
Capa do projeto do espetáculo que estreou na cidade do Rio de Janeiro, nos jardins do Palácio do Catete, em 1993

Antonio Carlos Bernardes, Jorge Caetano, Jorge Cardoso, Rosyane Trotta, Paulo Camargo e Vanessa Balallai
O ANFITRIÃO
(INFORMAÇÕES DO PROJETO – NÃO FOI FEITO MATERIAL IMPRESSO)
Introdução
O Tema dos gêmeos que não se diferenciam, ou sósias, tem sido para a dramaturgia um filão tão inesgotável desde a antiguidade até nossos dias. Chaplin (O Grande Ditador), Feydeau (A Pulga atrás da Orelha), Goldoni (Os Gêmeos Venezianos), Shakespeare (A Comédia dos Erros), e, é claro, Plauto (Os Dois Ménecnos, O Anfitrião).
Também a televisão e o cinema apropriaram-se deste tema, com suas infinitas possibilidades em contracenar duplos, aproveitando-se dos equívocos trágicos ou cômicos, que podem acontecer a partir de duas personalidades diferentes e parecidas.
Plauto (224/182 A.C.) por ter contraído dívidas, chegou a ser escravo por um tempo, tempo esse bem curto, uma vez que os textos, por ele escritos neste período, fizeram sucesso junto ao público e lhe garantiram a liberdade. O êxito de Plauto foi constante. Escreveu mais de 120 peças, embora apenas 23 tenham chegado aos nossos dias.
Plauto soube explorar as mais diversas personagens e temas. Muitos atuais até hoje. O tema ANFITRIÃO foi utilizado por diversos autores no decorrer dos séculos: Camões, Molière, Giraudoux e Guilherme Figueiredo são alguns autores que dele se utilizaram.
A Adaptação
Fruto de um trabalho teórico-prático, desenvolvido no curso de pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Anfitrião, escrita no ano de 200 a.c., chega renovado, com uma linguagem contemporânea e transportado ao período renascentista da Comédia dell’Arte.
Estabelecida a correlação entre as duplas Júpiter/Mercúrio e Anfitrião/Sósia, típicas de um modelo patrão/escravo, fomos buscar na Comédia dell’Arte, uma dupla típica de máscaras que correspondessem a esse modelo, e chegamos a Pantalone/Arlechino. Da mesma forma, Alcmene foi transformada em uma Colombina e Blefarão em Pulcinella.
Essa foi a chave que nos permitiu introduzir elementos da Comédia dell’Arte na encenação de Plauto e partir daí desenvolvermos nossa pesquisa, buscando a forma adequada de levar a cena essa integração.
Buscamos assim, nesta transposição de uma trama tão antiga para a cena contemporânea, um espetáculo ágil e principalmente engraçado para as platéias de hoje. Uma obra viva e dinâmica que agrada a todos.
O deus Júpiter, apaixonado por Alcmena, toma a aparência do marido dela, Anfitrião. O deus Mercúrio, idealizador da trama, se disfarça de Sósia, escravo de Anfitrião. Estas duas duplas idênticas criam mil quiproquós e confusões.
Alcmena: Jorge Caetano
Anfitrião: Antonio Carlos Bernardes
Blefarão: Paulo Camargo
Júpiter: Jorge Cardoso
Mercúrio: Rosyane Trotta
Sósia: Vanessa Ballalai
Autor: Plauto
Adaptação: Flávio Rocha
Direção: Antonio Carlos Bernardes
Figurinos / Máscaras: Beth Paiva e A. C. Bernardes
Produção e Adereços: Antonio Carlos Bernardes
Realização: A. C. Bernardes Comunicações
Obs.
Apresentações no Museu da República e em Projeto Escola