Programa do espetáculo que estreou na cidade de São Paulo, SP, 1988

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(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

Grupo Encenação

apresenta

NEM TUDO ESTÁ AZUL NO PAÍS AZUL

Direção Geral: F. E. Kokochit e Noemia Scaravelli

(Interior)

Nem Tudo Está Azul no País Azul de Gabriela Rabelo, conta a estória de um certo rei azul. A peça adaptada para a Idade Média.

Naquele reino, as cores primárias: vermelho, amarelo e azul, não poderiam se misturadas, de maneira alguma, pois existia um  decreto-lei que condenava à masmorra todo aquele que ousasse desobedecer. É que o rei temia o surgimento de uma nova cor, mais bonita do que a dele.

Um certo dia, uma Amarela (mãe) resolveu dar um baile à fantasia, para comemorar os quinze anos de sua filha Lina. Como  os vermelhos estavam proibidos de ir à festa, elaboraram um plano e compareceram, como se estivessem fantasiados. Um deles, ao conhecer a aniversariante, se apaixonou por ela. Às escondidas os dois se casaram e tiveram um filho de uma nova cor: laranja. Ao saber do caso, o rei azul mandou separar os desobedientes e condenou o filho à masmorra, para fazer companhia as demais cores que iam surgindo.

Tempos depois, o rei adoeceu e precisou de sangue. E na ausência dos azuis mandaram chamar o verdinho, a cor mais próxima, considerado e líder da masmorra, para salvar a vida do monarca. Mas, só com uma condição o verdinho doaria o seu sangue: que fosse abolido o decreto-lei. O rei moribundo, no último instante cedeu as exigências do verdinho, e tudo terminou bem com a mistura de todas as cores.

Elenco

F. E. Kokocht
Noemia Scaravelli
Tereza Dione
Marcos Dom Pedro

e

Acacio Couto
Caíto Fagundes
Cristina Veloso
David Alvarenga
Gersom Amadio
Harley Campos
Kelly Cidoracci
Paulo Montelis
Reginaldo Ferro
Vicente Pajaro

Ficha Técnica

Texto: Gabriela Rabelo
Direção: F. E. Kokocht e Noemia Scaravelli
Músicas: Amilson Godoy
Letras: Gabriela Rabelo
Direção Musical: Gilda Vandenbrante
Cenários: F. E Kokocht
Figurinos: F. E. Kokocht
Coreografia: João Senna
Cenotécnico: Helder Rodrigues
Execução de Figurinos: Flávio Niguel, F.E. Kokocht, Helder Rodrigues, Noemia Scaravelli, VilmarF. Costa
Adereços e Figurinos: Carlos Fagundes, Gerson Amadio, Flávio Miguel, Helder Rodrigues, Mario Suzuki, Noemia Scaravelli, F.E. Kokocht, Nelson Nunes, Gilberto Gaspareto
Adereços de Cenografia: Grupo Encenação
Iluminação: Nezito Reis
Contra Regra: Grupo Encenação
Sonoplastia:  Ricardo R. Olhier
Operador de Luz: Ricardão
Fotografia: Sergio Andrade. João Carlos
Produção Executiva: F.E Kokocht/Noemia Scaravelli
Administração: F.E. Kokocht
Divulgação: Grupo Encenação
Cartaz: Mario Suzuki/IMESP
Produção: Encenação Prods. Arts.

(Última Capa)

Cada nota musical das canções de Amílson Godoy, cada mínimo detalhe do cenário ou figurino confeccionados, ali mesmo, a trinta mãos, nas oficinas da Casa de Cultura, dão bem a mostra de como um espetáculo pode ser ao mesmo tempo simples e bonito. A resposta para este esfoço comum é o que viu na plateia do Mazzaroppi, no último sábado: empatia instantânea. E credibilidade, cujo maior exemplo se verifica, em montagens infantis, quando o ator aponta um arco-iris no fundo da sala e a quase totalidade das cabecinhas, sem qualquer vacilo, volta-se para aquela direção.

                                             Ricardo Voltolini – Folha da Tarde, 18/07/87.

Como tema central, a peça, sem didatismo, expõe o absurdo do preconceito racial e da falácia que é a pureza das raças. Mas, num  sentido mais amplo texto combate toda forma de governo absolutista, e , num sentido mais restrito, defende a força do amor que enfrenta todas as barreiras, familiares, preconceituosas, policiais. Como se vê, a peça trata de temas sérios, dando ao público infantil a oportunidade de entrar em contato com os problemas graves da nossa estrutura social.

                                                                  Clóvis Garcia – Folha da Tarde, 16/01/88.

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