Programa, 1988

Filipeta para o Teatro João Caetano, 1988

Barra

(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

Os Três Mosqueteiros

baseado no romance de Alexandre Dumas
um espetáculo de Carlos Wilson

(Verso da Capa:  Anúncio da Shell)

(Página 01 -Foto de Carlos Wilson)

Sempre que estreio um espetáculo, costumo dedicá-lo a alguém. Desta vez gostaria de dedicá-lo a uma viagem. Como isso não tem muito sentido, dedico as pessoas que participaram desta excursão ao Velho Mundo.

à Biza Vianna, Titã Nunes, Cláudio Moreno, Baltar e Luca, Betse Palmeira, Quasimodo e Mestre China, Madu, Paulo Laport, Chico e Kike, Paulinha e Caetano, Brigitte, Theatre du Soleil, enfim à Paris!

Obs.: A Mamãe, Papai e Tio Beto, sem  a ajuda de quem, nada  aconteceria

(Páginas  de 02 a 06: Fotos da equipe e atores – (Logo) SAPASSO

(Página 07 – Anúncio Kiko Motos)

(Página 08 e 09)

Teatro Brasileiro de Canto e Cena
Bel Kutner, Marcelo Valle, Christiana Guinle e Márcia Montano
apresentam

um espetáculo de Carlos Wilson

Os Três Mosqueteiros
baseado no romance de Alexandre Dumas

patrocínio: Shell

Elenco

Guilherme Leme / Jandir Ferrari: Aramis
Xando Graça: Phortos
Alexandre Lipiane: Athos
Enrique Diaz: Como D’Artagnan

e em ordem alfabética

André Barros: Duque de Buckingham
Andréa Fuks: Aia, Feirante, Estalajadeira, Inglesa
Bel Kutner: Aia, Cigana
Bruno Moraes: Mosqueteiro, Capuchinho, Guarda do Cardeal
Carlos Arruza: Mosqueteiro, Guarda do Cardeal, Wardes
Carol Aguiar: Camponesa, Aia, Feirante, Cortesã
Célio Rentroia: Guarda do Cardeal, Mosqueteiro, Médico, Capitão do Navio
Christiana Guinle: Rainha Ana D’Áustria
Cristiana Lavigne: Constance
Derinho de Carvalho: Bazin, Mosqueteiro
Diogo Dahl: Guarda do Cardeal, Mosqueteiro, Arlequim
Eduardo Drummond: Guarda do Cardeal, Cocheiro, Mosqueteiro
Élcio Coutti: Guarda do Cardeal, Mosqueteiro, Vitray
Gaspar Filho: Sr. de Treville
Geldson Ketysper: Mosqueteiro, Guarda do Cardeal, Pantaleão
Guilherme Calicchio: Guarda Cardeal, Beaubourg, Mosqueteiro, Inglês, Biscarat
Guilherme Piva: Bonancieux, Mosqueteiro, Stone
Jackie Sperandio: Camponesa, Aia, Feirante, Inglesa
Jorge de Castilho: Mosqueteiro, Pajem do rei, Guarda do Cardeal
Luciana Coutinho: Aia, Mulher Coquette, feirante
Luisa Thiré: Milady
Marcelo Carvalho: Mosqueteiro, Guarda do Cardeal
Marcelo Valle: Planchet, Mosqueteiro
Márcio Coimbra: Mosqueteiro, Guarda do cardeal, Felton
Maria Adriana Tolentino: camponesa, Aia, Estalajadeira
Maury Aklander: Rei, Pai de D’Artagnan
Michele Mestolo Neto: Guarda do Cardeal, Mosqueteiro
Olga Leite: Mãe de D’Artagnan, Aia, Feirante
Pedro Martins: Mosqueton, Mosqueteiro
Renata Echeverría: Aguadeira, Aia Traiçoeira, Feirante
Ricardo Maurício: Rochefort
Ricardo Saborrido: Flautista, Mosqueteiro, Professor de Ballet
Sérgio Maciel: Cirano de Bergerac, Grimaud, Colombina
Jaime Leibovicht (participação especial): Cardeal de Richilieu

Ficha Técnica

Adaptação: Ana Maria Machado
Diálogos Adicionais: Maria Carmen Barbosa
Figurinos: Kalma Murtinho
Cenários: Cláudio Torres Gonzaga
Iluminação: Jorginho de Carvalho
Trilha Sonora: Carlos Cardoso
Coreografia e Assistência de Mise-en-scêne: Ricardo Bandeira
Mestre D’Armas: Gaspar Filho
Pesquisa e Assistência Musical: Toninho Lopes
Preparação Vocal: Ana Maria Castro Moreira
Cenotécnico: Humberto Silva
Adereços: Sergio Marimba
Maquiagem e Caracterização: Edson Laim
Divulgação: Cláudio Soares e Beth França
Projeto Gráfico: Marcos Vasconcellos
Fotos: Maritza Caneca
Cartaz: Gustavo Garnier
Produção Executiva: Cristiana Lavigne
Direção Geral: Carlos Wilson
Direção de Produção: Márcia Montano e Olívia Guimarães
Assistente  Direção: Olívia Guimarães e Flávio Lofêgo
Assistente Figurino: Mônica Almeida Reis e Edson Nogueira
Assistente Cenografia: Sonia Marta Salcedo e Isabel Barcellos
Assistente Iluminação: Rosyane Trotta
Assistente Produção: Eraldo Junior e Sergio Maciel
Costureiras: Helen, Chris, Berenice Oliveira dos Santos, Lea, Alberto Brasileiro
Desenhista de Cenário: Gilson Motta, Alexandre Spring, Michel Bercovitch, Élcio Coutti, Sonia Marta Salcedo e Isabel Barcellos
Montagem de Luz: Roberto dos Santos e Nelson Leão
Ajudante: Paulo David
Administração: Márcia Montano
Operador de Som: Mario Sampaio e Luiz Roberto
Operador de Luz: Paulo dos Santos, Antonio Ele, Eli Martins
Camareira: Anita
Maquinistas: Marcelo Pelé, Dijalma Neves e Walber

(Página 10 a   13 – Fotos equipe – Logos: Indústria Klabin, Meias Drastosa, Studio Fórum Cabelos)

(Página 14)

Alexandre Dumas e Os Três Mosqueteiros

Naumim Aizen

Alexandre Dumas, segundo um contemporâneo seu, justamente esquecido pelo tempo – foi o rei dos folhetinistas e o mais hábil dos falsificadores da história.

Seu pai, Alexandre Davy de la Pailleterie, nasceu na ilha de São Domingos (atual República Dominicana), filho de um marquês francês com uma escrava negra; ao crescer, brigou com o pai e adotou o sobrenome de Dumas, da mãe, e se tornou general da França, chegando a acompanhar Napoleão do Egito.

O filho, que viria a se tornar o mais fértil e o mais popular dos escritores de seu tempo, nasceu na França, em Villers-Cottterets, em 1803, e morreu em Puys, perto de Dieppe, em 1870. Foi exagerado em tudo – dançou, caçou, amou, hipnotizou,cozinhou, comeu. E, sobretudo, escreveu muito – suas obras completas, em 177 volumes, continham um total de 300 títulos: 91 dramas e comédias históricos, inúmeros romances (os mais famosos são Os Três Mosqueteiros  e as  continuações Vinte Anos Depois e O  Visconde de Bragelone, O Conde de Monte Cristo, Memórias de um Médico, Os Irmãos Corsos, A Tulipa Negra). Além dessa portentosa obra romancesca, publicou ainda um livro de Impressões de Viagemoutro de Conversas Familiares e as próprias Memórias. Deixou, inédito, Dicionário de Cozinha.

Em 1843, Dumas, conhecido apenas pelas peças teatrais com assuntos históricos, foi procurado por um professor de literatura, Auguste Maquet, que lhe afirmou conhecer história e ter muitas idéias, propunha fornecer-lhe enredos, para que os desenvolvesse. Dumas, até então, só tinha escrito uns poucos romances, pois gostava que outros lhe trouxessem assuntos e temas para desenvolver. A colaboração durou vários anos e produziu, entre outros, Os Três Mosqueteiros, publicado inicialmente como folhetim de jornal, como toda obra de Dumas, Maquet, porém, foi apenas mais um de seus colaboradores. O romancista costumava dizer que teve tantos quanto os soldados de Napoleão…

Algumas vezes, Dumas desejou assinar Dumas e Maquet, mas o diretor do jornal, Emile de Girardin, negou-lhe a vontade, afirmando: “Um folhetim assinado Alexandre Dumas vale três francos a linha, se for assinado Dumas e Maquet, vale apenas trinta cêntimos”. O dono do jornal conhecia perfeitamente as preferências do público: Dumas e Eugène Sue, autor de Mistérios de Paris, faziam aumentar o número de assinantes do Jornal.

O estilo e a gramática de Dumas nada têm de castiços, os recursos literários do romancista são fraco, a psicologia dos personagens não é acurada, mas, desde quando publicados, pela primeira vez, como folhetins de jornal, os seus  romances são procurados com avidez e já foram traduzidos para todos os idiomas, edições após edições.

André Maurois – um de seus biógrafos – afirmou que “uma geração pode enganar-se sobre o valor de uma obra. Quatro ou cinco gerações, nunca…”E acrescentou: “O mundo e a França aprenderam a história francesa em Dumas. Nos seus livros ela nem sempre  é verdadeira, está longe de ser inteiramente falsa, e é sempre maravilhosamente dramática”.

D’Artagnan existiu!

Dos mosqueteiros criados pela fertilíssima imaginação de Alexandre Dumas, apenas um deles (exatamente o que  permanece mais vivo em nossa lembrança) existiu.

Foi ele Charles de Baatz, Senhor d’Artagnan (ou d’Artaignan), descendente mais ou menos direto da casa gasconha de Montesquiou-Fezendac, nasceu em 1611 e morreu em 1673, durante o cerco de Maestricht. Serviu com brilho ao rei Luís XIII, e, também, durante a menoridade de Luís XIV. Lugar-tenente dos mosqueteiros, tornou-se marechal de campo, em 1672.

D’Artagnan é também personagem (sem maior importância para o enredo) da obra-prima de Edmond Rostand, a peça Cirano de Bergerac, baseada na vida de um espadachim literato francês, que também existiu realmente.

Em 1700, em Colônia, Alemanha, publicaram-se as Memórias do Senhor  d’Artagnan, Contendo Muitas Coisas Particulares e Secretas que se Passaram sob o reinado de Luís o Grande, atribuídas a Courtilz de Sandras. Essa obra só conseguiu notoriedade após o estrondoso sucesso de Os Três Mosqueteiros, porque Alexandre Dumas se baseou nela para compor seu romance.

(Página 15 – anúncio Yes Brasil / Petrópolis- Shopping Bauhaus)

(Página 16)

Agradecimentos Especiais

João Madeira, Sr. e Sra. Jorge Guinle, Olimpio Vianna, Rodrigo Faria Lima

Antonio Calmon, Benjamin Steinbruck, José Seabra Marino,Instituto Souza Leão, O Tablado, Maria Clara Machado, Eddy Cintra de Rezende, Daniel Filho, Roberto Talma, Maria Helena Severo, Paula Lavigne, Roberto Leal, Dina Sfat,  Norma Thiré, Antonio Pedra, Irene Mafra, Hilda de Oliveira, Adalberto Nunes, Axel Sande, Mario Fernando Cannivello,Arthur Lavigne,Paulo José,Odaléia Silveira, Moisés Fuks, Eduardo,Alexandre Frotta,Guedes, Rodolfo Bottino, Luiz Augusto, Sindicato dos Artistas, Maria Elizabeth Chaves de Mello,Guilherme Ermolin, Pedro Drumond, Vera Mafra Vianna, Pedro Lavigne, Anna Cotrim, Marta Cotrim, Gilbran Chalita,  Belly Araújo, Inês Moreira, Sara Lavigne, Fernando Albagli, Ebal, Naumim Aizen, Drica Moraes, Vinícius França, Henrique da Costa Vianna, Germana Ribeiro Coutinho, Clube 17 – Ubiratan de Gusmão C. Lima, Jandir Ferrari, Celso Luiz, Betto (cabeleireiro), Sandra (tinturistas), Studio Forum

(Penúltima Capa: Logo – Grupo Vicunha)

(Última Capa: Logo – Shell)