(INFORMAÇÕES DO CARTAZ/ PROGRAMA)
(Capa)
Projeto Coca–Cola de Teatro Infantil
Ao Pé da Letra Produções
apresenta
PETER PAN
Um espetáculo musical de Sura Berditchevsky
Com Janser Barreto
Música: Edu Lobo e Paulo César Pinheiro
Coreografia: Zdnek Hampl
Cenários: Lídia Kosovski
Figurinos: Maison Lavoisier
Iluminação: Jorginho de Carvalho
Direção de Produção: Norma Thiré
Teatro Lobos Villa Lobos
Sábados e feriados, às 17h e Domingos, às 16h
Apoio Cultural
(Logos) Folia, Cia Textil Ferreira Guimarães, Pica-Pau, Fizpan e Coca-Cola
(Interior)
Esta cena, certamente, não sairá de minha memória: Zdenek coreografando as músicas do Edu. Isso aconteceu em “Calabar”, mas o público não pôde ver, pois os censores não deixaram. Vera Raiser trabalhando delicadamente os passos e os movimentos das sereias, dos índios, piratas e do meu pai de verdade.
Há exatamente 20 anos eu entrava para o Teatro, jovenzinha curiosa, assim como a Gabi “Raio de Sol” desse Peter Pan. Assim mesmo, com o igual entusiasmo desses 50 jovens alunos e atores.
Hoje, às vésperas da estreia em que aguardamos ansiosos os belos e mágicos cenários de Lídia, os sempre surpreendentes figurinos de Pedro, Tita e Flavinha, a luz e o abraço carinhoso do Jorginho mesclado de opiniões ao pé do ouvido, frisando sempre “chefinha”, eu me pergunto: – Quem deste elenco será capaz de resistir?
Foi muito difícil chegar até aqui e montar este Peter Pan. Se, nos anos 70 quando iniciei, o nosso trabalho era de resistência à censura, à ditadura política, hoje, pouco mudou! Continuamos resistindo. Agora, à ditadura econômica.
O projeto do Peter Pan existe há 3 anos. Três vezes consecutivas me expus sabatinada à comissão julgadora da concorrência de ocupação do Teatro Villa Lobos. Felizmente, sempre acompanhada por um maravilhoso e sonhador Peter Pan (Janser Barreto), Neuza Caribé e um cômico, otimista, Capitão Gancho (Dudu Bruno). Só na última concorrência julgaram que eu seria capaz de realizar esta superprodução, ainda sem patrocínio.
De abril a outubro percorri com Norma Thiré e Adela Marcovici cerca de 70 empresas. “Meus ouvidos estão cheinhos de não” – dizia Adela a certa altura. Mas encontramos pessoas solidárias e maravilhosas.
Curioso! Pude observar por trás das mesas dos empresários, os olhos brilhando ao escutarem a história do Projeto e do Peter Pan. Os homens sérios e importantes sorriam ingenuamente como crianças.
Talvez, seja por isso que nos 20 anos de profissão nunca abandonei o Teatro Infantil. Ao contrário, somei-o à literatura, à experiência de atriz e à de diretora, e agora, efetivamente, estreando como Produtora.
Talvez eu esteja simplesmente interessada no sorriso ingênuo. Sonia Barretto e Daniel Tornovsky, da Coca-Cola, acreditaram no Projeto e, apesar de todas as dificuldades que vem enfrentando a economia brasileira, nos apoiaram e incentivaram.
Folia, Sayonara, Ferreira Guimarães, Pica-pau Madeiras, Idma, Kelson’s Fiszpan estão assinando a campanha conosco, pois nos ofereceram o que de melhor possuem: seus produtos (matérias-primas para feitura de cenários e figurinos).
A DPZ embalou o nosso espetáculo com peças publicitárias criativas e competentes.
Às vésperas da estreia, percebi os atores disfarçando o cansaço do dia de trabalho e dispostos a ensaiar com grande humor e prazer.
As crianças vindas diretas da escola, muitas vezes fazendo as lições durante os intervalos de uma cena de piratas e da casinha da linda Wendy (Inês Cardoso).
Os saltos de Zdenek, à noite no “trailler” da família Bartholo, as músicas do Edu, a poesia das letras do Paulinho Pinheiro, as mágicas de Norma Thiré (já a vejo de cartola de mágico e tudo), a cumplicidade, carinho, e competência de Rubens Camelo e a pergunta da Natasha: – Mãe, quando é que a gente vai entrar no “camarinho”?
Quem deste elenco será capaz de resistir? Quem olhar profundamente esta cena, compreender e se emocionar, certamente não abandonará esta profissão!
E, ainda, há quem pergunte:
– Você faz Teatro Infantil?
Ora, eu faço Teatro. Mas com o grande privilégio de ser assistida também pelas crianças.
Janser Barreto (Peter Pan)
Inês Cardoso (Wendy)
Eduardo Bruno (Pai e Capitão Gancho)
Solange Badin (Mãe)
Aleph Del Moral (João)
Pedro Kosovsky ou Bernardo Palmeira (Miguel)
Rogério Sandro (Nana)
Waldemar Berditchevsky (Barriga)
Meninos Perdidos
Cláudia de Oliveira (Bicudo)
Dudu de Carvalho (Assobio)
Renata Alves (Levemente Estragado)
Sandra Carlitos (Cachimbo)
Pedro Paulo (Gêmeo I)
Marcos Vidal (Gêmeo II)
Família Índia
Gabi Amaral (Raio de Sol)
Paula Guia (Mãe Índia)
Joana Dulcetti (Vó Índia)
Analú Pontes (Bisavó)
Alexandre Barros (Cacique)
Guilherme Forton (Indiozinho irmão)
Índios
Daniele Moskovics, Fabiano Fernardes, Salete Rios, Daniella Kaircher, Felícia Lima Paes, Gabriela Strobel, Aline Sarkis, Oldair Filho, Leonardo Senna, Márcia Monteiro, Andréa dos Prazeres, Aline Rabelo, Alexandro Becker, Dayse Crisar, Sérgio Silver, Suzi Molina, Maria Clara Guim, Maria Abranches David, Renata Linhares, Luisa Linhares, Nayana Pontes Bollorine, Johara Pontes Bollorine.
Sereias
Loren Suzana, Roberta Martinelli, Eliane Spielmann, Márcia Brasil, Márcia Braga, Juliana Simões, Natasha Berditchevsky Otero, Marina Kosovski.
Marinheiros
Rogério Sandro, Jorge Silva, Leonardo Senna, Regi Mathias, Rodrigo Machado, Jucelen Calazans, Sérgio Silver, Loren Suzana, Roberta Martinelli, Eliane Spielmann, Márcia Brasil, Márcia Braga, Juliana Simões.
Texto: Sura Berditchevsky e Neuza Caribe
Música: Edu Lobo e Paulo César Pinheiro
Coreografia: Zdnek Hampl
Linguagem de Corpo: Vera Raiser
Cenário: Lidia Kosovski
Figurinos: Maison Lavoisier
Iluminação: Jorginho de Carvalho
Diretor Assistente: Rubens Camelo
Marketing Cultural: Adela Marcovici
Direção de Produção: Norma Thiré
Direção Geral: Sura Berditchevsky
Sombras e Sininho: Fernando Sant’Anna
Assistente de Cenografia: Ney Madeira
Assistente de Produção: Paula Guia
Cenotécnica: Odilon Lima e equipe
Pintura cênica: Odilon Lima
Adereços de Cenário: Sandra Guarani
Adereços de Figurino: João de Freitas
Teatro Villa Lobos
Diretor: Moacyr Deriquém
Administrador: Marcos Edom
Assistente Administrativo: Ronaldo Machado
Assistente Técnico: Glauco Affonso
Secretária: Rita de Cássia Oliveira
Bilheteiras: Tereza Motta, Genita Franco, Maria Tereza Silva, Célia Rodrigues
Porteiros: José Mosqueira, Cremilton Ribeiro, Wagner Tadeu, Alcides Machado
Maquinistas: Hamilton Alves, Reginaldo Bispo, Nelson Lameira
Operador de Luz: Sérgio Motta
Operador de Som: Carlão
(Verso)
O que toda criança gostaria de ser quando não crescesse