Programa do espetáculo que estreou no Paço Imperial, em 05 de outubro de 1991

Evandro Melo

Barra

Evandro Melo

Rogério Freitas e Evandro Melo

Márcia Frederico

 

Barra

(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

Mês da Criança

A FARSA MEDIEVAL PASSO A PASSO

de 5 a 31 de Outubro
Sábados e Domingos
às 17 horas

(Logos) Paço Imperial e MF

(Interior – Com ilustrações)

O Paço Imperial apresenta a Criança ao mundo mágico do Teatro

Portal Medieval

Senhoras e Senhores! Damas e Cavalheiros!
O convite que vos faço desta vez
É o de uma viagem na história que o tempo fez.
De um tempo de Castelos, Igrejas, Bandeiras,
De Reis, Rainhas, Soldados e Feiticeiras.
Onde havia muita riqueza mas também muita pobreza.
Era um tempo de carroças e carruagens,
De capas, espadas, escudos e muitas viagens.
Navegações e Descobertas
Mistérios e Florestas.
Rei Arthur e Robin Hood estiveram lá.
Vamos agora e vamos já.  

Onde Está o Palco?

Veneza e seus amores!
Gondoleiros e barqueiros
Criando estórias e romances.
Época de navegação.
Cabral ainda não tinha chegado aqui, não;
Isso tudo foi na Europa
Brasil só tinha índio, não tinha branco não
Mas cadê o Palco?
Não disseram que era Teatro?
Ah, Ha! mas teatro se faz em qualquer lugar,
Só precisa do artista e do público.
E eles, lá, faziam na Praça, na Feira, na Carroça.
Faziam também em Festas,
Palácios,
Igrejas, Pátios.
Tinham que ser acrobatas
Saber pular, saber dançar,
Saber saltar e rebolar.
Eram como os do Circo
Que tinham mesmo é que animar 

Criando os Personagens 

E agora, quem será? Uma mulher.
Feiticeira? Bruxa?
Curandeira?
Não; uma atriz acabando de se maquiar.
A gente pinta forte assim p’ra todo mundo ver
E saber logo quem é quem.
Quer ver?
Se é esperto, o olho espreita.
Se é velho, é só murchar.
Se é rico, faz um biquinho.
E por aí vai.
É só imaginar
Todas as voltas que a cara dá.

Um baú!
Deve ser o da felicidade…
Ei, vou fazer uma mágica
E transformar o que não é no que
pode ser.
É fácil; é só usar a cabeça
e as mãos também.
Querem ver como se faz uma saia virar capa
E uma bolsa virar chapéu? Querem
ver?
E, prá acabar, uma calça virar blusa
e um jornal virar bastão.
E assim também se faz um menino
virar mágico.
É como já disse:
É só usar a cabeça e o resto que apareça.

O Cortejo

É hora de botar o pé na estrada
E avisar às pessoas que
“Vai começar o Espetáculo”.
Vamos subir nesta carroça que
vai nos levar pra Praça
Música! Música maestro! Era o que
Faltava.
Alegria!

O Espetáculo

O Segredo Bem Guardado

Fábula medieval 

Um camponês acha um tesouro no meio da floresta e passa a viver um dilema: como fazer com que sua mulher guarde segredo de tal milagre? O que fazer para que todos da aldeia não saibam que enriquecera subitamente? Ficar com o tesouro ou devolvê-lo à floresta?

In bocca chiusa non entró mai mosca.

Em boca fechada não entra mosca.

Conto de tradição oral camponesa de origem, presumidamente, italiana.  

A Farsa Medieval Passo a Passo

Elenco

Evandro Melo
Gilberto Miranda
Marcia Frederico
Ricardo Venancio
Rogerio Freitas

Ficha Técnica

Concepção e Criação: Marcia Frederico e Marcos Edom
Texto: Marcia Frederico
Montagem: Anderson Marques, Dimitri Martinovich, Heloisa Frederico, Marcos Edom, Ricardo Venancio
Produção: Marcia Frederico Projetos Teatrais
Promoção e Divulgação: Paço Imperial

Durante a semana (3ª e 6ª), apresentações extras para escolas e entidades.
Procure a produção (Heloisa): 220.9286 das 12h às 19h

(Última capa) 

O Paço Imperial é um dos mais representativos exemplares da arquitetura civil luso-brasileira, 9 monumento tombado como patrimônio histórico e artístico nacional, ainda em 1938, ano da criação do antigo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Sede da administração da colônia, primeiro como Paço dos Governadores, depois Paço dos Vice-reis, com a chegada de D. João VI e da Corte Portuguesa em 1808, será o Paço Real, sede do Reino Unido. Sede Administrativa durante o 1º e 2º Reinados, o Paço Imperial será o cenário de importantes decisões que marcaram a história do Brasil no século XIX, com o Dia do Fico, em 1822, e a assinatura da Lei Áurea, em 1888.

Com o advento da República é transformado em sede dos Correios e Telégrafos, em cuja esfera administrativa permanecerá até 1982, ano em que é entregue à antiga Fundação Nacional Pró-Memória, hoje Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural, que inicia importantes trabalhos de restauração concluídos em 1985. Nesse ano começa a ocupar um lugar importante no panorama cultural do Rio de Janeiro, transformando-se num dos mais importantes centros culturais do país, voltado à apresentação de exposições temporárias e mantendo intensa programação de concertos, espetáculos musicais e de teatro, cursos, seminários e conferências.

(Logos) Paço Imperial, Marcia Frederico Projetos Teatrais, Secretaria da Cultura da Presidência da República/IBPC, Casa Camelo, Ponto Gráfico, ARKI, Espaço Total