Programa, 1984

Cartaz, 1984

Barra

(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA

(Capa)

ESCOLA DE MULHERES

de Molière

(Verso da Capa – Anúncio Cruzeiros Linea C)

(Página 1)

Cooperativa Paulista de Teatro
apresenta

Escola de Mulheres

de Molière

Tradução de Millôr Fernandes
Cenário de Elifas Andreato
Direção de Roberto Lage

(Página 02 – Anúncio Lua de Tomate Restaurante e Mont Hermon Flat Service)

(Páginas 03a 05 – Fotos do Elenco e Equipe)

(Páginas 06 e 07 – Fotos do Elenco)

Cooperativa Paulista de Teatro

apresenta

Escola de Mulheres

de Molière

Elenco

Ana Maria Braga
Andrea L’Abbate
Ary França
Elias Andreato
Juçara de Morais
Mauro de Almeida

Ficha Técnica

Autor: Molière
Tradutor: Millôr Fernandes
Diretor: Roberto Lage
Assistente de Direção: Fernando Jacon
Cenário e Figurinos: Elifas Andreato
Programação Visual: Elifas Andreato
Direção Musical: Tunica
Composição e Arranjo: Servulo Augusto
Fotografia: Lau Polinésio
Divulgação: Patrícia Gaspar
Criação de Luz: Roberto Lage, Antonio Bezerra
Cenotécnico: Jarbas Lotto
Assessoria de Marketing: Regina Datti, Patrícia Fiori, Gonçalves Ramos
Programa: Marketing Teatral
Costureira: Alice Correa

(Página 08 – Anúncios Hidrobrasileira S.A., Fantasy Hairdressers e Kapta Manequins)

(Página 09 – Fotos Equipe)

(Página 10)

Escola de Mulheres

de Molière

O Autor e sua obra

Imortalizado como Molière, Jean-Baptiste Poquelin nasceu em Paris a 15 de janeiro de 1622. Após os primeiros estudos, com os jesuítas de Clermont, licenciou-se em direito pela Universidade de Orléans, preparando-se para assumir o cargo do pai, tapeceiro e camareiro real, que era hereditário.

Seu interesse por teatro nasceu das representações dos cômicos da feira, das tragédias de Corneille e dos espetáculos da Comédia dell’Arte, gênero teatral italiano, raízes populares, baseado na improvisação e na expressão corporal dos atores. A amizade com um dos chefes dessas companhias, Tibério Fiurelli, famoso como Scaramouche, aproximou-o dos segredos do palco. A leitura de Plauto e Terêncio, comediógrafos clássicos romanos, também lhe forneceu muitos temas.

Quando em 1643, Jean-Baptiste renunciou ao cargo que o esperava, adotou o pseudônimo de Molière e passou a dedicar-se inteiramente ao teatro, como diretor, autor e ator. Com a atriz Madeleine Béjart, cuja irmã ou filha ilegítima, Armande, desposaria em 1662, fundou o Teatro Ilustre, que faliu em 1645, acarretando sua prisão por dívidas. Solto, excursionou com Madeleine numa companhia ambulante, até formar seu próprio grupo e estrear em 1653 seu primeiro texto, O Atarantado, no palácio do Príncipe de Conti.

Nas suas andanças pelo interior, Molière havia de tal modo aperfeiçoado o poder de observação dos costumes, que obteve sucesso em Paris, em 1658, ao apresentar para a corte uma tragédia de Corneille , Nicomedes, e uma farsa de sua autoria, O Doutor Enamorado.  Faça-nos rir, Molière, pediu o jovem rei Luís XIV no final do espetáculo, decidindo praticamente a carreira do artista.

Com o êxito, vem o patrocínio real, pensão e palco permanentes, e Molière passa a escrever em prosa ou verso suas sátiras sociais, fustigando a hipocrisia e pedantismo, as pretensões desmedidas dos cortesãos. De 1659 a 1662, sucedem-se As Preciosas Ridículas, Sganarelo, Escola de Maridos e Escola de Mulheres. Escreve O Tartufo, em 1664, proibido pelo rei por ofender a moral cristã. Uma versão suavizada, O Impostor, foi liberada cinco anos mais tarde, porém Molière continuou satirizando a religião e a sociedade burguesa em Dom Juan, 1665, O Burguês .                                                                                                                                                                                                                                                                                                          Fidalgo, 1670, etc.

Em fevereiro de 1673, representando como de hábito o papel central de O Doente Imaginário, Molière sentiu-se mal no palco e morreu poucas horas depois, deixando a comédia francesa elevada ao nível de arte completa e definitiva. Uma arte extremamente mordaz, porém tolerante com os erros humanos, pregando o bom senso ditado pela natureza.

(Página 11 – Anúncio VASP)

Molière, Século XX?

Gostaríamos de realizar um teatro de acesso simples e imediato, mas com uma problemática intrínseca, e Molière toca pois todos os públicos. Para tanto, utiliza a mais variada gama da comicidade.

Para o homem de hoje, Molière parece ser em primeiro lugar, o riso saudável e franco, a alegria de viver, a crítica, sem maldade, mas também sem complacência. Mas a arte de Molière tem condão de nos despistar nas suas veredas aparentemente sem compromisso: ultrapassando o plano puramente cômico, alça-se a um nível de análise da essência da natureza humana. Tudo isso dentro de um clima de generosidade e de pureza que torna a sua lição comovedora.

Com Molière, o cômico atingiu um novo nível. O filão passou a ser outro, em que o irrisório da vida quotidiana vem já misturado ao burlesco da natureza humana. Molière atinge a grande comédia com Escola de Mulheres. Obra corajosa e arrojada é a primeira das suas peças de tese e inaugura essa dignificação do cômico tão cara a Molière, essa tentativa de colocação da comédia no mesmo plano que a tragédia, que o autor sempre quererá realizar. A verdade é que cada época tem o seu Molière, cada país dá-lhe uma nova dimensão, cada público encontra nele uma resposta às suas próprias inquietações.
.                                                                                                                                                                Paris, 1622 -1672

Molière, que como poucos viveu o teatro integralmente, foi autor, ator, encenador e administrador da sua própria companhia, parece ter levado consigo o segredo do divertimento que, sendo aparentemente gratuito, põe em jogo toda a condição humana.

(Página 12)

Agradecimentos

Dr. Sérgio Vieira da Motta, Renato Borghi, Regina de Souza Malheiros, Luiz Roberto Zanotti, Bubby e Fernando – Vasp, Paulo matos, Adel Auada, Olivia e Isabel, Carlos Augusto Batalha, Walcir Carrasco, Clarice Blat, Cesar Prates Castanho Jr., Divisão das Casas de Espetáculos, Geisa de Almeida Gama Klass, Silvana de Faria

(Verso da Última Página – Anúncios Camisas Voyeur e Vodka Sputnik)

(Última Capa – Anúncio Vinho Château Renom)