Programa do espetáculo, apresentado nas unidades do SESI São Paulo, em 1986

Cartazete (21 x 35,5), 1986

(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

SESI

A IDADE DO SONHO

(Página 01)

SESI apresenta

Teatro… Sim, Por Que Não?!

em

A Idade do Sonho

De Tonio Carvalho

Prêmio do Concurso de Dramaturgia Infantil – INACEN

Direção Geral: Margarida Baird

(Página 03)

Em qualquer terra em que os homens amem.
Em qualquer tempo onde os homens sonhem.
Na vida

Menotti Del Picchia

(Página 05)

O texto A Idade do Sonho sempre me fascinou. Tive-o em mãos logo que foi escrito e a identificação com sua temática foi instantânea. A motivação primeira foi interpretar Elvira, uma das personagens. Entretanto, a necessidade de dirigir a montagem da peça acabou por transferir o prazer da criação para os bastidores.

O mundo dos ciganos povoou minha fantasia durante a infância e a adolescência e acredito que a maioria das crianças se sente tocada pelo mistério e fascínio que envolve os ciganos.

Outro motivo que me levou à escolha deste texto é o tema, sempre atual, de libertação.

O anseio do ser humano de seguir em busca de seus sonhos, as tentativas frustradas ou não de realizá-los, a crença de que a fantasia prevalecerá tendo lugar no mundo sempre farão o coração humano bater mais rápido.

É isso que eu pretendo com meu trabalho. Esperança e alegria é a meta.

A Idade do Sonho não é fácil, nem simples de levar à cena. Os atores são inexperientes e a diretora estreia nesse papel. Entretanto, o desafio estimula.
A trabalheira foi muita, mas acredito ter valido à pena.

O sonho está aí. É de vocês. É nosso.

Sem idade.

Margarida Baird

(Página 07)

Ana / Ana Manjericão / Colombina: Maria Bernadete
Antônio Boca / Arlequim: Paulo Marino
Bernardo / Pierrot: Christian Fernandes
Elvira: Dalva Célia
Palhaço: José Severiano
Camélia / Bruxa / Salomé (Cigana): Sônia Aguiar
Amélia / Bruxa / Cassandra (Cigana): Fernanda Cristina
Carmem Magdalena (Cigana): Maristela Diniz

(Página 09)

Cenário e Figurinos: Margarida Baird, Christian Fernandes
Bonecos: Anderson Salomão Silva, Nazareno Luiz Pereira
Máscara: Domingos Fossari Jr.
Execução de Figurinos: Salete Dozol
Execução do Cenário: Adolfo
Execução de Figurinos dos Bonecos: Neuza Diniz
Orientação Coreográfica: Sônia Di Martino
Música: Ayr Nunes

Músicos
Violino Solo / Cavaquinho: Ayr Nunes
Percussão: Ricardo Gomes
Direção Musical: Ayr Nunes
Sonoplastia: Margarida Baird
Operador de Som: Margarida Baird, Dino Regis
Gravação: Dino Regis
Iluminação: Margarida Baird, Paulo Marino
Iluminador: Gilmar Milezzi
Fotos: Ulisses Soares
Produção Executiva: Margarida Baird, Paulo Marino, Christian Fernandes
Assistente de Fé, Força e Horas Tardias: Gilmar Milezzi
Cartaz: Christian Fernandes

(Páginas 11 e 13)

Tonio Carvalho

Poeta, dramaturgo, carioca de nascimento, paulista de coração. Bem humorado, engraçado, escreve bem (que o digam as premiações que possui), pensa redondo, age manso, cheio de sutilezas. Artista integral, arte-educador, suave com as crianças, azul, amigo.

Premiações

Medalha de Ouro em Pintura e Medalha de Prata em Escultura na II Pinarte de São Paulo, 1972.
1º Prêmio do Concurso de Dramaturgia do INACEN para o texto As 3 Luas de Junho e uma de Julho, Rio, 1980.
1º Prêmio do Concurso de Dramaturgia do INACEN para o texto Histórias de A-Aya ou História de Um Dia e Seis Lençóis, Rio, 1981.
1º Prêmio da Fundação Rio, atual RIOARTE, para o texto de dramaturgia para bonecos, O Mistério do Boi Surubim, Prêmio Maria Mazzeti, Rio, 1981.
Troféu Mambembe de Melhor Autor de 1981 pela montagem da peça As 3 Luas de Junho e uma de Julho, Rio, 1981.
1º Prêmio do Concurso de Dramaturgia para Bonecos do INACEN para o texto Dona Florzinha que Não Se Cheira e Firmino Papa-Tudo na Rua do Sobe e Desce a Caminho do Juízo, Rio de Janeiro, 1982.
Indicação ao Troféu Mambembe de 1983, juntamente com o Teatro Feliz-Meu-Bem pela coautoria do texto e sua montagem: As Sete Quedas do Meu Pobre Coração.
1º Prêmio do Concurso de Dramaturgia para Bonecos do INACEN para o texto Mariazinha do Bole-Bole, Rio, 1984.
1º Prêmio do Concurso de Textos para o Auto de Natal sob o patrocínio da RIOARTE, juntamente com Adhê de Oliveira para o texto Pequeno Circo dos Pequenos.
2º Prêmio do Concurso de Dramaturgia Infantil do INACEN para o texto A Idade do Sonho.

Dramaturgia

1980: As Três Luas de Junho e uma de Julho
1981: Histórias de A-Aya ou História de Um Dia e Seis Lençóis
1981: O Mistério do Boi Surubim
1982: Dona Florzinha que Não Se Cheira e Firmino Papa-Tudo na Rua do Sobe e Desce a Caminho do Juízo
1982: As Sete Quedas do Meu Pobre Coração
1983: Colombo, Colombo (Inacabada)
1983: A Idade do Sonho
1984: Mariazinha do Bole-Bole
1984: O Pequeno Circo dos Pequenos

(Página 15)

Margarida Baird

Desde 1963 trabalha em teatro como atriz. Nessa época fez, no Rio de Janeiro, O Rapto das Cebolinhas (Maria Clara Machado, direção de Roberto de Cleto), peça para crianças, e trabalhou na TV Tupi sob a direção de Fábio Sabag. Ao longo de sua carreira fez inúmeros espetáculos infantis, destacando-se Os Cigarras e Os Formigas (Maria Clara Machado, direção de Wolf Maya), O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá (Jorge Amado, direção de Marco Antônio Palmeira) e As Sete Quedas do Meu Pobre Coração (Tonio Carvalho, direção do autor), tendo sido indicada ao Prêmio Mambembe de Atriz por esse trabalho.

Em 1965 estreia profissionalmente em As Inocentes do Leblon (Berrilet e Gredy, direção de Sérgio Viotti).

Sua carreira se divide entre Rio e São Paulo, onde morou algum tempo e onde nasceu sua filha Ana Magdalena, e excursões pelo País e exterior. Representou o Brasil no Festival Internacional de Nancy, França, em 1971, com o espetáculo Arena Conta Zumbi, de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal; participou da Expo-Show, em Buenos Aires e Montevidéu com o mesmo espetáculo.

Entre seus trabalhos destaca-se Roda Viva (Chico Buarque, direção de José Celso Martinez Correa); Galileu Galilei e Na Selva das Cidades (Brecht, direção de José C.M.Correa), produzidos pelo Teatro Oficina; Doce América Latino América (criação coletiva, direção de Antônio Pedro); Tambores na Noite (Brecht, direção de Fernando Peixoto); Esses Intrépidos Rapazes e Sua Maravilhosa Semana de Arte Moderna (Carlos Queiroz Telles, direção de Fernando Peixoto), produzido pelo Grupo Núcleo; O Último Carro (autoria e direção de João das Neves), produzido pelo Grupo Opinião; A Ópera do Malandro (Chico Buarque, direção Luiz Antonio Martinez Correa).

Atuou em especiais da TV Globo e nas novelas O Bofe, Fogo Sobre Terra e Despedida de Casado (proibida pela censura).

Participou dos filmes O Flagrante (Reginaldo Faria), O Namorador (Lenine Ottoni) e A Lira do Delírio (Walter Lima Jr.). Com A Idade do Sonho estreia em direção.

(Página 17)

Agradecemos a todas as pessoas que tornaram possível a montagem deste espetáculo.

(Última Capa – Foto do Elenco)