(INFORMAÇÕES DO CARTAZ/PROGRAMA – RJ)
(Frente)
Hombu
apresenta
A GAIOLA DE AVATSIÚ
(Logo) Rio Prefeitura da Cidade, Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esporte
Apoio
(Logos) Klabin Fabricadora de Papel e Celulose, Rioarte
(Verso)
Hombu na língua dos índios Kraó quer dizer “Veja-nos” e A Gaiola de Avatsiú é o primeiro trabalho desse grupo que começou em 1977 a perseguir a essência da cultura popular. O primeiro caminho nos levou ao contato com o primitivo, através da leitura de lendas indígenas. De todas as lendas pesquisadas, A linguagem dos Pássaros (Kamaiurá) foi a que serviu de base para a estrutura do espetáculo. Avatsiú, personagem dessa lenda, representa para nós o caçador que aprisiona os pássaros (Rouxinol, Arara e Tié-sangue) em sua gaiola. É a partir dessa prisão que os pássaros contam suas histórias, no conflito entre a comodidade de viver na gaiola (Arara) me o risco da liberdade (Rouxinol) numa adaptação de um conto de Oscar Wilde – e Tié-sangue). Contrapondo-se à respeito e à força dominadora do Avatsiú, surge a figura do Índio, transformado em pássaro, despertando nos outros pássaros a vontade de se libertarem e estimulando-os a concretizarem dessa vontade – a quebra da gaiola. “Você tem que saber o que quer, acreditar no que quer, e depois começar a agir, que é pra tua vontade virar verdade!”
“A Gaiola de Avatsiú é uma peça que oferece à criança os estímulos necessários ao exercício da liberdade… elemento importante é a utilização das taquaras, ao mesmo tempo asas e grades; ao mesmo tempo liberdade e prisão.”
O Globo – Clóvis Levi
“Há emoção que transborda, que estrangula… emoção da melhor estirpe: emoção que faz pensar… as crianças riem. Os adultos choram, ambos pensam. É o que de melhor se pode dizer de uma proposta teatral.”
O Globo – Tânia Pacheco
“O Grupo Hombu tem realizado um trabalho da maior seriedade e rigor artístico. E, ao concentrar seus esforços numa temática e numa linguagem inconfundivelmente brasileira – tão bem exemplificados em A Gaiola de Avatsiú – ele contribui a seu modo, a tirar o teatro brasileiro do domínio colonizador no qual ele desde as suas origens se debate.”
Yan Michalski – Crítico e professor de teatro
Beto Coimbra
Leninha Pires
Emmanuel Santos
Gulu Monteiro
Silvia Aderne
Tânia Dias
Criação, Texto e Direção: Grupo Hombu
Direção de Montagem: Tarcísio Ortiz
Confecção de Cenários e Figurinos: Grupo Hombu, Isa Aderne, Tânia Dias
Adereços, Iluminação: Grupo Hombu
Operador de Luz: Edmur
Diagramação e Finalização: Mari Monteiro
Fotografia: Beto Coimbra
Música e Direção Musical: Beto Coimbra, Sérgio Fidalgo
Assessoria de Imprensa: Cristina Miguez
Produção Executiva: Grupo Hombu
Administração: Luís Battistella
Produção: Hombu Produções Artísticas Ltda.
” Bem pra começar eu vou dizer que gostei muito do teatrinho que teve na minha escola. Sabem por quê? Porque aquela peça representava a liberdade dos pássaros que vivem neste mundo encantado. Vocês devem ter reparado que quando eles saíram da gaiola, pois eles quando estavam presos eram tristes, não cantavam quase, não comiam, mas vocês devem ter reparado que quando o amigo dele veio e os salvaram, eles voaram com toda a sua força. Eu fiquei pensando deve ser bom voar, livre como os pássaros. Olha eu pensei: deve dar um trabalhão para armar aquilo tudo para ensinar ao mundo que amar não é deixar a natureza presa. Eu adorei aquela peça, deve ser lindo saber amar a natureza.”
Celma de Souza, 10 anos – 1a vez que viu teatro – São Pedro d’ Aldeia – 1977
As crianças não são a nação do futuro, elas são cidadãos de hoje. Elas precisam de arte tanto quanto seus pais. Como a criança vê o mundo de uma maneira especial, mudando e crescendo ao seu lado ano após ano, ela também tem necessidades especiais. Um artista que trabalha para crianças precisa compreender o que elas compreendem, ouvir o que elas ouvem, ver o que elas podem ver. Uma companhia profissional trabalhando para crianças tem que ser tão criativa, tão flexível e tão divertida como trabalhado para adultos.
Obs.
Este espetáculo estreou em 1977.