Melgar
Estandartes: Elísio José
Equipe de Pesquisa do Paço Imperial: Alayde Mariani, Carmem Paiva
Administração: Márcia Eltz
Assistente de Direção: Rubens Camelo
(Páginas 12 e 13)
Passatempos – Labirinto
D. Maria, a Louca saiu da cama no meio da noite e resolveu fazer uma boquinha. Estava com tanto sono que nem conseguiu achar seu prato favorito. Que tal você dar uma mãozinha?
Jogo dos 5 erros
Estes palhaços não têm jeito! Saíram por aí e voltaram cheios de novidades… Você saberia assinalar quais são as 5 diferenças?
(Página 14 – Anúncio Coca-Cola)
(Página 15)
Apoios Culturais
Dantelle, Werner Tecidos, DeMillus, New Marithé, Golden Ticket, Fink Transportes, Banerj Cultural, Laboratório Bronstein, Mais Programação Visual, Klabin, Eric Rzepecki, Tabacaria Africana, Policia Militar do Rio de Janeiro.
(Página 16)
Agradecimentos
Angela Monte, Cabo Ferreira, Capitão Morais, Capitão Olavo, Chico Buarque de Holanda, Dalal Achcar, Fabio Marinho de Araújo, Francis Hime, FUNARJ, IBAC, Ivo Meirelles, Lauro Cavalcanti, L. C. Barreto, Maria de Jeus, Maria de Loures Horta, Museu Chácara do Céu, Olga Bronstein, Prof. Miridan, silas Wenceslau, Teatro Tablado e a todos aqueles que de uma forma ou de outra colaboraram para a realização deste espetáculo. A Produção manifesta seu especial agradecimento ao Sr. Jorge Sampaio.
(Verso da Última Capa – Anúncio Werner)