Programa para o Teatro da Aliança Francesa de Botafogo, 1992

Fotos: Rodrigo Lopes

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Programa do espetáculo que fez temporada no Centro Cultural São Paulo até 29.08.1993

Programa para a apresentação na Cultura Inglesa, 14.08.1993

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(INFORMAÇÕES DO CARTAZ/PROGRAMA TEATRO ALIANÇA FRANCESA DE BOTAFOGO – 1992)

(Frente)

BECKETT

Teatro de Bonecos
com o
Grupo Sobrevento

de quinta a sábado às 21h
domingo às 20h

Teatro da Aliança Francesa de Botafogo
Rua Muniz Barreto, 730
Tel: 226.3118 / 286.4248

Apoio Cultural

(Logos) Alliance Française, Aleotti, Shwewin Williams, Entretelas DHJ, Cia Têxtil Ferreira Guimarães, Entrelinho, PC&A Creative Graphics, Copifoto Fotolitos, Doctors Ind. Com. de Madeira, Prelo

(Verso)

Por que Teatro de Bonecos?

O que é mais interessante em cena? Um homem carregando um cubo ou um boneco realizando a mesma ação? Com esta montagem buscamos uma visão muito particular, uma visão nossa, da obra de Samuel Beckett. Ousados, mas de modo algum inconsequentes, queremos frisar o lado plástico, visual, de suas peças, um elemento grandemente enfatizado pelo próprio autor.

Com o uso de bonecos em cena (Beckett jamais escreveu para o Teatro de Bonecos), pensamos estar abrindo possibilidades de leitura de suas obras, e não as restringindo. Isto porque um boneco é mais que um boneco. É mais que um homem. É um símbolo da humanidade, do gênero humano.

Quando, em 86, nos reunimos e decidimos desenvolver um estudo prático e teórico de Teatro de Animação, estávamos convencidos de que esta opção nos iria abrir possibilidades de encenação surpreendentes.

Nossa formação acadêmica, entretanto, que nos fizera ignorar o Teatro de Bonecos e de Animação, nos deixava sempre um certo medo: podíamos estar nos limitando e abrindo mão de alguns sonhos como, por exemplo, o de encenar, um dia, Beckett. Depois de seis anos de trabalho contínuo, estamos certos de que nossos temores eram infundados.

Fazer Teatro de Bonecos, depois de Lorca, Jarry, Goeth, Klee, Arp, Calder, entre tantos grandes artistas, é motivo de orgulho para nós e todos os marionetistas. O Boneco – a forma ou figura animada – é a origem do Teatro. E, desde então, esteve sempre vivo. E, no entanto, sua História e suas possibilidades são de conhecimento de poucos. São estes mesmos poucos, bonequeiros ou mão, os que teimam, cada qual a seu modo, em devolver aos Títeres o lugar e a dignidade que, injustamente, lhes é negado.

Beckett

Beckett é um espetáculo em três quadros, compostos das seguintes peças de Samuel Beckett:

Ato Sem Palavras I (1956)
Ato Sem Palavras II (1959)
Improviso de Ohio (1981)

Todas essas peças foram escritas, originalmente, para atores. Improviso de Ohio tem, neste espetáculo, sua estreia nacional.

O Grupo Sobrevento

Formado em 86, no Rio de Janeiro, o Grupo Sobrevento é um grupo de marionetistas que se propõem a desenvolver um estudo prático dentro do campo do Teatro de animação, encenando espetáculos a partir da pesquisa de diferentes formas de manipulação de bonecos ou quaisquer objetos e de confecção dos mesmos, a partir de técnicas variadas. Em seis anos, o Sobrevento encenou Ato sem Palavras, Sagruchiam Badreck, Um Conto de Hoffmann e Mozart Moments, recebendo indicações e Prêmios.

Um dos mais importantes grupos brasileiros de Teatro de Bonecos e o mais destacado grupo carioca de Teatro de Animação, o Sobrevento participou de muitos dos mais importantes Festivais de Teatro do país e representou o Rio de Janeiro em todoso os Festivais Internacionais de Teatro de Animação do Brasil. Em 1988 representou o Brasil no I Encuentro Sudamericano de Marionetistas, em Trujillo, Peru, e, desde sua fundação está filiado às Associações Rio e Brasileira de Teatro de Bonecos e à Union Internacionale de la Marionette, ógão ligado à UNESCO e que congrega quase uma centena de países.

Este ano, o Grupo sobrevento recebeu, por Mozart Moments, os Prêmios Coca-Cola de Teatro Infantil e Maria Mazzetti (RIOARTE), e organizou, no Centro Cultural Banco do Brasil, a Mostra Internacional de Teatro de Animação Rio Bonecos 92, trazendo ao Rio grupos da Suécia, França, Chile e Brasil.

Agradecimentos

Anderson Porto, Álvaro Luis Nogueira, Ana Paula Caporrino, Carlos Jorge Nobre, , Dionísio Cherubini, Fernando Sant’Anna, Fernando Newlands, G. E. Park Estacionamento Ltda., Haroldo Vargas, Humberto Effe, José Marcos Caporrino, Joaquim Carlos Sampaio, Jorginho de Carvalho, Karina Sampaio, Laura Brasil, Luiz Villela, Marco Aurélio Silvio, Michel Ménal, Marie Louise Néri, Nair Alfinito, Paulo Crown, Patrick Leitchnam, Rita Ivanissevich e Rodrigo Cabral

Beckett, um espetáculo criado pelo Grupo Sobrevento

Elenco

Sandra Vargas
Luiz André Cherubini
Miguel Vellinho

Com a participação de Cláudia Souto Henriques, Flávia Alfinito, Gilson Motta, Queca Vieira

Ficha Técnica

Texto: Samuel Beckett
Tradução: Fátima Saadi
Concepção Visual e Organização da Montagem: Grupo Sobrevento
Música e Direção Musical: Queca Vieira
Violino: Queca Vieira
Cenário e Figurino: Gilson Motta e Grupo Sobrevento
Confecção de Bonecos e Adereços: Flávia Alfinito e Grupo Sobrevento
Iluminação: Renato Machado
Cartaz e Projeto Gráfico: Miguel Vellinho
Direção de Produção: Sandra Vargas
Produção Executiva: Maria Clara Magalhães
Assistentes: Clélia Cherubini e Lucia Erceg
Divulgação: Grupo Sobrevento
Fotografias: Renata Del Giudice
Direção Geral: Luiz André Cherubini

Uma realização do Grupo Sobrevento.

(Anúncios) Cia Têxtil Ferreira Guimarães, Aleotti, Entrelinho, Alliance Française, Entretelas DHJ, Shwewin Williams, Doctors Ind. Com. de Madeira, PC&A Creative Graphics, Copifoto Fotolitos, Prelo Artes Gráficas e Fotolito

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(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA DO CENTRO CULTURAL SÃO PAULO – 1993)

(Capa)

BECKETT

(Página 01)

O espetáculo do Sobrevento é de altíssimo nível, os bonecos extremamente expressivos, são manipulados com tal perícia que muitas vezes temos a sensação de que foram brindados com uma súbita humanidade.

                                                                           Lionel Ficher – Tribuna da Imprensa

Bonecos dão cor a um tom crepuscular.

                                                                           Macksen Luís – Jornal do Brasil

Pelo rigor e precisão, Beckett é um espetáculo da mais alta qualidade. Pena que não se possa pedir bis, como na ópera.

                                                                           Armindo Blanco – O Dia

Grupo Sobrevento
apresenta

Beckett

(Página 02)

Sobrevento – Tour 93

O grupo Sobrevento de Teatro de Animação, do Rio de Janeiro, apresenta o Projeto Sobrevento Tour 93, que consiste em levar a todo o país, em diversas capitais e cidades, uma nova imagem do Teatro de Animação, um Teatro de infinitas e inimaginadas possibilidades, que não é só para crianças, que não tem, necessariamente, caráter folclórico e que pode, até mesmo, dispensar o uso de bonecos.

Com espetáculos de alto nível, reconhecidos e elogiados pela crítica especializada o Grupo Sobrevento está em tournée com suas últimas produções: Mozart Moments, espetáculo para todas as idades, ganhador do Prêmio Coca-Cola de Teatro Infantil de 91 e do Prêmio Maria Mazzetti (RIOARTE) de 92, e o recente Beckett, espetáculo adulto estreado no final de 92 e considerado pelos jurados do Prêmio Shell de Teatro, um dos destaques da temporada teatral de 92, no Rio de Janeiro, sendo indicado para Categoria Especial.

O Projeto Sobrevento Tour 93 engloba, ainda, oficinas (cursos livres) ministradas pelo Grupo oferecendo aos interessados a possibilidade de conhecer um pouco melhor a riqueza e a diversidade do Teatro de Bonecos e de Animação.

(Página 03)

Sobrevento

Formado em 86, o Grupo Sobrevento vem modificando a visão imitadora que o público, injustamente, criou do Teatro de Bonecos. Através da pesquisa de diferentes formas de manipulação de bonecos ou quaisquer objetos e de confecção dos mesmos, a partir de técnicas variadas, o Grupo vem abrindo novas e inimaginadas possibilidades de encenação, criando novos públicos para sua Arte e buscando devolver ao Teatro de Animação o lugar e a dignidade que lhe são negados.

Em 91, o Sobrevento comemorou, com delicadeza e requinte, os duzentos anos da morte de Mozart. Tendo se apresentado nos principais espaços culturais do Rio de Janeiro, Mozart Moments transformou-se em um dos maiores sucessos de público daquele ano, recebendo críticas elogiosas e os prêmios Coca-Cola de Teatro Infantil e Maria Mazzetti (RIOARTE).

Em maio de 1982, o Sobrevento surpreende a imprensa ao organizar, sozinho, a Mostra Internacional de Teatro de Animação Rio Bonecos 92. Reunindo grupos da Suécia, França, Chile e Brasil, a mostra levou ao Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, em quatro dias de espetáculos, cerca de seis mil pessoas.

Um Conto de Hoffmann, seu espetáculo de 89, recebeu indicações para os Prêmios Mambembe e Coca-Cola, nas categorias Melhor Atriz, Revelação, Melhor Grupo, Personalidade ou Movimento Teatral e Especial. Em 88, o Sobrevento representou o Brasil no I Encontro Sul Americano de Marionetistas, na cidade de Trujillo, Peru.

Como um dos mais importantes Grupos brasileiros de Teatro de Bonecos e o mais destacado grupo carioca de Teatro de Animação, o Sobrevento tem representado o Rio de Janeiro e o Brasil nos principais Festivais de Teatro realizados no país e em todos os Festivais Brasileiros de Teatro de Bonecos e de Animação realizados desde o ano de sua fundação.

Beckett, sua mais recente montagem, mostra que o Teatro de Bonecos não é só pra crianças, trazendo para o país a novidade de se encenar textos clássicos, compostos originalmente para atores, com bonecos. Com uma proposta ousada, o espetáculo terminou por ser apontado entusiasticamente pela crítica carioca como um dos melhores espetáculos da temporada de 92.

No início de 93, o Grupo Sobrevento foi considerado pelos jurados de Prêmio Shell de Teatro, um dos destaques da temporada teatral de 92, no Rio de Janeiro, sendo indicado para Categoria Especial.

(Página 04)

Por que Teatro de Bonecos?

Quando, em 86, nos reunimos e decidimos desenvolver um estudo prático e teórico de Teatro de Animação, estávamos convencidos de que esta opção nos iria abrir possibilidades de encenação surpreendentes.

Nossa formação acadêmica, entretanto, que nos fizera ignorar o Teatro de Bonecos e de Animação, nos deixava sempre um certo medo: podíamos estar nos limitando e abrindo mão de alguns sonhos como, por exemplo, o de encenar, um dia, Beckett. Depois de seis anos de trabalho contínuo, estamos certos de que nossos temores eram infundados.

O que é mais interessante em cena? Um homem carregando um cubo ou um boneco realizando a mesma ação? Com esta montagem buscamos uma visão muito particular, uma visão nossa, da obra de Samuel Beckett. Ousados, mas de modo algum inconsequentes, queremos frisar o lado plástico, visual, de suas peças, um elemento grandemente enfatizado pelo próprio autor.

Com o uso de bonecos em cena (Beckett jamais escreveu para o Teatro de Bonecos), pensamos estar abrindo possibilidades de leitura de suas obras, e não as restringindo. Isto porque um boneco é mais que um boneco. É mais que um homem. É um símbolo da humanidade, do gênero humano.

Beckett é um espetáculo em três quadros, compostos das seguintes peças de Samuel Beckett:

Ato Sem Palavras I (1956)

Ato Sem Palavras II (1959)

Improviso de Ohio (1981)

Todas essas peças foram escritas, originalmente, para atores. Improviso de Ohio tem, neste espetáculo, sua estreia nacional.

(Página 05)

Beckett

Em 1945, Beckett decide substituir o inglês pelo francês como língua de criação. Por mais de dez anos recusa o conforto da palavra familiar talhando suas obras num corpo estranho, numa língua estrangeira.

Se o pensamento poético é a parte mais intimamente alheia de nós mesmos, Beckett instala-se, de forma literal, neste paradoxo, investigando o irredutível mistério de sua configuração enquanto obra de arte. Problematizar a naturalidade da expressão interpondo uma dificuldade calculada ao curso habitual do processo criativo equivale a reduzir à sua estrutura mínima a operação estética, descarnando-a até que dela só reste seu caráter inaugural e, por conseguinte, iniciático: criar é ver, como se pela primeira vez, o sempre já visto, comunicando esta visão encarnada em obra a quantos se disponha a dela tomar conhecimento.

No caso de Beckett, o estranhamento se dá exatamente pela concentração do olhar sobre uma realidade que ela restringe a alguns elementos que, por esse procedimento, tornam-se fundamentais à obra. Não se trata de um teatro “essencial” no desgastado sentido metafísico, que busca separar a essência do acidental, atendo-se aos fundamentos, aos problemas universais que a obra deveria trazer à baila. Em Beckett, mundo só existe enquanto obra e é deste voluntário cerceamento que brota o inesgotável-assim como é nas mãos dos poetas e dos estrangeiros que uma língua mais propriamente revela seus desvãos, porque ali seu caráter de instrumento, de utilidade doméstica, sofre uma fissura e não se pode então falar apesar da língua, é preciso instalar-se nela numa tensão permanente com o silêncio e a interrupção.

A cada língua que conhecemos, dizem, corresponde uma alma. Beckett entrega, por longo tempo, uma de suas almas ao silêncio para conhecer melhor o lugar de onde brota a linguagem.

Reunir num mesmo espetáculo >Ato Sem Palavras I e II(1956/1959) e Improviso de Ohio(1981) é de alguma forma, recuperar o trajeto desta questão em Beckett: suprimindo o diálogo, reduzido ao mínimo o conflito e substituídos os personagens por bonecos, o Grupo Sobrevento pergunta-se não apenas o que é teatro, mas o que tem sido o teatro. E a triste história, mais uma vez relembrada em Improviso de Ohio, rompe o silêncio para ecoar não o presente perpétuo a que a cena teatral nos habituou, mas a simultaneidade entre o con tado e o vivido, entre o que está fora e o que faz parte do espetáculo. Este Improviso, Beckett o escreveu em inglês, traduzindo-o depois para o francês. É que agora, suas duas almas conhecem já o segredo que buscavam e repetem-no, incansavelmente, uma para a outra.

                                                                           Fátima Saadi, Rio, 22.04.93

(Página 06)

Beckett, um espetáculo do Grupo Sobrevento

Elenco

Sandra Vargas
Luiz André Cherubini
Miguel Vellinho
Com a participação de Alzira Andrade e Queca Vieira

Ficha Técnica

Texto: Samuel Beckett
Tradução: Fátima Saadi
Concepção Visual e Organização da Montagem: Grupo Sobrevento
Música e Direção Musical: Queca Vieira
Violino: Queca Vieira
Cenário e Figurino: Grupo Sobrevento e Gilson Motta
Confecção de Bonecos e Adereços: Grupo Sobrevento e Flávia Alfinito
Iluminação: Renato Machado
Direção de Produção: Sandra Vargas
Produção Executiva: Lucia Erceg
Assistentes: Maria Clara Magalhães e Clélia Cherubini
Cartaz e Projeto Gráfico: Miguel Vellinho
Divulgação: Grupo Sobrevento
Fotografias: Renata Del Giudice e José Roberto Lobato
Direção Geral: Luiz André Cherubini

Uma realização do Grupo Sobrevento

(Página 07)

Agradecimentos

Álvaro Nogueira, Anita Maria Vargas, Antonio de Medeiros, Ana Paula Alexandre da Silva, Arlette Bunduki, Bia Vargas do Amaral, Carlos Jorge Nobre, Carlos Mauro Brasil, Celene Lobato, Clélia Cherubini, Claudia Souto Henriques, Cláudia Vargas, Dionísio Cherubini, Eduardo Amos, Elizabeth Teixeira, Fernando Newlands, Haroldo Vargas, Humberto Effe, Índio Brasileiro, João Frederici Neto, José Claudio Peixoto Mendes, José Roberto Lobato, Laura Brasil, Lizette Negreiros, Luiz Sampaio, Luzia Bonifácio, Marco Aurélio Silvio, Marion Mayer, Mônica Simões, Renata Del Giudice, Ricardo Fernandes, Ricardo Soneto, Roberta Rangel, Pepe, Sérgio Reis.

(Páginas 08 e 09)

(Logos e Anúncios) Ponto Chic, Cia. Têxtil Ferreira Guimarães, Aleotti, Alba Química Indústria e Comércio Ltda., O Estado de São Paulo-Caderno 2, Entretelas DHG S.A., Brazilian Palace Hotel, Polierg, Pirahy, Metropolitan.

(Última Capa)

(Logos) Centro Cultural São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura, Prefeitura de São Paulo

Produzido e impresso na Divisão de Difusão Cultural do CCSP

Barra

(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA PARA APRESENTAÇÃO NA CULTURA INGLESA)

(Capa)

Teatro de Bonecos
Grupo Sobrevento

BECKETT

Sexta-Feira, 14 de agosto às 20h30
Teatro Cultura Inglesa
Rua Deputado Lacerda Franco, 333

Luiz André Cherubini, Miguel Vellinho, Sandra Vargas, Andréa Freire, Gilson Motta.

Grupo Sobrevento

Fundado em 1986, o Grupo Sobrevento de Teatro de Animação reúne quatro marionetistas que se propõem a desenvolver um estudo prático dentro do campo do Teatro de Animação, encenando espetáculos a partir da pesquisa de diferentes formas de manipulação de bonecos ou quaisquer objetos e da confecção dos mesmos, a partir de técnicas variadas.

Assim surgiram os espetáculos Ato Sem Palavras – baseado na manipulação direta e aparente derivada do Bunraku, teatro de bonecos japonês – Sagruchiam Badrek – espetáculo de rua com bonecos gigantes e animação de formas – e Um Conto de Hoffman – a partir do libreto de uma ópera de Offenbach e baseado na técnica do Teatro de Brinquedo, hoje quase esquecida, mas bastante comum na Europa, no século passado.

Com seus espetáculos, em cinco anos de trabalho, o Grupo Sobrevento tornou-se bem conhecido no pouco reconhecido campo do Teatro de Animação.

Em 1988, o Sobrevento representou o Brasil no Encuentro-Taller Sudamericano de Marionetistas, em Trujillo, Peru, tendo participado também, com destaque, em vários festivais nacionais. Recebeu em 1992 os Prêmios Mambembe e Coca-Cola, na Categoria Especial, pela linguagem de animação.

(Interior)

Teatro de Bonecos
Grupo Sobrevento

Beckett

Luiz André Cherubini

Diretor. Um dos fundadores do Grupo Sobrevento. Além de ter dirigido todos os espetáculos do Grupo, e de com ele ter participado de todas as tournées e apresentações em festivais, é também manipulador nos espetáculos do Sobrevento. Trabalhou como Assistente de Direção de João Bethencourt e como manipulador no Programa Cabaré do Barata, da Rede Manchete.

Miguel Vellinho

Ator e manipulador. Bacharel em Artes Cênicas pela Universidade do Rio de Janeiro – Uni Rio – é um dos fundadores do Sobrevento, tendo participado de todos os seus espetáculos. Miguel Vellinho trabalhou para a Rede Manchete, como manipulador do Programa Cabaré do Barata.

Sandra Vargas

Atriz e manipuladora. Formada pela Universidade do Rio de Janeiro – Uni Rio. Como Bacharel em Artes Cênicas, com habilitação em interpretação teatral, Sandra Vargas foi indicada para o Prêmio Coca-Cola, em 1989, como Melhor Atriz e o Prêmio Mambembe, também em 89, como Revelação de Melhor Atriz. Fundou o Grupo Sobrevento e trabalhou como atriz e manipuladora em todos os espetáculos do Grupo.

Andréa Freire

Atriz e manipuladora. Formada em Artes Cênicas pela Universidade do Rio de Janeiro e com Pós-Graduação em Teatro pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Andréa Freire juntou-se ao Grupo Sobrevento em seu primeiro ano de fundação. Desde então vem trabalhando continuamente com o Grupo.

Gilson Motta

Cenógrafo e figurinista. Formou-se em Cenografia pela Uni-Rio. Desde 1988, participa da Linha de Pesquisa IDEA, centralizada na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ -, tendo participado dos espetáculos A Princesa Branca e Quando Despertamos de Entre os Mortos. Criou o cenário, bonecos e adereços do espetáculo Um Conto de Hoffmann, do Grupo Sobrevento. Atuou como Assistente de Figurinos na peça Tambores na Noite, dirigida por Fernando Lobo para o Centro Cultural Banco do Brasil, em 1990.

Programa

Ato Sem Palavra I
Ato Sem Palavra II

Cultura Inglesa
Inglês com Cultura