Programa, 1985

Silvia Aderne e Tarcísio Ortiz

(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

O Diário da Floresta

Ano I, nº 1
Diretor: Justino Tigre, Rio de Janeiro
Preço: Quatro castanhas

Bichos Querem Constituinte
Inflação Ameaça Governo

A CONSTITUINTE DA NOVA FLORESTA

Um livro de Arnaldo Niskier
Adaptação Teatral: José Roberto Mendes
Direção Geral: Rodrigo Farias Lima

Por que A Constituinte da Nova Floresta? Gosto muito das sátiras políticas. Estamos vivendo um tempo de mudança e as crianças/jovens devem participar, pois a elas pertence o futuro. A melhor proposta da peça/livro/disco é o entendimento na Floresta, uma grande União, será o pacto?, com todos trabalhando pelo progresso. Por que os homens não aprendem com os bichos da mata?

Arnaldo Niskier

Teatro Vanucci
Shopping Center da Gávea

(Verso da Capa e Página 01 – Fotos da Equipe)

O Diário da Floresta

A Constituinte da Nova Floresta

Expediente

Um livro de: Arnaldo Niskier
Adaptação Teatral: José Roberto Mendes
Direção Musical: Bia Bedran
Coreografia: Raquel Levy
Mímica: Ana Perocco
Cenografia: Sérgio Fidalgo
Figurinos: Fernando Cardoso
Músicas: Bia Bedran, Mauro Perelman, Zé Zuca
Supervisão de Direção: José Roberto Mendes
Programação Visual: Ruth Niskier e Ponce de Leon
Produtores: Marcelo Amarante, Adaury Dantas, José Eduardo Guinle, Arnaldo Niskier
Iluminação, Cenotécnica e Montagem de Luz: Irlan Nery
Produção Executiva: Luciana Nóbrega
Divulgação: Luiz Augusto
Fotografia: Gaston
Confecção dos Instrumentos Musicais Artesanais: Roberto Luiz de Castro
Operadora de Luz: Erika Kaneko
Auxiliar de Figurino: Tatiana Rezende
Alfaiate: Joaquim Cardoso
Costureiras: Clarice Cardoso e Francisca
Diretora do Teatro Vanucci: Ingrid Thomas
Administrador do Teatro: Fernando Carrera
Bilheteria: Dagmar

Direção Geral: Rodrigo Farias Lima

Agradecemos à Associação Scholem Aleichem
Apoio Musical: Musicenter – tudo para música.

Apoio Cultural

(Logo) Racimec

A Constituinte da Nova Floresta

Autor do livro: Arnaldo Niskier
Professor e jornalista, Arnaldo Niskier exerce suas atividades na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e na Manchete. Tem muitos livros publicados sobre Educação. Foi eleito membro efetivo da Academia Brasileira de Letras. Na vida pública, foi Secretário de Ciência e Tecnologia da Guanabara, 68-71, e Secretário de Educação e Cultura do Rio de Janeiro, 79-83. Durante quase três anos dirigiu a Funarj, com grandes realizações culturais.

(Páginas 02 e 03 – Fotos do Elenco)

O Diário da Floresta

Gato Marquês: Wagner Vaz
PDS “Temos que arranjar uma solução mais adequada”

Cachorro Guima: Walter Virgolino
“Nada de exageros! Temos que conseguir uma solução própria!”

Nilda Girafa: Gisele Schwartz
“Todo bicho tem direito a ampla liberdade de expressão!”

Mestre Tatu: Raul Farias Lima
“Nosso primeiro passo deve ser forte e seguro”.

Bode Galvão e Burro Berto: Sérgio Fonta
“O Presidente está cheio de boas intenções…”
“Eu não acredito nessa história de Constituição”.

Dona Preguiça: Ruth Maia
“Acho que finalmente estamos chegando lá!”

Urso Cara Bicheviski e músico (Sax Tenor): Eliseu Mariotti

Macaco Homero: Tarcisio Ortiz
“Bicho inteligente sabe que é urgente mudar a patente…”

Chico Leão: Mauro Roberto Braga
“Vamos começar uma nova era!”

Cavalo Manhoso, Jegue Severino e Tigre de Bengala: Adalberto Nunes
“São uns mal-agradecidos!”
“Tem burro pra tudo, né?”

Macaca Honorina: Ana Perocco
“Viva a Unidade Nacional!”

Jacaré Paguá e Músico (Cavaquinho): Paulo Samour
“Tem bicho que não está conseguindo comer normalmente”.

Coruja Dirce: Silvia Aderne
“Não seríamos democratas se não aceitássemos a opinião dos outros, mesmo sendo contrária à nossa”.

Diário da Floresta: “Todo poder emana dos bichos, e em seu nome será exercido”.

Crédito dos desenhos: Maurício

(Página 04 – Fotos do Elenco)

O Diário da Floresta
“Os bichos não aguentam mais essa situação!”

Porquim Neto, Cantor e Músico (Violão): Paulo Lontra
“Não devemos nos apavorar nos momentos mais difíceis”.

Joaninhas: Alda Lorena, Leila Goulart, Juana Nunes
Joaninhas: “Não respeita mais os pequeninos? Vou reclamar na ONU!”

Lula Barbuda: Eugênia Carioca
“É dever do Governo auxiliar todos os bichos no direito de comer bem e ter um abrigo para morar!”.

Grilos: Juan Pablo Nunes, Nicolai Nunes

Cigarra e Cantora: Anay Claro

(Verso da Última Capa – Fotos)

Cenografia: Sérgio Fidalgo
Figurino: Fernando Cardoso
Produção Executiva: Luciana Nóbrega

Crédito dos desenhos: Maurício

Glossário

Academia: lugar onde as pessoas e bichos se tornam imortais e tomam chá, mesmo sem ter vontade.

Alfafa: alimento utilizado pelos cavalos, sobretudo os bem-nascidos.

Alpiste: alimento básico dos passarinhos.

Alto-Falante: é uma caixa de som que faz a gente ensurdecer.

Baixo: pode ser o contrário de alto, no tamanho, ou o cantor de voz grossa.

Bicho: herói desta história, que aqui tem voz e voto.

Caderneta de Poupança: onde os pobres colocam suas economias, quando têm.

Carta Magna: outro nome de Constituição. Diz-se em latim para ficar mais importante.

Castanha: fruto ou dinheiro da floresta.

Castanha Nova: é a castanha que tem três zeros.

Célere: Rápido.

Céu: lugar para onde irão os homens, se respeitarem os bichos.

Civismo: a defesa do nosso país, com seus símbolos e heróis.

Cometa: astro com uma enorme cauda, que de vez em quando pinta entre nós.

Comício: reunião do povo, em algum lugar, para reivindicar seus direitos.

Constituição: ver Carta Magna.

Constituinte: reunião de deputados e senadores para discutir e votar a nova Carta Magna, outro nome da Constituição.

Democracia: é a vontade da maioria do povo. Expressa-se através do voto.

Editorial: artigo de jornal, onde é dada a opinião do seu proprietário, quando ele tem opinião.

Estereofônico: som alto, de boa qualidade, que os homens usam para não se ouvirem uns aos outros.

Estilingue: arma terrível usada pelos homens contra os passarinhos. Também conhecida como atiradeira ou baladeira.

Feminista: mulher que defende a mulher.

Floresta: mata, selva, cenário desta história.

Glossário: é a parte do livro onde se explica o significado de palavras inexplicáveis.

Imposto: também conhecido como tributo. É criado pelo governo para ter recursos para as suas obras.

Jurista: é o estudioso das leis.

Lei da Selva: o mais forte acaba sempre liquidando o mais fraco.

Líder: é o que comanda ou orienta um grupo, quando deixam.

Machista: homem que detesta outros homens e as feministas.

Megafone: instrumento para ampliar a voz, muito usado em comícios ou pela polícia, para acabar com eles.

Mordomia: palavra inventada pelos homens para aumentar o seu conforto, sempre às nossas custas.

Nova Floresta: mudança radical nos hábitos e costumes da selva, com maior abertura democrática.

Pacto: união de todos para alcançar objetivo comum.

Parlamentar: representante do povo.

Pirilampo: conhecido também como vagalume. Na história, ele substituiu os computadores dos homens, utilizados na contagem de votos.

Predatória: destruidora.

Racha: briga entre dois grupos de um mesmo partido político.

Renúncia: ocorre quando se tem um mandato e não se chega ao fim.

Rubra: vermelha. Também se diz das torcedoras do América Futebol Clube.

Saíra: pássaro comum em Minas Gerais, da família Tanágridas, do gênero Calospiza. Entenderam?

Satélite: é um instrumento colocado acima da terra, em órbita, para facilitar a comunicação entre todos.

Símio: o outro nome do macaco. Gosta de banana da mesma forma.

Sobressalto: polvorosa. Não é salto sobre ninguém.

Sol: astro-rei, mesmo quando está dormindo.

Tchurma: grupo, patota.

Trégua: pausa que se propõe quando a gente está perdido. Ganha-se tempo.

Vaia: manifestação de desagrado.

(Última Capa – Logo: Racimec)