Cartaz para o Teatro Ruth Escobar, 1993

Programa do espetáculo que estreou no Teatro Ruth Escobar, em outubro de 1993

Fotos: Leonardo Aversa

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Programa do espetáculo para o Museu do Telephone, 1993

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(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA DO TEATRO RUTH ESCOBAR)

(Capa)

O Grupo Sobrevento – Teatro de Animação
orgulhosamente apresenta

O THEATRO DE BRINQUEDO

Graciosa commedia em um prologo e dois curtíssimos actos

(Interior)

Boa Noite!

Bem-vindos ao Theatro de Brinquedo!

Sintam-se em casa, ou melhor num sarau… Há uns cem anos atrás! Naquela época era comum o pai de família ter um pequeno teatro em casa, pequeno mesmo, que coubesse no meio da sala de visitas. Pois bem, à noite ele reunia as crianças e os amigos para contar uma história qualquer. Podia ser Simbad, mas também podia ser Shakespeare. Os personagens, os cenários e o texto, o ilustre senhor comprara numa livraria e, depois, recortara e montara cuidadosamente. À noite, tal história era contada sob os olhos atentos de sua seleta plateia. Durante um bom tempo foi assim: Boas histórias contadas no aconchego do lar, de uma forma lúdica, singela e delicada. Durante um bom tempo foi assim…

Depois veio o rádio, o cinematógrafo, a televisão, o videocassete… e o tal teatrinho perdeu-se no tempo. Resgatar hoje o Teatro de Brinquedo requer uma boa dose de coragem. O teatro sofisticou-se para sobrepor-se às possibilidades que o Cinema oferece e a Televisão fez do planeta uma aldeia. Buscando formas simples de contar uma história, deparamo-nos com os antigos Toy Theatres e suas ingênuas possibilidades de encenação. Ingênuas, porém, aos olhos, encantadoras. Inspirados em argumento original da dinamarquesa Karen Blixen, apresentamos à vocês O Theatro de Brinquedo.

Esta pequena temporada na sala Míriam Muniz do Teatro Ruth Escobar é um brinde à São Paulo, onde estives em cartaz com outros dois espetáculos – Beckett e Mozart Moments – ambos festejados por um público e um crítica que tão calorosamente nos acolheram.

Tintim e bom espetáculo

O Grupo Sobrevento

(Última Capa)

O Theatro de Brinquedos

Um espetáculo do Grupo sobrevento inspirado em argumento original de Karen Blixen

Elenco

Sandra Vargas
Luiz André Cherubini
Miguel Vellinho
Participação de Alzira Andrade

Violão
João Batista e Paulo Rosa

Ficha Técnica

Texto, Concepção Visual e Organização da Montagem: Grupo Sobrevento
Assistência Teórica: Rosita Silveirinha
Desenhos: Gilson Motta
Construção do Teatro e Mecanismos: Grupo Sobrevento e Gilson Motta
Cartaz e Projeto Gráfico: Miguel Vellinho
Fotografia: Jorge Marcelo Córdoba
Produção Executiva: Lucia Erceg
Produção Geral: Grupo Sobrevento
Direção Geral: Luiz André Cherubini

Agradecimentos

Anita Vargas, Claudia Souto Henriques, Claudia Vargas, Clélia Cherubini, Casa de Cultura do Ipiranga, Dionisio Cherubini, Eduardo Amos, Fátima Saadi, Haroldo Vargas, J. Andrade, Karl Erik Shollhammer, Kastello, Laura Brasil, Mariana Rocha, Marta Góes, Marco Aurélio Silvio, Mônica Simões, Ricardo Soneto e todos os funcionários do Teatro Ruth Escobar

(Logos) Secretaria de Estado de Cultura, Governo de São Paulo

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(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA MUSEU DO TELEPHONE)

(Capa)

Grupo Sobrevento
orgulhosamente
apresenta

O THEATRO DE BRINQUEDO

Graciosa commedia em um prologo e dois curtíssimos actos

Programma

(Página 01 – Desenho)

O Teatro do Grupo Sobrevento

O Grupo Sobrevento está junto há oito anos, remexendo tudo aquilo que os bonecos têm feito por todas as épocas e todos os cantos do mundo. Da longa tradição do Teatro de Bonecos, porém, o Grupo não quer mais do que aquilo que fale do hoje para a gente de hoje. E dos bonecos, só quer aquilo que é Teatro.

O trabalho não tem sido fácil. Mas parece que é a própria dificuldade o que move o Sobrevento. A cada nova montagem, o Grupo se impõe um novo risco. Foge da fórmula. Busca novos públicos, busca novos espaços. Busca novas técnicas. Foge do cômodo e do conhecido.

Mas o Sobrevento não quer apenas criar espetáculos. Do Teatro quer o Encontro. E muitos. E diferentes encontros. E, assim, o Grupo tem viajado por dezenas de cidades do país. Buscando entender e viver o Teatro. Convencido de que não há portos seguros. Certo de que, em Teatro, segurança e vaidade são estagnação.

(Página 02 – Logo: Printer Tecidos e Decorações)

O Teatro de Bonecos

Entre a tradição e a contemporaneidade, o Teatro de Bonecos segue em frente, rumo ao próximo século, mesclando-se à Dança, às Artes Plásticas, ao Vídeo e a outras Artes afins. Ano após ano, os bonecos vêm renovando seu interesse junto às plateias de todas as idades e, com isto, vêm ganhando cada vez mais espaço no mundo. Contudo, o preconceito – que confunde o Teatro de Bonecos com uma Arte menor ou com um entretenimento de má qualidade e exclusivamente para crianças – ainda existe. Como todo preconceito, também este tem pouco a ver com a realidade e é fruto da ignorância.

Fazer Teatro de Bonecos, depois de Lorca, Jarry, Göethe, Klee, Calder, entre tantos grandes artistas, é motivo de orgulho para todos os marionetistas. O Boneco – a forma ou figura animada – é a origem do Teatro. E, desde então, esteve sempre vivo. E, no entanto, sua História e suas possibilidades são do conhecimento de poucos. São estes mesmos poucos bonequeiros ou não, os que teimam cada qual a seu modo, em devolver aos Títeres o lugar e a dignidade que, injustamente, lhes são negados.

(Página 03 – Desenho)

Há cem anos, na Europa, as famílias costumavam ter um pequeno teatro em casa, pequeno o suficiente para caber no meio da sala de visitas. À noite, reuniam-se parentes e amigos para que se contasse uma história qualquer. Podia ser Aladim, mas também podia ser Hamlet. Os personagens, os cenários e o texto haviam sido comprados em uma livraria e, depois, recortados, pintados e montados com cuidado.

Com a vinda do Rádio, do Cinema e da Televisão, o tal teatrinho perdeu-se no tempo. Retomar, hoje, o Teatro de Brinquedo requer uma boa dose de coragem. O Teatro sofisticou-se para se sobrepor aos recursos que o Cinema oferece e a Televisão fez do planeta uma aldeia. Remexendo o enorme baú do Teatro de Bonecos, deparamo-nos com os antigos Toy Theatres e suas ingênuas possibilidades de encenação. Ingênuas, porém, aos nossos olhos, encantadoras. E encantadoras porque refazem em nós uma sensação que nos parecia perdida, ou fora de moda, ou nunca havida.

Inspirados em argumento original da dinamarquesa Karen Blixen, buscamos recriar o clima dos saraus do final do século passado em um tempo que tanto pode ser ontem quanto hoje, resgatando uma velha forma de divertir e se divertir.

O Grupo Sobrevento

 (Página 04 – Logo Ebenlar Antiguidades, Anúncio: Werner Tecidos)

(Verso da Última Página)

O Theatro de Brinquedo

Um espetáculo do Grupo Sobrevento
baseado em argumento original de Karen Blixen

Elenco

Atores/Manipuladores
Sandra Vargas
Luiz André Cherubini
Miguel Vellinho
Alzira Andrade

Músicos
Marco Aurê
Fábio Fernandez

Ficha Técnica

Texto, Concepção Visual e Organização da Montagem: Grupo Sobrevento
Cenografia e Figurinos: Jefferson Miranda
Iluminação: Renato Machado
Desenhos dos Bonecos e do Teatro: Gilson Motta
Construção do Teatro e Mecanismos: Grupo Sobrevento
Cenotécnica: Antônio Domingos
Confecção dos Figurinos: Mara Lopes
Assistência Teórica: Rosita Silveirinha, Kastello
Fotografias: José Roberto Lobato
Direção Musical: Marco Aurê, João Poleto, Paulo Rosa
Direção de Produção: Sandra Vargas
Direção Geral: Luiz André Cherubini

(Última Capa)

(Logos)  Telerj, Museu do Telephone

Grupo Sobrevento – Teatro de Animação
R. Maria Amália, 81/3 –Tijuca
20510.130, Rio de Janeiro, RJ, Brasil