O ANFITRIÃO
(INFORMAÇÕES DO PROJETO – NÃO FOI FEITO MATERIAL IMPRESSO)
Introdução
O Tema dos gêmeos que não se diferenciam, ou sósias, tem sido para a dramaturgia um filão tão inesgotável desde a antiguidade até nossos dias. Chaplin (O Grande Ditador), Feydeau (A Pulga atrás da Orelha), Goldoni (Os Gêmeos Venezianos), Shakespeare (A Comédia dos Erros), e, é claro, Plauto (Os Dois Ménecnos, O Anfitrião).
Também a televisão e o cinema apropriaram-se deste tema, com suas infinitas possibilidades em contracenar duplos, aproveitando-se dos equívocos trágicos ou cômicos, que podem acontecer a partir de duas personalidades diferentes e parecidas.
Plauto (224/182 A.C.) por ter contraído dívidas, chegou a ser escravo por um tempo, tempo esse bem curto, uma vez que os textos, por ele escritos neste período, fizeram sucesso junto ao público e lhe garantiram a liberdade. O êxito de Plauto foi constante. Escreveu mais de 120 peças, embora apenas 23 tenham chegado aos nossos dias.
Plauto soube explorar as mais diversas personagens e temas. Muitos atuais até hoje. O tema ANFITRIÃO foi utilizado por diversos autores no decorrer dos séculos: Camões, Molière, Giraudoux e Guilherme Figueiredo são alguns autores que dele se utilizaram.
A Adaptação
Fruto de um trabalho teórico-prático, desenvolvido no curso de pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Anfitrião, escrita no ano de 200 a.c., chega renovado, com uma linguagem contemporânea e transportado ao período renascentista da Comédia dell’Arte.
Estabelecida a correlação entre as duplas Júpiter/Mercúrio e Anfitrião/Sósia, típicas de um modelo patrão/escravo, fomos buscar na Comédia dell’Arte, uma dupla típica de máscaras que correspondessem a esse modelo, e chegamos a Pantalone/Arlechino. Da mesma forma, Alcmene foi transformada em uma Colombina e Blefarão em Pulcinella.
Essa foi a chave que nos permitiu introduzir elementos da Comédia dell’Arte na encenação de Plauto e partir daí desenvolvermos nossa pesquisa, buscando a forma adequada de levar a cena essa integração.
Buscamos assim, nesta transposição de uma trama tão antiga para a cena contemporânea, um espetáculo ágil e principalmente engraçado para as platéias de hoje. Uma obra viva e dinâmica que agrada a todos.
O deus Júpiter, apaixonado por Alcmena, toma a aparência do marido dela, Anfitrião. O deus Mercúrio, idealizador da trama, se disfarça de Sósia, escravo de Anfitrião. Estas duas duplas idênticas criam mil quiproquós e confusões.
Alcmena: Jorge Caetano
Anfitrião: Antonio Carlos Bernardes
Blefarão: Paulo Camargo
Júpiter: Jorge Cardoso
Mercúrio: Rosyane Trotta
Sósia: Vanessa Ballalai
Autor: Plauto
Adaptação: Flávio Rocha
Direção: Antonio Carlos Bernardes
Figurinos / Máscaras: Beth Paiva e A. C. Bernardes
Produção e Adereços: Antonio Carlos Bernardes
Realização: A. C. Bernardes Comunicações
Obs.
Apresentações no Museu da República e em Projeto Escola